O presente slide faz parte do trabalho realizado no âmbito da conclusão do curso de engenharia Agropecuária,na faculdade de ciências agrárias da universidade Zambeze.
O trabalho é fruto da pesquisa realizada no campus da faculdade,sobre as avaliação da productiviadade de pepino diferentes formas de tutoragem, os resultados obtidos na presente pesquisa ilustram como é que o tutoramento influência na produtividade
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SLIDE_DE_MONOGRAFIA.pptx sobre produtividade de pepino
1. UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
CURSO: ENGENHARIAAGRO-PECUÁRIA
ESPECIALIDADE: PRODUÇÃO VEGETAL
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO PEPINO (Cucumis sativus L.) CONDUZIDO EM
DIFERENTES FORMAS DE TUTORAGEM NAS CONDIÇÕES EDAFOCLIMÁTICA DE
ANGÓNIA
ULÓNGUÈ, 2022
Supervisor: Eng. Joaquim Viola Paulo
AUTOR: FAUSTINO FERRÃO VILANCULO
2. INTRODUÇÃO
Várias técnicas têm sido implementadas nas últimas décadas
no cultivo de hortaliças, principalmente para promover aumento de
produtividade e melhoria na qualidade dos frutos, sendo o uso do
tutoragem uma das mais utilizadas no cultivo de hortaliças frutos,
principalmente as de hábito trepador. Embora represente aumento inicial
no custo de produção, uma prática vantajosa, pois facilitam alguns tratos
culturais e a colheita, melhora a qualidade dos frutos e alonga o período
produtivo (FILGUEIRA, et al.2009).
3. Definição problema
Que forma de tutoragem proporciona a melhor produtividade
da cultura de pepino (Cucumis sativus L.) nas condições
edafoclimáticas de Angónia?
4. Justificação
Estudos mostram que pepinos adequadamente espaçados e
tutorados apresentam uma enorme disparidade e diferença com o não
tutorados, como resultado de evitar competição, superlotação e exposição
ou posicionamento correcto das folhas de pepino à luz solar para
actividades fotossintéticas eficazes, que aumentarão a produção de frutos
(SEDIYAMA et al. 2014).
5. Hipóteses
H0 (hipótese nula): não existe diferença significativa na produtividade do
pepino (Cucumis sativus L.) conduzido em diferentes formas de tutoragem;
H1 (hipótese alternativa): existe diferença significativa na produtividade do
pepino (Cucumis sativus L.) conduzido em diferentes formas de tutoragem;
6. Objectivos
Objectivo geral
Avaliar a produtividade de pepino (Cucumis sativus L) conduzido em diferentes
formas de tutoragem no distrito de Angónia;
Objectivos específicos
Mensurar os parâmetros produtivos (Diâmetro do Fruto, Cumprimento do Fruto,
Peso do Fruto);
Identificar forma de tutoragem que proporciona a melhor produtividade da
cultura de pepino;
7. MATERIAIS E MÉTODOS
2. Método de Pesquisa:
(Pesquisa Experimental)
3. Descrição de tratamentos:
T1, T 2 e T3
1. Caracterização da área de pesquisa
8. cont…
4. Dimensionamento do experimento
Designação Quantidade
Área total 14*10 =140 m2
Área útil 12 m2 * 9 =108 m2
Área por parcela 4 m *3 m =12 m2
Nº de parcelas do
experimento
9
Distância entre parcela 0,5 m ou 50 cm
Distância entre bloco 1 m ou 100 cm
Nº de Plantas do
experimento
24*9 = 216
Nº de plantas por
tratamento
72
Nº de plantas por parcela 24
5. Condução do experimento
Preparacao do solo:
Sementeira:
Controlo de infestantes, pragas e doenças:
Adubação:
Tutoragem
Rega
Colheita
9. Cont..
As variáveis analisadas
Amostras: 8 plantas tirando as bordaduras, 10 frutos por parcelas
Comprimento do fruto (cm)
Diâmetro do fruto (mm)
Peso dos frutos (g)
Produtividades (t/ha)
11. Análise estatística: programa Stata
10. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Comprimento do Fruto ( CF)
Tratamentos CF (cm)
Não Tutorado (T1) 16,55 a
Tutoragem Vertical (T2) 17,13 b
Tutoragem Horizontal (T3) 16,87ab
Média geral 16,85
C.V. (%) 1,67
Resultados mostram se
contraditórios aos
obtidos por MARTINS
et al. (2018)….
Suportados por autores
como ADRIOLLO et
al. (2002), (FONTES e
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam
diferenças significativas entre sé pelo teste de Tukey a 5% de
significância.
11. Cont…
Diâmetro do fruto (DF)
Tratamentos DF (mm)
Não Tutorado (T1) 35,46 a
Tutoragem Vertical (T2) 21,91 a
Tutoragem Horizontal (T3) 41,16 a
Média geral 32,85
C.V. (%) 7,87
Resultados
similares obtidos
por SOLÍS et al.
(1982)…
Sustentado Por
FONTES E
PUIATTI (2005)…
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam
diferenças significativas entre sé pelo teste de Tukey a 5% de
significância.
12. Cont…
Peso do Fruto (PF)
Tratamentos PF (g)
Não Tutorado (T1) 450,00 a
Tutoragem Vertical (T2) 491,67ab
Tutoragem Horizontal (T3) 540,00b
Média geral 493,89
C.V. (%) 9,55
Sustentado por autores como
ZAMBOLIM et al. (1989),
LOOMIS e AMTHOR
(1999) e SANTI et al.
(2013) Corroboram com
resultados obtidos
MARTINS et al (2018):
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças
significativas entre sé pelo teste de Tukey a 5% de significância
13. Cont…
Produtividade ( PROD)
Tratamentos PROD (t/ha)
Não Tutorado (T1) 15,50 a
Tutoragem Vertical (T2) 18,93ab
Tutoragem Horizontal (T3) 20,40 b
Média geral 18,30
C.V. (%) 13,33
Suportados por
autores como
OLIVEIRA et al.
(2010) e
DIONIZIO et al.
(2016)…
Corroboram
resultados obtidos
por
HANNA E
ADAMS, (1991)…
Médias seguidas pela mesma letra na coluna não apresentam diferenças
significativas entre sé pelo teste de Tukey a 5% de significância
14. CONCLUSÃO
Os resultados mostram que não há diferença significativa, na variável
diâmetro do fruto, nas diferentes formas de tutoragem.
O melhor tratamento com que se teve produtividade foi o tratamento
aplicado tutoragem Horizontal (T3), apresentou resultados positivos na
produtividade com 20,40t/ha em quase indicadores observados, porém
este, não se difere significativamente com o tratamento T2 onde obteve
se a produtividade de 18,93t/ha.
15. RECOMENDAÇÕES
Aos investigadores e pesquisadores que se faça mais estudos nos próximos anos com a mesma
variedade usada de pepino e as mesmas tutoragem para comprovar os resultados obtidos nesta
pesquisa.
Aos agricultores que produzam o pepino utilizando as duas formas de tutoragem usadas neste
experimento, por estes promoverem um aumento na produção de fruto de pepino, influenciando
a produtividade e na qualidade dos frutos.
O pepino (Cucumis sativus L.) tem grande importância económica ,social e Terapêutica dentro do agro negócio de hortaliças no país. O fruto pode ser consumido na forma crua em saladas, sanduíches,. Além disto, pode ser utilizado em cosméticos e medicamentos (CARVALHO et al. 2013).
O distrito de Angónia (Vila Ulónguè) apresenta condições edafo climáticas ideias para produção da cultura de pepino, esta vem se destacando por ser a fonte de renda dos pequenos produtores, no entanto, insuficiência de informação acerca das formas de tutoragem, factores que podem influenciam negativamente no aumento da produtividade. Diante deste cenário surge uma questão:
A vila Ulónguè (distrito de Angónia) apresenta condições edafo-climáticas ideais para produção da cultura de pepino. Esta cultura vem se destacando como fonte de renda no seio dos pequenos produtores. Entretanto, por esta ser uma cultura nova para eles, muitas são as dificuldades encontradas durante a produção, sendo o principal deles a baixa produtividade de 4.6 t/ha (SDAE, 2020) apud (ABREU,2021).
A insuficiência de informação sobre as melhores técnicas de cultivo a serem usados na cultura, podendo citar as formas de tutoragem, outros factores que podem influenciam negativamente no aumento da produtividade
Embora possa ser conduzido de forma prostrada, o pepino tem o seu grande destaque quando conduzida em forma tutorada, onde consegue elevada produtividade e óptima qualidade para o consumo in natura. Outras vantagens do tutoragem: favorece o controlo fitossanitário, facilita alguns tratos culturais, aumenta a longevidade da planta, alonga o período produtivo, favorece a colheita parcelada (FELGUEIRA, 2000).
Dimensionamento do experimento
O experimento ocupava uma tinha uma área de 140 m2, sendo que o comprimento foi de 14 m de largura 10 m, cada parcela experimental foi composta por 4 m de comprimento e 3 m de largura com um arranjo específico para cada tratamento, totalizando um conjunto de 9 parcelas e elas continham uma área de 12 m2 por parcela, assim sendo, a área útil foi de 108 m2 e a distância entre parcelas foi de 0,50 m e entre blocos foi de 1 m. As parcelas continham quatro linhas de pepino com espaçamento de 1,0 m x 0,50 m, sendo somente as duas linhas centrais consideradas úteis para efeito da colheita dos dados.
5. Condução do experimento
Preparacao do solo: Lavoura, Gradagem e nivelamento
Sementeira: Compasso 100cm*50mm
Controlo de infestantes, pragas e doenças: Enxada, dudu acelametrin e Maconzeb
Adubação: 1ª dose NPK e 2ª dose Ureia
Tutoragem: Espectar estacas de 2,5 m , linha de nylon
Rega: Quando fosse necessário
Colheita: 60 dias
Condução do experimento
No dia 10 de Janeiro de 2022, fez-se a preparação da área para a implantação do experimento com auxílio de enxadas, ancinho, corda e fita-métrica, com o objectivo de manter o ambiente limpo e livre de qualquer contaminante. A posterior foi feita uma lavoura de forma revolver o solo e logo em seguida fez-se o desterroamento usando uma enxada e ancinho, seguindo-se um nivelamento com o objectivo de manter o terreno plano para permitir a drenagem de água no solo da área experimental.
Sementeira
A sementeira do pepino foi efectuada 8 dias após a gradagem, de forma manual com ajuda de uma enxada e o espaçamento utilizado foi de 1 m x 0,50 m com profundidade de 3cm.
Adubação
A adubação foi feita com auxílio de um plástico onde continha o adubo e uma estaca. A primeira adubação na base de NPK foi feita no dia 10 de Março de 2022. A segunda adubação de ureia (46%) foi feita em 30 Março de 2022, no início de floração.
Tutoragem
Esta pratica cultural foi feito no dia 25 de Março de 2022 com auxílio de estacas e linha de nylon, onde em primeiro espetou-se as estacas no solo na forma vertical nos T2 e T3.
No T2 tutoragem vertical foi espetado uma estaca para cada cova por cada parcela e para as planta ter suporte foi preciso amarrar na estaca, foram tutorados 24 plantas e no total foi tutorado 72 plantas.
No T3 tutoragem horizontal, consistiu em espetar estacas nas bordaduras das parcelas onde continha as linhas das plantas e no total foram espetadas 8 estacas, sendo 4 estacas para cada lado. Por conseguinte, amarrou-se as linhas de nylon numa altura de 30 cm entre as estacas colocando as plantas no meio delas de forma dar suporte as plantas, este tipo de tutoragem foi nas 3 parcelas.
Controlo de infestantes, pragas e doenças
O controlo de infestantes foi feito manualmente, com auxílio de uma enxada de cabo curto cuja primeira sacha foi realizada no dia 16 de Março de 2022, sucedeu-se com a segunda sacha no dia 05 de Abril de 2022.
O controlo de pragas e doenças foram realizados pulverizações preventivas com fungicidas (Maconzeb) e pesticida (Dudu acelametrin) foram feitas com auxílio de um pulverizador dorsal de 16 litros, em que, a primeira e a segunda pulverização foram feitas nos dias 17 e 31 de Março de 2022, onde aplicou se 32g de maconzeb e 20 ml de Dudu acelametrin para 16 litros de água de forma controlar fungos causadores oídio e míldios e insectos como pulgões, cochonilhas assim respectivamente, pois estes, eram a principal doença e as principais pragas que atacavam a cultura.
Rega
O experimento foi conduzido no período chuvoso, entretanto, a rega foi efectuada com auxílio de um regador de 10 litros quando fosse necessário (sobretudo, dias sem registo de queda pluviométrica).
Colheita
A colheita foi feita manualmente de forma alternada, isto é duas vezes, onde a primeira foi 60 dias após a sementeira, e a segunda 4 dias após a primeira, nesse período os frutos tinham uma coloração verde, comprimento de 14 a 20 cm e os espinhos nos frutos desaparecerem. Durante a colheita os frutos colhidos eram separados por parcela, a posterior realizou - se as devidas medições e pesagem dos mesmos por parcela, obedecendo os tratamentos para não comprometer o processo de análise.
Os frutos obtidos no sistema tutorado vertical foi observado que obteve maior comprimento do fruto, não se diferenciando do sistema tutorado horizontal, facto que, provavelmente podem estar relacionados a influência da luz solar, aeração e contacto do fruto com o solo.
Ao avaliarem a produtividade de pepino MARTINS et al. (2018), observaram que as formas tutoragem vertical e horizontal não influenciaram no comprimento do fruto, obtendo se apena media geral de 10,39 cm. Resultado este que para além de ser inferior também se mostram contraditórios aos resultados obtidos neste estudo.
Os resultados do presente estudo são sustentados por ADRIOLLO et al. (2002), fundamentando que, as formas de tutoragem nas culturas do tomate, possuem inúmeras vantagens como alterar a distribuição da radiação solar que incide sobre as folhas da planta e a ventilação em torno das mesmas, redução do contacto dos frutos com o solo, que, por sua vez, minimiza a incidência e infestação de doenças, (FONTES e PUIATTI, 2005) evita o entortamento dos frutos e deformaçoes, (DIONIZIO et al., 2016), contribuindo desta maneira para a produção de frutos de maior tamanho e melhor qualidade (GEISENBERG e STEWART, 1986).
No presente trabalho não se observou nenhuma diferença significativa em relação ao diâmetro do fruto em todos tratamentos submetidos, tendo - se uma media geral de 32,85 mm.
Resultados similares, obtidos SOLÍS et al. (1982), ao avaliar o desenvolvimento dos frutos da cultura de pepino (Cucumis sativus L.) no sistema tutorado e não tutorado, constaram que as formas tutorado horizontal e vertical, não influenciou na variável diâmetro do fruto onde obtiveram valores que variaram de 3,49 mm a 4,34 mm. Estes resultados para além de corroborarem também mostram se semelhantes aos obtidos neste estudo que variaram de 21,91 a 41,16 mm.
Estes resultados que pode estar relacionado a factores internos e externos da planta, podem ser justificados por FONTES E PUIATTI (2005), afirmando que o diâmetro do fruto está intimamente relacionado à genética das plantas, a variedade, densidades e factores ambientais que conduzem a uniformidade do tamanho do fruto
Neste trabalho, a maior média do peso fruto verificou-se em tutoragem horizontal, não diferindo significativamente de tutoragem vertical. Provavelmente, pelo facto destes proporcionar vantagens como uma boa circulação de ar nos frutos e maior captação da luz solar, necessária para a fotossíntese.
De acordo com ZAMBOLIM et al. (1989), sistema tutorado permite com que a planta intercepta maior parte da radiação solar fotossinteticamente activa e maior ventilação que reduz a humidade relativa do ar e renova a concentração de gás carbónico na atmosfera adjacente às folhas, resultando, desta forma, em maior eficiência fotossintética. Neste estudo verifica se na tabela 4 que as diferentes formas de tutoragem proporcionaram vantagem que influenciaram na obtenção do melhor peso de fruto.
Estes factos também podem ser evidenciados por LOOMIS e AMTHOR (1999), ao afirmar que os frutos do pepineiro dependem directamente do compartimento vegetativo da planta, que é responsável pela produção dos assimilados. Pois, para SANTI et al. (2013), a maximização da produção de frutos é obtida quando se atinge a produção potencial de assimilados a nível de planta inteira e em seguida aloca-se para os frutos a maior fracção possível desses assimilados.
Os resultados obtidos neste corroboram com os resultados obtidos por Martins et al (2018) ao avaliaram a produtividade de pepino conduzido em sistema vertical e horizontal, constataram que a tutoragem influenciou no peso do fruto tendo alcançado melhor media de 238,50 g em tutoragem horizontal, facto que os autores atribuem a maior eficiência na taxa da fotossíntese ocasionado pela maior distribuição da luz solar mais uniforme longo das folhas das plantas
No sistema tutorado horizontal observou-se a maior produtividade de pepino, não diferendo significativamente de sistema tutorado vertical, provavelmente podem estar relacionado ao facto de que, o sistema tutorado possibilitou maior captação da luz solar e aeração mais adequada as plantas, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento das mesmas, comparado com o não tutorado.
De acordo com autores como OLIVEIRA et al. (2010) e DIONIZIO et al. (2016), em outros estudos, no sistema tutorado alcança-se maior produtividade devido a inúmeras vantagens relacionadas com a facilidade e eficiência no maneio fitossanitário, facilidade na realização da colheita, menor incidência de doenças e deformações, alongamento do período produtivo, maior adensamento, escalonamento da colheita.
Resultados similares foram encontrados por HANNA E ADAMS, (1991) ao afirmam que o pepino tutorado deu um rendimento médio de 25 t/ha contra 16,4t do pepino não estacado.