SlideShare a Scribd company logo
1 of 45
PERIODOS FILOSÓFICOSPERIODOS FILOSÓFICOS
Filosofia Antiga ( séc.VI a.C. – séc. III d. C.)
1º Pré- Socráticos ou cosmológico1º Pré- Socráticos ou cosmológico
Origem do mundo e as causas
das transformações na natureza.
2º Socrático ou antropológico2º Socrático ou antropológico
Sócrates (469 – 399 a. C.)
Criou o seu próprio método que, depois, foi
denominado de maiêutica e ironia.
* Na ironia, confundia o saber que as pessoas
tinham sobre um determinado assunto;
* Na maiêutica, levava as pessoas a uma nova
visão do problema, aprofundando-o sempre,
sem, contudo, chegar a uma conclusão
definitiva.
3º Clássico ou sistemático3º Clássico ou sistemático
A filosofia busca reunir e sistematizar tudo
quanto foi pensado sobre a cosmologia e a
antropologia.
Platão (428 – 347 a C.)
Sua filosofia: Teoria das ideias – dualismo.
Mundo das ideias – mundo superior,
eterno, imutável, harmônico, do espírito,
transcendente.
Mundo sensível – mundo inferior, finito,
mutável, físico, da matéria, imperfeito.
Aqui 20A questão do
conhecimento: Conhecer para o
homem é provocar uma ação na
alma para a recordação do mundo
das ideias.
Para Platão, o que está em questão
não é o mundo sensível, mas o
metafísico, o acesso (recordação) e
o mundo das ideias em si.
AristótelesAristóteles –– (384 – 322 a.C.)(384 – 322 a.C.)
Aristóteles privilegia o mundo concreto,
indicando sua preferência pelo plano ético e pelo
estudo da natureza.
Para Aristóteles, a filosofia grega está baseada
profundamente nas concepções filosóficas de
Parmênides e Heráclito (Pré-socráticos).
Parmênides – “Oque é, É; e o que não é , não É”
(ideia do ser imóvel).
Heráclito – “Não entramos no mesmo rio duas
vezes” (ideia do ser em mudança).
Como resolver esta leitura contraditória na
filosofia?
Para Aristóteles está na teoria da potência e
ato.
Potência = “o que não é” = igual ao ser
imóvel, pode ser passível de movimento.
Existe uma realidade intermediária entre o
ser e o não ser; a potência para algo (causa
eficiente).
Ato = “o que deve ser” = a realização do
movimento. Existe uma realidade que
procede da potência e se torna realizável.
4º Patrístico –4º Patrístico – (séc. I ao séc. III d. C.)(séc. I ao séc. III d. C.)
Quando a filosofia se ocupa das realidades
humanas (ética, política, conhecimento) a
partir de Deus.
No deslanchar histórico, a filosofia enfrenta
duas tarefas:
- Tarefa religiosa de evangelização;
- Tarefa de defesa da religião cristã contra os
ataques teóricos e morais que recebia dos
antigos (heresias X dogmas).
Expoentes: Tertuliano, Justino e Orígenes.
Preocupações: criação do mundo, pecado, Deus, final
dos tempos, ressurreição.
Comportamento dos filósofos neste período:
Postura de aceitação e de repúdio.
Aceitação – Justino – pode haver diálogo entre fé e
razão – teoria do logos espermáticos ( existem
sementes do verbo semeadas em várias culturas).
Repúdio – Tertuliano – Não pode haver diálogo
entre fé e razão – “Os porquês da filosofia
encontram as respostas na revelação” . Portanto,
bastam a leitura, a meditação e a interpretação das
escrituras para obter o conhecimento.
PERIODOSPERIODOS
FILOSOFÓFICOSFILOSOFÓFICOS
Filosofia Medieval (séc. IV – séc. XIV).
Período em que a Igreja romana domina a
Europa,ungindo a coroa dos reis e
organizando guerras santas rumo a
Jerusalém.
Período em que a filosofia começa a ser
ensinada nas escolas (escolástica) e surgem as
primeiras faculdades (séc XII).
Preocupação se dá em torno dos problemas
universais, investigados pela própria filosofia
cristã (teologia) tais como: a existência de
Deus, e da alma.
Método – disputa = apresenta-se uma tese
e esta deve ser refutada ou defendidas por
argumentos tirados da Bíblia, de Aristóteles
ou dos Padres da Igreja.
Um conhecimento só é verdadeiro se
passar pela autoridade da Igreja. É a época
dos manuais, da razão que explica tudo, e
tudo é visto à luz da teologia.
Principais expoentes:Principais expoentes:
Santo Agostinho – (354-430 d. C.)
A essência de sua filosofia encontra-se na
obra Cidade de Deus. Nela Agostinho
entende a historia em três momentos:
1º Origem – O homem foi criado por
Deus e elevado a ordem sobrenatural.
Deus cria o homem e dá a capacidade do
governo.
2º Passado – Todos os males físicos e
morais, são explicados à luz do pecado do
homem e da redenção.
 Deus não faz o mal, mas o permite; o
homem é livre.
Porém, pela encarnação, Deus supera o
homem para salvá-lo.
3º Futuro – A humanidade caminha para
Deus.
Está superada toda a forma de dualismo
platônico?
Para Agostinho o mundo é composto de uma
cidade celeste (Igreja) e uma cidade terrena
( mundo).
O dualismo permanece na história:
- Cidade terrena = cidade dos maus, pecadores e
dos demônios.
- Cidade celeste = cidade dos bons, dos justos,
dos santos.
Portanto, a história caminha para sentidos
opostos. Somente através de uma dialética
dolorosa de amadurecimento se chegará a
plenitude dos tempos.
Tomas de AquinoTomas de Aquino – (– (1225 – 1274)1225 – 1274)
“Visto que só o falso é oposto ao
verdadeiro, como é evidente pelas suas
respectivas definições, é impossível que a
verdade da fé seja contrária aos princípios
que a razão conhece naturalmente”.
Essência = potencia da existência;
Existência = ato da essência;
Para a essência passar a existência, necessita de um agente
externo (Deus).
(Para Aristóteles seria a existencia de um primeiro
motor...)
Assim, só existe essência em vias de existência,
através do ato criador de Deus.
A essência do homem é a própria natureza do
homem, a partir da composição racionalidade
(forma) e animalidade (matéria).
Logo, existe um SER (ato que faz a substância ser) de
existência sem essência?
Sim, Deus. Existente por si, incriado, já ato puro.
Como comprovar a existência de DeusComo comprovar a existência de Deus
racionalmente?racionalmente?
 Primeira via – tudo que se move é
movido por algo = primeiro motor imóvel
(Aristóteles), = Deus (Tomas de Aquino);
 Segunda via – Tudo que se move depende
de outro para existir = existe um ser que
faz existir = Deus;
 Terceira via – tudo o que existe poderia
não existir = existe um ser necessário, que
faz existir = Deus;
 Quarta via – as coisas mais ou menos
perfeitas (o bem, o bom), orienta-se para um
grau de perfeição = existe um ser perfeito
= Deus = analogia entre a perfeição e o ser
perfeito;
 Quinta via – Todas as coisas naturais (o
universo) estão orientadas para algo.
Então, existe um ser inteligente que cria e
ordena tudo para um fim = Deus;
Concluindo:
Para Tomas de Aquino, a filosofia deve estar a
serviço da verdade, e a verdade de Deus =
Filosofia serva da teologia.
Filosofia Moderna (séc. XV – séc.
XVIII)
Caracterizada pelo seu rompimento com a
tradição anterior:
- Lutero – Religiosa;
- Descartes – Filosófica;
 Características gerais:
1 - Mudança da teoria geocêntrica pela
heliocêntrica;
2 - Surgimento de uma nova antropologia;
3 - Passagem do feudalismo para o capitalismo;
4 - Desenvolvimento da ciência experimental;
5 - Invenção da imprensa;
6 - Movimentos da reforma;
RenascentismoRenascentismo (séc. XIV – séc. XVI)(séc. XIV – séc. XVI)
O renascimento passa a valorizar o ser
humano, ao passo que a idade média, com a
escolástica, a teologia tirou o ser humano de
cena.
É possível, urgente e proveitoso levar até as
últimas consequências a força da racionalidade
e das naturezas humanas, prescindido da
revelação e da graça divina.
Deus não está no centro, mas o homem.
Renascimento faz do homem artífice do
seu próprio destino.
Racionalismo clássico
Marcado por 3 grandes mudanças:
1 - Sujeito do conhecimento
- A filosofia não começa de Deus para
compreender o homem.
- Começa indagando qual é a capacidade do
intelecto humano para demonstrar a verdade
do conhecimento.
- Seu ponto de partida é a reflexão
(racionalidade).
- Daí a pergunta: Como o intelecto
humano pode conhecer o que é diferente
dele? Como pode conhecer os corpos da
natureza?
• 2- Objeto do conhecimento
Para os modernos as coisas podem ser
conhecidas (natureza, vida política etc.), desde
que possam ser conceituadas, formuladas
em ideias pelo sujeito do conhecimento.
O conhecimento existe quando o mesmo
pode ser racionalizado.
• 3 - Ciência clássica
- A realidade é um sistema de causalidades
racionais rigorosas que podem ser
transformadas pelo homem (domínio do
homem).
- Nasce a ideia de experimentação e da
tecnologia (conhecimento teórico que orienta as
intervenções práticas).
- O homem pode dominar tecnicamente a
natureza e a sociedade. Surge a mecânica,
física, química, psicologia, matemática...
No século XVII duas
correntes filosóficas se
estruturam acerca do
fundamento do conhecimento:
• 1- Racionalismo
- Existe o mundo das ideias puras (inatas),
mundo das essências, que dão suporte a
todo conhecimento válido.
- Verdades que não provem dos sentidos, mas
se encontram inatas ao conhecimento
humano (alma humana).
- A razão é o único caminho para o
conhecimento humano.
- Pela razão se chega a valores absolutos.
2 - Empirismo
- Existe o mundo dos fatos, dos fenômenos
que dão suporte ao conhecimento.
- O papel da razão é ler neles a inteligibilidade
das coisas.
- O empirismo nega o transcendente.
- A alma humana não é formada por ideias
inatas, ela é tábua rasa.
(alma como um bloco de cera onde se gravam sensações e
pensamentos de que depois lembramos)
Pontos comuns entre os dois:
- O ser humano é capaz de conhecer;
(formas diferentes)
- Liberta o homem da teologia;
- Nega a escolástica.
Período da filosofia da ilustração ou
iluminismo
(meados do século XVIII ao começo do séc. XIX).
Período que valoriza os poderes da razão.
Também conhecido como século das luzes.
Daí o nome iluminismo.
Principais afirmações:
A- Pela razão o homem pode conquistar a
liberdade e a felicidade social e política;
B- A razão é capaz de evolução e progresso.
Através do conhecimento o homem é
chamado a se libertar dos pré-conceitos
religiosos e políticos.
É o período de pleno desenvolvimento da
ciência: biologia e medicina.
Também, expansão da economia em suas
duas principais correntes:
Fisiocratas (agricultura como fonte de riqueza das
nações);
Mercantilista (comércio fonte de riqueza das
nações).
EMMANUEL KANT (1724-1804)
Sobre sua filosofia:
Conjuntura filosófica:
Os racionalistas ensinam que a única
fonte do conhecimento verdadeiro é a
razão, que é dotada das ideias inatas de
toda realidade;
A filosofia consiste na análise das idéias
inatas;
Esta análise é suficiente para a descoberta
das verdades.
 As novas verdades são expressas em
juízos analíticos, puramente explicativos,
que não acrescentam nada ao conteúdo do
conhecimento, não o ampliam, nem lhe
trazem qualquer aumento.
Os empiristas
Ensinam que a única fonte de conhecimento
é a experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência a experiência, de dados
sensíveis a dados sensíveis: ela procede da
síntese, não por análise.
Os conhecimentos adquiridos são expressos
Os empiristas
Ensinam que a única fonte de conhecimento
é a experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência, não tendo a razão nenhum
valor inventivo;
A ciência consiste na soma progressiva de
experiência a experiência, de dados
sensíveis a dados sensíveis: ela procede da
síntese, não por análise.
Para Kant, os racionalistas e os
empiristas colocam a filosofia em situação
de imobilismo acerca da ciência e do
conhecimento.
Na verdade, a ciência é constituída por juízos
sintéticos a priori.
Exemplo: 7 + 5 = 12, ou seja, o predicado
(resultado) exprime algo novo já constituído no
sujeito.
Esses juízos passam despercebidos pelos
empiristas e os racionalistas.
7 + 5 = juízos universais.
Os racionalistas negam por juízo analíticos a
novidade = 12.
Os empiristas por juízos sintéticos a posteriori,
negam o elemento da universalidade.
Por que isso?
Racionalismo
O conhecimento provém do sujeito =
universalidade.
Empirismo
O conhecimento provém do objeto =
novidade.
Assim, a ciência torna-se impossível para
Kant.
O conhecimento não procede só da
ação do sujeito ou do objeto, mas da
ação combinada entre os dois: o sujeito
dá a forma, o objeto a matéria;
o conhecimento é o resultado de um
elemento a priori (sujeito) e de um
elemento a posteriori (objeto).
O conhecimento humano não é
reprodução passiva de um objeto por parte
do sujeito, mas a construção ativa do
objeto por parte do sujeito.

More Related Content

What's hot

Divisão da história da filosofia
Divisão da história da filosofiaDivisão da história da filosofia
Divisão da história da filosofiaAldenei Barros
 
História da Filosofia em Períodos
História da Filosofia em PeríodosHistória da Filosofia em Períodos
História da Filosofia em PeríodosBruno Carrasco
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaAlan
 
Apresentação de Filosofia
Apresentação de FilosofiaApresentação de Filosofia
Apresentação de FilosofiaWaldemir Silva
 
Períodos e campos da filosofia grega. 1 Ano ensino médio.
Períodos e campos da filosofia grega.  1 Ano ensino médio.Períodos e campos da filosofia grega.  1 Ano ensino médio.
Períodos e campos da filosofia grega. 1 Ano ensino médio.Déborah Carvalho
 
Períodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaPeríodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaTarabai
 
IntroduçãO à Filosofia
IntroduçãO à FilosofiaIntroduçãO à Filosofia
IntroduçãO à Filosofianestorigor
 
Filosofia grega
Filosofia gregaFilosofia grega
Filosofia gregaTuh Caldas
 
Filosofia Periodo Classico2
Filosofia Periodo Classico2Filosofia Periodo Classico2
Filosofia Periodo Classico2miuky
 
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico Filosofia - Período Sistemático e Helenístico
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico JOAO EMANUEL
 
Fundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiaFundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiamegainfoin
 
Filosofia Grécia
Filosofia GréciaFilosofia Grécia
Filosofia GréciaLuci Bonini
 
Filosofia surgimento
Filosofia surgimentoFilosofia surgimento
Filosofia surgimentoluizbraz5555
 

What's hot (20)

Divisão da história da filosofia
Divisão da história da filosofiaDivisão da história da filosofia
Divisão da história da filosofia
 
História da Filosofia em Períodos
História da Filosofia em PeríodosHistória da Filosofia em Períodos
História da Filosofia em Períodos
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da Filosofia
 
Apresentação de Filosofia
Apresentação de FilosofiaApresentação de Filosofia
Apresentação de Filosofia
 
Origem e divisão da filosofia
Origem e divisão da filosofiaOrigem e divisão da filosofia
Origem e divisão da filosofia
 
Periodos da filosofia
Periodos da filosofiaPeriodos da filosofia
Periodos da filosofia
 
Períodos e campos da filosofia grega. 1 Ano ensino médio.
Períodos e campos da filosofia grega.  1 Ano ensino médio.Períodos e campos da filosofia grega.  1 Ano ensino médio.
Períodos e campos da filosofia grega. 1 Ano ensino médio.
 
Períodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofiaPeríodos históricos da filosofia
Períodos históricos da filosofia
 
História da Filosofia
História da FilosofiaHistória da Filosofia
História da Filosofia
 
IntroduçãO à Filosofia
IntroduçãO à FilosofiaIntroduçãO à Filosofia
IntroduçãO à Filosofia
 
Introdução a filosofia
Introdução a filosofiaIntrodução a filosofia
Introdução a filosofia
 
Caca palavras 36
Caca palavras 36Caca palavras 36
Caca palavras 36
 
Filosofia grega
Filosofia gregaFilosofia grega
Filosofia grega
 
Filosofia Periodo Classico2
Filosofia Periodo Classico2Filosofia Periodo Classico2
Filosofia Periodo Classico2
 
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico Filosofia - Período Sistemático e Helenístico
Filosofia - Período Sistemático e Helenístico
 
ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA ORIGEM DA FILOSOFIA
ORIGEM DA FILOSOFIA
 
Aula A origem da filosofia
Aula  A origem da filosofia Aula  A origem da filosofia
Aula A origem da filosofia
 
Fundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofiaFundamentos da filosofia
Fundamentos da filosofia
 
Filosofia Grécia
Filosofia GréciaFilosofia Grécia
Filosofia Grécia
 
Filosofia surgimento
Filosofia surgimentoFilosofia surgimento
Filosofia surgimento
 

Similar to Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos Filosóficos

linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,lianebarreto982
 
Slides Metafísica 25.08.2020.pdf
Slides Metafísica  25.08.2020.pdfSlides Metafísica  25.08.2020.pdf
Slides Metafísica 25.08.2020.pdfalexon5
 
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.Altair Moisés Aguilar
 
Apresentacao de antropologia psicologia
Apresentacao de antropologia psicologia  Apresentacao de antropologia psicologia
Apresentacao de antropologia psicologia faculdade11
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medievalJanimara
 
Apresentações Sociais
Apresentações SociaisApresentações Sociais
Apresentações Sociaisitassa
 
Antropologia correcao3.
Antropologia correcao3.Antropologia correcao3.
Antropologia correcao3.itassa
 
Introducao ao estudo_da_psicologia
Introducao ao estudo_da_psicologiaIntroducao ao estudo_da_psicologia
Introducao ao estudo_da_psicologiaAilton Adriano
 
Slides Antropologia
Slides AntropologiaSlides Antropologia
Slides AntropologiaMisterios10
 
Trabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpTrabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpalemisturini
 
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoFilosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoDiego Ventura
 
Racionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tpRacionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tpalemisturini
 
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoLista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoGleycilene Garcia Lima
 
Pertineciasentre Metodologiae Antropologia
Pertineciasentre Metodologiae AntropologiaPertineciasentre Metodologiae Antropologia
Pertineciasentre Metodologiae AntropologiaLuiz
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaGirlenia Lima
 
Antropologia filosofica
Antropologia filosoficaAntropologia filosofica
Antropologia filosoficaAgostinhofilho
 

Similar to Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos Filosóficos (20)

linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,linha do tempo filosofia antiga, medieval,
linha do tempo filosofia antiga, medieval,
 
éTica na história
éTica na históriaéTica na história
éTica na história
 
Slides Metafísica 25.08.2020.pdf
Slides Metafísica  25.08.2020.pdfSlides Metafísica  25.08.2020.pdf
Slides Metafísica 25.08.2020.pdf
 
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.
Filosofia Moderna - Prof.Altair Aguilar.
 
Apresentacao de antropologia psicologia
Apresentacao de antropologia psicologia  Apresentacao de antropologia psicologia
Apresentacao de antropologia psicologia
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
slides da história da psicologia
slides da história da psicologiaslides da história da psicologia
slides da história da psicologia
 
Apresentações Sociais
Apresentações SociaisApresentações Sociais
Apresentações Sociais
 
Antropologia correcao3.
Antropologia correcao3.Antropologia correcao3.
Antropologia correcao3.
 
Introducao ao estudo_da_psicologia
Introducao ao estudo_da_psicologiaIntroducao ao estudo_da_psicologia
Introducao ao estudo_da_psicologia
 
Slides Antropologia
Slides AntropologiaSlides Antropologia
Slides Antropologia
 
Trabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tpTrabalho de filo kauane 26 tp
Trabalho de filo kauane 26 tp
 
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimentoFilosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
Filosofia e o surgimento da epistemologia ou teoria do conhecimento
 
Racionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tpRacionalismo lelícia 25 tp
Racionalismo lelícia 25 tp
 
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agostoLista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
Lista de exercicios da 1ª série com gabarito em agosto
 
Antropologia Filosófica
Antropologia FilosóficaAntropologia Filosófica
Antropologia Filosófica
 
Pertineciasentre Metodologiae Antropologia
Pertineciasentre Metodologiae AntropologiaPertineciasentre Metodologiae Antropologia
Pertineciasentre Metodologiae Antropologia
 
FILOSOFIA MODERNA.pdf
FILOSOFIA MODERNA.pdfFILOSOFIA MODERNA.pdf
FILOSOFIA MODERNA.pdf
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológica
 
Antropologia filosofica
Antropologia filosoficaAntropologia filosofica
Antropologia filosofica
 

More from Jordano Santos Cerqueira

2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGOJordano Santos Cerqueira
 
Processo penal 05 recursos - rev. criminal
Processo penal 05   recursos - rev. criminalProcesso penal 05   recursos - rev. criminal
Processo penal 05 recursos - rev. criminalJordano Santos Cerqueira
 
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de Consumo
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de ConsumoDireito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de Consumo
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de ConsumoJordano Santos Cerqueira
 

More from Jordano Santos Cerqueira (20)

2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
2022. UBER: RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO
 
Projeto de Extensão 'Direito na Escola'
Projeto de Extensão 'Direito na Escola'Projeto de Extensão 'Direito na Escola'
Projeto de Extensão 'Direito na Escola'
 
Processo penal ii
Processo penal iiProcesso penal ii
Processo penal ii
 
Processo penal 05 recursos - rev. criminal
Processo penal 05   recursos - rev. criminalProcesso penal 05   recursos - rev. criminal
Processo penal 05 recursos - rev. criminal
 
Processo penal 03 procedimentos
Processo penal 03   procedimentosProcesso penal 03   procedimentos
Processo penal 03 procedimentos
 
Processo penal 01 avisos processuais
Processo penal 01   avisos processuaisProcesso penal 01   avisos processuais
Processo penal 01 avisos processuais
 
Prática Jurídica 01
Prática Jurídica 01Prática Jurídica 01
Prática Jurídica 01
 
Curso Oratória Aristotélica Parte II
Curso Oratória Aristotélica Parte IICurso Oratória Aristotélica Parte II
Curso Oratória Aristotélica Parte II
 
Curso Oratória Aristotélica Parte I
Curso Oratória Aristotélica Parte ICurso Oratória Aristotélica Parte I
Curso Oratória Aristotélica Parte I
 
Direito Ambiental aula 2
Direito Ambiental aula 2Direito Ambiental aula 2
Direito Ambiental aula 2
 
Direito Ambiental aula 3
Direito Ambiental aula 3Direito Ambiental aula 3
Direito Ambiental aula 3
 
Direito Ambiental aula 1
Direito Ambiental aula 1Direito Ambiental aula 1
Direito Ambiental aula 1
 
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de Consumo
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de ConsumoDireito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de Consumo
Direito do Consumidor Elementos da Relação Jurídica de Consumo
 
Direito do Consumidor introdução
Direito do Consumidor introduçãoDireito do Consumidor introdução
Direito do Consumidor introdução
 
Função Social da Propriedade
Função Social da PropriedadeFunção Social da Propriedade
Função Social da Propriedade
 
Direito do Consumidor Direitos Básicos
Direito do Consumidor Direitos BásicosDireito do Consumidor Direitos Básicos
Direito do Consumidor Direitos Básicos
 
Precedentes
PrecedentesPrecedentes
Precedentes
 
Internet
InternetInternet
Internet
 
Exercicio recurso extraordinario
Exercicio recurso extraordinarioExercicio recurso extraordinario
Exercicio recurso extraordinario
 
Agravo interno
Agravo internoAgravo interno
Agravo interno
 

Faceli - Direito - 2° Período - Curso de Filosofia do Direito - 05 - Períodos Filosóficos

  • 1. PERIODOS FILOSÓFICOSPERIODOS FILOSÓFICOS Filosofia Antiga ( séc.VI a.C. – séc. III d. C.)
  • 2. 1º Pré- Socráticos ou cosmológico1º Pré- Socráticos ou cosmológico Origem do mundo e as causas das transformações na natureza.
  • 3. 2º Socrático ou antropológico2º Socrático ou antropológico Sócrates (469 – 399 a. C.) Criou o seu próprio método que, depois, foi denominado de maiêutica e ironia. * Na ironia, confundia o saber que as pessoas tinham sobre um determinado assunto; * Na maiêutica, levava as pessoas a uma nova visão do problema, aprofundando-o sempre, sem, contudo, chegar a uma conclusão definitiva.
  • 4. 3º Clássico ou sistemático3º Clássico ou sistemático A filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia. Platão (428 – 347 a C.) Sua filosofia: Teoria das ideias – dualismo. Mundo das ideias – mundo superior, eterno, imutável, harmônico, do espírito, transcendente. Mundo sensível – mundo inferior, finito, mutável, físico, da matéria, imperfeito.
  • 5. Aqui 20A questão do conhecimento: Conhecer para o homem é provocar uma ação na alma para a recordação do mundo das ideias. Para Platão, o que está em questão não é o mundo sensível, mas o metafísico, o acesso (recordação) e o mundo das ideias em si.
  • 6. AristótelesAristóteles –– (384 – 322 a.C.)(384 – 322 a.C.) Aristóteles privilegia o mundo concreto, indicando sua preferência pelo plano ético e pelo estudo da natureza. Para Aristóteles, a filosofia grega está baseada profundamente nas concepções filosóficas de Parmênides e Heráclito (Pré-socráticos). Parmênides – “Oque é, É; e o que não é , não É” (ideia do ser imóvel). Heráclito – “Não entramos no mesmo rio duas vezes” (ideia do ser em mudança).
  • 7. Como resolver esta leitura contraditória na filosofia? Para Aristóteles está na teoria da potência e ato. Potência = “o que não é” = igual ao ser imóvel, pode ser passível de movimento. Existe uma realidade intermediária entre o ser e o não ser; a potência para algo (causa eficiente). Ato = “o que deve ser” = a realização do movimento. Existe uma realidade que procede da potência e se torna realizável.
  • 8. 4º Patrístico –4º Patrístico – (séc. I ao séc. III d. C.)(séc. I ao séc. III d. C.) Quando a filosofia se ocupa das realidades humanas (ética, política, conhecimento) a partir de Deus. No deslanchar histórico, a filosofia enfrenta duas tarefas: - Tarefa religiosa de evangelização; - Tarefa de defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos (heresias X dogmas).
  • 9. Expoentes: Tertuliano, Justino e Orígenes. Preocupações: criação do mundo, pecado, Deus, final dos tempos, ressurreição. Comportamento dos filósofos neste período: Postura de aceitação e de repúdio. Aceitação – Justino – pode haver diálogo entre fé e razão – teoria do logos espermáticos ( existem sementes do verbo semeadas em várias culturas). Repúdio – Tertuliano – Não pode haver diálogo entre fé e razão – “Os porquês da filosofia encontram as respostas na revelação” . Portanto, bastam a leitura, a meditação e a interpretação das escrituras para obter o conhecimento.
  • 11. Período em que a Igreja romana domina a Europa,ungindo a coroa dos reis e organizando guerras santas rumo a Jerusalém. Período em que a filosofia começa a ser ensinada nas escolas (escolástica) e surgem as primeiras faculdades (séc XII). Preocupação se dá em torno dos problemas universais, investigados pela própria filosofia cristã (teologia) tais como: a existência de Deus, e da alma.
  • 12. Método – disputa = apresenta-se uma tese e esta deve ser refutada ou defendidas por argumentos tirados da Bíblia, de Aristóteles ou dos Padres da Igreja. Um conhecimento só é verdadeiro se passar pela autoridade da Igreja. É a época dos manuais, da razão que explica tudo, e tudo é visto à luz da teologia.
  • 13. Principais expoentes:Principais expoentes: Santo Agostinho – (354-430 d. C.) A essência de sua filosofia encontra-se na obra Cidade de Deus. Nela Agostinho entende a historia em três momentos: 1º Origem – O homem foi criado por Deus e elevado a ordem sobrenatural. Deus cria o homem e dá a capacidade do governo.
  • 14. 2º Passado – Todos os males físicos e morais, são explicados à luz do pecado do homem e da redenção.  Deus não faz o mal, mas o permite; o homem é livre. Porém, pela encarnação, Deus supera o homem para salvá-lo. 3º Futuro – A humanidade caminha para Deus.
  • 15. Está superada toda a forma de dualismo platônico? Para Agostinho o mundo é composto de uma cidade celeste (Igreja) e uma cidade terrena ( mundo). O dualismo permanece na história: - Cidade terrena = cidade dos maus, pecadores e dos demônios. - Cidade celeste = cidade dos bons, dos justos, dos santos. Portanto, a história caminha para sentidos opostos. Somente através de uma dialética dolorosa de amadurecimento se chegará a plenitude dos tempos.
  • 16. Tomas de AquinoTomas de Aquino – (– (1225 – 1274)1225 – 1274) “Visto que só o falso é oposto ao verdadeiro, como é evidente pelas suas respectivas definições, é impossível que a verdade da fé seja contrária aos princípios que a razão conhece naturalmente”.
  • 17. Essência = potencia da existência; Existência = ato da essência; Para a essência passar a existência, necessita de um agente externo (Deus). (Para Aristóteles seria a existencia de um primeiro motor...)
  • 18. Assim, só existe essência em vias de existência, através do ato criador de Deus. A essência do homem é a própria natureza do homem, a partir da composição racionalidade (forma) e animalidade (matéria). Logo, existe um SER (ato que faz a substância ser) de existência sem essência? Sim, Deus. Existente por si, incriado, já ato puro.
  • 19. Como comprovar a existência de DeusComo comprovar a existência de Deus racionalmente?racionalmente?  Primeira via – tudo que se move é movido por algo = primeiro motor imóvel (Aristóteles), = Deus (Tomas de Aquino);  Segunda via – Tudo que se move depende de outro para existir = existe um ser que faz existir = Deus;  Terceira via – tudo o que existe poderia não existir = existe um ser necessário, que faz existir = Deus;
  • 20.  Quarta via – as coisas mais ou menos perfeitas (o bem, o bom), orienta-se para um grau de perfeição = existe um ser perfeito = Deus = analogia entre a perfeição e o ser perfeito;  Quinta via – Todas as coisas naturais (o universo) estão orientadas para algo. Então, existe um ser inteligente que cria e ordena tudo para um fim = Deus;
  • 21. Concluindo: Para Tomas de Aquino, a filosofia deve estar a serviço da verdade, e a verdade de Deus = Filosofia serva da teologia.
  • 22. Filosofia Moderna (séc. XV – séc. XVIII)
  • 23. Caracterizada pelo seu rompimento com a tradição anterior: - Lutero – Religiosa; - Descartes – Filosófica;
  • 24.  Características gerais: 1 - Mudança da teoria geocêntrica pela heliocêntrica; 2 - Surgimento de uma nova antropologia; 3 - Passagem do feudalismo para o capitalismo; 4 - Desenvolvimento da ciência experimental; 5 - Invenção da imprensa; 6 - Movimentos da reforma;
  • 25. RenascentismoRenascentismo (séc. XIV – séc. XVI)(séc. XIV – séc. XVI) O renascimento passa a valorizar o ser humano, ao passo que a idade média, com a escolástica, a teologia tirou o ser humano de cena. É possível, urgente e proveitoso levar até as últimas consequências a força da racionalidade e das naturezas humanas, prescindido da revelação e da graça divina.
  • 26. Deus não está no centro, mas o homem. Renascimento faz do homem artífice do seu próprio destino.
  • 27. Racionalismo clássico Marcado por 3 grandes mudanças: 1 - Sujeito do conhecimento - A filosofia não começa de Deus para compreender o homem. - Começa indagando qual é a capacidade do intelecto humano para demonstrar a verdade do conhecimento.
  • 28. - Seu ponto de partida é a reflexão (racionalidade). - Daí a pergunta: Como o intelecto humano pode conhecer o que é diferente dele? Como pode conhecer os corpos da natureza?
  • 29. • 2- Objeto do conhecimento Para os modernos as coisas podem ser conhecidas (natureza, vida política etc.), desde que possam ser conceituadas, formuladas em ideias pelo sujeito do conhecimento. O conhecimento existe quando o mesmo pode ser racionalizado.
  • 30. • 3 - Ciência clássica - A realidade é um sistema de causalidades racionais rigorosas que podem ser transformadas pelo homem (domínio do homem). - Nasce a ideia de experimentação e da tecnologia (conhecimento teórico que orienta as intervenções práticas). - O homem pode dominar tecnicamente a natureza e a sociedade. Surge a mecânica, física, química, psicologia, matemática...
  • 31. No século XVII duas correntes filosóficas se estruturam acerca do fundamento do conhecimento:
  • 32. • 1- Racionalismo - Existe o mundo das ideias puras (inatas), mundo das essências, que dão suporte a todo conhecimento válido. - Verdades que não provem dos sentidos, mas se encontram inatas ao conhecimento humano (alma humana). - A razão é o único caminho para o conhecimento humano. - Pela razão se chega a valores absolutos.
  • 33. 2 - Empirismo - Existe o mundo dos fatos, dos fenômenos que dão suporte ao conhecimento. - O papel da razão é ler neles a inteligibilidade das coisas. - O empirismo nega o transcendente. - A alma humana não é formada por ideias inatas, ela é tábua rasa. (alma como um bloco de cera onde se gravam sensações e pensamentos de que depois lembramos)
  • 34. Pontos comuns entre os dois: - O ser humano é capaz de conhecer; (formas diferentes) - Liberta o homem da teologia; - Nega a escolástica.
  • 35. Período da filosofia da ilustração ou iluminismo (meados do século XVIII ao começo do séc. XIX). Período que valoriza os poderes da razão. Também conhecido como século das luzes. Daí o nome iluminismo.
  • 36. Principais afirmações: A- Pela razão o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política; B- A razão é capaz de evolução e progresso. Através do conhecimento o homem é chamado a se libertar dos pré-conceitos religiosos e políticos.
  • 37. É o período de pleno desenvolvimento da ciência: biologia e medicina. Também, expansão da economia em suas duas principais correntes: Fisiocratas (agricultura como fonte de riqueza das nações); Mercantilista (comércio fonte de riqueza das nações).
  • 38. EMMANUEL KANT (1724-1804) Sobre sua filosofia: Conjuntura filosófica: Os racionalistas ensinam que a única fonte do conhecimento verdadeiro é a razão, que é dotada das ideias inatas de toda realidade; A filosofia consiste na análise das idéias inatas; Esta análise é suficiente para a descoberta das verdades.
  • 39.  As novas verdades são expressas em juízos analíticos, puramente explicativos, que não acrescentam nada ao conteúdo do conhecimento, não o ampliam, nem lhe trazem qualquer aumento.
  • 40. Os empiristas Ensinam que a única fonte de conhecimento é a experiência, não tendo a razão nenhum valor inventivo; A ciência consiste na soma progressiva de experiência, não tendo a razão nenhum valor inventivo; A ciência consiste na soma progressiva de experiência a experiência, de dados sensíveis a dados sensíveis: ela procede da síntese, não por análise. Os conhecimentos adquiridos são expressos
  • 41. Os empiristas Ensinam que a única fonte de conhecimento é a experiência, não tendo a razão nenhum valor inventivo; A ciência consiste na soma progressiva de experiência, não tendo a razão nenhum valor inventivo; A ciência consiste na soma progressiva de experiência a experiência, de dados sensíveis a dados sensíveis: ela procede da síntese, não por análise.
  • 42. Para Kant, os racionalistas e os empiristas colocam a filosofia em situação de imobilismo acerca da ciência e do conhecimento.
  • 43. Na verdade, a ciência é constituída por juízos sintéticos a priori. Exemplo: 7 + 5 = 12, ou seja, o predicado (resultado) exprime algo novo já constituído no sujeito. Esses juízos passam despercebidos pelos empiristas e os racionalistas. 7 + 5 = juízos universais. Os racionalistas negam por juízo analíticos a novidade = 12. Os empiristas por juízos sintéticos a posteriori, negam o elemento da universalidade.
  • 44. Por que isso? Racionalismo O conhecimento provém do sujeito = universalidade. Empirismo O conhecimento provém do objeto = novidade.
  • 45. Assim, a ciência torna-se impossível para Kant. O conhecimento não procede só da ação do sujeito ou do objeto, mas da ação combinada entre os dois: o sujeito dá a forma, o objeto a matéria; o conhecimento é o resultado de um elemento a priori (sujeito) e de um elemento a posteriori (objeto). O conhecimento humano não é reprodução passiva de um objeto por parte do sujeito, mas a construção ativa do objeto por parte do sujeito.