Fanzine colaborativo com a participação de Poetas vivos e atuantes em Ouro Preto, MG. Edição: Editora AMEOPOEMA (@coletivoamoepoema) Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@studiograficob2mr). Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e RJ Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves Exemplares na pRAÇA: 1000 (distribuído gratuitamente). Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
Participam desta edição: Mulheres anarquistas
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FANZINE AMEOPOEMA #106 - circulação: março de 2024
1. AMEOPOEMA
#106 - março de 2024 - Ouro Preto, MG - Brasil
Gigi Damiani (1876-1953)
Poète, anarchiste, émigré
in: Poésie d'un rebelle
In mezzo a mille genti sol mi sento
pur nella gran città che guarda ostile
allo straniero
Em meio a mil gentes só me sinto
até na grande cidade que olha hostil
o estrangeiro que de longe vem
No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
– Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...
Florbela Espanca (1894-1930)
Poeta e Anarquista
Sou pagã e anarquista,
como não poderia deixar
de ser uma pantera que se preza...
Dissemos, outro dia, que a
revolução devia começar em nós
mesmos, e se não o fizermos,
perderemos a revolução social,
nem mais, nem menos;
nossa mentalidade burguesa
não fará mais que revestir
roupas novas os velhos conceitos,
conservado-os em toda sua integridade.
Lucía S. Saornil (1895-1970)
Anarquista Espanhola
mulheres de luta
Volúpia
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2. Edição: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora)
Coordenação: Editora AMEOPOEMA (@ameopoemaeditora).
Circulação (impressa e E-book): Ouro Preto, Mariana (MG) e BH
Conselho Editorial: Rômulo Ferreira | Flávia Alves
Exemplares na pRAÇA: 500 (distribuídos gratuitamente).
Nesta edição: COMPILADO DE MULHERES ANARQUISTAS
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Publicação sem fins lucrativos, feita artesanalmente, com amor
e vontade de circular ideias e estimular a produção literária em
Ouro Preto e região. (Circulação: desde junho de 2010)
Maria Lacerda de Moura
Maria de Lourdes Nogueira (18?-1967)
Professora libertária
obs.: Ortografia original do poema que foi
publicado na Revista Fon Fon. (1920). n. 4 e 12.).
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BY ND
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NC
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EDITORIAL
INTERVENHA NESTE ESPAÇO
Tenho um desejo que me traz captiva
- Minha aluucinação, minha loucura!
Tentáculos de polvo, - elle de aviva
No cerebro, a sugar-lhe a contextura...
Era o principio idéa informe e escura,
Hoje é esplendente em carne moça e viva,
E dia e noite esmaga-me e tortura,
E o desejo insaciado mais se activa...
Ha quanto tempo assim o soffro... ha quanto!
Não fôra o mundo pervertido e falso,
Dar-me-ia as honras que se dão a santo...
Esse primor que no meu sonno exaiço,
- Por querer celo tanto me aquebranto!
É, meu Amôr, é... é... teu´pé descalço...
desejo
Emma Goldman (1869-1940)
Ativista anarquista, teve papel importante no
anarquismo na América do Norte
na primeira metade do século XX
Todo estímulo que desperta a
imaginação e eleva o espírito é tão
necessário à vida quanto o ar. Fortalece o
corpo e aprimora nossa visão da
comunidade humana.
Sem estímulos, seja qual for a forma,
o trabalho criativo é impossível, como é
também impossível o espírito de bondade e
generosidade. O fato de alguns gênios
notáveis terem buscado inspiração no cálice
com frequência excessiva não justifica que o
puritanismo tente agrilhoar todo o leque das
emoções humanas.
Um Byron, um Poe comoveram a
humanidade muito mais profundamente do
que todos os puritanos juntos sequer podem
sonhar.
A pessoa anarquista é perigosa para a
sociedade não porque ela prega violência
e dinamite, mas porque ela torna você
consciente de si
Não será com algumas mulheres
no poder que esqueceremos
as milhares escravizadas na
cozinha, no tanque e na cama.
Maria Lacerda de Moura (1887-1945)
professora, escritora, anarquista e feminista brasileira
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PROJETODEEXTENSÃOAMEOPOEMA
Emma Goldman (1911, p. 75)
várias obras disponíveis no link:
www.marxists.org/portugues/goldman/index.htm
fragmento
Calar hoje é ser cúmplice.
Pratiquemos o crime inominável da coragem,
no meio da covardia e do cinismo da hora presente.