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ANÁLISE DE POEMAS João Gabriel, Victor
Rabello e Lorenzo Peruchin
O DIA EM QUE EU NASCI, MOURA E
PEREÇA
O dia em que eu nasci, moura e
pereça,
não o queira jamais o tempo
dar,
não torne mais ao mundo, e, se
tornar,
eclipse nesse passo o sol
padeça.
luz lhe falte, o sol se [lhe]
escureça,
mostre o mundo sinais de se
acabar,
nasçam-lhe monstros, sangue
chova o ar,
a mãe ao próprio filho não
conheça.
as pessoas pasmadas de
ignorantes,
as lágrimas no rosto, a cor
ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA
Eu-lírico
- O eu-poemático no texto não é
explicitamente identificado, mas conta, em
primeira pessoa, sobre como o dia em que ele
nasceu foi um dia desgraçado e amaldiçoado.
- Ele narra que nesse dia, o mundo passa por
um eclipse, que indica o fim dos tempos/da
luz e diz que ele nunca deveria ter nascido.
“este dia deitou ao mundo a vida
mais desgraçada que jamais se viu!”
“cuidem que o mundo já se destruiu”
- Sentimentos de tristeza sobre o seu
nascimento
Rimas
- Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE)
Métrica
cui/dem /que o /mun/do/ já /se /des/tru/iu
10 Sílabas – Decassílabo
 Figuras de linguagem
- Hipérbole -> Exagero ao falar que a
vida dele é pior do que a de todas as
pessoas
“a vida mais desgraçada que jamais se
viu”
-Apóstrofe -> Interpelação com
ênfase
“Ó gente temerosa”
- Metáfora -> Comparação sem o
termo comparativo
“Nascam-lhe monstros”
Ele é o monstro
O CÉU, A TERRA, O VENTO
SOSSEGADO
O céu, a terra, o vento sossegado...
As ondas, que se estendem pela
areia...
Os peixes, que no mar o sono
enfreia...
O nocturno silêncio repousado...
O pescador Aónio, que, deitado
onde co vento a água se meneia,
chorando, o nome amado em vão
nomeia,
que não pode ser mais que
nomeado:
Ondas (dezia), antes que Amor me
mate,
torna -me a minha Ninfa, que tão
cedo
me fizestes à morte estar sujeita.
Ninguém lhe fala; o mar de longe
bate;
ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA
Eu-lírico
- O eu-poemático é um narrador que fala
sobre uma praia onde se encontra um
pescador chamado Aónio.
- O pescador está deitado na praia e
chora pela morte de sua Ninfa. Ele pede
para que ela volte, mas nada acontece.
- Sentimento de saudade e tristeza
Rimas
- Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE)
Métrica
O/ pes/ca/dor/ A/ó/nio,/ que,/ dei/ta/do
10 Sílabas – Decassílabo
 Figuras de linguagem
- Hipérbato -> A ordem da oração
está em uma ordem incomum
“move -se brandamente o arvoredo”
O arvoredo se move brandamente
 - Perífrase -> Refere a um lugar por
suas características
“onde co vento a água se meneia” ->
Praia
NA RIBEIRA DO EUFRATES ASSENTADO
Na ribeira do Eufrates assentado,
discorrendo me achei pela memória
aquele breve bem, aquela glória,
que em ti, doce Sião, tinha passado.
Da causa de meus males perguntado
me foi: Como não cantas a história
de teu passado bem, e da vitória
que sempre de teu mal hás alcançado?
Não sabes que, a quem canta, se lhe esquece
o mal, inda que grave e rigoroso?
Canta, pois, e não chores dessa sorte.
Respondo com suspiros: Quando crece
a muita saudade, o piadoso
remédio é não cantar senso a morte.
ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA
Eu-lírico
- O eu-poemático está na beira do rio
Eufrates lembrando de seu passado e
sente saudade de Sião (fortaleza perto de
Jerusalém).
- Alguém pergunta pra ele o motivo dele
não comemorar seu passado, ele
responde que quando se sente muita
saudade, o remédio é esquecer a morte.
- Sentimento de saudade de Sião e
tristeza
Rimas
- Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE)
Métrica
a/que/le/ bre/ve/ bem,/ a/que/la/
 Figuras de linguagem
- Anáfora -> Repetição de palavras
“aquele breve bem, aquela glória,”
- Hipérbato -> A ordem da oração
está em uma ordem incomum
“que em ti, doce Sião, tinha passado.”
Que tinha passado em ti, doce Sião
- Elipse -> Omissão de termo
“Como não cantas”
Como (tú) não cantas
EM QUAL PERÍODO HISTÓRICO-
LITERÁRIO OS POEMAS SE
ENQUADRAM?
• Camões viveu durante o século XVI e se enquadra no período
Classicista.
• O escritor foi símbolo do período por apresentar características
como:
- Presença de figuras da mitologia pagã, que retomam a Cultura
Clássica (Grécia + Roma), por isso o nome Classicismo.
“Ninfa”, “Amor” -> Com letra maiúscula (deus)
- Escrever sonetos com estruturas fixas (Metrificados, em forma de
soneto italiano)
- Além disso, os poemas de Camões são focados no ser humano
(pensamento antropocentrista) e não em Deus (pensamento
teocentrista), indicando sua diferença do período do barroco.
• Os conflitos humanos são retratados nos poemas pela expressão dos
sentimentos do eu-lírico, que geralmente envolvem o sofrimento, a

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  • 1. ANÁLISE DE POEMAS João Gabriel, Victor Rabello e Lorenzo Peruchin
  • 2. O DIA EM QUE EU NASCI, MOURA E PEREÇA O dia em que eu nasci, moura e pereça, não o queira jamais o tempo dar, não torne mais ao mundo, e, se tornar, eclipse nesse passo o sol padeça. luz lhe falte, o sol se [lhe] escureça, mostre o mundo sinais de se acabar, nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, a mãe ao próprio filho não conheça. as pessoas pasmadas de ignorantes, as lágrimas no rosto, a cor
  • 3. ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA Eu-lírico - O eu-poemático no texto não é explicitamente identificado, mas conta, em primeira pessoa, sobre como o dia em que ele nasceu foi um dia desgraçado e amaldiçoado. - Ele narra que nesse dia, o mundo passa por um eclipse, que indica o fim dos tempos/da luz e diz que ele nunca deveria ter nascido. “este dia deitou ao mundo a vida mais desgraçada que jamais se viu!” “cuidem que o mundo já se destruiu” - Sentimentos de tristeza sobre o seu nascimento Rimas - Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE) Métrica cui/dem /que o /mun/do/ já /se /des/tru/iu 10 Sílabas – Decassílabo  Figuras de linguagem - Hipérbole -> Exagero ao falar que a vida dele é pior do que a de todas as pessoas “a vida mais desgraçada que jamais se viu” -Apóstrofe -> Interpelação com ênfase “Ó gente temerosa” - Metáfora -> Comparação sem o termo comparativo “Nascam-lhe monstros” Ele é o monstro
  • 4. O CÉU, A TERRA, O VENTO SOSSEGADO O céu, a terra, o vento sossegado... As ondas, que se estendem pela areia... Os peixes, que no mar o sono enfreia... O nocturno silêncio repousado... O pescador Aónio, que, deitado onde co vento a água se meneia, chorando, o nome amado em vão nomeia, que não pode ser mais que nomeado: Ondas (dezia), antes que Amor me mate, torna -me a minha Ninfa, que tão cedo me fizestes à morte estar sujeita. Ninguém lhe fala; o mar de longe bate;
  • 5. ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA Eu-lírico - O eu-poemático é um narrador que fala sobre uma praia onde se encontra um pescador chamado Aónio. - O pescador está deitado na praia e chora pela morte de sua Ninfa. Ele pede para que ela volte, mas nada acontece. - Sentimento de saudade e tristeza Rimas - Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE) Métrica O/ pes/ca/dor/ A/ó/nio,/ que,/ dei/ta/do 10 Sílabas – Decassílabo  Figuras de linguagem - Hipérbato -> A ordem da oração está em uma ordem incomum “move -se brandamente o arvoredo” O arvoredo se move brandamente  - Perífrase -> Refere a um lugar por suas características “onde co vento a água se meneia” -> Praia
  • 6. NA RIBEIRA DO EUFRATES ASSENTADO Na ribeira do Eufrates assentado, discorrendo me achei pela memória aquele breve bem, aquela glória, que em ti, doce Sião, tinha passado. Da causa de meus males perguntado me foi: Como não cantas a história de teu passado bem, e da vitória que sempre de teu mal hás alcançado? Não sabes que, a quem canta, se lhe esquece o mal, inda que grave e rigoroso? Canta, pois, e não chores dessa sorte. Respondo com suspiros: Quando crece a muita saudade, o piadoso remédio é não cantar senso a morte.
  • 7. ANÁLISE CONTEÚDO E FORMA Eu-lírico - O eu-poemático está na beira do rio Eufrates lembrando de seu passado e sente saudade de Sião (fortaleza perto de Jerusalém). - Alguém pergunta pra ele o motivo dele não comemorar seu passado, ele responde que quando se sente muita saudade, o remédio é esquecer a morte. - Sentimento de saudade de Sião e tristeza Rimas - Interpoladas (ABBA, ABBA, CDE, CDE) Métrica a/que/le/ bre/ve/ bem,/ a/que/la/  Figuras de linguagem - Anáfora -> Repetição de palavras “aquele breve bem, aquela glória,” - Hipérbato -> A ordem da oração está em uma ordem incomum “que em ti, doce Sião, tinha passado.” Que tinha passado em ti, doce Sião - Elipse -> Omissão de termo “Como não cantas” Como (tú) não cantas
  • 8. EM QUAL PERÍODO HISTÓRICO- LITERÁRIO OS POEMAS SE ENQUADRAM? • Camões viveu durante o século XVI e se enquadra no período Classicista. • O escritor foi símbolo do período por apresentar características como: - Presença de figuras da mitologia pagã, que retomam a Cultura Clássica (Grécia + Roma), por isso o nome Classicismo. “Ninfa”, “Amor” -> Com letra maiúscula (deus) - Escrever sonetos com estruturas fixas (Metrificados, em forma de soneto italiano) - Além disso, os poemas de Camões são focados no ser humano (pensamento antropocentrista) e não em Deus (pensamento teocentrista), indicando sua diferença do período do barroco. • Os conflitos humanos são retratados nos poemas pela expressão dos sentimentos do eu-lírico, que geralmente envolvem o sofrimento, a