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A SOCIOLOGIA DE ÉMILE
DURKHEIM
Émile Durkheim (1858-1917) é
considerado – assim como Karl Marx
e Max Weber – um dos três autores
fundamentais do pensamento
sociológico clássico, tendo produzido
contribuições intelectuais
determinantes para esta nova ciência
que surgiu no século XIX.
A SOCIOLOGIA DE
ÉMILE DURKHEIM
Suas ideias aproximam-se do
positivismo de Comte, mas se
afastam do mesmo, porque, para ele,
o positivismo falhou em alcançar a
neutralidade na análise dos
fenômenos sociais.
Neste sentido, as maiores
contribuições de Durkheim estão na
construção do método sociológico e
na definição mais precisa de seu
objeto de estudo.
Auguste Comte
Segundo o autor, os fatos
sociais são aqueles que
atenderiam as três
características simultâneas: a
coercitividade, a exterioridade
e a generalidade.
Fato social: o objeto
de estudo
Ao mesmo tempo, os fatos sociais são
exteriores: têm uma existência anterior e
independente dos indivíduos.
Por exemplo, quando nascemos, uma
série de regras e elementos
socioculturais já existe antes de
nós, como a linguagem e os hábitos à
mesa.
.
Assim, o fato social o obriga a se
adaptar às regras da sociedade.
Exemplos de fato social são as normas
sociais, valores, convenções e regras
que existem independente da vontade
e da existência do indivíduo, como
explica Durkheim.
Fato social: o objeto
de estudo
 Coercitividade - A coercitividade está
relacionada ao poder ou à força que
os padrões da cultura de uma
determinada sociedade são impostos
aos integrantes.
Essa característica obriga os indivíduos
a cumprirem os padrões culturais e
sociais que nem sempre estão de
acordo, mas que são convenções e
existem apesar do indivíduo concordar
com elas ou não.
 Generalidade - A generalidade
ocorre quando os fatos sociais são
coletivos e não individuais. Assim,
atingem toda a sociedade.
 Exterioridade - A exterioridade é a
característica que denomina os
fatos sociais exteriores ao indivíduo
e que já estão organizados antes
mesmo dele nascer.
Um exemplo comum de fato social é a educação imposta aos
indivíduos (coercitividade), que já tem uma existência como
instituição anterior aos membros da sociedade (exterioridade) e
é um fenômeno que se verifica na totalidade da sociedade
(generalidade).
Fato social: o objeto
de estudo
Para Durkheim, os laços que unem os
indivíduos à sociedade são designados
pelo termo solidariedade.
Com base nessa noção, ele caracteriza
duas formas de organização social:
sociedades tradicionais (pré
capitalistas) e modernas (capitalistas).
SOLIDARIEDADE
PARA DURKHEIM
As respigadoras (1857), de Jean-François
Millet/As catadoras (uma releitura encontrada na
internet)
SOLIDARIEDADE
MECÂNICA
Aquela que caracteriza as sociedades pré-
capitalistas, nas quais há um baixo (ou
nenhum) grau de consciência individual, uma
vez que predomina, em termos de coesão
social, uma consciência coletiva que controla
a sociedade.
Um elemento que é associado às sociedades
de solidariedade mecânica é a baixa divisão
do trabalho, no sentido de que haveria uma
pequena divisão de tarefas e funções
presentes nessas sociedades.
Sou igual ao meu
próximo, por isso sou
solidário a ele.
Dessa maneira, as sociedades
organizadas de acordo com a
solidariedade mecânica compõem o
primeiro grupo de sociedades estudadas
por Durkheim.
De acordo com o sociólogo, essas
sociedades manteriam sua coesão social
por meio de laços tradicionais decorrentes
do compartilhamento dos mesmos valores
culturais responsáveis por determinar certo
padrão moral a ser seguido.
SOLIDARIEDADE
MECÂNICA
Durkheim acreditava que os valores
morais, reforçados pelos séculos de
tradição que se fortaleciam por meio
dos laços familiares e dos costumes,
seriam responsáveis por determinar
uma série de regras que exigiriam
determinado comportamento dos
indivíduos, de modo que estes se
adequassem às suas respectivas
funções.
SOLIDARIEDADE
MECÂNICA
O contexto da solidariedade orgânica é o
que caracteriza a sociedade capitalista, pois
há uma ampla divisão de tarefas e funções,
o que leva a uma grande interdependência
entre os indivíduos, em termos econômicos
e tecnológicos, mas, acima de tudo, moral.
Para Durkheim, o maior problema decorrente
da divisão do trabalho está relacionado à
questão moral, ou seja, à capacidade de
manter os membros coesos e a sociedade
funcionando harmonicamente.
SOLIDARIEDADE
ORGÂNICA
Sou diferente do meu próximo, ele
faz coisas que eu não faço,
dependo dele, por isso sou
solidário a ele
A ampla divisão do trabalho produz
formas mais intensas de individualismo, o
que faz, por sua vez, a consciência
coletiva perder, em parte, sua capacidade
agregadora.
O enfraquecimento da consciência
coletiva poderia produzir situações de
anomia, quando há uma crise em relação
às regras e normas que mantêm a
sociedade coesa.
SOLIDARIEDADE
ORGÂNICA
Para Durkheim, a sociedade
capitalista moderna e contemporânea
teria maiores possibilidades do
desenvolvimento de estados
anômicos, em função do
individualismo crescente e da perda
da força da consciência coletiva.
SOLIDARIEDADE
ORGÂNICA
•Émile Durkheim: para este a sociedade
prevalece sobre o indivíduo através de
suas instituições e os valores
determinados por ela. Para ele o
conflito só existe quando há algum
problema nas normas e valores sociais.
 Para Durkheim toda sociedade havia evoluído de uma forma social mais
simples para uma mais complexa. Baseando –se nessa idéia diz que o “motor”
da evolução das sociedades era a passagem da solidariedade mecânica para
a solidariedade orgânica.
Solidariedade Mecânica: Solidariedade orgânica:
Predominava em sociedades pré-
capitalistas, onde os indivíduos se
identificavam por meio da família, da
religião, da tradição e dos costumes,
permanecendo em geral independentes
e autônomos em relação à divisão social
do trabalho. A consciência coletiva
exerce aqui todo seu poder de coerção
sobre os indivíduos.
É típico da sociedade capitalista, em que,
pela acelerada divisão do trabalho social,
os indivíduos se tornavam inter-
dependentes. Essa inter-dependência
garante a união social, em lugar dos
costumes e das tradições ou das relações
sociais estreitas, como ocorre nas
sociedades contemporâneas. Nas
sociedades capitalistas, a consciência
coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo em
que os indivíduos tornam-se
mutuamente dependentes, cada qual se
especializa numa atividade e tende a
desenvolver maior autonomia pessoal.
A Consciência coletiva:
 Para Durkheim os fatos sociais independem daquilo que indivíduo
pensa e faz em particular;
 “consciência individual” X “consciência coletiva”
Consciência Coletiva:
“ conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à medida dos
membros de uma mesma sociedade” que “ forma um sistema
determinado com a vida própria”
Obs.: A consciência coletiva não se baseia na consciência de
indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas está espalhada
por toda sociedade. A consciência coletiva define o que é “imoral” ou
“ criminoso”.
http://hisrel.blogspot.com
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  • 3.
  • 4. Émile Durkheim (1858-1917) é considerado – assim como Karl Marx e Max Weber – um dos três autores fundamentais do pensamento sociológico clássico, tendo produzido contribuições intelectuais determinantes para esta nova ciência que surgiu no século XIX. A SOCIOLOGIA DE ÉMILE DURKHEIM
  • 5. Suas ideias aproximam-se do positivismo de Comte, mas se afastam do mesmo, porque, para ele, o positivismo falhou em alcançar a neutralidade na análise dos fenômenos sociais. Neste sentido, as maiores contribuições de Durkheim estão na construção do método sociológico e na definição mais precisa de seu objeto de estudo. Auguste Comte
  • 6. Segundo o autor, os fatos sociais são aqueles que atenderiam as três características simultâneas: a coercitividade, a exterioridade e a generalidade. Fato social: o objeto de estudo
  • 7. Ao mesmo tempo, os fatos sociais são exteriores: têm uma existência anterior e independente dos indivíduos. Por exemplo, quando nascemos, uma série de regras e elementos socioculturais já existe antes de nós, como a linguagem e os hábitos à mesa.
  • 8. . Assim, o fato social o obriga a se adaptar às regras da sociedade. Exemplos de fato social são as normas sociais, valores, convenções e regras que existem independente da vontade e da existência do indivíduo, como explica Durkheim. Fato social: o objeto de estudo
  • 9.  Coercitividade - A coercitividade está relacionada ao poder ou à força que os padrões da cultura de uma determinada sociedade são impostos aos integrantes. Essa característica obriga os indivíduos a cumprirem os padrões culturais e sociais que nem sempre estão de acordo, mas que são convenções e existem apesar do indivíduo concordar com elas ou não.
  • 10.  Generalidade - A generalidade ocorre quando os fatos sociais são coletivos e não individuais. Assim, atingem toda a sociedade.  Exterioridade - A exterioridade é a característica que denomina os fatos sociais exteriores ao indivíduo e que já estão organizados antes mesmo dele nascer.
  • 11.
  • 12. Um exemplo comum de fato social é a educação imposta aos indivíduos (coercitividade), que já tem uma existência como instituição anterior aos membros da sociedade (exterioridade) e é um fenômeno que se verifica na totalidade da sociedade (generalidade). Fato social: o objeto de estudo
  • 13. Para Durkheim, os laços que unem os indivíduos à sociedade são designados pelo termo solidariedade. Com base nessa noção, ele caracteriza duas formas de organização social: sociedades tradicionais (pré capitalistas) e modernas (capitalistas). SOLIDARIEDADE PARA DURKHEIM As respigadoras (1857), de Jean-François Millet/As catadoras (uma releitura encontrada na internet)
  • 14. SOLIDARIEDADE MECÂNICA Aquela que caracteriza as sociedades pré- capitalistas, nas quais há um baixo (ou nenhum) grau de consciência individual, uma vez que predomina, em termos de coesão social, uma consciência coletiva que controla a sociedade. Um elemento que é associado às sociedades de solidariedade mecânica é a baixa divisão do trabalho, no sentido de que haveria uma pequena divisão de tarefas e funções presentes nessas sociedades. Sou igual ao meu próximo, por isso sou solidário a ele.
  • 15. Dessa maneira, as sociedades organizadas de acordo com a solidariedade mecânica compõem o primeiro grupo de sociedades estudadas por Durkheim. De acordo com o sociólogo, essas sociedades manteriam sua coesão social por meio de laços tradicionais decorrentes do compartilhamento dos mesmos valores culturais responsáveis por determinar certo padrão moral a ser seguido. SOLIDARIEDADE MECÂNICA
  • 16. Durkheim acreditava que os valores morais, reforçados pelos séculos de tradição que se fortaleciam por meio dos laços familiares e dos costumes, seriam responsáveis por determinar uma série de regras que exigiriam determinado comportamento dos indivíduos, de modo que estes se adequassem às suas respectivas funções. SOLIDARIEDADE MECÂNICA
  • 17. O contexto da solidariedade orgânica é o que caracteriza a sociedade capitalista, pois há uma ampla divisão de tarefas e funções, o que leva a uma grande interdependência entre os indivíduos, em termos econômicos e tecnológicos, mas, acima de tudo, moral. Para Durkheim, o maior problema decorrente da divisão do trabalho está relacionado à questão moral, ou seja, à capacidade de manter os membros coesos e a sociedade funcionando harmonicamente. SOLIDARIEDADE ORGÂNICA Sou diferente do meu próximo, ele faz coisas que eu não faço, dependo dele, por isso sou solidário a ele
  • 18. A ampla divisão do trabalho produz formas mais intensas de individualismo, o que faz, por sua vez, a consciência coletiva perder, em parte, sua capacidade agregadora. O enfraquecimento da consciência coletiva poderia produzir situações de anomia, quando há uma crise em relação às regras e normas que mantêm a sociedade coesa. SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
  • 19. Para Durkheim, a sociedade capitalista moderna e contemporânea teria maiores possibilidades do desenvolvimento de estados anômicos, em função do individualismo crescente e da perda da força da consciência coletiva. SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
  • 20.
  • 21. •Émile Durkheim: para este a sociedade prevalece sobre o indivíduo através de suas instituições e os valores determinados por ela. Para ele o conflito só existe quando há algum problema nas normas e valores sociais.
  • 22.  Para Durkheim toda sociedade havia evoluído de uma forma social mais simples para uma mais complexa. Baseando –se nessa idéia diz que o “motor” da evolução das sociedades era a passagem da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica. Solidariedade Mecânica: Solidariedade orgânica: Predominava em sociedades pré- capitalistas, onde os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e autônomos em relação à divisão social do trabalho. A consciência coletiva exerce aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos. É típico da sociedade capitalista, em que, pela acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos se tornavam inter- dependentes. Essa inter-dependência garante a união social, em lugar dos costumes e das tradições ou das relações sociais estreitas, como ocorre nas sociedades contemporâneas. Nas sociedades capitalistas, a consciência coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo em que os indivíduos tornam-se mutuamente dependentes, cada qual se especializa numa atividade e tende a desenvolver maior autonomia pessoal.
  • 23.
  • 24. A Consciência coletiva:  Para Durkheim os fatos sociais independem daquilo que indivíduo pensa e faz em particular;  “consciência individual” X “consciência coletiva” Consciência Coletiva: “ conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à medida dos membros de uma mesma sociedade” que “ forma um sistema determinado com a vida própria” Obs.: A consciência coletiva não se baseia na consciência de indivíduos singulares ou de grupos específicos, mas está espalhada por toda sociedade. A consciência coletiva define o que é “imoral” ou “ criminoso”.
  • 25.