O documento discute a doutrina cristã da Trindade e do Espírito Santo. Apresenta a Trindade como três pessoas distintas em uma única divindade. Discute como o Espírito Santo atua no Antigo Testamento como criador, doador de poder e regenerador. Também descreve a natureza do Espírito Santo por meio de seus nomes e símbolos como fogo, vento e água.
1. Pneumatologia
I – Triunidade de Deus
As Escrituras ensinam que Deus é um, e que além dEle não existe outro deus.
Poderia surgir a pergunta – Como poderia Deus ter comunhão com alguém antes que
existissem as criaturas finitas?
A resposta é que a unidade divina é uma unidade composta e que nesta unidade
há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a divindade, e que, no entanto,
cada uma está sumariamente consciente das outras duas. Assim que vemos que havia
comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas finitas. Portanto, Deus nunca
esteve só.
Não é o caso de haver três deuses, todos três independentes e de existência
própria. Os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno
sentido da palavra são “um”. O pai cria, o Filho redime e o Espírito Santo santifica; e no
entanto, em cada uma dessas operações divinas o Criador, o Filho e o Espírito Santo são
todos cooperadores da mesma obra. O Filho é o Redentor, o Pai e o Espírito são
considerados como pessoas que enviam o Filho, a redimir. O Espírito Santo é o
santificador, o Pai e o Filho são cooperados dessa obra.
1. Provas das referências
Sobre tudo vemos algumas referências bíblicas que confirmam a existência real
da Triunidade Divina.
Mt 28.19 e 3.16,17; I Co 12.4-6 e 13.13; Hb 9.14; I Pe 1.2; Jo 4.16-19.
• O Pai, o Filho e o Espírito santo
2. Provas das inferências
Bem, biblicamente podemos compreender porque a doutrina da triunidade era,
às vezes, mal entendida e mal explicada. Era muito difícil achar termos humanos que
pudessem expressar a unidade e a distinção das pessoas.
Na prova das inferências, nós podemos buscar os escritos originais e
descobrirmos que o primeiro nome dado À divindade foi ELOIM, uma palavra hebraica,
que no português significa DEUS. Porém é um substantivo plural na forma, mas
singular no significado quando se refere ao verdadeiro Deus.
• Gênesis 1.1 nos diz: No princípio criou Deus (Eloim) os céus e a terra.
• Gênesis 1.26: Também disse Deus (Eloim): Façamos o homem à nossa imagem,
conforme a nossa semelhança.
• Gênesis 1.27: Criou Deus (Eloim) pois, o homem à sua imagem, à imagem de
Deus o criou.
Nesses textos apresentados no livro de Gênesis, que quer dizer “Início”, vemos
no original, ou seja, na língua original que Deus é apresentado como Eloim, que é Deus
no plural, como já vimos e aprendemos.
2. Isso nos ajuda a concluir que na formação do mundo e do ser finito e racional
que é o homem, vemos a atuação da Triunidade Divina.
II – Atuação do Espírito Santo no AT
O Espírito Santo é revelado no Antigo Testamento de três maneiras:
• Como Espírito criativo ou cósmico, cujo poder, o universo e todos os seres
foram criados.
• Como Espírito dinâmico ou doador de poder
• Como regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.
1. O Espírito criativo
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Triunidade, por cujo poder, o universo foi
criado. E pairava por cima da face das águas e participou da glória da criação – Gn 1.2.
O Espírito Santo criou e sustentou o homem – Gn 2.7.
2. O Espírito Dinâmico ou doador de poder
O Espírito criado criou o homem a fim de formar uma sociedade governada por
Deus; em outras palavras: o Reino de Deus. Depois que havia entrado o pecado e a
sociedade humana foi organizada à parte de Deus e em oposição à sua pessoa, Deus
principiou de novo por chamar o povo de Israel, organizando-o sob suas leis e assim
constituindo-o como Reino Jeová – II Crônicas 13.8. Ao estudar a história de Israel,
lemos que o Espírito Santo inspirou certos homens para governar e guiar os membros
desse reino e para dirigir seu processo na vida de consagração.
A operação dinâmica do Espírito criou duas classes de ministros:
• Obreiros para Deus = Homens de ação, organizados, executivos;
• Oradores para Deus = Profetas e Mestres.
a) Obreiros para Deus
Como exemplos de obreiros inspirados pelo Espírito, mencionamos:
JOSUÉ – Números 27.18-21
OTONIEL – Juízes 3.9,10
JOSÉ – Gênesis 41.38-40
BEZALEEL – Êxodo 35.30,31
MOISÉS – Números 11.16,17
GIDEÃO – Juízes 6.34
SANSÃO – Juízes 13.24,25
SAUL – I Samuel 10.6
É muito provável que, à luz desses exemplos, os dirigentes da Igreja primitiva
insistissem para aqueles que serviam às mesas deviam ser cheios do Espírito Santo –
Atos 6.3.
b) Oradores para Deus
3. O profeta de Israel, se assim podemos dizer, era um orador para Deus, uma
pessoa que recebia mensagens de Deus e as entregava ao povo. Ele estava cônscio do
poder celestial que descia sobre ele de tempos em tempos, capacitando-o para
pronunciar mensagens não concebidas, por sua própria mente, características que o
distinguia dos falsos profetas – Ezequiel 13.2. A palavra “profeta” indica inspiração,
originada de uma palavra que significa “borbulhar”.
• Um testemunho à eloqüência torrencial que muitas vezes manava dos lábios dos
profetas – João 7.38.
3. Como regenerador
Consideremos as seguintes verdades, relativas ao Espírito Regenerador. Sua
presença é registrada no Antigo Testamento, porém, não é acentuada; seu derramamento
é descrito, principalmente como uma benção futura, em conexão com a vinda do
Messias; e mostra características distintas.
O Espírito Santo no Antigo Testamento é descrito como associado à
transformação da natureza humana. Em Isaías 63.10,11, faz-se referências ao Êxodo e à
vida no deserto. Quando o profeta diz que Israel contristou o seu Santo Espírito ou
quando se diz que deu seu “Bom Espírito” para os instruir (Ne 9.20), refere-se ao
Espírito como quem inspira a bondade. Vede Salmos 143.10: Davi reconhecia o
Espírito como presente em toda parte, aquele que esquadrinha os caminhos dos homens,
e revela os esconderijos mais escuros de suas vidas. Depois de cometer seu grande
pecado, Davi orou para que o Espírito Santo de Deus, a presença santificadora de Deus,
aquele Espírito que influencia o caráter, não lhe fosse tirado, Salmo 51.11.
Presenciamos neste fato a regeneração através do Espírito de Davi.
III – A natureza do Espírito Santo
Quem é o Espírito Santo? A resposta a esta pergunta se encontra no estudo dos
nomes que lhe foram dados e dos símbolos que ilustram suas obras.
1. Os nomes do Espírito Santo
a) O Espírito de Deus
O Espírito Santo é o executivo da divindade, operando em todas as esferas, tanto
física, como moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por
meio do Espírito “O dedo de Deus” – Lucas 11.20, Deus opera na esfera espiritual,
convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes.
b) O Espírito de Cristo – Romanos 8.9
Não há nenhuma distinção especial entre os termos. O Espírito de Cristo é o
Espírito Santo. Há somente um Deus e um Filho, mas o Espírito Santo tem muitos
nomes que descrevem seus diversos ministérios.
• Porque o Espírito é chamado o Espírito de Cristo?
1º Por que ele é enviado em nome de Cristo: Jo 14.26;
2º Por que ele é o Espírito enviado por Cristo: O Espírito é o principio da vida espiritual
pelo qual os homens são nascidos no Reino de Deus. Essa nova vida é comunicada e
4. mantida por Cristo. Jo 1.12,13; 4.10; 7.38, que também batiza com o Espírito Santo. Mt
3.11.
3º O Espírito Santo é chamado o Espírito de Cristo porque sua missão especial nesta
época é a de glorificar a Cristo: Jo 16.14.
c) O Consolador
Esse é o título dado ao Espírito em João 14 a 17. Um estudo de fundo histórico
destes capítulos revelará o significado do dom. Os discípulos haviam tomado sua ultima
ceia com o Mestre, os seus corações estavam tristes pensando na sua partida e estavam
oprimidos pelo sentimento de fraqueza e debilidade. Quem nos ajudará quando Ele
partir? Quem nos ensinará e nos guiará? Quem estará conosco quando pregarmos e
ensinarmos? Como poderemos enfrentar um mundo hostil? Cristo aquietou esses
temores infundados com esta promessa “Eu rogarei ao Pai, e Ele dará outro Consolador,
para que fique convosco para sempre”, João 14.16.
d) O Espírito Santo
Ele é chamado Santo, porque é o Espírito do Santo, e por que sua obra principal
é a santificação. Necessitamos de um salvador por duas razões: para fazer alguma coisa
por nós e alguma coisa em nós; e pelo Espírito Santo que habita em nós, transmitindo às
nossas almas a sua vida divina. O Espírito Santo veio para reorganizar a natureza do
homem e para opor-se a todas as suas tendências más.
e) O Espírito Santo da Promessa
Ele é chamado Espírito Santo da promessa porque sua graça e seu poder são
umas bênçãos principais prometidas no Antigo Testamento – Ezequiel 36.7; Joel 2.28.
A prerrogativa mais elevada de Cristo, ou Messias, era a de conceber o Espírito, e esta
prerrogativa Jesus a reivindicou orando: “Eis que sobre vós envio a Promessa de meu
Pai”, Lucas 24.49; Gálatas 3.14.
f) O Espírito da verdade
O propósito da encarnação foi revelar o Pai; a missão do Consolador é revelar o
Filho. Ao contemplar um quadro a óleo, qualquer pessoa notará muita beleza de cor e
forma, mas para compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu
verdadeiro propósito, precisará de um intérprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma
nova e diferente revelação, mas sim abre as mentes dos homens para verem o mais
profundo significado da vida e das palavras de Cristo. Como o Filho não falou de si
mesmo, mas falou o que recebeu do Pai, assim o Espírito não fala de si mesmo, como se
fosse fonte independente de conhecimento, mas declara que ouviu aquela vida intima da
Divindade.
g) O Espírito da Graça. Hb 10.29 e Zc 12.10
O Espírito Santo dá graça ao homem para que se arrependa, quando peleja com
ele; Ele concede o poder para santificação, perseverança e serviço. Aquele que trata
com despeito o Espírito da Graça, afasta aquele que é o único que pode tocar ou
comover o coração e assim se separa a si mesmo da misericórdia de Deus.
5. h) O Espírito de Vida. Rm 8.2 e Ap 11.11
O Espírito é aquela pessoa da divindade cujo ofício especial é a criação e a
preservação da vida natural e espiritual.
i) O Espírito de Adoção. Rm 8.15
Quando a pessoa é salva, não somente lhe é dado o nome de filho de Deus e
adotada na família divina, como também recebe dentro de sua alma o conhecimento de
que participa da natureza divina.
2. Símbolos do Espírito Santo
Alguém disse que as palavras são veículos inadequados para transmitir a
verdade. Quando muito, apenas revelam a metade das profundidades do pensamento.
Deus achou por bem ilustrar com símbolos o que de outra maneira, devido À
pobreza de linguagem humana, nunca poderíamos saber. Os seguintes símbolos são
empregados para descrever as operações do Espírito.
a) Fogo – Isaías 4.4; Mateus 3.11; Lucas 3.16.
O fogo ilustra a limpeza, a purificação, a intrepidez ardente e o zelo pela unção
do Espírito. O Espírito é comparado ao fogo; porque o fogo aquece, ilumina, espalha e
purifica.
b) Vento – Ezequiel 37.7-10; João 3.8; Atos 2.2
O vento simboliza a obra regeneradora do Espírito, e, é indicado da sua
misteriosa operação independente penetrante, vivificante e purificante.
c) Água – Êxodo 17.6; Ezequiel 36.25-27; João 3.5
A água purifica, refresca, sacia a sede e torna frutífero o estéril. Ela purifica o
que está sujo e restaura a limpeza.
d) Selo – Efésios 1.13; II Timóteo 2.19
Essa ilustração exprime os seguintes pensamentos: a impressão de um selo dá a
entender uma relação com o dono do selo e é um sinal seguro de algo que lhe pertence.
Os crentes são propriedade de Deus e sabe-se que o são pelo Espírito que neles habita.
e) Azeite – Mateus 25.4
O azeite é também o símbolo mais comum e mais conhecido do Espírito.
Quando se usava azeite no ritual do Antigo Testamento, falava-se de utilidade,
frutificação, beleza, vida e transformação. Geralmente era usado como alimento, para
iluminação, lubrificação, cura e alívio da pele. Da mesma maneira, na ordem espiritual,
o Espírito fortalece, ilumina, liberta, cura e alivia a alma.
f) Pomba – Gênesis 1.2
6. A pomba como símbolo, significa brandura, paz, pureza e paciência. Entre os
sírios é emblema dos poderes vivificantes da natureza. Uma tradição judaica traduz
Gênesis 1.2 da seguinte maneira: O Espírito de Deus como pomba pousava sobre as
águas. Cristo falou da pomba como a encarnação da simplicidade, uma das belas
características dos seus discípulos.
IV – O Espírito Santo é o Espírito de Poder
Muito tem se falado nos dias atuais sobre poder: poder atômico, poder político,
poder econômico, poder judiciário, poder intelectual e outros poderes; porém todos
poderes naturais.
1. Espírito Santo é o poder
a) Criador – No princípio criou Deus (Eoim) os céus e a terra – Gênesis 1.2
b) Renovador – Não por obras de justiças praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo
– Tito 3.5
c) Regenerador – Respondeu Jesus: em verdade, em verdade te digo: quem não nascer
da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus – João 3.5
d) Vivificador – Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os
mortos, esse mesmo vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito –
Romanos 8.11.
e) Ressuscitador – Pois também Cristo morreu, uma única vez pelos pecados, o justo
pelos injustos, para conduzir-vos a Deus, morto sim, na carne, mas vivificado no
Espírito – 1 Pedro 3.18.
2. Poder do Espírito Santo
Por força de sinais e prodígios, pelos poder do Espírito Santo, de maneira que
desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao ilírico, tenha divulgado o evangelho de
Cristo.
Se você receber hoje o poder do Espírito, você se tornará como Apolo, o
pregador poderoso (Atos 18.24-28); como Moisés, o líder poderoso (Atos 7.22); como
Paulo, o Apóstolo poderoso, ou Davi e outros.
Cremos que o poder do Espírito é o melhor de Deus para a igreja.
Não perca o melhor de Deus. Receba o poder e viva a vida vitoriosa no Espírito.
V – Batismo no Espírito Santo, poder para testemunhar
Jesus sabia que seus seguidores não podiam fazer sozinhos a obra de
evangelização. Por que? Porque a evangelização é Deus mesmo operando por meio de
seu povo para dar aos pecadores as boas notícias de salvação. É Deus derramando seu
amor, respondendo a oração, mostrando a todos que o evangelho é a verdade. É Deus
dando aos pecadores fé para crer e a disposição necessária para arrepender-se. É Deus
penetrando a vida de um pecador no novo nascimento e fazendo-o seu filho. Portanto,
Jesus ordenou aos seus seguidores que não se cansassem por conta própria em um
7. programa de evangelização, mas que esperassem até serem revestidos pelo poder do
Espírito Santo – Lucas 24.49.
Jesus tem sua maneira de transformar os crentes comuns em testemunhas
eficientes. Batizando-os com o Espírito Santo, como João Batista anunciou que faria
(Mateus 3.11). Jesus deseja nos submergir em seu Espírito e saturar-nos completamente
dele. Os que aceitam a promessa de Deus em Atos 1.8, podem ver o seu cumprimento.
A profecia de João, a promessa de Jesus e o belo simbolismo do Antigo
Testamento cumpriram-se no Pentecostes. O fogo do céu que consumia os sacrifícios na
dedicação do tabernáculo desceu agora sobre cada um dos crentes (Levítico 9.24; Atos
2.1-4). Cada um deles era um sacrifício vivo que haveria de consumir-se para a glória
de Deus. A coluna de fogo que alumiou e guiou a Israel através do deserto tocava agora
a cada crente para iluminá-lo e guiá0lo (Êxodo 13.21,22). Uma vez cheio do Espírito
Santo cada um deles converteu-se em uma sarça ardente que atraia a muitos para verem
milagres e ouvir a voz de Deus – Êxodo 3.1-10.
Um grande número de pessoas, procedentes de umas quatorze nações ou
províncias, ficou assombrado ao ouvir em sua própria língua as maravilhas de Deus
expressas por uns modestos galileus – Atos 2.7-12.
Não deixemos que escape à nossa percepção o significado daquilo que ocorreu
aos cento e vinte discípulos nos dias de Pentecoste. Eles esperavam que o Espírito
Santos os convertessem em testemunhas de Jesus. E assim aconteceu! Já não tinham de
depender de sua própria educação, eloqüência ou poder de persuasão. Tinham apenas de
permitir que o Espírito Santo lhes desse o sobrenatural, removendo as barreiras que
impediam a comunicação, escolheu a mensagem e as palavras que cada ouvinte
necessitava e podia entender.
O milagre do Pentecoste vai muito além da experiência inicial dos cento e vinte
louvores a Deus em línguas desconhecidas. Eles entraram em uma nova dimensão de
vida e serviço. Permitiram a Deus assumir o controle do que diziam e faziam. Ele lhes
dava as palavras apropriadas em seu próprio idioma. Cheios do Espírito Santo,
pregavam, ensinavam, oravam e testificavam com coragem, fé, sabedoria e poder que
não lhes pertenciam.
Observe a experiência de Pedro. O medo fizera-o negar que conhecia a Jesus.
Que tipo de testemunha podia ser? Alguma vez já se sentiu como Pedro, temeroso de
falar de Jesus por medo de zombaria ou de perseguição? Pois Pedro, depois de cheio do
Espírito Santo, pregou ao mesmo povo que havia matado Jesus. Ele tinha uma
mensagem de Deus e intrepidez para entregá-la. Mais de três mil pessoas receberam a
Jesus no dia de Pentecoste.
1. Promessa do Batismo com Espírito Santo no Antigo Testamento
a) Derramar do Espírito
“Atentai para a minha repreensão, eis que derramarei copiosamente para vós
outros o meu Espírito e vos farei saber as minhas palavras”, Pv 1.23.
b) Derramarei do meu Espírito sobre a tua posteridade
8. “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca;
derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os seus
descendentes”, Isaías 44.3
c) E por outra língua falará a este povo
“Pelo que por lábios gaguejantes e por línguas estranhas falará o Senhor a este
povo”, Isaías 28.11
d) Derramarei o meu Espírito sobre toda carne
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda carne; vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão
visões”, Joel 2.28
2. Promessa do Batismo com Espírito Santo no Novo Testamento
a) “Ele vos batizará com Espírito Santo e com fogo” Mateus 3.11.
b) “Sobre aqueles que vires descer o Espírito” João 1.33
c) “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo”, Atos 1.4-8.
3. Os cinco principais lugares no Novo Testamento da promessa cumprida do batismo
no Espírito Santo.
1º Jerusalém, 33 Ad. – Atos 2.14;
2º Samaria, 34 Ad. – Atos 8.14-18;
3º Damasco, 35 Ad. Atos 9.17;
4º Cesaréia, 41 Ad. – Atos 10.44;
5º Éfeso, 45 Ad. – Atos 19.1-6.
VI – A importância do batismo com Espírito Santo
A Bíblia fala da importância do batismo com Espírito Santo para a Igreja. A
verdade é clara. Não necessita de subterfúgios. O batismo com Espírito é uma doutrina e
é uma experiência na vida cristã.
O batismo com Espírito Santo é importante para a Igreja. Ela fará da Igreja uma
testemunha poderosa de Cristo. Israel fracassou na sua missão, por isso, a Igreja não
pode fracassar.
O batismo com Espírito significa a plenitude da unção de Deus sobre a Igreja.
Você e eu necessitamos desta unção. Dependemos dela para termos sucesso como filhos
de Deus. Em meio a uma geração corrompida e perversa – Filipenses 2.15
1. Alvo do batismo com Espírito Santo
O alvo do batismo com Espírito Santo é fortalecer, revestir, e capacitar uma
Igreja para dar continuidade à missão de Cristo Jesus. Após o derramamento do Espírito
Santo em Atos 2, vemos o nascimento de uma Igreja forte e poderosa. O batismo com
Espírito Santo e os dons sobrenaturais são armas para a Igreja conquistar o mundo para
a Glória de Deus.
2. Quem ele quer batizar com Espírito Santo?
9. Deus quer batizar com Espírito Santo todos aqueles que estiverem perseverantes
nega promessa de Isaías 44.3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes
sobre a tua posteridade e a minha benção, sobre os teus descendentes”.
Fica claro que batismo com Espírito Santo e salvação são duas coisas diferentes.
A salvação é pela fé e conversão através do calvário. O batismo com Espírito Santo é
uma capacitação para a divulgação da mensagem do calvário.
A Bíblia nos diz, em Atos 2.2-4, que havia um povo reunido no tabernáculo
buscando o Espírito Santo com fé e perseverança, de repente, veio do céu um som,
como de um vento e enchendo toda casa onde estavam assentados.
E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas,
segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
Temos que atentar para uma coisa: a Bíblia diz neste texto que todos que
estavam reunidos receberam, isso nos dá condições de afirmar que Deus quer batizar
todos com o Espírito Santo. Em Joel 2.28 lemos: “acontecerá depois que derramarei o
meu Espírito Santo sobre toda a carne...”
Deus quer batizar com Espírito, o batismo é para a Igreja.
3. Qual evidência inicial do batismo com Espírito Santo
Como se diz que a doutrina distintiva do movimento pentecostal é o batismo
com o Espírito Santo, também pode ser dito que aquilo que é mais distintivo, nesta
doutrina específica é a convicção de que a evidência inicial deste batismo é o falar em
línguas.
É com fatos baseados no livro de Atos que nós, pentecostais, justificamos nossa
doutrina do falar em línguas como a evidência inicial deste batismo no Espírito Santo, o
“falar em línguas” dos Coríntios, conforme observaremos mais de perto no capítulo
seguinte.
Fundamentamos as nossas evidências do batismo com Espírito Santo nos
capítulos 2,8,9,10 e 19 do livro de Atos dos Apóstolos. Em Atos 8, não se menciona o
falar noutras línguas, e o argumento precisa ser sustentado em fundamentos que não são
rigorosamente textuais. Examinaremos, portanto, primeiramente Atos 2, 10 e 19, que
são, de qualquer maneira, as passagens mais freqüentemente empregadas no argumento
pentecostal.
a) Atos 2.1-4 – O Pentecoste
A efusão mais célebre do Espírito Santo com a manifestação das línguas ocorreu
na festa de Pentecoste e é registrada em Atos 2.14, que termina dizendo: “todos ficaram
cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas”. As línguas foram a
evidência que Deus deu do seu dom ao Espírito na primeira e principal experiência da
Igreja.
Reconhece-se que a ocasião de Pentecoste foi acompanhada por fenômenos sem
igual que não se repetem, tais como o som do vento, a visão de línguas como de fogo, e
pelo fato adicional de que somente aparentemente, as línguas eram entendidas pelos
ouvintes – Atos 2.5-13.
10. Nós, pentecostais, porém, separamos os fenômenos sem igual, que não se
repetem (Atos 1.1-3; 5-13), daquilo que é chamado de fenômeno repetível e
padronizante ao Pentecoste: a plenitude do Espírito Santo evidenciada pelo falar noutras
línguas (Atos 2.4). O vento, o fogo e outras manifestações já tinham acontecido como
sinais da antiga aliança, porém as línguas nunca tinham ocorrido, chega-se a conclusão
de que o falar noutra lígua é destinado a ser o sinal da presença do Espírito Santo na
Nova Aliança.
b) Atos 10.11 – A casa de Cornélio
Neste texto os acompanhantes de Pedro admiraram-se, porque também sobre os
gentios foi derramado o Espírito Santo, pois os ouviam falando em línguas – Atos
10.45-46.
Ora, o derramamento do Espírito Santo no lar gentio fez com que despertassem
os acompanhantes de Pedro, que eram judeus, que a visão da nova aliança formaria um
terceiro povo. Falar em línguas significa em todas as partes da igreja, desde Jerusalém
até Cesaréia, desde os judeus até os gentios, a experiência pentecostal.
c) Atos 19.1-7 – Os discípulos em Éfeso
Paulo, ao descobrir um grupo de discípulos efésios que não tinham
conhecimento do Espírito Santo, passou a instruí-los e os batizou. Depois, impondo-lhes
Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo e tanto falavam em línguas como
profetizavam – Atos 19.6. Mais uma vez, a evidência da vinda verdadeira do Espírito
Santo é que aqueles que o receberam falavam de modo incomum, inclusive o falar em
outras línguas.
d) Atos 8.18-19 – O Fenômeno em Samaria
Mesmo este texto não tendo do batismo com Espírito Santo sendo acompanhado
com a evidência de falar em línguas, nas suas entrelinhas, temos fatos que nos leva a
crer que a evidência tenha ocorrido. O fato é que se não tivesse ocorrido, não teria
despertado ansiedade em Simão, o Mago, que ofereceu dinheiro para receber aquilo que
tinha visto. Sabemos que o Espírito se move no interior e as línguas no exterior.
A Bíblia afirma que ele viu, ora ele era um homem natural. Cremos que, o que
ele pode ver foi as línguas estranhas, que são o sinal do batismo.
e) Atos 9 – Conversão de Paulo
Em Atos 9, na conversão de Paulo, não temos dentro destes relatos uma
confirmação desta evidência. Porém em 1 Co 14.18, nos diz: “dou graças a Deus, pois
falo em outras línguas mais do que todos vós”.
Isso nos deixa à vontade em dizer que, mesmo o livro de Atos não relatando que
Paulo falou em línguas, temos a confirmação na carta aos Coríntios.
Para concluirmos este ponto, temos que fechar com uma palavra de Jesus
relatada em Marcos 16.17: “E estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem, em
meu nome expelirão demônios, falarão novas línguas”.
VII – Fruto do Espírito
1. O fruto do Espírito Santo
Mas o fruto do Espírito Santo é caridade, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança – Gálatas 5.22.
11. O “fruto” e os “frutos” mencionados nas escrituras, especialmente no Novo
Testamento, são qualidades morais e espirituais cultivadas pelo Espírito Santo de Deus
na personalidade cristã.
O primeiro vem citado no singular, embora composto de “nove qualidades”
diferentes formando uma diversidade de operações. Contudo, é o mesmo Espírito que
opera todas as coisas, repartindo particularmente a cada um como quer – 1 Co 12.11.
Significa que o fruto, mesmo sendo composto de nove qualidades, contém um só sabor
que abre caminho para a perfeição ao transformar o cristão de glória em glória, na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor – 2 Co 3.18.
O fruto do Espírito é o resultado na vida dos que participam da natureza divina,
ou seja, dos que estão ligados a Cristo, a videira verdadeira – Jo 15.1-5. Assim,
passamos a obter ma nova natureza, porque fomos gerados, não de somente corruptível,
mas da incorruptibilidade, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre – 1
Pe 1.2-3.
O fruto do Espírito Santo mencionado em outras passagens das Escrituras
referem-se a outras operações do Espírito de Deus na vida do cristão, produzindo outras
virtudes na alma que depois examinaremos à luz do contexto.
a) Amor (caridade) – 1 Co 13.8-13.
Este atributo ao Espírito Santo de Deus é evidentemente o mais sublime de
todos. Ele é o fundamento sobre o qual os demais dons e virtudes do Espírito Santo
estão edificados.
O amor é o solo onde são cultivadas as demais virtudes da existência, seja
terrena ou celestial.
O amor é a base onde todos os dons espirituais são implantados.
O amor é a fonte de onde fluirão as demais fontes de tudo que é divino: a
caridade (amor) nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas
cessarão; havendo ciências, desaparecerão; agora pois, permanecem a fé, a esperança e
a caridade, mas a maior de todas é a caridade.
O filho de Deus nos ensinou a caminhar as duas milhas – Mt 5.41. A primeira é
a do dever, a segunda a milha do amor.
Quem trabalha para Deus apenas para cumprir seu dever cristão, reconhece-o
apenas como Senhor, mas quem trabalha por amor e gratidão pelo que ele fez e continua
fazendo em sua vida reconhece-o como Pai.
A observância dos mandamentos de Deus e dos ensinamentos de Cristo requer
amor no coração. Jesus disse:
“se me amardes, guardareis os meus mandamentos”, Jo 14.15.
“De sorte que o cumprimento da Lei é o amor”, Rm 13.10.
“Porque toda Lei se cumpre numa só palavra, amarás o teu próximo como a ti
mesmo”, Gl 5.14.
b) Gozo (Alegria)
Algumas versões da Bíblia traduzem ‘gozo’ por ‘alegria’, sendo esta a felicidade
que o crente desfruta no Espírito Santo.
12. O termo grego aqui é chara. O termo charis, traduzido em português por “graça”,
vem da mesma raiz. Charis, a partir de Homero, passou a significar aquilo que promove
bem-estar entre os homens.
Definição: O substantivo traz a idéia de “encanto”, de onde provém o ‘charme’,
alegria que é uma qualidade implantada na alma que teve um encontro com Deus, e visa
uma vida regozijo e de agradecimento ao Senhor.
Alegria, fruto do louvor. Está alguém contente? Cante louvores – Tg 5.13. A
alegria envolve pensamentos suaves sobre Cristo, hinos e salmos, louvores e ação de
graças, com que os cristãos se instruem, inspiram e refrigeram a si mesmos.
Alegria, fruto da glorificação. A alegria faz parte da esfera central do Reino de
Deus, que não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito ao homem – Rm 14.17,18.
A tristeza somente é benéfica quando vem de Deus, para produzir arrependimento e,
depois, edificação, porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a
salvação, da qual ninguém se arrepende – 2 Co 7.10.
c) Paz
Várias passagens das Escrituras apresentam o Senhor como Varão de Guerra –
Ex 15; Sl 24.3, mas ele é também chamado “O Deus de Paz” – Rm 15.33; 2 Co 13.11.
A guerra tira a paz. No campo espiritual, entretanto, esta é a função do pecado. Ele tira a
paz do coração: para com Deus, os outros homens, o próprio ser e a própria consciência.
Porém, com o perdão dos pecados, esta virtude é implantada no coração.
O fruto ‘paz’ foi criado por Cristo e é implantado no salvo pelo Espírito.
• Cristo é a nossa paz – Ef 2.14;
• Cristo evangelizou a paz – Ef 2.17;
• Em Cristo, Deus e o homem se encontram em paz – Ef 2.15;
• Em Cristo, o crente desfruta a paz – Jo 14.17; 16.33.
A paz envolve muito mais do que a tranqüilidade íntima que prevalece a
despeito das tempestades externas, trata-se de uma qualidade produzida em nosso
espírito. A verdadeira tende à tranqüilidade de consciência. A paz opõe-se ao ódio, à
desavença, à contenda, à inveja, à chantagem psicológica, aos excessos e coisas
semelhantes.
Este fruto do Espírito guarda a alma do desespero, da aflição e da desconfiança,
conforme escreve Paulo: “e a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os
vossos corações e o vosso sentimento em Cristo Jesus”, Fp 4.7. Cristo é, portanto, o Rei
de Salém – que é Rei de Paz, à semelhança de Melquisedeque, que primeiramente é, por
interpretação, Rei de justiça e depois Rei de Salém, que é Rei de Paz – Hb 7.2.
d) Longanimidade
O termo grego para ‘longanimidade’ é ‘makrothumia’ que quer dizer ‘paciência’
em sua forma objetiva, o que indica a qualidade de alguém que é tolerante por natureza.
Deus é o exemplo supremo que devemos seguir. Sua misericórdia abarca a todos
os seres humanos, e ninguém é tido por merecedor dela.
13. Assim as misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos:
porque as Suas misericórdias não tem fim – Lm 3.22
e) Benignidade
O termo benignidade trata a idéia de gentileza, bondade, etc.
Sobre esta qualidade do fruto do Espírito, escreve Martinho Lutero: “Os
seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis,
suaves, corteses e de fala mansa, ainda que com poder e autoridade, o que deveria
encorajar outros a buscarem sua companhia... A gentileza pode se dar bem atém mesmo
com pessoas ousadas e difíceis...”
Nosso Salvador Jesus Cristo, era mansamente gentil... A cerca de Pedro, ficou
registrado que ele chorava sempre que se lembrava da suave gentileza de Cristo em seus
contatos diários com as pessoas... E depois quando apenas olhou para ele...
Concedendo-lhe o perdão por ter negado seu Mestre três vezes.
Deus é o exemplo original de benignidade e Cristo, o exemplo ideal, passando a
ser nosso modelo – 2 Co 10.1.
O Salmo 119.64 exalta a benignidade de Deus: “... a terra, ó Senhor, está cheia
da tua benignidade...”.
Esta qualidade faz do crente uma pessoa compassiva, cheia de ternura e,
sobretudo, contemplativa para com os menos privilegiados.
f) Bondade
Quando Jesus falou para o jovem rico: ”por que me chamas bom? Ninguém é
bom, senão um, que é Deus”. Lc 18.19. Ele queria dizer, em outras palavras: ninguém é
infalivelmente bom, a não ser Deus. Os homens podem ser bons, entretanto, isto não
significa bondade pois são limitados para exercer tal atributo.
Nas Escrituras, o homem bom é retratado como sendo acompanhado por Deus:
os passos de um homem bom são confirmados pelo Senhor, e ele deleita-se no seu
caminho – Sl 37.23.
Assim defendemos esta qualidade: uma pessoa é bondosa quando se dispõe a
ajudar aqueles que estão necessitando.
Somente pela bondade teremos graça no coração para cumprir certos
mandamentos de Cristo. Por exemplo, nosso Senhor nos ensinou a amar nossos
inimigos até bendizê-los: “ouvistes que foi dito: amarás o teu próximo e aborrecerás o
teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos
maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem”, Mt 5.43-44.
g) Fé
Em 1 Co 12.9 a palavra fé aparece como um dos dons de poder. No texto de
Gálatas descreve uma qualidade do fruto do Espírito.
Em algumas traduções, o Grego ‘pistis’ (fé) é traduzido como ‘fidelidade’, a
despeito do fato que nenhuma fidelidade é possível sem o concurso da fé. Como dom de
14. poder significa aquela capacidade especial que vem sobre o Cristão diante de uma
necessidade.
A fé, permanente em si mesmo, opera no ser humano ocasional e
momentaneamente.
Porém como fruto do Espírito, opera permanentemente na vida do salvo. Em
outras palavras, a fé produz no crente o fruto da fidelidade. A fidelidade é caracterizada
pela firmeza do propósito, por uma atitude e uma conduta justa, pela devoção de alguém
ser fiel até a morte – Ap 2.10.
A fidelidade assim demonstrada denota a certeza de que tudo quanto Deus
declarou ser sua intenção fazer terá pleno cumprimento.
Todas as promessas de Deus ao homem são confirmadas com o selo da sua
fidelidade. Isso dá ao cristão a ousadia e a confiança para entrar no santuário, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela
sua carne e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com
verdadeiro coração, em inteira certeza de fé...
Deus é imutável! Por conseguinte, entende-se que ele nunca muda em seus
propósitos, atributos, conselhos e natureza. Deus é sempre o mesmo, em qualquer
dimensão.
A fidelidade visa também produzir esta mesma natureza, pois somente assim o
crente irá proceder fielmente em tudo que faz – 3 Jo 5.
h) mansidão
Jesus Cristo foi o exemplo da mansidão: “aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração”, Mt 11.29. Outras passagens das Escrituras falam da mansidão de
nosso Senhor, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, cf. Sl 23.2; Is 40.11; 2 Co
9.9; Mt 11.29; 21.5; 2 Co 10.1.
A mansidão deve estar presente em cada detalhe da vida espiritual, nas obras e
no viver. É preciso cultivar:
• Um Espírito manso, 1 Co 4.21; 1 Pe 3.4;
• As obras da mansidão, Tg 3.13;
• A mansidão para com todos os homens, Tt 3.2.
Muitas pessoas confundem este atributo como lentidão, timidez e até mesmo
com covardia. Jesus era “manso e humilde de coração”, mas é também descrito em
outras passagens como guerreiro vingador – Sl 45.3; Is 63.1-6.
i) Temperança
Define-se a temperança como a virtude que, tanto no agir como no julgar, evita
extremos. Na vida espiritual, por exemplo, ser extremamente metódico ou formal, não é
bom; ser fanático é considerar sua igreja ou sua religião apenas como meio de refúgio.
O fanatismo pode levar as pessoas a cometer excessos ou loucuras, com
prejuízos para elas próprias e a outrem. A sobriedade é muito importante, tanto na vida
social quanto na espiritual.
As Escrituras nos mostram o verdadeiro caminho do domínio próprio: “Vês
aqui, hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal... Os céus e a terra tomo,
15. hoje, por testemunhas contra ti, que te tenho proposto a vida e a morte, a benção e a
maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente”, Dt 30.15-19.
O caminho da vida e que devemos realmente trilhar, conforme Isaías 30.21, é:
“Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para a
esquerda”. Pessoas há que crescem desordenadamente na vida espiritual, tornando-se
um problema para a família. Outras procuram ordenar seus passos de acordo com a
orientação bíblica de crescer na graça e no conhecimento – 2 Pe 3.18.
• O sal em excesso pode matar;
• A luz demasiada pode cegar;
• O fogo fora de controle pode destruir.
Quando o Espírito do Senhor implanta em nosso ser virtude espiritual, nossas
ações e palavras passam a ser diretamente controladas por ele. Existem várias
recomendações bíblicas, para que “andemos no Espírito” (Fl 5.16) e vivamos no
Espírito (Cl 5.25).
As nove bem-aventuranças, ensinadas por Jesus em Mateus 5.3-11, e os nove
dons espirituais, mencionados em 1 Co 12.8-10, podem ser considerados frutos do
Espírito.
Através destas operações divinas na vida do cristão, passamos a estar ligados
diretamente a Jesus, e assim começamos a dar frutos, mais fruto e muito fruto – Jo 15.2-
5. O primeiro fruto produzido pelo Espírito é o arrependimento: “produzi, pois frutos
dignos de arrependimento”, Mt 3.8.
Outros frutos são relacionados:
• O fruto das boas obras – Mt 7.16-20;
• O fruto da oração – 1 Co 14.14;
• O fruto da comunhão – Mt 26.29;
• O fruto da justiça – 2 Co 9.10;
• O fruto da luz – Ef 5.9;
• O fruto pacífico – Hb 12.11;
• O fruto precioso – Tg 5.7;
• O fruto da vida eterna – Ap 22.2.
O clima diversificado na terra produz grande variedade de fruto. Assim também
na esfera espiritual, onde o Espírito de Deus atua em diversas áreas da vida humana.
Alguns destes frutos são talvez produzidos uma vez apenas pelo Espírito Santo:
o do arrependimento, o da oração, etc. Outros, pelo contrário, são produzidos e
renovados a cada dia, como o da santificação, Rm 6.22; Ap 22.11. Ainda são
mencionados outros que de continuo estão sendo renovados pelo Espírito de Deus:
• O fruto da oração – 1 Co 14.14;
• O fruto do louvor – Hb 13.15;
• O fruto da justiça – Ap 22.11.
VIII – Dons do Espírito Santo
16. O Espírito Santo, quando atua por meio de nossa vida e ministério, equipa-nos
com determinados dons ou capacidades. Desse modo, cada pessoa pode realizar o
trabalho que Deus deseja que realize. Além das capacidades que consideramos naturais,
Paulo menciona nove dons sobrenaturais em 1 Co 12. Talvez você os conheça pelo
nome de carismas, palavra grega que significa ‘dom’. Desta palavra deriva o nome
‘movimento carismático’, que abrange o crescente número de crentes e de igrejas que
aceitam hoje o poder sobrenatural do Espírito Santo, permitindo-lhe fazer, através deles,
o que Paulo descreve em 1 Co 12.
Uma coisa deve recordar como respeito aos dons do Espírito, não são
concedidos aos crentes como capacidades que possam usar a seu bel-prazer. São, antes
formas pelas quais o Espírito opera por meio deles.
Lendo 1 Co 12.1-31, vemos que Paulo fala da igreja como Corpo de Cristo.
Pense em seu corpo. Quantos de seus membros do Corpo de Cristo tem um trabalho
especial? A quantos, pois, o Espírito Santo quer proporcionar um dom ou capacidade
especial para que desempenhe sua função?
1. Classificação dos dons
De acordo com o ensino geral da Bíblia, os dons podem ser classificados em três
grupos distintos.
a) Dons ministeriais:
• Apóstolos
• Evangelistas
• Mestres
• Profetas
• Pastores
b) Dons auxiliares:
• Governo
• Repartir
• Exercitar Misericórdia
• Exortação
• Presidir
• Socorros
c) Dons espirituais:
• Palavra de sabedoria
• Palavra de ciência
• Palavra de fé
• Dons de curar
• Dom de operação de maravilhas
• Dom de profecia
• Discernimento de espíritos
17. • Variedade e interpretação
Esta é uma lista técnica, conforme os dons se encontram relacionados.
Estudaremos cada um deles mais á frente (com exceção dos dons ministeriais e dons
auxiliares), por sua ordem e grupo.
2. Dom e dons
O dom (singular) deve ser diferenciado de dons (plural). O dom propriamente
dito é o batismo com Espírito Santo, conforme defendeu Pedro no dia de pentecoste e
em outras ocasiões, quando se referia ao derramamento do Espírito Santo: “E disse-lhe
Pedro: Arrependei-vos cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”, Atos 2.38. E, mais adiante,
na cidade de Samaria ao mago Simão: “o teu dinheiro seja contigo para perdição, pois
cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro”, Atos 8.20, e finalmente na casa de
Cornélio, o Centurião Romano: “E os fiéis que eram da circuncisão maravilharam-se de
que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios”, Atos 10.45.
Claro está que o termo dom usado neste texto refere-se ao batismo com Espírito
santo, que os 120 discípulos receberam no cenáculo, evidenciado pelo faar em outras
línguas.
No episódio de Atos 8.14-20, novamente o termo dom é repetido pelo apóstolo
Pedro, como sendo o batismo, com o Espírito Santo. Assim, também na casa do
centurião (Atos 10.44-47). E no concílio realizado em Jerusalém, onde Pedro se defende
por ter entrado na casa de um gentio – Atos 15.8.
3. Propósito dos dons
Os dons espirituais tem, como tudo que vem de Deus, propósitos definidos: eles
revelam ao mundo a Igreja de Cristo como sendo em verdade, o corpo místico de Jesus
Cristo – Ef 1.22-23; 1 Co 12.12. Eles promovem a edificação e o aperfeiçoamento
espiritual dos Santos. Eles dão condições à Igreja de se expandir, através da
evangelização, promovendo o crescimento constante e ininterrupto do reino de Deus
entre os homens. Eles capacitam a Igreja para os difíceis momentos de aflição, luta e
crise. Eles oferecem certos recursos especiais à Igreja em sua acirrada luta contra o
inimigo.
IX – Classificação dos dons do Espírito Santo
Os dons do Espírito Santo obtêm três classificações:
• Conhecimento
• Poder
• Expressão
•
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26. Os dons de Conhecimentos – são dons de revelação que não e visível, são
totalmente internos. O Espírito Santo trabalha principalmente com a mente do homem.
Os dons de Poder expressam o resultado da movimentação de Deus com marcas
no meio do povo.
Os dons de Expressão, no meio da Igreja é mais visível, pois é uma forma do
Espírito Santo se apresentar à Igreja.
Suas Classificações:
Dons do
Espírito
Santo
1 Corintios 12.8-10
Conhecimento
• Palavra de sabedoria
• Palavra de Ciência
• Discernimento de Espírito
Poder
• Fé
• Curar
• Operar Maravilhas
Expressão
• Profecia
• Variedades de Língua
• Interpretação de Línguas
1. Dons de Conhecimento
a) O dom da Palavra da Sabedoria
“E a um, pelo mesmo Espírito é dada a palavra da sabedoria”, 1 Co 12.8.
A sabedoria como dom é completamente sobrenatural: uma operação divina –
através do Espírito Santo que dilata a mente e o coração do homem, 1 Reis 4.29. “Com
a tua boca e com a sua boca, ensinando-vos o que haveis de fazer”, Ex 4.12-15.
Daniel e seus companheiros – “Ora, a esses quatro mancebos Deus deu o
conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria”, Dn 1.17.
Cristo, mesmo antes de se humanizar, foi retratado no Antigo Testamento como
sendo a própria sabedoria – Pv 8.22-36. E no Novo Testamento “foi feito por Deus
sabedoria”, 1 Co 1.30. O Espírito Santo ungiu a Jesus Cristo para ser sua sabedoria. Isto
é detalhado em Isaías 11.2, onde diz que repousará sobre ele o Espírito do Senhor:
• Espírito da Sabedoria – habilidade para compreender a essência e o propósito
das coisas e descobrir os meios certos de realizar o propósito de Deus em cada
vida.
27. • Espírito de Inteligência – habilidade para discernir circunstâncias,
relacionamentos e pessoas.
• Espírito de Conselho – habilidade de tomar decisões acertadas. Informar e
guiar outras pessoas.
• Espírito de Conhecimento – habilidade para ajudar a descobrir a “Boa,
agradável, e perfeita vontade de Deus”.
• No Novo Testamento
A sabedoria divina é retratada no Novo Testamento como algo sublime e
especial. Durante seu ministério terreno. Jesus antecipou aos seus seguidores que iriam
enfrentar momentos difíceis diante de homens poderosos, de saber elevado e que, sem
uma intervenção miraculosa do Espírito Santo, através do dom da palavra de sabedoria,
eles jamais seriam vitoriosos.
O dom da palavra de sabedoria foi concedido aos discípulos no dia de
Pentecoste. Pedro era, até então, um discípulo ousado, mas sem poder de persuasão, Mt
16.22-23. Entretanto, após o Pentecoste, este quadro se reverteu! Pedro tornou-se um
homem eloqüente e poderoso e, em apenas uns oito minutos, convenceu a multidão do
extraordinário acontecimento ali presenciado, Atos 2.14-40.
Depois desse dia, o dom da palavra da sabedoria acompanhou passo a passo a
Igreja Primitiva.
b) O Dom da palavra da Ciência
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência”, 1 Co 12.8.
O dom da palavra da ciência é a revelação sobrenatural de algum fato que existe
na mente de Deus, mas que o homem, devido às suas limitações, não pode conhecer a
não ser pela poderosa intervenção do Espírito Santo de Deus.
Deus não nos concede a faculdade da onisciência, que é exclusivamente divina,
mas por meio do Espírito Santo nos concede a palavra da ciência, sempre avisando a um
proveitoso e glorioso na edificação espiritual de seus filhos.
A ciência como algo sobrenatural é um dom, e não meramente conhecimento
adquirido através de estudo e pesquisas dirigidas ou sistematizadas. Relaciona-se como
algo perscrutador. Ao invés de discorrer, como a sabedoria investiga. Vemos então, que
a sabedoria dedica-se mais à dissertação, ao ensino e à comunicação; a ciência, por sua
vez, se ocupa com a pesquisa e a descoberta como dom ocupa-se com os segredos mais
profundos da vida espiritual. Foi o que Paulo descobriu quando Deus o usou com este
dom. Ele exclamou. “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência
de Deus. Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos”.
Rm 11.33.
Já que o Espírito Santo é Deus, e Deus sabe todas as coisas, o que ele transmite a
seus filhos a seus filhos através do dom da palavra ciência é um reflexo da mente
divina.
c) O dom de discernir os Espíritos
“E a outro, o dom de discernir o Espírito”, 1 Co 12.10.
28. O dom de discernir os espíritos não é técnica, perícia ou psicologia humana, mas
sim uma atuação direta do Espírito Santo na mente do homem, capacitando-o com uma
espécie de “Psicologia Divina” que lhe permite distinguir as manifestações vinda de
Deus das procedentes de espíritos demoníacos.
Há muitos indivíduos dotados de poderes espirituais e psíquicos que não
pertencem ao reino de Deus. Manifestações estranhas foram presenciadas em toda
Bíblia. De igual modo, do lado do bem, sempre houve homens capacitados por Deus
com dom de discernimento, para advertir e combater tais heresias. O dom de discernir
os espíritos é realmente o poder de distinguir as operações do Espírito Santo das de
espíritos malignos e enganadores.
Podemos observar que Deus, através dos tempos, distribuiu este dom a muitos
de seus servos, tanto na antiga quanto na nova geração. O inimigo de Deus e dos
homens muitas vezes “se transfigura em anjo de luz”, e passa a enviar seus espíritos
enganadores para introduzir espíritos que até operam maravilhas semelhantes as de
Deus. Torna-se necessário, então a intervenção do Espírito de Deus, capacitando
homens e mulheres para discernir certas manifestações duvidosas e estranhas.
Temos na Bíblia alguns exemplos:
• José: “E disse-lhe José: Que é isto que fizeste? Não sabeis vós que tal homem
como eu bem advinha?” Gn44.15.
• Moisés: “E ouvindo Josué a voz do povo que jubilava, disse a Moisés: alarido de
guerra há no arraial Porém ele disse: não é alarido dos vitoriosos, nem alarido
dos vencidos, mas o alarido dos que cantam eu ouço”, Ex 32.17-18.
• Na ocasião em que Ananias e Safira mentiram, quando podiam ter falado a
verdade, houve discernimento do Espírito Santo, por parte de Pedro, e o casal
morreu aos pés do Apóstolo – At 5.1-10.
• Quando Paulo e Barnabé ministravam o evangelho na ilha de Chipre, opôs-se a
eles um mágico chamado Elimas. Paulo, naquele momento, foi capacitado pelo
Espírito Santo, discernindo que o mágico era filho do diabo, e, com uma palavra
de autoridade, invocou contra ele o julgamento de Deus sob forma de cegueira
temporária – At 13.6-12.
• Em Filipos, uma jovem possessa de espírito adivinhador seguia a Paulo e a Silas,
dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do
Deus Altíssimo.
2. Dons de Poder
a) Dom de Fé.
“E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé”. 1 Co 12.9.
Biblicamente, define-se a fé da seguinte forma:
“Ora a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas
que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”, Hb 11.1
A fé como dom de poder, é mencionada em 1 Co 12.9. Uma operação
completamente sobrenatural do Espírito Santo, capacitando a mente humana para uma
29. confiança sem igual no poder de Deus, a de que ele pode realizar qualquer coisa que lhe
apraz. O Espírito opera no mais profundo do coração humano, produzindo uma reação
imediata da alma e levando-a à certeza e à evidência. A certeza é o estado do Espírito
que consiste na firme adesão a uma verdade conhecida, sem o temor do engano. A
evidência é o que fundamenta a certeza.
Definimo-la como a clareza plena como que adere ao poder de Deus. Diante de
tal operação do Espírito Santo, toda e qualquer dúvida é aniquilada, a fé especial,
mesmo sendo um dom do Espírito Santo, pode ser dividida em graus menores e
maiores, da seguinte maneira:
• “Ainda não tem fé”, Mc 4.40;
• “Pouca fé”, Mt 17.20;
• “Tanta fé”, Mt 15.28;
• “Grande fé”, Mt 15.28;
• “Toda fé”, 1 Co 13.2.
Para que haja um desempenho amplo da fé, torna-se necessário aniquilar tpda
dúvida produzida no coração. Jesus disse: “Se tiverdes fé e não duvidares”, Mt 21.21.
Foi este poder, a fé especial, pelo qual Jesus transformou água em vinho,
multiplicou os pães e os peixes, acalmou a tempestade, expulsou demônios, curou
enfermos e ressuscitou mortos.
b) Dons de curar.
Os dons de curar são dons ativos que produzem sinais e maravilhas. De fato, isso
fica bem demonstrado em algumas passagens das escrituras. A cura de qualquer
enfermidade é sempre um milagre, e um milagre é sempre uma maravilha e uma
maravilha é sempre um prodígio: “enquanto estendes a tua mão para curar, e para que se
façam sinais e prodígios pelo nome do teu Santo Filho Jesus”, Atos 4.30.
Na epístola aos hebreus, o escritor sagrado confirma este argumento.
“Testificando também Deus com ele, por sinais e milagres e várias maravilhas e dos do
Espírito Santo distribuídos por sua vontade”, Hb 2.4.
O leitor deve observar que o versículo chave desta seção menciona “Dons de
curar”, no plural, expressão que se repete no versículo 28 do mesmo capítulo.
Entretanto, no versículo 30, encontramos a forma singular: “Tem todos o dom de
curar?”, pergunta o apóstolo Paulo. A pluralidade deste dom provavelmente indica que
cada diferente cura deve ser considerada uma autuação de um dom específico ou uma
diversificada operação do Espírito. Isto significa que os dons de curar operam de
maneira multiforme.
Curas miraculosas, efetuadas por intervenção divina no Antigo Testamento,
mostram esta realidade. Também aquelas realizadas por Jesus e seus discípulos, no
Novo Testamento, a confirmam. Qualquer operação do Espírito Santo, até mesmo as
realizadas ainda no período da lei, trazia em si instruções didáticas e métodos
pedagógicos.
Jesus cura através:
• Da orla de seus vestidos – Mc 5.30;
30. • Da saliva – Mc 8.23;
• Do lodo – Jo 9.6-7;
• De suas mãos – Mc 6.5;
• Do supremo ‘poder’ da palavra – Mt 8.8; Jo 4.50-53.
Isso acontecia freqüentemente, porque sobre ele repousava algo especial, isto é,
a virtude do Senhor estava com Ele para curar – Lc 5.17.
A promessa de Jesus a respeito da cura
Antes de ser assunto aos Céus, Jesus prometeu a seus discípulos poder sobre
toda a enfermidade e moléstia. A ordem do divino mestre foi esta: “curai os enfermos,
limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios”, Mt 10.8. E, após sua
ressurreição, nosso Senhor reafirmou, em Mc 16.17-18, a promessa foi feita no início
de seu ministério: “e estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome... imporão as
mãos sobre os enfermos e os curarão”.
No ministério de Pedro e Paulo, os dons de curar eram tão presentes que, em
alguns casos, se dispensava até a presença física desses dois obreiros:
• Pedro: “a ponto de transportarem os enfermos para as ruas, e os porem em leitos
e macas, para que ao passar Pedro, ao menos sua sombra cobrisse alguns deles”,
Atos 5.15.
• Paulo: “E Deus pelas mãos de Paulo faziam maravilhas extraordinárias, de sorte
que até os lenços e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as
enfermidades fugiam deles”, Atos 19.11-12.
c) O dom de operar maravilha.
“E a outro, a operação de maravilhas”, 1 Co 12.10. No grego, encontramos a
palavra ‘Dynameis’ (Poderes), para indicar a operação realizada pelo Espírito Santo.
Tem acompanhado toda a história do povo de Deus em ambos os pactos. As dez pragas
enviadas ao Egito, foram reputadas como sendo maravilhas da parte de Deus, Ex 3.20.
Maravilhas é um milagre, portanto. Milagre é uma intervenção ordenada na operação
regular da natureza: uma suspensão sobrenatural da lei natural. Tanto no Antigo quanto
no Novo Testamento, as maravilhas eram sempre operadas em resposta as necessidades
mais prementes da vida. Vejamos essas maravilhas operadas por Deus no Antigo
Testamento. Depois, veremos as manifestações deste dom em Jesus e seus discípulos,
no Novo Testamento. Apresentaremos apenas um esboço com a respectiva citação
bíblica.
Antigo Testamento
• Trasladação de Enoque – Gn 5.24;
• Dilúvio – Gn 6.8;
• Confusão das línguas – Gn 11.9;
• Espalham-se as famílias – Gn 11.9;
• Sodomitas são feridos de cegueira – Gn 19.11;
• Destruição de Sodoma e Gomorra – Gn 19.24;
31. • A sarça ardente – Ex 3.2;
• A vara de Arão torna-se serpente – Ex 7.10;
• As águas tornam-se em sangue – Ex 7.20;
• Rãs – Ex 8.6;
• Piolhos – Ex 8.17;
• Mosca – Ex 8.24;
• Peste de animais – Ex 9.6;
• Úlceras – Ex 9.10;
• Saraiva – Ex 9.23;
• Ganfanohtos – Ex 10.13;
• Trevas – Ex. 10.22;
• Morte dos primogênitos – Ex 12.29;
• Mar Vermelho se divide e retorna ao seu leito – Ex 14.21;
E muitas outras maravilhas realizadas por Deus no Antigo Testamento.
Novo Testamento
a) Ressurreição dos mortos.
• O filho da viúva de Naim – Lc 7.11-17;
• A filha de Jairo – Mc 5.21-43;
• Lázaro de Betânia – Jo 11.32-44;
• Mortos ressuscitam por ocasião da morte de Jesus – Mt 27.52-53;
• A ressurreição de Jesus – Jo 2.19-21;
b) Expulsão de demônios.
• Um homem com um Espírito imundo – Mc 1.23-26;
• Um endemoniado, cego e imndo – Mt 12.22;
• Dois homens possuídos de legião – Mt 8.28-34;
c) Curas físicas.
• A sogra de Pedro – Mc 1.29-30;
• Um paralítico – Mc 2.3-12;
• O homem da mão mirrada – Lc 6.6-10;
d) Sobre as forças da natureza.
• Água transformada em vinho – Jo 2.1-11;
• Jesus passa invisível por entre os inimigos – Lc 4.30.
e) Outras maravilhas
• Resposta através de uma voz sobrenatural – Jo 12.28-30;
• Sinais no Dia de Pentecoste – Atos 11.8;
• Sinais e prodígios entre o povo – Atos 5.12.
32. 3. Dons de expressão
a) O Dom da profecia
“E a outro a profecia”, 1 Co 12.10.
O substantivo grego ‘profhteria’ (profecia) aparece 19 vezes no Novo
Testamento. Deriva-se do grego ‘pro’ (antes, em favor de) e de phemi (falar). Ou seja,
alguém que fala por outrem e, por extensão, ‘interprete’, especialmente da vontade de
Deus.
Em sentido geral, a palavra ‘profecia’, quando derivada de pro (aquilo que jaz
adiante), traz a idéia de vaticínio divino de primeira grandeza.
No presente texto, a palavra profecia tem um sentido especial. Trata-se de um
dos dons do Espírito Santo, significando uma predição momentânea e sobrenatural.
Neste terceiro grupo de dons espirituais, a profecia assume o primeiro lugar em
magnitude. São dons que operam na esfera espiritual.
Os dons de revelação expressam os pensamentos de Deus. Os dons de poder
manifestam sua onipotência e grandeza, preenchendo o campo inteiro de nossa visão.
Origem da profecia
Há pelo menos três fontes das quais surgem mensagens proféticas:
1ª – Divina – Isto é, a inspiração que parte diretamente do coração de Deus,
Fonte de todo bem – Jr 23.28-29; Tg 1.17; 1 Pe 4.11.
2ª – Humana – Neste caso a mensagem parte do coração do próprio profeta, que
fala sem autorização do Senhor – 1 Sm 7.2-17; Jr 23.16.
3ª – Demoníaca – A falsa profecia parte diretamente de um Espírito enganador,
ou mesmo de um demônio – 1 Tm 4.1-3; Ap 16.13-16.
O Valor da profecia
A palavra de Deus ou Palavra Profética, foi sempre de muita valia para o povo
de Deus em geral – 1 Sm 3.1. Talvez, por isso, Moisés tenha exclamado: “Tomara que
todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito” – Nm
11.29.
Finalmente, Paulo manifesta o mesmo sentido, aconselhando os Corintíos a
procurar “com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar”, 1 Co 14.1.
Nos versículos seguintes, o Apóstolo reafirma sua admoestação em outros termos,
como por exemplo: E eu quero que todos vós faleis em línguas estranhas; mas muito
mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas
estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior que do que o
que fala línguas estranhas. Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar (v. 39).
A finalidade da profecia
O dom da profecia tornara-se o mais desejado da igreja em Corinto,
provavelmente, como observamos pelas seguintes razões:
• A profecia visa a edificação da Igreja, tema quase que central do capítulo quatro
de 1 Corintios, e não apenas a edificação do crente individual, como é o caso
das línguas quando não interpretadas.
33. • A profecia visa a edificação da Igreja, tema quase que central do capítulo quatro
de 1 Coríntios, e não apenas a edificação do crente individual, como é o caso
das línguas quando não interpretadas.
• A profecia serve para exortação.
• A profecia serve para consolar.
• A profecia é um meio de transmitir revelações e doutrinas, quando vazadas nas
revelações plenárias.
• A profecia faz soar o ‘toque’ da mensagem cristã que leva o crente a preparar-se
para a batalha espiritual.
• A profecia é uma voz clara num mundo de vozes confusas e desassociadas.
• A profecia é um dom espiritual que abençoa os crentes em qualquer lugar onde
Deus assim o queira.
• A profecia deve ser ministrada segundo a medida da fé. Em outras palavras, de
acordo com as regras e padrões estabelecidos na Palavra de Deus.
• A profecia deve ser transmitida sob os cuidados da direção ministerial.
• A profecia é um alerta contra o pecado: Não havendo profecia, o povo se
corrompe – Pv 29.18.
b) O dom de variedade de línguas
“E a outro, a variedade de línguas”, 1 Co 12.10.
Este dom é, até certo ponto, menor que o de profecia, conforme declara Paulo ao
discorrer sobre os dons espirituais na Igreja em Corinto: “E eu quero que todos vós
faleis línguas estranhas; mas, muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior
do que o que fala em línguas”, 1 Co 14.5.
Entretanto, o Apóstolos ressalva:
“... a não ser que também interprete”.
Devemos ter em mente que está em foco a variedade, e não meramente o dom de
línguas, comumente desfrutado pelos cristãos batizados com Espírito Santo.
• No Dia de Pentecoste
Alguns estudioso explicam as línguas faladas no Dia de Pentecostes como o
resultado da memória sobrenatural vivificada, reproduzindo nos judeus e prosélitos
frases e orações ouvidas por eles e guardadas no inconsciente, as quais precisavam usar
sob circunstâncias normais.
O escritor sagrado diz que o fenômeno sobrenatural deixou todos pasmos, a
ponto de dizerem: “Pois não são galileus todos esses homens que estão falando? Como,
pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos”, Atos 2.7-
8.
O fenômeno contribuiu para destacar a universidade da mensagem cristã, em
contraste com a expressão nacional do judaísmo. Além disso, o Espírito Santo dava
cumprimento a mais um vaticínio das Escrituras, que dizia: “pelo que por lábios
estranhos e por outra língua, falará a este povo”, Isaías 28.11.
34. Qualquer pessoa ficaria impressionada ao ouvir de um estrangeiro algo em sua
língua nativa, sem erros gramaticais e sem sotaque, e de modo eloqüente.
Uma vez, assim impressionado, passaria a dar maior atenção à mensagem.
Depois veio o resultado: naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
• Depois do Dia de Pentecoste
O dom de variedade de línguas ocorre em pelo menos três lugares, No Novo
Testamento. Apesar de não estarem essas ocorrências vinculadas a grandes
concentrações de visitantes de outras terras, o Espírito Santo operou eficazmente, com
demonstração de poder.
Estes lugares foram:
• Cesaréia: “E, dizendo Pedro ainda estas palavras caiu o Espírito Santo sobre
todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão. Todos,
quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito
Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar línguas e
magnificar a Deus”, At 10.44-46.
• Éfeso: “E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre ele o Espírito Santo; e
falavam línguas e profetizavam”, At 19.6.
• Corinto: “E a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das
línguas”, 1 Co 12.10.
É possível que Paulo ao falar sobre línguas dos homens e dos anjos em 1 Co
13.1, estivesse aludindo ao dom de variedades de línguas, exatamente como aconteceu
no Dia de Pentecoste, onde foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo.
O dom de variedades de línguas possibilita a expressão, por meios sobrenaturais
de línguas estrangeiras, naturais e humanas, e também de alguma idioma celestial.
Dependendo da necessidade e vontade do Espírito Santo, At 2.4.
• Diferença entre variedade de línguas e línguas estranhas
Lendo 1 Co 14.27-28, à primeira vista, achamos que o apóstolo Paulo está
proibindo os crentes de falar em línguas estranhas durante o culto. Mas não é este, com
certeza, o pensamento do grande mestre da Palavra de Deus.
No mesmo capítulo ele afirma:
“O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo”, v.4.
“E eu quero que todos vós faleis em línguas estranhas”.
“Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos” – v.18.
“Não proibais falar línguas” – v.59.
Paulo está aqui, instruindo sobre o uso correto do dom de variedade de línguas,
pois explica que precisa de interpretação: “Se alguém falar em língua, faça-se isso por
dois, ou quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas se não
houver interprete, esteja calado na igreja, e fala consigo mesmo, e com Deus”, 1Co
14.27-28.
c) O dom de Interpretação das Línguas
35. “E a outro, a interpretação das línguas”, 1 Co 12.10.
A palavra ‘interpretação’ nada tem a ver com a tradução, no sentido em que a
conhecemos. Não se refere ao processo intelectual pelo qual se dá sentido prosaico e
literal de palavras faladas ou escritas. A interpretação em foco é totalmente milagrosa.
Trata-se de um dom do Espírito Santo que capacita a pessoa a traduzir simultaneamente
o que está sendo falado através do dom de variedade de línguas.
Assim o que fala em línguas não deve procurar decifrá-las, mas pode receber
interpretação da mesma fonte divina de onde surgiram. A não ser que Deus queira trazer
como no Dia de Pentecoste, quando o Espírito Santo desceu repentinamente, conforme
descrito em Atos 2.24.
Nessa operação miraculosa do Espírito de Deus, as línguas foram repartidas
conforme cerca de quinze regiões diferentes, a saber: Partos e Medos, Elamitas e os que
habitam na Mesopotâmia, e Judéia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e Frígia, e PAnfília,
Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como
prosélitos), e cretenses, e árabes. Atos 2.9-11. A lista de Lucas, não é propriamente
lingüística, e sim geográfica, cujo propósito é ilustrar a grande variedade de povos, isto
é, pessoas de todas as nações que estão debaixo dos céus.
O escritor salienta que a ‘linguagem dos judeus era por demais débil para
descrever ao mesmo tempo e para o mundo inteiro essas maravilhas de Deus. Seriam
necessários todos os idiomas do mundo para publicar e glorificar as obras do Senhor do
universo’, entretanto, com um único toque do Espírito Santo tudo ficou resolvido.
No Dia de Pentecoste, duas coisas importantes com relação a interpretação da
variedade de línguas podem ter acontecido.
1º - As línguas faladas com o idioma materno de cada uma pessoa ali presente,
At 2.8;
2º - A linguagem era espiritual e Deus capacitou cada um dos presentes a
compreender o significado das palavras, 1 Co 14.21.
Seja como for, o resultado foi glorioso: Deus falou através do seu Espírito, e
falou muito bem! Hb 1.1; 2.4.
X – Como romper a relação com o Espírito Santo
Existem várias formas de romper a relação com o Espírito Santo de Deus, porém
mencionamos cinco que tem influenciado mais o crente.
1 – Resistir o Espírito Santo
“Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre
resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais também vós fazeis”, Atos
7.51;
2 – Entristecer o Espírito Santo
“E não entristeçais ao Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia
da redenção”, Efésios 4.30;
3 – Mentir ao Espírito Santo
36. “Então disse Pedro: Ananias, por que encheu satanás teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o,
porventura, não seria teu? E, vendido, não estariam em teu poder? Como, pois
assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus”, Atos 5.3-
4;
4 – Apagar o Espírito Santo
“Não apagueis o Espírito” 1 Ts 5.19;
5 – Blasfemar Contra o Espírito Santo
“Por isso vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens;
mas a blasfêmia contra o Espírito na será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra
contra o Filho do homem ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém contra o Espírito
Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no porvir”, Mateus 12.31-32;
Blasfemar significa falar injuriosamente contra, ou repreender, ou pronunciar um
desacato contra Deus ou coisas sagradas. E importante que mantenhamos este termo em
seu contexto bíblico e que não o usemos descuidadamente. É importante que
entendamos o contexto da passagem. Israel continuava a ser rebelde e um povo de dura
cerviz, rejeitando e resistindo a Cristo em toda a oportunidade possível. Eles estavam
enchendo a medida de iniqüidade de seus pais, Mt 23.32. Eles eram duros de coração e
cruéis, mesmo a face dos milagres de libertação e compaixão de Cristo eles não somente
rejeitavam a Jesus como homem, mas também ao poder do Espírito Santo que operava
através dele.
Porém no contexto de Mateus 12.31-32 chegamos a seguinte conclusão.
Blasfemar contra o Espírito Santo basicamente é rejeitar a missão do Espírito
Santo que é de convencer o homem do pecado.
Jesus disse: Se qualquer disser alguma palavra contra o filho do homem, ser-lhe-
á perdoado, mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem
neste século nem no futuro. Devemos entender esta expressão de Jesus Cristo á luz da
principal missão do Espírito Santo, que é a de convencer o homem do pecado.
• Na caminhada para o homem chegar até Deus é preciso:
a) Ser convencido pelo Espírito Santo.
b) Entrar pelo caminho e mediação de Cristo.
c) Apresentar-se a Deus.
Leitura Bíblica: Jo 16.8-11, 1 Tm 2.4,5, etc.
Portanto quem não for convencido pelo Espírito Santo, jamais chegará até Deus,
e portanto não será salvo. Assim é que concluímos que blasfemar contra o Espírito
Santo é rejeitar a sua missão. Digamos que uma pessoa rejeita a missão do Espírito
Santo e imediatamente passa para eternidade, ela nunca terá perdão, nem aqui nem no
futuro. Todavia se existir uma outra oportunidade para essa pessoa aqui na terra e ela se
arrepender, diz a Bíblia, que Deus não considera o tempo da ignorância – Atos 17.30
XI – Vocabulário
37. Inferência
s.f. Operação intelectual pela qual se passa de uma verdade a outra, julgada tal
em razão de seu liame com a primeira: a dedução é um inferência.
Intrínseco
Adj. Que é próprio e essencial: qualidade intrínseca. Que existe por si mesmo,
fora de qualquer convenção: o valor intrínseco de uma moeda é o seu valor conforme o
peso do metal precioso à cotação comercial. Interior, interno. (Antônimo: extrínseco).
Ilírico
Província romana com fronteiras variáveis que correspondiam ao que é hoje a
Sérvia e parte da Albania, junto ao mar Adriático.
Pentecoste
s.m. Entre os judeus, festa em memória do dia em que Deus entregou a Moisés
as Tábuas da Lei/ Festa cristã que se celebra cinqüenta dias após a Páscoa, em
comemoração á descida do Espírito Santo sobre os apóstolos.
Persuasão
v.t. Levar a crer ou a aceitar; aconselhar, induzir/ V.pr. Convencer; decidir.
Evidência
s.f. Caráter do que é evidente, manifesto: a evidência de uma prova. / Evidência
de fato a que se obtém por meio da observação / Recusar-se a evidência, não querer
convencer-se / Estar em evidência, em destaque, em bom conceito ou situação.
Graça
s.t. Favor, benefício, mercê: pedir, conceder uma graça. / Perdão, indulto: o
condenado obteve graça e teve sua pena reduzida. / Teologia: Dom sobrenatural, auxílio
divino para a salvação: viver na graça de Deus. /loc.adv. De graça, sem pagamento,
gratuitamente. / Estar na graça de alguém, ter sua amizade, sua proteção. / Estado de
graça, estado de inocência, em oposição ao estado de pecado. Dar graças a Deus,
agradecer benefícios recebidos, como na oração que se faz após as refeições.
Premente
Adj. Que preme ou comprime. / Urgente.
Mancebo
Jn. Moço, rapaz, jovem. / Aquele que vive amancebado. / Artista ou oficial
assalariado. / Bras. Cabide de roupa, formado de uma haste e braços. / Pedaço de
loendro ou cana curta em que se penduram candeias. Adj. Desus. Que é jovem, juvenil.
Perscrutador
38. Ad. e s.m. Que ou aquele que perscruta; investigador.
Efusão
s.f. Derramamento: efusão de Sangue. / Processo de separação dos diferentes
constituintes de uma mistura gasosa, por filtração através de uma parede porosa. / Fig.
Manifestação, comunicação de sentimentos: efusão de ternura.
Cônscio
Adj. Que conhece bem o que lhe diz respeito: cônscio de suas obrigações, de
suas limitações.
Eloqüência
s.f. Retórica. Arte de falar bem, de comover, de persuadir; oratória. / Dom de
falar com fluência.
Distintiva
Adj. Que distingue, que mostra diferença, que assinala cada individuo ou objeto.
/ S.m. sinal característico; insígnia, emblema, escudo.