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Desenvolvimento Pré-natal
oA concepção do ser humano consiste de uma série de fatores,
sendo o mais relevante, a genética. este fator é considerado
como o ponto de partida, ou seja, o início da jornada da
criança ao seu desenvolvimento.
oAs características genéticas recebidas pela criança,
naturalmente, são herdadas dos pais e definem a cor, os
traços, a personalidade, ente outros fatores genéticos
transmitidos dos pais para os filhos.
2
Para BEE (1996) ainda não existe comprovação científica de
que uma combinação herdada de genes determina por
completo o resultado no desenvolvimento de um indivíduo.
Este autor ainda coloca que, cientistas que estudam a
hereditariedade, realizam uma diferenciação no fator genético:
genótipo, que é considerado um conjunto de informações
específicas contidas nos genes de determinado indivíduo e
fenótipo, que é considerado um produto de três fatores
(genótipo, influências ambientais desde a concepção e a
interação do genótipo com o ambiente). 3
De acordo com BEE (1996), PAPALIA & OLDS (1995) e
GALLAHUE (2001), na concepção, são recebidos pelos seres
humanos, vinte e três cromossomos do espermatozóide e vinte
e três do óvulo, ou seja, os indivíduos recebem vinte e três do
pai e vinte e três da mãe.
Cada cromossomo consiste de uma longa espiral de ácido
desoxirribonucléico (DNA) divisível em segmentos específicos
chamados gens. Estes cromossomos se alinham em vinte e três
pares, sendo vinte e dois pares de autossomos e um par de
cromossomos sexuais. 4
BEE (1996), PAPALIA & OLDS (1995) e GALLAHUE (2001)
também afirmam que, um ser humano que recebe um
cromossomo X de cada um dos pais, será do sexo feminino e
um ser humano que recebe um cromossomo Y do pai será do
sexo masculino. Esta lógica se faz mediante o conhecimento de
que a mãe envia sempre um cromossomo X.
5
Existe consenso na opinião de alguns autores sobre o período
que transcorre após a concepção. Neste período, chamado de
estágio germinal de desenvolvimento, com duração de
aproximadamente duas semanas, ocorre uma divisão da célula
inicial e a movimentação desta pela trompa de falópio até se
alojar na parede do útero (BEE, 1996; PAPALIA & OLDS, 1995).
6
De acordo com BEE (1996) e PAPALIA & OLDS (1995), o
estágio embrionário (segundo estágio) é caracterizado pelo
rápido crescimento e diferenciação dos principais sistemas e
órgãos do corpo e o desenvolvimento de várias estruturas que
apóiam o desenvolvimento fetal (placenta). Este estágio se
estende, aproximadamente, da segunda até a oitava ou décima
segunda semana de gestação.
7
O terceiro estágio de desenvolvimento, o estágio fetal, segundo
BEE (1996) e PAPALIA & OLDS (1995), é considerado como o
estágio onde acorrem, basicamente, o crescimento rápido, as
mudanças na forma do corpo e o aprimoramento de todos os
sistemas e órgãos.
Com o estudo do desenvolvimento pré-natal, pode-se observar
que durante a gestação, o indivíduo em desenvolvimento pode
ser influenciado pelo seu ambiente pré-natal. Entre os fatores
que podem afetar o desenvolvimento pré-natal estão a nutrição
e o uso de drogas. 8
Sob o ponto de vista nutricional, GALLAHUE (2001), afirma que
a má nutrição pré-natal é responsável, no mundo, hoje, pelas
principais dificuldades desenvolvimentistas posteriores ao
nascimento.
Este autor ainda ressalta que, embora as gestantes do ocidente
desfrutem de grandes quantidades de alimentos, estas não
ingerem a quantidade diária de nutrientes necessários. Este
autor atribui este fato a duas razões: más condições sócio-
econômicas e maus hábitos alimentares.
9
Sobre o uso de drogas, GALLAHUE (2001), coloca que o fumo
vem sendo considerado, em diversos estudos, como a causa do
baixo peso dos bebês no ato do nascimento e tem efeito
negativo na integração do sistema nervoso central do recém
nascido.
Este autor ainda reforça que a gravidez em mulheres fumantes
resulta em um número muito superior de natimortos e abortos.
Outra droga que afeta o desenvolvimento pré-natal é o álcool.
Segundo GALLAHUE (2001), nos Estados Unidos, o álcool vem
sendo considerado como o principal causador de problemas
congênitos. 10
Pode-se constatar que a má alimentação, o uso abusivo de
álcool e tabaco são os principais fatores que afetam o
desenvolvimento pré-natal. Estes são responsáveis por
problemas de dificuldade desenvolvimentista, baixo peso ao
nascer, má integração do sistema nervoso central, problemas
congênitos, abortos e natimortos.
11
Para evitar estes problemas é importante conscientizar a
população em geral dos riscos oferecidos ao bebê por estes
fatores, para que tanto a mãe, quanto o pai, visto que este
último possui igual parcela de responsabilidade com relação à
segurança durante a gestação, possam tomar providências e
tentar ao máximo proporcionar um período pré-natal adequado
e com bastante “estimulação positiva” para o bebê.
12
Esta discussão nos permitem a aumentar a compreensão sobre
questões que estão muito presentes no esporte. Dentre estas
questões, as principais são: (1) Porque filhos de atletas de nível
olímpico e mundial muitas vezes não apresentam as mesmas
capacidades técnicas e físicas dos pais? (2) Como é possível
determinado indivíduo se tornar campeão em determinada
modalidade se os seus pais nunca foram praticantes de
esporte?
13
A primeira questão é a mais discutida, mas acredito que a
resposta para estas duas perguntas estão dentro da mesma
linha de raciocínio. O indivíduo recebe herança genética de
seus pais (genótipo) e a partir da concepção, este indivíduo
passa a se relacionar e interagir com o meio (fenótipo).
Se este indivíduo recebeu genótipo com características que o
possibilitem desenvolver capacidades que o tornem um atleta,
estas para que possam se desenvolver devem ser estimuladas,
do contrário, estas capacidades não serão desenvolvidas. Da
mesma forma acontece na segunda questão.
14
Se o indivíduo receber um genótipo sem grandes
características de atleta, mas com pequenas possibilidades de
desenvolver algumas habilidades esportivas, e este for
estimulado, pode vir a obter sucesso no meio esportivo. Estas
afirmativas estão baseadas no meu conhecimento prático
(atleta), teórico (técnico) e científico (pesquisador no esporte) e
representam apenas uma humilde tentativa de explicar estes
fenômenos associados ao desenvolvimento das capacidades
esportivas.
15
Os estágios do desenvolvimento pré-natal
o Embora muitas vezes se acredite que o parto seja o início do
crescimento, o desenvolvimento pós-natal é apenas uma continuação
natural do que começa no útero.
o A fase pré-natal consiste na formação do bebé, ou seja, é a fase em que
o óvulo e o espermatozoide se unem. Esse período varia desde o
momento da conceção até a idade gestacional de 40 semanas. Nesse
processo, há uma cadeia de estágios biológicos que vão desde o óvulo
fertilizado até a formação do feto. A seguir, explicamos em que consiste
cada um deles.
16
o a vida in útero divide-se em dois grandes períodos:
• período embrionário – o período embrionário é também denominado de
“organogénese” que vai até à 12ª semana de gestação. É um período
extremamente importante, pois é durante este tempo que se formam
todos os órgãos. É o período de maior sensibilidade às agressões e o de
maior vulnerabilidade para o aparecimento das malformações fetais.
• período fetal - às 12 semanas de gravidez temos um feto já
completamente formado e aqui começa a fase fetal que vai até ao
nascimento. este é um “período de amadurecimento” o longo do qual os
órgãos já formados acabam por adquirir a sua estrutura definitiva,
essencial para a vida autónoma fora do organismo materno.
17
Os estágios do desenvolvimento pré-natal
• Período pré-embrionário
• Estágios do desenvolvimento pré-natal: embrionário
• Fase fetal
Período pré-embrionário
A fase germinativa ou pré-embrionária é a mais curta das três fases, pois
começa na fecundação e termina na segunda semana. Nesse momento, o
óvulo fertilizado, mais conhecido como zigoto, desce pela trompa de
Falópio até o útero. É onde ela se implanta entre o oitavo e décimo dia de
gestação, e a placenta começa a se desenvolver.
Durante esse processo, o zigoto se autoreplica várias vezes, dando origem
ao embrião conforme o seu grau de manejo. Durante a primeira semana, o
futuro embrião não cresce porque está na zona pelúcida. Mais tarde, uma
vez no útero, ele se desenvolverá rapidamente.
19
Estágios do desenvolvimento pré-natal: embrionário
Após a terceira semana de gestação, surgem três estruturas a partir das
quais será criado o corpo do bebé.
Durante todo o desenvolvimento pré-natal, o sistema nervoso e a
epiderme emergirão da ectoderme. Do mesoderme surgirão os ossos,
músculos e sistema circulatório. Já as células da endoderme se
diferenciarão em células do sistema respiratório e digestivo.
O período embrionário dura até oito semanas e meia de gestação; logo
após dois meses já é possível identificar um futuro bebé. A cabeça, o
rosto, os membros, os sistemas do corpo e os órgãos internos já começam
a se desenvolver neste estágio.
Neste período, as mulheres grávidas podem sentir náuseas, desconforto
gástrico como: azia, sonolência, prisão de ventre. 20
o fase fetal
o na fase fetal, o desenvolvimento das estruturas básicas do corpo é fixo, a
partir da nona semana até o momento do parto. além disso, o sexo
biológico aparece nesta fase através da diferenciação progressiva dos
órgãos sexuais, embora já tenha sido determinado desde a fecundação.
o nesse período, o corpo do feto se prepara para sobreviver fora do útero.
além disso, o sistema imunológico é fortalecido pela obtenção de
anticorpos maternos e uma camada de gordura aparece na pele para
manter o corpo numa temperatura estável.
21
Referências
• BEE, H. A Criança em Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1996.
• GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças,
adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte editora, 2001, 641p.
• PAPALIA, D. G. & OLDS, S. W. Human Development. McGrawhill, 6ª ed. 1995.
22

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  • 2. oA concepção do ser humano consiste de uma série de fatores, sendo o mais relevante, a genética. este fator é considerado como o ponto de partida, ou seja, o início da jornada da criança ao seu desenvolvimento. oAs características genéticas recebidas pela criança, naturalmente, são herdadas dos pais e definem a cor, os traços, a personalidade, ente outros fatores genéticos transmitidos dos pais para os filhos. 2
  • 3. Para BEE (1996) ainda não existe comprovação científica de que uma combinação herdada de genes determina por completo o resultado no desenvolvimento de um indivíduo. Este autor ainda coloca que, cientistas que estudam a hereditariedade, realizam uma diferenciação no fator genético: genótipo, que é considerado um conjunto de informações específicas contidas nos genes de determinado indivíduo e fenótipo, que é considerado um produto de três fatores (genótipo, influências ambientais desde a concepção e a interação do genótipo com o ambiente). 3
  • 4. De acordo com BEE (1996), PAPALIA & OLDS (1995) e GALLAHUE (2001), na concepção, são recebidos pelos seres humanos, vinte e três cromossomos do espermatozóide e vinte e três do óvulo, ou seja, os indivíduos recebem vinte e três do pai e vinte e três da mãe. Cada cromossomo consiste de uma longa espiral de ácido desoxirribonucléico (DNA) divisível em segmentos específicos chamados gens. Estes cromossomos se alinham em vinte e três pares, sendo vinte e dois pares de autossomos e um par de cromossomos sexuais. 4
  • 5. BEE (1996), PAPALIA & OLDS (1995) e GALLAHUE (2001) também afirmam que, um ser humano que recebe um cromossomo X de cada um dos pais, será do sexo feminino e um ser humano que recebe um cromossomo Y do pai será do sexo masculino. Esta lógica se faz mediante o conhecimento de que a mãe envia sempre um cromossomo X. 5
  • 6. Existe consenso na opinião de alguns autores sobre o período que transcorre após a concepção. Neste período, chamado de estágio germinal de desenvolvimento, com duração de aproximadamente duas semanas, ocorre uma divisão da célula inicial e a movimentação desta pela trompa de falópio até se alojar na parede do útero (BEE, 1996; PAPALIA & OLDS, 1995). 6
  • 7. De acordo com BEE (1996) e PAPALIA & OLDS (1995), o estágio embrionário (segundo estágio) é caracterizado pelo rápido crescimento e diferenciação dos principais sistemas e órgãos do corpo e o desenvolvimento de várias estruturas que apóiam o desenvolvimento fetal (placenta). Este estágio se estende, aproximadamente, da segunda até a oitava ou décima segunda semana de gestação. 7
  • 8. O terceiro estágio de desenvolvimento, o estágio fetal, segundo BEE (1996) e PAPALIA & OLDS (1995), é considerado como o estágio onde acorrem, basicamente, o crescimento rápido, as mudanças na forma do corpo e o aprimoramento de todos os sistemas e órgãos. Com o estudo do desenvolvimento pré-natal, pode-se observar que durante a gestação, o indivíduo em desenvolvimento pode ser influenciado pelo seu ambiente pré-natal. Entre os fatores que podem afetar o desenvolvimento pré-natal estão a nutrição e o uso de drogas. 8
  • 9. Sob o ponto de vista nutricional, GALLAHUE (2001), afirma que a má nutrição pré-natal é responsável, no mundo, hoje, pelas principais dificuldades desenvolvimentistas posteriores ao nascimento. Este autor ainda ressalta que, embora as gestantes do ocidente desfrutem de grandes quantidades de alimentos, estas não ingerem a quantidade diária de nutrientes necessários. Este autor atribui este fato a duas razões: más condições sócio- econômicas e maus hábitos alimentares. 9
  • 10. Sobre o uso de drogas, GALLAHUE (2001), coloca que o fumo vem sendo considerado, em diversos estudos, como a causa do baixo peso dos bebês no ato do nascimento e tem efeito negativo na integração do sistema nervoso central do recém nascido. Este autor ainda reforça que a gravidez em mulheres fumantes resulta em um número muito superior de natimortos e abortos. Outra droga que afeta o desenvolvimento pré-natal é o álcool. Segundo GALLAHUE (2001), nos Estados Unidos, o álcool vem sendo considerado como o principal causador de problemas congênitos. 10
  • 11. Pode-se constatar que a má alimentação, o uso abusivo de álcool e tabaco são os principais fatores que afetam o desenvolvimento pré-natal. Estes são responsáveis por problemas de dificuldade desenvolvimentista, baixo peso ao nascer, má integração do sistema nervoso central, problemas congênitos, abortos e natimortos. 11
  • 12. Para evitar estes problemas é importante conscientizar a população em geral dos riscos oferecidos ao bebê por estes fatores, para que tanto a mãe, quanto o pai, visto que este último possui igual parcela de responsabilidade com relação à segurança durante a gestação, possam tomar providências e tentar ao máximo proporcionar um período pré-natal adequado e com bastante “estimulação positiva” para o bebê. 12
  • 13. Esta discussão nos permitem a aumentar a compreensão sobre questões que estão muito presentes no esporte. Dentre estas questões, as principais são: (1) Porque filhos de atletas de nível olímpico e mundial muitas vezes não apresentam as mesmas capacidades técnicas e físicas dos pais? (2) Como é possível determinado indivíduo se tornar campeão em determinada modalidade se os seus pais nunca foram praticantes de esporte? 13
  • 14. A primeira questão é a mais discutida, mas acredito que a resposta para estas duas perguntas estão dentro da mesma linha de raciocínio. O indivíduo recebe herança genética de seus pais (genótipo) e a partir da concepção, este indivíduo passa a se relacionar e interagir com o meio (fenótipo). Se este indivíduo recebeu genótipo com características que o possibilitem desenvolver capacidades que o tornem um atleta, estas para que possam se desenvolver devem ser estimuladas, do contrário, estas capacidades não serão desenvolvidas. Da mesma forma acontece na segunda questão. 14
  • 15. Se o indivíduo receber um genótipo sem grandes características de atleta, mas com pequenas possibilidades de desenvolver algumas habilidades esportivas, e este for estimulado, pode vir a obter sucesso no meio esportivo. Estas afirmativas estão baseadas no meu conhecimento prático (atleta), teórico (técnico) e científico (pesquisador no esporte) e representam apenas uma humilde tentativa de explicar estes fenômenos associados ao desenvolvimento das capacidades esportivas. 15
  • 16. Os estágios do desenvolvimento pré-natal o Embora muitas vezes se acredite que o parto seja o início do crescimento, o desenvolvimento pós-natal é apenas uma continuação natural do que começa no útero. o A fase pré-natal consiste na formação do bebé, ou seja, é a fase em que o óvulo e o espermatozoide se unem. Esse período varia desde o momento da conceção até a idade gestacional de 40 semanas. Nesse processo, há uma cadeia de estágios biológicos que vão desde o óvulo fertilizado até a formação do feto. A seguir, explicamos em que consiste cada um deles. 16
  • 17. o a vida in útero divide-se em dois grandes períodos: • período embrionário – o período embrionário é também denominado de “organogénese” que vai até à 12ª semana de gestação. É um período extremamente importante, pois é durante este tempo que se formam todos os órgãos. É o período de maior sensibilidade às agressões e o de maior vulnerabilidade para o aparecimento das malformações fetais. • período fetal - às 12 semanas de gravidez temos um feto já completamente formado e aqui começa a fase fetal que vai até ao nascimento. este é um “período de amadurecimento” o longo do qual os órgãos já formados acabam por adquirir a sua estrutura definitiva, essencial para a vida autónoma fora do organismo materno. 17
  • 18. Os estágios do desenvolvimento pré-natal • Período pré-embrionário • Estágios do desenvolvimento pré-natal: embrionário • Fase fetal
  • 19. Período pré-embrionário A fase germinativa ou pré-embrionária é a mais curta das três fases, pois começa na fecundação e termina na segunda semana. Nesse momento, o óvulo fertilizado, mais conhecido como zigoto, desce pela trompa de Falópio até o útero. É onde ela se implanta entre o oitavo e décimo dia de gestação, e a placenta começa a se desenvolver. Durante esse processo, o zigoto se autoreplica várias vezes, dando origem ao embrião conforme o seu grau de manejo. Durante a primeira semana, o futuro embrião não cresce porque está na zona pelúcida. Mais tarde, uma vez no útero, ele se desenvolverá rapidamente. 19
  • 20. Estágios do desenvolvimento pré-natal: embrionário Após a terceira semana de gestação, surgem três estruturas a partir das quais será criado o corpo do bebé. Durante todo o desenvolvimento pré-natal, o sistema nervoso e a epiderme emergirão da ectoderme. Do mesoderme surgirão os ossos, músculos e sistema circulatório. Já as células da endoderme se diferenciarão em células do sistema respiratório e digestivo. O período embrionário dura até oito semanas e meia de gestação; logo após dois meses já é possível identificar um futuro bebé. A cabeça, o rosto, os membros, os sistemas do corpo e os órgãos internos já começam a se desenvolver neste estágio. Neste período, as mulheres grávidas podem sentir náuseas, desconforto gástrico como: azia, sonolência, prisão de ventre. 20
  • 21. o fase fetal o na fase fetal, o desenvolvimento das estruturas básicas do corpo é fixo, a partir da nona semana até o momento do parto. além disso, o sexo biológico aparece nesta fase através da diferenciação progressiva dos órgãos sexuais, embora já tenha sido determinado desde a fecundação. o nesse período, o corpo do feto se prepara para sobreviver fora do útero. além disso, o sistema imunológico é fortalecido pela obtenção de anticorpos maternos e uma camada de gordura aparece na pele para manter o corpo numa temperatura estável. 21
  • 22. Referências • BEE, H. A Criança em Desenvolvimento. Porto Alegre: Artmed, 1996. • GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte editora, 2001, 641p. • PAPALIA, D. G. & OLDS, S. W. Human Development. McGrawhill, 6ª ed. 1995. 22