2. O homem, ao perceber-se como um
ser consciente e pensante não ficou
adstrito ao mundo físico que o
rodeia, mas passou a conjecturar
sobre quem era, se apenas um
corpo que se extinguia com a
morte física ou se possuía também
uma alma, que permanecia viva,
mesmo após a morte do corpo. De
onde viemos? Quem somos? Para
onde iremos? São perguntas que
atravessam os milênios e que,
humildemente, reconhecemos, não
temos todas as respostas. Porém,
muito já avançamos para
compreender que o corpo é
instrumento e a vida verdadeira é a
do espírito.
3. Acreditar na vida espiritual é um pressuposto para seguir
em frente neste estudo, uma vez que ele trata deste
intercâmbio com o mundo dos espíritos. Não obstante,
mesmo quem não tem certeza se acredita ou não, vale a
pena seguir este caminho que Emmanuel nos oferece na
lição, principalmente para observar que esta questão não se
restringe ao espiritismo, mas acompanha o homem desde
os tempos mais remotos.
4. Iniciemos, assim, a lição do livro Roteiro:
"Em todas as civilizações, o culto dos desencarnados aparece como
facho aceso de sublime esperança.
Rápido exame nos costumes e tradições de todos os remanescentes da
vida primitiva, entre os selvagens da atualidade, nos dará
conhecimento de que as mais rudimentares organizações humanas
guardam no intercâmbio com os “mortos” suas elementares noções de
fé religiosa.
Aparições e vozes, fenômenos e revelações do mundo espiritual
assinalam a marcha das tribos e das povoações do princípio." Roteiro
Em tempos difíceis a palavra esperança nos salta aos olhos e
Emmanuel nos afirma, neste início de estudo, que em todas as
civilizações o culto dos desencarnados acende esta chama, a crença em
um outro mundo após a morte nos dá esperança.
5. Kardec reflete sobre esta questão com maestria na Revista
Espírita de 1859:
" Todos nós, sem exceção, atingimos mais cedo ou mais tarde
o termo fatal da vida. Nenhuma força nos poderia subtrair a
essa necessidade, eis o que é positivo. Muitas vezes as
preocupações do mundo nos desviam o pensamento daquilo
que se passa além-túmulo, mas quando chega o momento
supremo, são poucos os que não se perguntam em que se vão
transformar, porque a ideia de deixar a existência sem uma
possibilidade de retorno tem algo de pungente. Com efeito,
quem poderia encarar com indiferença a ideia de uma
separação absoluta e eterna de tudo quanto amou? Quem
poderia ver sem assombro abrir-se à sua frente o imenso
abismo do nada, em que iriam desaparecer para sempre todas
as nossas faculdades e todas as nossas esperanças? “O que!?
Depois de mim, o nada; nada mais que o vazio; tudo acabado
irremediavelmente? Mais alguns dias e a minha lembrança se
apagará da memória dos que sobreviverem a mim; em breve
não restará nenhum traço de minha passagem pela Terra; o
próprio bem que eu tiver feito será esquecido pelos ingratos a
quem tiver beneficiado, e nada para compensar tudo isso;
nenhuma outra perspectiva além de meu corpo a ser roído
pelos vermes?!”
6. Este quadro do fim de um materialista, traçado por um
Espírito que tinha vivido esses pensamentos, não tem
algo de horrível e de glacial? Ensina-nos a religião que
não pode ser assim, e a razão o confirma. Mas essa
existência futura, vaga e indefinida, nada tem que
satisfaça ao nosso amor ao que é positivo. É isto que
gera a dúvida em muitos. Vá lá que tenhamos uma alma.
Mas o que é a nossa alma? Ela tem forma e aparência? É
um ser limitado ou indefinido? Dizem uns que é um
sopro de Deus; outros, que uma centelha; outros, uma
parte do grande todo, o princípio da vida e da
inteligência. Mas o que concluímos de tudo isto? Diz-se,
ainda, que ela é imaterial. Mas uma coisa imaterial não
poderia ter proporções definidas. Para nós isso não é
nada. Ensina-nos ainda a religião que seremos felizes ou
infelizes, conforme o bem ou o mal que tivermos feito.
Mas qual é essa felicidade que nos espera no seio de
Deus?"
7. Será uma beatitude, uma contemplação eterna, sem outro objetivo
além de cantar os louvores ao Criador? As chamas do inferno são
uma realidade ou uma ficção? A própria Igreja o entende nesta
última acepção; mas quais são os sofrimentos? Onde o lugar do
suplício? Numa palavra, que é o que se faz ou se vê nesse mundo
que nos espera a todos? Costuma-se dizer que ninguém voltou para
nos dar informações. Isso é um erro, e a missão do Espiritismo é
precisamente esclarecer-nos sobre esse futuro, fazendo-nos, por
assim dizer, tocá-lo e vê-lo, não pelo raciocínio, mas pelos fatos.
Graças às comunicações espíritas, já não se trata de uma presunção
ou de uma probabilidade, sobre a qual cada um imagina à vontade
e que os poetas embelezam com as suas ficções ou repletam de
imagens alegóricas que nos enganam. É a própria realidade que se
nos apresenta, pois são os próprios seres de além-túmulo que nos
vêm descrever a sua situação e falar-nos do que fazem,
permitindo-nos, por assim dizer, assistir a todas as peripécias de
sua vida nova, e dessa maneira mostrar-nos a sorte inevitável que
nos aguarda, conforme os nossos méritos e os nossos deméritos.
Haverá nisso algo de anti-religioso? Muito pelo contrário, pois os
incrédulos encontram nisso a fé e os tíbios uma renovação do
fervor e da confiança. O Espiritismo é, pois, o mais poderoso
auxiliar da religião. Se assim é, é que Deus o permite, e o permite
para reanimar nossas esperanças vacilantes e para reconduzir-nos
ao caminho do bem, pela perspectiva do futuro que nos aguarda."
8. Sigamos em frente com Emmanuel, galgando alguns passos na
história de outros tempos em que, talvez, nós tenhamos vivido.
"No Egito, os assuntos ligados à morte assumem especial
importância para a civilização. Anúbis, o deus dos sarcófagos,
era o guardião das sombras e presidia à viagem das almas para
o julgamento que lhes competia no Além." Roteiro
9. Sobre o assunto, compartilhamos um trecho do
estudo A Mediunidade na Antiguidade:
No Egito antigo, os magos dos faraós evocavam os
mortos e muitos comercializavam os dons de
comunicabilidade com os mundos invisíveis para
proveito próprio ou dos seus clientes, fato esse
comprovado pela proibição de Moisés aos hebreus:
"Que entre nós ninguém use de sortilégio e de
encantamentos, nem interrogue os mortos para
saber a verdade" (Deuterônimo).
De forma idêntica às práticas religiosas da antiga
índia, as faculdades mediúnicas no Egito foram
desenvolvidas e praticadas no silêncio dos templos
sagrados, sob o mais profundo mistério e
rigorosamente vedadas à população leiga. A
iniciação nos templos egípcios era cercada de
numerosos obstáculos e exigia-se o juramento de
sigilo. A menor indiscrição era punida com a
morte.
10. Saídos de todas as classes sociais, mesmo o das mais
ínfimas, os sacerdotes eram os verdadeiros senhores do
Egito. Os reis por eles escolhidos e iniciados só
governavam a nação a título de mandatários.
Os magos dos faraós realizavam todos esses prodígios
que são referidos na Bíblia. É bem certo que eles
evocavam os mortos, pois Moisés, seu discípulo,
proibiu formalmente que os hebreus se entregassem a
essas práticas.
Os sacerdotes do antigo Egito eram tidos como pessoas
sobrenaturais, em face dos poderes mediúnicos que
eram misturados maliciosamente com práticas mágicas e
de prestidigitação.
http://www.ippb.org.br/textos/especiais/editora-
vivencia/a-mediunidade-na-antiguidade
11. Vejamos mais um trecho da lição.
" Na China multimilenária, os antepassados vivem nos alicerces da
fé. Em todas as circunstâncias da vida, os Espíritos dos avoengos são
consultados pelos descendentes, recebendo orações e promessas,
flores e sacrifícios." Roteiro
12. Gabriel Delane, no livro O Fenômeno
Espírita, ratifica os dizeres de Emmanuel:
"Desde tempos imemoriais, o povo da China
entrega-se à evocação dos Espíritos dos
avoengos. O missionário Huc refere grande
número de experiências, cujo fim era a
comunicação dos vivos com os mortos, sendo
que, em nossos dias, essas práti-cas estão
ainda em uso em todas as classes da
sociedade. Com o tempo e em consequência
das guerras que forçaram parte da população
hindu a emigrar, o segredo das evocações
espalhou-se em toda a Ásia, encontrando-se
ainda entre os egípcios e entre os hebreus a
tradição que veio da índia."
13. Rainer Gonçalves, ao discorrer sobre a
História da Religião Chinesa também nos
ensina:
"Desde tempos remotos, a religião chinesa
consistia na veneração aos deuses liderados
por Shang Di ("O Senhor das Alturas"),
além de venerações aos antepassados.
Entre as famílias importantes da dinastia
Chou, este culto era composto de sacrifícios
em locais fechados. Durante o período dos
Estados Desunidos (entre 403 e 221 a.C.),
os estados feudais suspenderam os
sacrifícios. Na dinastia Tsin, e no início da
Han, os problemas religiosos estavam
concentrados nos "Mandamentos do Céu".
Existiam, também, seguidores do taoísmo-
místico-filosófico que se desenvolvia em
regiões separadas, misturando-se aos
xamãs e médiuns."
14. Muito mais que relatos históricos,
temos a oportunidade de aprender, não
apenas dentro do ambiente espírita, mas
também pautando nossas buscas em
historiadores, que demonstram que o
fenômeno espírita acompanha o homem
há muito tempo.
Os espíritos nos alertam quanto à
importância da comunicação entre os
mundos físico e espiritual na questão
459 do Livro dos Espíritos:
"Influem os Espíritos em nossos
pensamentos e em nossos atos? Mais do
que imaginais, pois com bastante
frequência são eles que vos dirigem."
15. Não se trata apenas de um intercâmbio voluntário que posso ou não
fazer, mas de algo que me atinge diretamente conforme a sintonia e a
vibração espiritual em que estou. Assim, vale a pena refletir, qual o
espírito que tem me influenciado? A minha vida está alicerçada
moralmente para atrair bons espíritos e boas influências?
16. Sigamos em frente.
" Na Índia encontram nos “rakchasas”,
Espíritos maléficos que residem nos
sepulcros, os portadores invisíveis de
moléstias e aflições." Roteiro
18. Caminhemos mais um pouco com a lição.
" Os gregos acreditavam-se cercados pelas entidades que
nomeavam por “demônios” ou familiares intangíveis, as
quais os inspiram na execução de tarefas habituais.
Em Roma, os Espíritos amigos recebem o culto constante
da intimidade doméstica, onde são interpretados como
divindades menores. Para a antiga comunidade latina, as
almas bem-intencionadas, que haviam deixado, na Terra,
os traços da sabedoria e da virtude eram os “deuses
lares”, com recursos de auxiliar amplamente, enquanto
que os fantasmas das criaturas perversas eram conhecidos
habitualmente por “larvas”, cuja aproximação causava
dissabores e enfermidades." Roteiro
19. Continua o benfeitor nos falando da forma como nossos antepassados
buscaram compreender o mundo espiritual.
Como já vimos anteriormente, este referências trazidas por Emmanuel
nos permitem não apenas ampliar nosso conhecimento histórico, mas
avaliar aquilo que trazemos de vivências anteriores e renovamos em
nosso viver com outros nomes.
Gregos e romanos sentiam a influencia contínua dos espíritos
maléficos, bem como dos espíritos tutelares que desde os tempos
antigos nos assistem e trabalham por nossa jornada evolutiva. Temos
algo semelhante no entendimento da doutrina espírita nos dias de hoje.
20. "Lares eram divindades da religião romana antiga. É mais comum a forma
no plural, “os Lares”,em referência direta ao latim Lares familiares, como
nome coletivo para indicar os espíritos que poderiam proteger ou
prejudicar uma família romana (conjunto de pessoas), incluindo os servos
e os escravos. Por sua vez, a existência do singular “Lar”, da expressão
latina Lar familiaris, provavelmente se explique por ser, no início, um
“Lar” por família, que protegia tanto o local onde se vivia como a própria
família. O seu sentido coletivo talvez seja resultado da multiplicidade de
“Lares” (familiae) e também da variedade de divindades domésticas, que
também englobavam os Penates e Vesta." Wikipedia
21. Sigamos mais um pouco com a lição.
"Os feiticeiros das tabas primitivas eram nas civilizações
recuadas substituídos por magos, cujo poder imperava sobre a
espada dos guerreiros e sobre a coroa dos príncipes.
E ainda, em todos os acontecimentos religiosos que precederam
a vinda do Cristo, a manifestação dos desencarnados ou o
fenômeno espírita comparece por vívido clarão da verdade,
orientando os sucessos e guiando as supremas realizações do
esforço coletivo." Roteiro
22. A Federação Espírita Brasileira possui estudo interessante sobre a
evolução histórica da mediunidade, da qual grafamos a ordem e alguns
trechos:
"Mediunidade Primitiva: A intuição é a mediunidade inicial; o médium
é idólatra; adora ou teme as forças da natureza, nomeadas como
“deuses”: sol, céu, lua, estrelas, chuva, árvores, rios, fogo, ser humano
que se destaca na comunidade.
Mediunidade Tribal : Desenvolve -se uma mentalidade mediúnica
coletiva: crença grupal em Espíritos ou deuses. Aparecem as
concepções de céu -pai (o criador ou o fecundador) e terra -mãe (a
geratriz, a que foi fecundada pelo criador).
23. Fetichismo: Forma mais aprimorada do mediunismo tribal,
apresentando forte colorido anímico, pelo culto aos fetiches ou
objetos materiais que representam a Divindade ou os Espíritos.
Surge a figura do curandeiro ou feiticeiro, altamente respeitada e
reverenciada, amada e temida pelos demais membros da tribo ou
clã. Em algum momento, estas práticas se desdobraram em
outras, conhecidas atualmente: vodu e magia negra.
Mediuinismo Mitológico: A prática mediúnica caracteriza-se
pela presença dos mitos (simbolismo narrativo da criação do
universo e dos seres) e pela magia (práticas mediúnicas e
anímicas de forte conotação ritualística).
24. Mediuinismo Oracular: É o mediunismo que aparece no período da história
humana considerado como início da civilização: é politeísta e religioso. • Os
oráculos constituem o cerne de toda a atividade humana, nada se faz sem
consultá-los. A Grécia torna-se o centro da mediunidade oracular, sendo o
Oráculo de Delfos o mais famoso.
Prática Mediúnica dos Iniciados: Egípcios - a mediunidade de cura é
especialmente relatada em O Livro dos Mortos, mas os fenômenos de
emancipação da alma eram especialmente conhecidos e praticados. Hindus - em
os Vedas encontram-se descritas todas as etapas da iniciação mediúnica e do
intercâmbio com os Espíritos. Os hindus se revelam como mestres no domínio
de práticas anímicas, tais como faquirismo e desdobramento espiritual. Judeus -
a mediunidade é natural, revela-se exuberante na Bíblia, que apresenta uma
significativa variedade de fenômenos, os de efeitos físicos e os de efeitos
inteligentes. O profetismo é o tipo de mediunismo que mais se destaca e que
marca o surgimento da primeira religião revelada: o judaísmo. Neste cenário
surge a figura notável de Moisés, médium de vários e poderosos recursos, a
quem Deus concedeu a missão de trazer ao mundo o Decálogo ou Os Dez
mandamentos da Lei Divina.
25. Pentecostes: No Novo Testamento, os apóstolos e discípulos de
Jesus demonstram maior entendimento da mediunidade que,
manifestada aos borbotões, é utilizada para auxiliar o próximo. •
O dia de Pentecostes é caracterizado por ser o maior feito
mediúnico conhecido, até então (Atos dos Apóstolos, 2; 1-13)."
(Estudo disponível no site da FEB: http://www.febnet.org.br)
26. Seguindo a lição do livro Roteiro e também os fatos históricos
apresentados pela FEB e, também, por Emmanuel, adentramos,
então, na mediunidade com Jesus.
" Com a supervisão de Jesus, porém, a marcha da
espiritualidade na Terra adquire novos característicos.
Ele é o disciplinador dos sentimentos, o grande construtor da
Humanidade legítima.
Por trezentos anos, os discípulos do Senhor sofrem, lutam,
sonham e morrem para doar ao mundo a doutrina de luz e amor,
com a plena vitória sobre a morte, mas a política do Império
Romano reduz, por dezesseis séculos consecutivos, o movimento
libertador." Roteiro
27. Há um propósito divino em
termos este intercâmbio com
o mundo espiritual e com
Jesus avançamos, treinando
sentimentos, percebendo que
o mundo que nos cerca é uma
ínfima parcela da vida
verdadeira. Ampliamos nossa
perspectiva e isto nos dá força
e coragem para as lutas
diárias, que se revestem de
importância menor ante o
avanço de nossa percepção do
mundo e das leis divinas.
28. Assim, também, nos ensina André Luiz, no livro
Mecanismos da Mediunidade:
" Em nos reportando a qualquer estudo da
mediunidade, não podemos olvidar que, em
Jesus, ela assume todas as características de
exaltação divina. Desde a chegada do Excelso
Benfeitor ao Planeta, observa-se-lhe o
pensamento sublime penetrando o pensamento
da Humanidade. Dir-se-ia que no estábulo se
reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas
humanas, representando os diversos reinos da
evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro
toque mental de aprimoramento e beleza.
Casam-se os hinos singelos dos pastores aos
cânticos de amor nas vozes dos mensageiros
espirituais, saudando Aquele que vinha libertar
as nações, não na forma social que sempre lhes
seria vestimenta às necessidades de ordem
coletiva, mas no ádito das almas, em função da
vida eterna.
29. Antes dele, grandes comandantes da ideia
haviam pisado o chão do mundo, influenciando
multidões. Guerreiros e políticos, filósofos e
profetas alinhavam-se na memória popular,
recordados como disciplinadores e heróis, mas
todos desfilaram com exércitos e fórmulas,
enunciados e avisos em que se misturam retidão
e parcialidade, sombra e luz. Ele chega sem
qualquer prestígio de autoridade humana, mas,
com a sua magnitude moral, imprime novos
rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao
espírito, em todos os climas da Terra.
Transmitindo as ondas mentais das Esferas
Superiores de que procede, transita entre as
criaturas, despertando-lhes as energias para
a Vida Maior, como que a tanger-lhes as
fibras recônditas, de maneira a harmonizá-
las com a sinfonia universal do Bem Eterno."
30. Eis então o encerramento da lição:
“Os séculos, contudo, na eternidade, são simples minutos e, em
seguida às sombras da grande noite, o evangelismo puro surge, de
novo.
Cristianismo _ doutrina do Cristo...
Espiritismo _ doutrina dos Espíritos...
Volta a influência do Mestre sobre a imensa coletividade humana,
constituída por mentes de infinita gradação.
Homens por homens, inteligências por inteligências, incorreríamos
talvez no perigo de comprometermos o progresso do mundo, isolados
em nossos pontos de vista e em nossas concepções deficitárias, mas,
regidos pela Infinita Sabedoria, rumaremos para a perfeição
espiritual, a fim de que, um dia, despojados em definitivo das escamas
educativas da carne, possamos compreender a excelsa palavra da
celeste advertência: _ “vós sois deuses”..." Roteiro
31. Muitos verão e falarão com espíritos, porém, com Jesus somos convidados a
uma harmonia e a uma fraternidade que até então inexistiam. Os espíritos mais
evoluídos nos auxiliaram em nossa jornada, e os que nos são inferiores ou que
encontram-se em situação de sofrimento, poderão ser por nós auxiliados.
Importante observar que a doutrina espírita não considera os espíritos maléficos
como inimigos eternos, mas compreende que também eles são nossos irmãos e
que encontrarão oportunidades de redenção. Esta visão é única. Nos outros
segmentos do cristianismo acredita-se no inferno e em espíritos que transitaram
no mal eternamente, porém, o espírita reconhecendo as diversas vidas e as
diversas oportunidades, acolhe o irmão sofredor que ainda transita no mal com
amor, caridade e compaixão, colocando em prática o ensinamento maior do
Cristo aos seus discípulos:
32. "Um novo mandamento vos dou:
que vos ameis uns aos outros;
assim como Eu vos amei;
que dessa mesma maneira tenhais
amor uns para com os outros."
João 13:34
Pelo muito que já erramos, carecemos da misericórdia divina e reconhecemos que a
caridade para com todos é o único caminho que poderá redimir a humanidade.
Um fraterno abraço e até o próximo estudo