Actualmente, existe uma enorme diversidade de patologias que podem afectar os elementos construtivos dos edifícios existentes, colocando em causa a sua integridade estrutural. O presente estudo revelou as manifestações patológicas de um edifício residencial localizado na Cidade de Nampula, concretamente o Prédio Pires, vulgarmente conhecido por (edifício sujo) que localiza-se no centro da Cidade de Nampula, na rua Monomotapa, para quem sai do Mercado Central em direcção ao Instituto Técnico Industrial e Comercial. Para desenvolvimento do estudo de caso utilizou-se a metodologia proposta por (Lichtenstein, 1985), que consiste basicamente em três etapas: levantamento de subsídios, através de vistoria do local, identificando a natureza e origem das patologias; diagnóstico da situação, buscando o entendimento dos fenómenos em termos de interpretação das relações de causa e efeito que caracterizaram as manifestações patológicas; e definição de conduta, ou seja, a descrição do trabalho a ser executado para resolver o problema. Optou-se por esse método por ser disponível e conhecido, além de contar com vários exemplos práticos para pesquisa.
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PATOLOGIAS EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS RESIDENCIAL.pptx
1. (ISEUNA )
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCENTE: IMIRAN IZIDINE ABDURREMANE TAJBAY
PATOLOGIAS EM EDIFÍCIOS PúblicosResidenciail,
CASO: PRÉDIO PIRES (PRÉDIO DO APIE) – CIDADE
DE NAMPULA
ORIENTADOR:MSc. Engº Arlindo António Munguambe
NAMPULA, 2021 1
2. Introdução
• Em Moçambique, concretamente na Cidade de
Nampula a manutenção de edifícios sempre foi uma
actividade descurada no processo construtivo,
resultado de iniciativas reactivas e tardias ou
simplesmente inexistente. Consequentemente, a
maioria do património habitacional, originado por
programas de realojamento de famílias carenciadas,
sofre da ausência de políticas preventivas de
manutenção, a qual deveria iniciar-se logo aquando
da sua ocupação.
3. Introdução
Problematização
As patologias no Edificio em estudo, preocupa cada vez mais os
moradores do mesmo, apesar da utilização de materiais, equipamentos e
operários especializados na sua execução, parece que elas tendem em
persistir e agravar com o passar do tempo. Para tal, surge a necessidade
de reabilitar, reforçar ou reparar, de forma a repor ou reforçar as
condições de segurança, higiene e/ou estética do edifício.
Quais são as principais manifestações patológicas que
afectam o Prédio Pires e as suas prováveis causas e
como resolvê-las?
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4. Introdução
Hipótese
Hipótese 01:
Se respeitados os parâmetros normalizados do processo construtivo na
reabilitação e manutenção, bem como os detalhamentos de projecto e
as boas práticas de construção, as manifestações patológicas
decorrentes no edifício podem ser mitigados.
Hipótese 02:
A aplicação de material adequado, mão-de-obra qualificada e uso
correcto da edificação por parte dos moradores e utentes contribuirá
positivamente na reabilitação e conservação do edifício.
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5. Introdução
Objectivos
Geral:
• Analisar as patologias decorrentes no edifício em estudo.
Específicos:
• Identificar as patologias existentes no edifício;
• Descrever as causas das patologias existentes no edifício;
• Propor medidas de correcção das patologias.
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6. Introdução
Metodologia científica
Para a realização da pesquisa utilizou-se, quanto a Pesquisa
Explicativa para poder identificar as causas das patologias
ocorrentes, método dedutivo.
Técnicas de recolha de dados, observação, questionário e
bibliografias.
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7. Caso de estudo:PRÉDIO PIRES (PRÉDIO DO
APIE) – CIDADE DE NAMPULA
O edifício Prédio Pires (edifício do APIE), vulgarmente
conhecido por (edifício sujo) localiza-se no centro da
Cidade de Nampula, na rua Monomotapa, para quem
sai do Mercado Central em direcção ao Instituto
Técnico Industrial e Comercial.
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8. Patologias identificadas, causas e soluções
1. Patologias no Piso
1.1. Causa: elevada presença
de água, seja por falta de
limpezas periódicas ou pela
acção das águas pluviais.
1.2. Solução: A técnica de
selagem de fissuras é
geralmente aplicada a esse tipo
de situação.
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9. 2. Patologias na Viga
2.1. causa: Falta de realização de
manutenções periódicas e
realização de procedimentos
interventivos para as peças
danificadas
2.2. Solução: Remover as partes
soltas e limpar a superfície;
Reforçar a viga aumentando sua
rigidez através da colagem de
chapas metálicas aderidas com
epóxi ou da colocação de nova
armadura longitudinal ou novos
estribos.
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10. 3. Fissuras nos Lintéis
3.1. Causa: Movimentação
térmica, detalhes construtivos,
sobrecargas.
3.2. Solução: Remover
cuidadosamente o Betão
afectado e os produtos da
corrosão;
Reconstituir a seção original da
armadura.
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11. 4. Corrosão das Armaduras na Laje
4.1. Causa: alterações químicas
sofridas pelos materiais, altos
teores de humidade ascendente
do solo e contacto directo das
armaduras com ar e água.
4.2.Solução: Remover
cuidadosamente o Betão afectado
e os produtos da corrosão;
Na presença de agentes
agressivos, efectuar a correcção
com primer que acarretará na
protecção da armadura;
Aplicar revestimento de
protecção.
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12. 5. Patologias nas Alvenarias (fissuras)
5.1. Causa: tensões
excessivas, deformações dos
elementos estruturais (lajes,
vigas, pilares e fundações),
acção do vento nas fachadas
ou choques e vibrações.
5.2. Solução: Remover o reboco numa
extensão de 15cm, de modo que a fissura ocupe
o centro;
• Abrir a fissura em toda a sua extensão, tal
que permite a injecção de argamassa em
calda;
• Regar a zona fissurada após a limpeza do
substrato e, de seguida, introduzir argamassa
de cimento, na proporção ½ ou 1/3;
• Para finalizar, aplicar a camada de reboco
sobre a zona de intervenção. 12
13. 6. Patologias nas Alvenarias (desagregação dos
revestimentos de argamassa )
6.1. Causa: a falta de
manutenção no edifício.
6.2.Solução: Renovação da
camada de reboco;
Renovação da pintura.
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14. 7. Patologias nas Alvenarias(erosão)
7.1. Causa: acção erosiva dos
agentes mecânicos, físicos e
químicos.
7.2. Solução: Remover o
material de revestimento
desgastado;
Aplicar o novo material de
Revestimento.
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15. 8. Patologias na Fachada
8.1. Causas: Infiltrações
nas platibandas, cobertura
do terraço e nas fachadas;
8.2. Solução: Limpeza das
manchas sem aplicação de
produtos com base ácida.
Renovação da pintura.
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16. Conclusão
Notou-se no decorrer deste estudo que as principais
manifestações patológicas estão ligadas a ausência de
manutenção periódica e uso inadequado por parte dos
utilizadores do edifício, resultando em alguns problemas nas
estruturas comprometendo o desempenho das mesmas.
Chegou-se ao entendimento que um programa eficiente de
inspecção/manutenção constante traz possibilidades de
assegurar a durabilidade da edificação, permitindo determinar
prioridades para as acções necessárias ao cumprimento da
vida útil prevista.
17. Deste modo, consideram-se terem sido alcançados os
objectivos propostos tendo em conta que foi possível
atender a Hipótese 01, pois chegou-se a concluir que, se
fossem respeitados os parâmetros normalizados do
processo construtivo na reabilitação e manutenção, bem
como os detalhamentos de projecto e as boas práticas de
construção, as manifestações patológicas decorrentes no
edifício poderiam ser eliminadas.
Conclusão
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