1. Junho
2023
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Universidade Católica De Moçambique
Faculdade de Ciências de Saúde
Curso de licenciatura em Enfermagem
Elaborado por: Dra. Emilia Cumbane Modificado por: dr. Filipe Gustavo
Palestra: Os Rins
2. Tópicos
• Visão geral das funções do rim.
• A unidade funcional Nefron.
• Funções de filtração, reabsorção e
secreção.
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Elaborado pro: Dra. Emilia Roda Manuel
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4. Funções dos Rins
Regulação da composição iônica do sangue
Regulam os níveis sanguíneos de diversosíons;
Íons sódio, cálcio, potássio, cloreto e fosfato.
Manutenção da osmolaridade do sangue
Regula separadamente a perda de água e de solutos
na urina – mantendo a osmalaridade 290 miliosmóis/litro;
Regulação do volume sanguíneo
Conservando ou eliminando água.
Regulação da pressão arterial
Secreção da enzima renina – activa a via
renina - angiotensina - ↑ pressão arterial;
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5. Funções dos Rins
Regulação do pH do sangue
Excretam o H+ na urina e conservam íons bicarbonato
(HCO3-);
Liberação de hormônios
Calcitriol (forma ativa da vitamina D) – ajuda a regular a
homeostasia do cálcio;
Eritropoietina – produção de glóbulos vermelhos;
Excreção de resíduos e de substâncias
estranhas
Formação de urina
Excreção de substancias que não têm a função útil no
corpo: Amônia, uréia, bilirrubina (catabolismo da
hemoglobina), creatina (decomposição do fosfato de
creatina) e ácido úric4
o (catabolismo de ácidos nucléicos);
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6. Néfron
• É a unidade histológica e funcional do rim;
• Cada rim contém aproximadamente 1 a 4
milhões de néfrons, mede entre 50 – 55 mm
comprimento.
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7. Néfron
• Componentes do néfron:
Corpúsculo renal
Túbulo renal:
• Contorcido proximal.
• Alça de Henle.
• Contorcido distal.
• O fluido do ducto contorcido distal esvazia-se no
ducto colector, que transporta a urina a partir do
córtex a papila renal.
• Perto da extremidade da papila, vários ductos
colectores se fundem para formar ducto papilar.
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9. Néfron
Néfrons
justamedulares:
cujos corpúsculos
renais se
encontram perto
da medula.
Néfrons Corticais: as
suas alças de Henle
não se estendem
profundamente na
medula.
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10. Corpúsculo renal
• Capsula de Bowman + rede de capilares
(glomérulos) – unidade de filtragem de sangue.
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13. Túbulos Renais
Túbulo Contorcido Proximal :
• Mede aproximadamente 14mm de
comprimento e 60mm de diâmetro.
• Superfície luminal das células
apresenta microvilosidades.
• Superfície baso lateral repousa sobre uma
membrana basal.
• Cada célula esta ligada com a outra por
junções aderentes.
• Margem baso lateral tem numerosas
mitocôndrias adjacentes a membrana
basal.
• Função: reabsorção activa e secreção.
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14. Túbulos Renais
Alça de Henle
(descendente):
Células epiteliais
escamosas simples.
Apresentam
microvilosidades.
Número reduzido de
mitocôndria.
A agua difunde-se
facilmente para o fluido
intersticial.
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15. Túbulos Renais
Túbulo Contorcido Distal:
• Células com
microvilosidades
escassas.
• Tem numerosas
mitocôndrias que
ativamente
reabsorvem Na+, K+
e Cl-.
• Ducto Colector
• Algumas células
possuem
microvilosidades.
• Numerosas
mitocôndrias e
ativamente
reabsorvem Na+; K+
e Cl-.
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16. Formação de urina no tubulo
urinífero
Baseia-se em três
processos:
Filtração,
Reabsorção e,
Secreção.
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17. Membrana glomerular
1. Endotélio Capilar (barreira mecânica) fenestrações,
impedem passagem de proteínas.
1. Membrana Basal (barreira elétrica) proteoglicanas
impedem de maneira eficiente a passagem de
proteínas.
2. Células Epiteliais/Podócitos ( barreira mecanica) ossuem
fendas de filtração e possuem também
glicoproteínas. Elas recobrem a superfície externa do
glomérulo.
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19. Filtração
• Este é o primeiro passo na formação de urina , onde
havera a separacao de de grandes quantidades de
conteudos presente no plasma sanguineo para formar
urina. Bowman — quase 180 L ao dia.
• A filtração glomerular corresponde a cerca de 20% do
fluxo plasmático renal, sendo que 80 % segue pelas
artérias peritubulares.
• Cerca de 12 a 30%, media 20% do DC ≈ 5.600
ml por minuto.
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20. Pressão de filtração
• A formação do filtrado deve-se a um gradiente de
pressão no corpúsculo renal (pressão do filtrado)
que depende da combinação de três pressões
diferente:
• Pressão do capilar glomerular (PCG)/pressão
sanguínea no interior dos capilares – forca a entrada de
liquido capilar na capsula de Bowman (45mmHg).
• Pressão hidrostática capsular (PHC): pressão contra
a filtração, ocasionado pela pressão do acumulo do
filtrado na capsula de Bawman. (10 mmHg)
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21. Pressão de filtração
• Pressão oncótica / coloide osmótica do sangue
(PO): resultante da presença de proteínas plasmáticas
não filtradas nos capilares glomerulares, produz uma
forca osmótica de 28 mmHg que impulsiona o liquido
da capsula de Bowman para o capilar glomerular.
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23. Regulação da taxa de filtração
glomerular (TFG)
• Autorregulação: mantem a taxa de filtração
glomerular muito estável.
• A TFG é constante quando a pressao arterial
sistemica varia entre 90 e 180mmHG.
• Dois mecanismos de autorregulação:
• Miogênico.
• Retroalimentação tubuloglomerular.
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24. Regulação da taxa de filtração
glomerular (TFG)
• Perante aumento da
pressão arterial sistêmica.
• As arteríolas aferentes se
contraem.
• Reduz a perfusão renal e a
pressão de filtração na
membrana de filtração do
corpúsculo renal.
• Diminuição da pressão
arterial sistêmica.
• Dilatação das arteriolas
aferentes.
• Aumenta o debito renal e a
pressão de filtração na
membrana de filtração
glomerular
Miogênico
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25. Regulação da taxa de filtração
glomerular (TFG)
• Retroalimentação peritubular
• O fluxo do filtrado através das células de macula
densa influencia na autoregulação.
• O aumento do fluxo na macula densa envia sinal ao
aparelho justa glomerular para contrair a arteríola
aferente.
• Diminui a pressão de filtração através da membrana
de filtração do corpúsculo renal.
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28. Reabsorção tubular
Transporte ativo – Desloca um soluto contra um gradiente
eletroquímico – ligação direta com fonte de energia gasto de
ATP.
Difusão: passagem de moléculas do soluto, do local de maior
concentração para menor concentração sem gasto de energia
• Facilitada: a favor do gradiente - difusão e sem gasto de ATP; –
• Água, uréia, sódio, potássio, bicarbonato, cloreto.
Simporte: transporte de moléculas, sem depender
directamente de ATP, associada a difença de concentração
de iões pelo transporte ativo primário.
Osmose – Movimento de água através da membrana
semipermeável, a favor de gradiente de concentração
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29. Reabsorção e secreção em diferentes
partes do néfron
Túbulo proximal:
Reabsorção
Alta capacidade de reabsorção
Grande área de superfície (borda em escova )
Elevado metabolismo (transporte ativo)
Alta concentração de proteínas para transporte
facilitado.
Agua, aminoácidos, glicose e sais.
Secreção
Bile, sais , oxalato, urato, catecolaminas
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30. Reabsorção e secreção em diferentes
partes do néfron
Alça de Henle:
Porção descendente fina (delgada)
Muito permeável à água.
Moderadamente permeável a solutos (ureia, Na e
quase todos outros ioes.)
Absorção de 20% da água filtrada.
A medida que o filtrado atravessa o segmento finoa
agua move-se para fora por osmose.
Porção ascendente espessa (delgada)
Com céls de alta actividade metabólica, capazes de
reabsorção activa de Na+, K+ e Cl-.
Cálcio, bicarbonato e Mg. também são reabsorvidos32
Praticamente impermeável à água.
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31. Reabsorção e secreção em
diferentes partes do néfron
Túbulo distal:
Parte proximal: Informações para mácula densa, muito
contorcida e impermeável a água e uréia; reabsorve
avidamente a maioria dos iões (inclusive, Na+, Cl- e
K+)
Parte média:
Céls principais reabsorvem Na+ e secretam K+ pela
bomba Na/k-ATPase.
Céls intercaladas secretam avidamente H+ e
reabsorvem bicarbonato e K+ (transporte H+-
ATPase).
Segmento de diluição.
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32. Reabsorção e secreção em diferentes
partes do néfron
Porção medular do ducto coletor :
Reabsorvem menos de 10% água e Na+ filtrados.
Sítio final de processamento da urina e desempenham papel importante
na determinação do débito urinário final de água e solutos.
Permeabilidade a água controlada pela HAD. Altos níveis de
HAD→reabsorção ávida da água, com ↓ volume de urina e concentrando a
maioria dos solutos na urina.
É permeável a ureia, é reabsorvida e ajuda a elevar
a osmolaridade e concentrar a urina
Secreta H+ contra gradiente concentração↔papel na regulaç3ã4o equilíbrio
ácido-base.
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33. Natriurese e diurese por pressão
• Se a PA se mantiver entre 90 e 180 mmHg
teremos poucas alterações na taxa de filtração
glomerular.
• O aumento a PA gera pequenos aumentos na
pressão hidrostática capilar peritubular,
reduzindo a absorção de sódio e água.
• Diminuição da secreção de Angiotensina II,
diminuindo a reabsorção tubular de sódio e
agua
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34. 31/01/2024
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Hormônio Local de Ação Efeitos
Aldosterona Túbulo e ducto coletores ↑ Reabsorção de NaCl e H2O, ↑
secreção de K+, ↑ secreção de
H+
Angiotensina
II
Túbulo proximal, porção
ascendente espessa da
alça de Henle/túbulo distal,
túbulo coletor
↑ Reabsorção de NaCl e H2O, ↑
secreção de H+
Hormônio
antidiurético
Túbulo distal/túbulo e ducto
coletores
↑ Reabsorção de H2O
Concentra a urina
Hormônio da
paratireoide
Túbulo proximal, porção
ascendente espessa da
alça de Henle/túbulo distal
↓ Reabsorção de PO4
−, ↑ reabsorção
de Ca++
Peptídeo
natriurético
atrial
Túbulo distal/túbulo e ducto
coletores
↓ Reabsorção de NaCl
Controle hormonal da reabsorção tubular
35. Secreção tubular
Transferência de moléculas do fluido extracelular para
dentro do lúmen do néfron.
Também depende sistemas de transporte de
membrana. Secreção de K+ e H+ serve para regulação
homeostática dos mesmos.
Processo activo porque exige movimento dos
substratos contra seu gradiente de concentração.
Os processos de secreção ativa dos túbulos distais são
influenciados por hormônios, pela quantidade total de
solutos, pela dieta, pelo equilíbrio ácido- base e pel3
o8
fluxo do filtrado.
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36. Excreção
Produção de urina é resultado detodos
processos que ocorrem no rim
Excreção = filtração – reabsorção +
secreção
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37. Bibliografias
• MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R.
Anatomia orientada para a clínica. 8 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019.
• HALL, John E.; HALL, Michael E. Guyton & Hall tratado de
fisiologia médica. 13ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
• -SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem
Integrada, 7ª. Edição, Artmed, 2017.
• TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e
Fisiologia. 14ª. ed. RIo de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
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