Uma apresentação de um projeto interdisciplinar para alunos de licenciatura em ciências biológicas, com enfoque socio-ambiental. Apresentada e aprovada em uma banca de teste seletivo para professor colaborador da UTFPR - Ponta Grossa, em 2018. Caso real da região onde se encontra atualmente o Lago de Olarias, hoje ponto turístico e região nobre da cidade - críticas à gentrificação são bem vindas!
3. Por que uma abordagem interdisciplinar?
Carneiro (1994): Saber unitário.
Antiguidade (Grécia): “Nada existe
fora do Cosmos.”
Idade Média: “Deus: criador e protetor
do Cosmos.”
4. Por que uma abordagem interdisciplinar?
Idade Moderna: Renascimento +
Reforma Protestante + Grandes
Navegações.
Novos horizontes para o saber.
Academias e sociedades
científicas: registrar tudo o que se
sabia.
Século XIX: expansão trabalhos
científicos – fragmentação da
ciência.
5. Por que uma abordagem interdisciplinar?
Segunda metade do século XX:
Recupera-se o desejo pela unidade do conhecimento.
A magnitude dos fenômenos sociais e naturais do mundo atual escapa ao
âmbito de análise e interpretação das áreas de conhecimento setorizadas e
exige uma interação produtiva entre os especialistas (biólogos, geógrafos,
engenheiros, matemáticos, físicos e químicos).
6. Processo ensino-aprendizagem
Libâneo (2008): O ensino não existe isoladamente da aprendizagem – duas
facetas de um processo único.
Transmissão e assimilação ativa de conhecimentos.
Professor: organiza conteúdos, torna-os assimiláveis, prevê condições e meios
para aprendizagem.
Alunos: Apropriam-se de forma ativa e autônoma dos conhecimentos.
Freire (1996): Não existe docência sem discência.
7. Processo ensino-aprendizagem
Características do ensino:
Compõe-se de quatro dimensões interdependentes:
Coerente ao contexto social.
Vinculação ensino-aprendizagem.
Prática social: determina o desenvolvimento social e cognitivo dos alunos.
8. O processo ensino aprendizagem exige
planejamento.
Planejamento de sistema educacional (esferas do governo, políticas
educacionais: PNE, LDB9393/96, DCNs, DCEs e DCMs, BNCC,etc).
Planejamento escolar: processo tomada de decisões diante de objetivos e
ações pedagógicas administrativas (PPP).
Planejamento Curricular: construção coletiva na escola, levando em conta as
diretrizes.
Plano didático ou de ensino: previsão ações e procedimentos do professor
junto aos alunos para alcançar os objetivos propostos (anual ou semestral -
PTD, plano de unidade, plano de aula e projetos.
9. Projetos
Rousseau: Aprender não apenas através dos
livros, mas através das coisas. Obra Emílio,
ou Da Educação, 1762.
Vários pesquisadores também ajudaram a
estruturar o conceito de projetos: Marx,
Kerchensteiner, Dewey, Freinet, Wallon,
Piaget e Freire.
Pedagogia de Projetos (Jolibert et al.,
Hernéndez): via metodológica alternativa
que pode superar o processo de ensinar e
aprender fragmentado, disciplinar,
descontextualizado, unilateral e
direcionador.
Parte-se do nível de desenvolvimento dos
alunos e apresenta-se a eles situações de
aprendizagem significativas e funcionais.
11. Projetos
Alunos devem ser envolvidos nas questões propostas.
Permitem aos educandos a aproximação de conteúdos curriculares.
Duração vai depender da situação em que o projeto é desencadeado.
Definição do tema: essencial para que se torne significativo.
Responder às necessidades, possibilidades e interesses de professores e
alunos.
Alunos propõe, escola desencadeia ou professor sugere.
12. Projetos
Ações pedagógicas baseadas em atividades tradicionais (escute, leia, decore e
repita) não são suficientes para garantir a formação humana.
A instituição escolar não é mais a única porta de acesso ao conhecimento.
O maior desafio é buscar fontes fidedignas de informações, aprender a acessá-las,
interpretar e colocar em prática de maneira ética e positiva.
Pesquisa: é o caminho para solucionar esse problema.
Projetos interdisciplinares: foco principal do ensino com pesquisa.
Professor passa de “dono da verdade” para orientador e parceiro do aluno.
Possibilidade de instigar posicionamento, autonomia, tomada de decisões e
construção do conhecimento.
Sugestões: hortas comunitárias, oficina de
artesanato/culinária/fotografia/produção de vídeos, teatro, gincanas, saída de
campo.
13. Sugestão de projeto: aulas de campo
interdisciplinares.
Conversar com professores de
outras disciplinas
Ouvir sugestões dos estudantes
e/ou sugerir alguns temas
Começar perto da escola
Delimitar um problema a ser
resolvido
Observar e coletar dados
Dar tempo para os estudantes
apreciarem o local e fazerem suas
indagações
Minimizar impactos ambientais
14. Aulas de campo interdisciplinares
Reconhecimento do local (visita prévia, mapa) e identificar problemas
Elaborar roteiro de trabalho
Dividir a classe em grupos (cada grupo, uma cópia do mapa).
Instruções para procedimentos
Atribuir a cada grupo uma tarefa (exemplo: exemplos de plantas que crescem
muito em um determinado local e pouco em outro, apontar locais onde a
densidade de plantas é grande, apontar quais plantas são mais comuns no
local, etc) – coleta de dados.
Trabalho em classe. Ex: questões: características gerais, influência humana,
como seria o local há vinte anos, como será daqui a vinte anos. Discussão.
Levar em conta interação, colaboração e responsabilidade dos estudantes.
15.
16. Exemplo: Lago de Olarias
Abordagem socioambiental (fatores ambientais não estão descolados dos
fatores econômicos, sociais e culturais).
17.
18.
19.
20. Atividade: plano de saída de campo
Instituição
Autores
Local
Turma
Tempo estimado de viagem
Materiais
Objetivos
Pontos para Observações
Atividade