2. 1º Pré- Socráticos ou cosmológico1º Pré- Socráticos ou cosmológico
Origem do mundo e as causas
das transformações na natureza.
3. 2º Socrático ou antropológico2º Socrático ou antropológico
Sócrates (469 – 399 a. C.)
Criou o seu próprio método que, depois, foi
denominado de maiêutica e ironia.
* Na ironia, confundia o saber que as pessoas
tinham sobre um determinado assunto;
* Na maiêutica, levava as pessoas a uma nova
visão do problema, aprofundando-o sempre,
sem, contudo, chegar a uma conclusão
definitiva.
4. 3º Clássico ou sistemático3º Clássico ou sistemático
A filosofia busca reunir e sistematizar tudo
quanto foi pensado sobre a cosmologia e a
antropologia.
Platão (428 – 347 a C.)
Sua filosofia: Teoria das ideias – dualismo.
Mundo das ideias – mundo superior,
eterno, imutável, harmônico, do espírito,
transcendente.
Mundo sensível – mundo inferior, finito,
mutável, físico, da matéria, imperfeito.
5. Aqui 20A questão do
conhecimento: Conhecer para o
homem é provocar uma ação na
alma para a recordação do mundo
das ideias.
Para Platão, o que está em questão
não é o mundo sensível, mas o
metafísico, o acesso (recordação) e
o mundo das ideias em si.
6. AristótelesAristóteles –– (384 – 322 a.C.)(384 – 322 a.C.)
Aristóteles privilegia o mundo concreto,
indicando sua preferência pelo plano ético e pelo
estudo da natureza.
Para Aristóteles, a filosofia grega está baseada
profundamente nas concepções filosóficas de
Parmênides e Heráclito (Pré-socráticos).
Parmênides – “Oque é, É; e o que não é , não É”
(ideia do ser imóvel).
Heráclito – “Não entramos no mesmo rio duas
vezes” (ideia do ser em mudança).
7. Como resolver esta leitura contraditória na
filosofia?
Para Aristóteles está na teoria da potência e
ato.
Potência = “o que não é” = igual ao ser
imóvel, pode ser passível de movimento.
Existe uma realidade intermediária entre o
ser e o não ser; a potência para algo (causa
eficiente).
Ato = “o que deve ser” = a realização do
movimento. Existe uma realidade que
procede da potência e se torna realizável.
8. 4º Patrístico –4º Patrístico – (séc. I ao séc. III d. C.)(séc. I ao séc. III d. C.)
Quando a filosofia se ocupa das realidades
humanas (ética, política, conhecimento) a
partir de Deus.
No deslanchar histórico, a filosofia enfrenta
duas tarefas:
- Tarefa religiosa de evangelização;
- Tarefa de defesa da religião cristã contra os
ataques teóricos e morais que recebia dos
antigos (heresias X dogmas).
9. Expoentes: Tertuliano, Justino e Orígenes.
Preocupações: criação do mundo, pecado, Deus, final
dos tempos, ressurreição.
Comportamento dos filósofos neste período:
Postura de aceitação e de repúdio.
Aceitação – Justino – pode haver diálogo entre fé e
razão – teoria do logos espermáticos ( existem
sementes do verbo semeadas em várias culturas).
Repúdio – Tertuliano – Não pode haver diálogo
entre fé e razão – “Os porquês da filosofia
encontram as respostas na revelação” . Portanto,
bastam a leitura, a meditação e a interpretação das
escrituras para obter o conhecimento.
11. Período em que a Igreja romana domina a
Europa,ungindo a coroa dos reis e
organizando guerras santas rumo a
Jerusalém.
Período em que a filosofia começa a ser
ensinada nas escolas (escolástica) e surgem as
primeiras faculdades (séc XII).
Preocupação se dá em torno dos problemas
universais, investigados pela própria filosofia
cristã (teologia) tais como: a existência de
Deus, e da alma.
12. Método – disputa = apresenta-se uma tese
e esta deve ser refutada ou defendidas por
argumentos tirados da Bíblia, de Aristóteles
ou dos Padres da Igreja.
Um conhecimento só é verdadeiro se
passar pela autoridade da Igreja. É a época
dos manuais, da razão que explica tudo, e
tudo é visto à luz da teologia.
13. Principais expoentes:Principais expoentes:
Santo Agostinho – (354-430 d. C.)
A essência de sua filosofia encontra-se na
obra Cidade de Deus. Nela Agostinho
entende a historia em três momentos:
1º Origem – O homem foi criado por
Deus e elevado a ordem sobrenatural.
Deus cria o homem e dá a capacidade do
governo.
14. 2º Passado – Todos os males físicos e
morais, são explicados à luz do pecado do
homem e da redenção.
Deus não faz o mal, mas o permite; o
homem é livre.
Porém, pela encarnação, Deus supera o
homem para salvá-lo.
3º Futuro – A humanidade caminha para
Deus.
15. Está superada toda a forma de dualismo
platônico?
Para Agostinho o mundo é composto de uma
cidade celeste (Igreja) e uma cidade terrena
( mundo).
O dualismo permanece na história:
- Cidade terrena = cidade dos maus, pecadores e
dos demônios.
- Cidade celeste = cidade dos bons, dos justos,
dos santos.
Portanto, a história caminha para sentidos
opostos. Somente através de uma dialética
dolorosa de amadurecimento se chegará a
plenitude dos tempos.
16. Tomas de AquinoTomas de Aquino – (– (1225 – 1274)1225 – 1274)
“Visto que só o falso é oposto ao
verdadeiro, como é evidente pelas suas
respectivas definições, é impossível que a
verdade da fé seja contrária aos princípios
que a razão conhece naturalmente”.
17. Essência = potencia da existência;
Existência = ato da essência;
Para a essência passar a existência, necessita de um agente
externo (Deus).
(Para Aristóteles seria a existencia de um primeiro
motor...)
18. Assim, só existe essência em vias de existência,
através do ato criador de Deus.
A essência do homem é a própria natureza do
homem, a partir da composição racionalidade
(forma) e animalidade (matéria).
Logo, existe um SER (ato que faz a substância ser) de
existência sem essência?
Sim, Deus. Existente por si, incriado, já ato puro.
19. Como comprovar a existência de DeusComo comprovar a existência de Deus
racionalmente?racionalmente?
Primeira via – tudo que se move é
movido por algo = primeiro motor imóvel
(Aristóteles), = Deus (Tomas de Aquino);
Segunda via – Tudo que se move depende
de outro para existir = existe um ser que
faz existir = Deus;
Terceira via – tudo o que existe poderia
não existir = existe um ser necessário, que
faz existir = Deus;
20. Quarta via – as coisas mais ou menos
perfeitas (o bem, o bom), orienta-se para um
grau de perfeição = existe um ser perfeito
= Deus = analogia entre a perfeição e o ser
perfeito;
Quinta via – Todas as coisas naturais (o
universo) estão orientadas para algo.
Então, existe um ser inteligente que cria e
ordena tudo para um fim = Deus;
21. Concluindo:
Para Tomas de Aquino, a filosofia deve estar a
serviço da verdade, e a verdade de Deus =
Filosofia serva da teologia.
23. Caracterizada pelo seu rompimento com a
tradição anterior:
- Lutero – Religiosa;
- Descartes – Filosófica;
24. Características gerais:
1 - Mudança da teoria geocêntrica pela
heliocêntrica;
2 - Surgimento de uma nova antropologia;
3 - Passagem do feudalismo para o capitalismo;
4 - Desenvolvimento da ciência experimental;
5 - Invenção da imprensa;
6 - Movimentos da reforma;
25. RenascentismoRenascentismo (séc. XIV – séc. XVI)(séc. XIV – séc. XVI)
O renascimento passa a valorizar o ser
humano, ao passo que a idade média, com a
escolástica, a teologia tirou o ser humano de
cena.
É possível, urgente e proveitoso levar até as
últimas consequências a força da racionalidade
e das naturezas humanas, prescindido da
revelação e da graça divina.
26. Deus não está no centro, mas o homem.
Renascimento faz do homem artífice do
seu próprio destino.
27. Racionalismo clássico
Marcado por 3 grandes mudanças:
1 - Sujeito do conhecimento
- A filosofia não começa de Deus para
compreender o homem.
- Começa indagando qual é a capacidade do
intelecto humano para demonstrar a verdade
do conhecimento.
28. - Seu ponto de partida é a reflexão
(racionalidade).
- Daí a pergunta: Como o intelecto
humano pode conhecer o que é diferente
dele? Como pode conhecer os corpos da
natureza?
29. • 2- Objeto do conhecimento
Para os modernos as coisas podem ser
conhecidas (natureza, vida política etc.), desde
que possam ser conceituadas, formuladas
em ideias pelo sujeito do conhecimento.
O conhecimento existe quando o mesmo
pode ser racionalizado.
30. • 3 - Ciência clássica
- A realidade é um sistema de causalidades
racionais rigorosas que podem ser
transformadas pelo homem (domínio do
homem).
- Nasce a ideia de experimentação e da
tecnologia (conhecimento teórico que orienta as
intervenções práticas).
- O homem pode dominar tecnicamente a
natureza e a sociedade. Surge a mecânica,
física, química, psicologia, matemática...
31. No século XVII duas
correntes filosóficas se
estruturam acerca do
fundamento do conhecimento:
32. • 1- Racionalismo
- Existe o mundo das ideias puras (inatas),
mundo das essências, que dão suporte a
todo conhecimento válido.
- Verdades que não provem dos sentidos, mas
se encontram inatas ao conhecimento
humano (alma humana).
- A razão é o único caminho para o
conhecimento humano.
- Pela razão se chega a valores absolutos.
33. 2 - Empirismo
- Existe o mundo dos fatos, dos fenômenos
que dão suporte ao conhecimento.
- O papel da razão é ler neles a inteligibilidade
das coisas.
- O empirismo nega o transcendente.
- A alma humana não é formada por ideias
inatas, ela é tábua rasa.
(alma como um bloco de cera onde se gravam sensações e
pensamentos de que depois lembramos)
34. Pontos comuns entre os dois:
- O ser humano é capaz de conhecer;
(formas diferentes)
- Liberta o homem da teologia;
- Nega a escolástica.
35. Período da filosofia da ilustração ou
iluminismo
(meados do século XVIII ao começo do séc. XIX).
Período que valoriza os poderes da razão.
Também conhecido como século das luzes.
Daí o nome iluminismo.
36. Principais afirmações:
A- Pela razão o homem pode conquistar a
liberdade e a felicidade social e política;
B- A razão é capaz de evolução e progresso.
Através do conhecimento o homem é
chamado a se libertar dos pré-conceitos
religiosos e políticos.
37. É o período de pleno desenvolvimento da
ciência: biologia e medicina.
Também, expansão da economia em suas
duas principais correntes:
Fisiocratas (agricultura como fonte de riqueza das
nações);
Mercantilista (comércio fonte de riqueza das
nações).
38. EMMANUEL KANT (1724-1804)
Sobre sua filosofia:
Conjuntura filosófica:
Os racionalistas ensinam que a única
fonte do conhecimento verdadeiro é a
razão, que é dotada das ideias inatas de
toda realidade;
A filosofia consiste na análise das idéias
inatas;
Esta análise é suficiente para a descoberta
das verdades.
39. As novas verdades são expressas em
juízos analíticos, puramente explicativos,
que não acrescentam nada ao conteúdo do
conhecimento, não o ampliam, nem lhe
trazem qualquer aumento.
40. Os empiristas
Ensinam que a única fonte de conhecimento
é a experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência a experiência, de dados
sensíveis a dados sensíveis: ela procede da
síntese, não por análise.
Os conhecimentos adquiridos são expressos
41. Os empiristas
Ensinam que a única fonte de conhecimento
é a experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência a experiência, de dados
sensíveis a dados sensíveis: ela procede da
síntese, não por análise.
42. Para Kant, os racionalistas e os
empiristas colocam a filosofia em situação
de imobilismo acerca da ciência e do
conhecimento.
43. Na verdade, a ciência é constituída por juízos
sintéticos a priori.
Exemplo: 7 + 5 = 12, ou seja, o predicado
(resultado) exprime algo novo já constituído no
sujeito.
Esses juízos passam despercebidos pelos
empiristas e os racionalistas.
7 + 5 = juízos universais.
Os racionalistas negam por juízo analíticos a
novidade = 12.
Os empiristas por juízos sintéticos a posteriori,
negam o elemento da universalidade.
44. Por que isso?
Racionalismo
O conhecimento provém do sujeito =
universalidade.
Empirismo
O conhecimento provém do objeto =
novidade.
45. Assim, a ciência torna-se impossível para
Kant.
O conhecimento não procede só da
ação do sujeito ou do objeto, mas da
ação combinada entre os dois: o sujeito
dá a forma, o objeto a matéria;
o conhecimento é o resultado de um
elemento a priori (sujeito) e de um
elemento a posteriori (objeto).
O conhecimento humano não é
reprodução passiva de um objeto por parte
do sujeito, mas a construção ativa do
objeto por parte do sujeito.