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“O MUNDO DA FUNDAG”
Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola
01/09/2023
“MANGA”
MAIOR
REINO
DIVISÃO
SUBDIVISÃO
CLASSE
SUBCLASSE
ORDEM
SUBORDEM
FAMÍLIA
SUBFAMÍLIA
TRIBO
SUBTRIBO
GÊNERO
SUBGÊNERO
SECÇÃO
SUBSECÇÃO
SÉRIE
SUBSÉRIE
ESPÉCIE
SUBESPÉCIE
VARIEDADE
FORMA
CATEGORIAS
PRINCIPAIS
E
SUAS
SUBDIVISÕES
DE
USO
MAIS
CORRENTE
MENOR
MAIOR
PROSSEGUIMOS com o tema “ATIVIDADES BOTÂNICAS EM RECURSOS
FITOGENÉTICOS”, lembrando que não temos a pretensão de mostrar integralmente o
assunto, assim, apresentarmos a temática e algumas de suas principais definições, esperando
que lhes sejam úteis;
CONTINUA sendo uma série mensal “O MUNDO DA FUNDAG”, agora com a terceira
aula, do segundo semestre, com o lema “A Hierarquia das Plantas”;
OBJETIVA efetivar, principalmente, a integração dos Funcionários com o Conselho Diretor,
como consta de seu Plano Diretor, através da transmissão de conhecimentos inerentes aos
assuntos dos projetos cadastrados na FUNDAG, sempre dentro de Agropecuária e Meio
Ambiente, contidos em alguns poucos slides por mês;
RELEMBRAMOS que as aulas são programadas para seguirem a apresentação
automaticamente, após o tempo de leitura, assim, é só assistir;
DESEJAMOS despertar a sua curiosidade em relação ao conteúdo dos Projetos - Fundag,
onde o Diretor Administrativo Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga continua sendo o seu
contato para tirar dúvidas e também aprender com vocês, por isto QUESTIONE-SE,
questione-me, e leia mais sobre o assunto!
O REINO PLANTAE
O REINO PLANTAE (ou Metaphyta) é MONOFILÉTICO (um único ancestral comum). Reproduzem-se sexuadamente por fusão de CÉLULAS
REPRODUTIVAS, ou assexuadamente, sem a necessidade das células reprodutivas. Possuem células EUCARIONTES (com núcleo definido) e
REVESTIDAS (com parede celular), possuindo ORGANELAS ESPECIALIZADAS (Cloroplastos, Complexo de Golgi, Mitocôndrias, Núcleo,
Nucléolo, Vacúolo, Peroxisomas, Retículo Endoplasmático e Ribossomos) na conversão de energia luminosa em energia bioquímica para
formação de moléculas orgânicas complexas, através da FOTOSSÍNTESE, e que possuem pouca ou nenhuma mobilidade.
As PLANTAS foram os primeiros habitantes PLURICELULARES (várias células) do planeta, muito anteriores ao Homo sapiens
sapiens. Têm uma posição estratégica na BIOSFERA (Uma “teia complexa”, em constante mudança e evolução, formada pelos
organismos vivos e pelo meio ambiente, composta pela Atmosfera, Litosfera e Hidrosfera), fornecendo abrigo, alimentos e
oxigênio, para todos os seres vivos, efetivando relevantes serviços à natureza através da regulação do ciclo de carbono e na
manutenção do equilíbrio ecológico (Vladimir VERNADSKY, 1926).
MITOCÔNDRIAS
GOLGI
VACÚOLO
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
NÚCLEO
NUCLÉOLO
CLOROPLASTOS
PAREDE CELULAR
PEROXISOME
RIBOSSOMOS
https://anbiojovem.org.br/celula-vegetal-o-que-e-estrutura-e-funcoes/
BIOSFERA
ATMOSFERA
LITOSFERA
HIDROSFERA
SERES
VIVOS
A IDENTIFICAÇÃO DO REINO PLANTAE
IDENTIFICA-SE o REINO VEGETAL pela classificação de Carl LINNAEUS (1735) em Algas verdes, Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas
e Angiospermas. Embora o Agropaisagismo se utilize também das Algas-verdes, Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas (esta última, inclusive
pelo setor Agroflorestal). Aqui vamos nos concentrar apenas nas ANGIOSPERMAS, consideradas as mais evoluídas, justamente onde se
encontram os principais Recursos Fitogenéticos Agrícolas (VEIGA, R.F.A, 2023). Veja setas da Evolução a seguir!
Imagem: Blog do Enen (datas aproximadas pelo professor).
 Bactérias
 Fungos
 Algas
 Musgos
 Hepáticas
 Antóferos
 Samambaias
 Cavalinhas
 Pinho
 Cedro
“Sem raízes, caules e
folhas”
“Sem raízes e flores
verdadeiras”
EVOLUÇÃO
ALGAS
VERDES:
500
Milhões
de
anos
atrás
BRIÓFITAS
450
Mi
PTERIDÓFITAS
400
Mi
GIMNOSPERMAS
350
Mi
ANGIOSPERMAS
150
Mi
Algas Hepática Samambaia Pinho Maracujá
“Sementes nuas
produzidas
sobre os cones”.
Sem frutos
“Com sistemas
vasculares,
folhas, caules e
raízes
verdadeiras, se
reproduzem por
meio de esporos”
Lineu
Imagens: https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/biologia/angiospermas/
As ANGIOSPERMAS (Do grego Angeion = bolsa = fruto, e Sperma = semente) são plantas vasculares que apresentam raiz, caule,
folhas, flores, frutos e sementes. Constituem mais de 70% de todas as espécies de plantas existentes no planeta, e seu tamanho varia
desde pequenas ervas até grandes árvores. Sua fecundação ocorre através de suas FLORES, e quando fecundadas produzem frutos e
sementes. Distinguem-se entre MONOCOTILEDÔNEAS (Ex: Arroz) e DICOTILEDÔNEAS (ou Eudicotiledôneas, Ex: Feijão) Robert
BROWN, 1810. Robert
Foto: Jardim Botânico de Curitiba
LINEU
IDENTIFICAÇÃO: SISTEMÁTICA E TAXONOMIA
A TAXONOMIA (taxionomia ou classificação biológica), termo cunhado pelo sueco A.P. De CANDOLLE,
elabora as leis que se incumbem da identificação, nomenclatura e classificação dos seres vivos. Considera
primeiramente o princípio da DESCENDÊNCIA por relações genéticas, e em segundo lugar o princípio da
EVOLUÇÃO por alterações evolutivas.
A SISTEMÁTICA e a TAXONOMIA vegetal são disciplinas interligadas que pesquisam a classificação,
organização e a identificação das plantas, e se diferenciam pelos seus enfoques e objetivos.
A SISTEMÁTICA, termo cunhado por Carolus LINAEUS, se utiliza da Diversidade, Evolução, Filogenia e da
própria Taxonomia, no preparo de chaves, agrupando as plantas em um sistema de ordenamento dos grupos,
semelhantes morfologicamente, por categorias de ... famílias, gêneros, espécies, variedades,...).
DE CANDOLLE
LINEU
Anteriormente a Lineu, ainda se utilizava dos nomes científicos longos (Sistema Polinomial ou Multissônico), cujas descrições
eram em latim, descrevendo as características morfológicas, habitat, uso ou outras características relevantes (Ex.: Pinus sylvestris L.
seria citado como "Pinus foliis aciculatis, conis ovoideis" (isto é: pinheiro com folhas em forma de agulha e cones ovoides).
Embora o sueco Lineu tenha se tornado a principal referência da Nomenclatura Binomial com seu livro “Systema Naturae” (1758),
foto de fundo, um dos primeiros a se utilizar desta nomenclatura foi o botânico suíço Gaspard (Casper) BAUHIN, em 1623. BAUHIN
Foto: Jardim Botânico do Rio de Janeiro
AS CATEGORIAS HIERÁRQUICAS DAS PLANTAS
O FILO reúne classes com categorias comuns a todas (Milho = Trachaeophyta);
A CLASSE reúne ordens com categorias comuns a todas (Milho = Angiospermae);
A ORDEM reúne famílias com categorias comuns a todas (Milho = Graminales);
A FAMÍLIA reúne gêneros com categorias comuns a todas (Milho = Poaceae);
O GÊNERO reúne espécies com categorias comuns a todas (Milho = Zea L.);
As ESPÉCIES reúnem indivíduos profundamente semelhantes morfológica, bioquímica, genética e
fisiológicamente, sendo férteis após o cruzamento. O Milho = Zea mays L. foi domesticado do “Teosinto”
mexicano (Zea mays ssp. parviglumis). [Abrevia-se “sp.” = uma (1) espécie e “spp.” = várias espécies, já “ssp.” refere-se à subespécie].
Acredito ser relevante reafirmar a HIERARQUIA dos vegetais que agrupam-se por semelhanças em distintos níveis. Embora o número de subcategorias
seja variável, expandindo conforme o uso dos prefixos sub, super, infra (subclasse, subordem, etc.), e podendo apresentar ainda as categorias intermediárias
como Tribo e Forma. No geral as CATEGORIAS maiores abrangem as menores, como a seguir: REINO > FILO > CLASSE > ORDEM > FAMÍLIA >
GÊNERO > SP, como exemplos do Milho, embora seja uma espécie totalmente domesticada, única do gênero Zea L.
O REINO é a maior categoria, reunindo filos com características comuns a
todos (Milho = Plantae);
REINO
FILO
CLASSE
ORDEM
FAMÍLIA
GÊNERO
SP.
Homenagem ao “Pai da Botânica brasileira”
Barbosa RODRIGUES (1872-1874).
Poaceae
AS FAMÍLIAS DAS PLANTAS
Fabaceae
Asteraceae Solanaceae
A denominação de “FAMÍLIAS DAS PLANTAS” foi um termo usado primeiramente por Antoine Laurent de JUSSIEU (1777) cujos
nomes são dados segundo o gênero primeiramente descrito [Como exemplo temos Faba (hoje Vicia, segunda foto), dele se originou o
nome da família Fabaceae]. No entanto, outras famílias podem receber seus nomes pelas características morfológicas [Ex.:
Asteraceae, onde as flores compostas se assemelham a estrelas (aster = astro, primeira foto) ou ainda como homenagens à cientistas
[Ex.: Solanaceae, em homenagem a Antonio Jerónimo de SOLANUM, um médico e botânico espanhol do século XVIII, última foto].
JUSSIEU
Credit: The U. S. Botanic Garden and the National Museum of Natural History, Department of Botany,
Smithsonian Institution(link is external)
Embora todas FAMÍLIAS DE PLANTAS possuam algumas espécies relevantes para a ALIMENTAÇÃO ou ao AGRONEGÓCIO mundial,
selecionou-se aqui apenas quatro delas:
1. ASTERACEAE: Família mais numerosa em gêneros e espécies, como: margaridas, calêndulas, crisântemos, girassóis, etc.
2. FABACEAE: Família das leguminosas, como: amendoim, crotalária, ervilha, feijão, grão-de-bico, jacarandá, ingá, soja, etc.
3. POACEAE: Família de grande relevância pelos cereais: arroz, centeio, cevada, cana-de-açúcar, milho, milheto, trigo, sorgo, etc.
4. SOLANACEAE: Família das ornamentais e hortaliças: batata, berinjela, tabaco, tomate, petúnia, pimenta, pimentão, etc.
O USO DAS CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO
Foto: Caracterização de raças de “Amendoim” (Angiosperma), pelos botânicos Antônio Krapovicas e Ricardo Vanni (IBONE – Corrientes – Ar) e Renato Pietrarelli (INTA – Manfredi – Ar).
SAMAMBAIAS
PTERIDÓFITAS
FUNGOS,
BACTÉRIAS
ALGAS VERDES
MUSGOS
BRIÓFITAS
CONÍFERAS
GIMNOSPERMAS
PL. AGRÍCOLAS
ANGIOSPERMAS
COM SEMENTES
SEM SEMENTES
COM RAÍZES,
CAULES E FOLHAS
VERDADEIRAS
SEM RAÍZES,
CAULES OU FOLHAS
VERDADEIRAS
SEM FLORES COM FLORES
SEM ESTRUTURA
DE RAÍZES,
CAULES OU FOLHAS
COM ALGUMA
ESTRUTURA DE
RAÍZES,
CAULES OU FOLHAS
CHAVE DO REINO PLANTAE
Foto: Exsicatas de raças de Arachis
hypogaea L., do Herbário
“Carmem Cristóbal” – IBONE – AR.
Os TAXONOMISTAS já possuem na memória informações que lhes permitem identificar preliminarmente as espécies de sua
especialidade, no momento da coleta. Porém, a confirmação só se dará posteriormente, no Herbário, através do estudo pormenorizado
das EXSICATAS (Foto) e das FICHAS DE COLETA (Ex.: Figura verde). Para tanto, se utilizam da sistemática com CHAVES, cujo
pioneiro foi Joseph Pitton de TOURNEFORT, 1694. Hoje são as chaves DICOTÔMICAS (Ex.: Figura amarela objetivando, por
exemplo, separar as subespécies e variedades botânicas de Arachis hypogaea L.). TOURNEFORT
CHAVE PARA TAXONS DO AMENDOIM ARACHIS HYPOGAEA L.
A. Eixo central sem flores, ramos n+1 se alternando com ramos vegetativos e dois
reprodutivas (ramificação alternada).
Subsp. hypogaea
B. Folíolos com a face inferior glabra ou com poucos pelos sobre a nervura média.
Var. hypogaea
B’ Folíolos com a face inferior com pelos de 1 a 2 mm de comprimento, esparsos em toda
a superfície.
Var. hyrsuta
A’. Eixo central com flores e ramos laterais onde os ramos reprodutivos e vegetativos não são
ordenados (ramificação sequencial).
Subsp. fastigiata
C. Folíolos com a face inferior glabra ou com pelos somente na nervura média.
D. Frutos com o retículo suave ou pouco marcado, sem que se destaquem as marcas
longitudinais. Ramos reprodutivos comumente curto e fino.
Var. fastigiata
D’. Frutos sempre com retículo muito marcado e com marcas longitudinais
marcantes. Ramos reprodutivos longos 5-10cm de comprimento, robustos, tanto no eixo
central quanto nos ramos laterais.
Var. peruviana
C’. Folíolos com a face inferior com pelos de 1 a 2 mm de comprimento, espalhados
por toda superfície. Ramos reprodutivos longos, principalmente nos ramos laterais. Eixo
central comumente com inflorescências ou ramos reprodutivos curtos.
Var. aequatoriana
Vejam que as FICHAS DE COLETA descrevem tanto os dados do(s) coletor(es), como da planta, assim como do ambiente onde se encontra no
momento e local da coleta. Enquanto as CHAVES são construídas através de uma série de “perguntas/respostas ou títulos/complementos”, que
oferecem alternativas por etapas, utilizando-se de características fenotípicas diferenciais quer sejam de raízes, caules, ramos, folhas, sementes ou
frutos, quer de outras estruturas como: pelos, cerdas, etc., inclusive coloração (VEIGA, R.F.A., 2023).
A TAXONOMIA DAS ESPÉCIES
Novamente exponho os dados do “AMENDOIM COMUM”, por ser
um exemplo elucidativo para a NOMENCLATURA do GÊNERO,
ESPÉCIE, VARIEDADE e CULTIVAR:
A) A designação binomial:
1. Epíteto Genérico (Subst., maiúscula, latim, itálico = Arachis L.).
2. Epíteto Específico (Adj., minúscula, latim, itálico = A. hypogaea).
3. Classificador/abreviatura do nome do autor, sem itálico = L.
(Lineu). A denominação completa da espécie é: Arachis hypogaea L.
B) Pode-se acrescentar:
4. Variedade Botânica (var./sigla sem itálico, porém o nome da
variedade é em itálico, como: Arachis hypogaea L. var. hypogaea.
5. Cultivar (germoplasma melhorado geneticamente) = Arachis
hypogaea L. var. hypogaea cv. IAC Tatu ST (ou utilizar cultivar IAC
Tatu ST, ou apenas ‘IAC Tatu ST’).
A foto é de uma EXSICATA, de uma espécie silvestre de
amendoim, coletada pelo ucraniano Grigory Grigorovich
BONDAR, no estado da Bahia – Brasil (1929), e
identificada pelo francês Auguste CHEVALIER. A
exsicata tipo é Arachis sylvestris (A. Chev.) A. Chev.. O
argentino Antonio Krapovickas a examinou (1958)
como sinonímia de A. pusilla (vide nota abaixo). Visto
isto, todas as mais de 2 dezenas de populações
necessitavam de um novo nome específico, sendo
denominada de Arachis veigae S. H. Santana & Valls,
em homenagem a quem mais a havia estudado, coletado
e alertara sobre a distinção do seu fruto, observado no
slide enviado graciosamente pelo Museu de Paris. Assim,
esta nova espécie foi uma homenagem dos autores
brasileiros ao conterrâneo Renato F. A. VEIGA,
pertencendo às CATEGORIAS:
Terminologia Gênero Arachis
Família aceae Fabaceae
Subfamília oideae Faboideae
Tribu eae Hedysareae
Subtribu ineae Stylosanthineae
CHEVALIER
BONDAR
KRAPOVICKAS
VALLS
SANTANA
VEIGA
Dr. José Ignácio de Godoy, e sua cultivar ‘IAC Tatu ST’
A ETIMOLOGIA DO NOME CIENTÍFICO
“Não-me-toques” (Mimosa pudica L.)
A ETIMOLOGIA da Mimosa pudica L., descrita por Carl Linnaeus
e, publicada na 10ª. edição de "Systema Naturae", em 1759, tem seu
epíteto genérico “Mimosa” significando "imitador", enquanto seu
epíteto específico “pudica” referindo-se à “timidez”, denominados
pela sensibilidade de suas folhas, que se fecham ao serem tocadas.
Pertence à família Fabaceae = Leguminosae (subfamília
Mimosoideae), e recebe mais nomes vulgares como “Dormideira”,
“Maria-fecha-a-porta”, e “Sensitiva”, etc.
Do ponto de vista Etimológico (estudo da origem, história e evolução
das palavras), mesmo que o autor tenha a liberdade de escolha,
comumente ele seleciona uma denominação que represente uma
característica que lhe “salte aos olhos” (Ex: “Não-me-toques”, foto de
fundo), ou se refira ao local da coleta da exsicata tipo, ou caso deseje
homenagear alguém (o seu primeiro coletor ou o que mais a coletou,
ou àquele que anteriormente levantou a hipótese de que esta seria uma
nova espécie). Enfim, tem liberdade de “escolhas mil” (VEIGA,
R.F.A., 2023).
O NOME CIENTÍFICO também pode se originar do nome vulgar de
uma planta (Ex.: Esta frutífera originária do Cerrado brasileiro, que
tem a denominação de “Cagaita”, um nome de origem indígena
anterior ao nome científico, resultou no epíteto específico da E.
dysenterica, que embora não sejam idênticos têm o mesmo significado,
em alusão aos seus efeitos laxativos, caso a fruta seja consumida ao
pleno sol. Possui outros nomes vulgares como “Ginja, Guinda, Cereja-
do-cerrado, e Murta-brasileira”, dentre outros.
O autor de uma NOVA ESPÉCIE BOTÂNICA tem liberdade de
escolha do NOME DO EPÍTETO ESPECÍFICO, desde que seja
original e latino. Partindo do pressuposto que seu EPÍTETO
GENÉRICO já seja conhecido (Ex.: Já se conhecia o gênero Eugenia
L. - Uma Myrtaceae descrita por Lineu -, quando Alphonse Pyrame de
Candolle - o DC.- descreveu sua espécie E. dysenterica (foto).
“Cagaita” (Eugenia dysenterica DC.)
Desde 1998, o banco de dados dos NOMES DAS PLANTAS E DE SEUS AUTORES, em suas formas padrão como planejados por
Brummitt & Powell’s (1992) é mantido e atualizado on-line como parte do Plant Names Project. As citações com os nomes ou
abreviações dos autores você pode conferir no : International Plant Names Index ou GBIF—the Global Biodiversity Information Facility
É relevante sempre checar o nome científico, pois, tanto seu gênero como a espécie quanto seu(s) autor(es) podem ser alterados. Você pode
procurar um HERBÁRIO e verificar com seu taxonomista, ou localizar em sites confiáveis como o do Museu Nacional de História Natural da
Smithsonian Institution, com seu Sistema Integrado de Informações Taxonômicas (ITIS), ou https://wfoplantlist.org/plant-list/, ou
https://www.sciname.info/default.asp
OS NOMES ATUALIZADOS DAS PLANTAS E SEUS AUTORES
Foto: Parque da Fazenda Santa Elisa, IAC, Campinas – SP.
Lembrando que nosso HERBÁRIO IAC é cadastrado internacionalmente com este nome, e que também está com seus acessos publicados, aqui
mesmo em Campinas, no SpeciesLink ((o qual contém outras COLEÇÕES CIENTÍFICAS similares ao Herbário IAC).
Richard Kenneth
BRUMMITT,
“O MUNDO DA FUNDAG”
Dra. Graziela Maciel Barrozo
(1912-2003)
“Botânica renomada do Brasil”
THE END
NO MÊS QUE VEM TEM MAIS!

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  • 1.
  • 2. Imagem: Enago Academy Brazil “O MUNDO DA FUNDAG” Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola 01/09/2023 “MANGA” MAIOR REINO DIVISÃO SUBDIVISÃO CLASSE SUBCLASSE ORDEM SUBORDEM FAMÍLIA SUBFAMÍLIA TRIBO SUBTRIBO GÊNERO SUBGÊNERO SECÇÃO SUBSECÇÃO SÉRIE SUBSÉRIE ESPÉCIE SUBESPÉCIE VARIEDADE FORMA CATEGORIAS PRINCIPAIS E SUAS SUBDIVISÕES DE USO MAIS CORRENTE MENOR MAIOR PROSSEGUIMOS com o tema “ATIVIDADES BOTÂNICAS EM RECURSOS FITOGENÉTICOS”, lembrando que não temos a pretensão de mostrar integralmente o assunto, assim, apresentarmos a temática e algumas de suas principais definições, esperando que lhes sejam úteis; CONTINUA sendo uma série mensal “O MUNDO DA FUNDAG”, agora com a terceira aula, do segundo semestre, com o lema “A Hierarquia das Plantas”; OBJETIVA efetivar, principalmente, a integração dos Funcionários com o Conselho Diretor, como consta de seu Plano Diretor, através da transmissão de conhecimentos inerentes aos assuntos dos projetos cadastrados na FUNDAG, sempre dentro de Agropecuária e Meio Ambiente, contidos em alguns poucos slides por mês; RELEMBRAMOS que as aulas são programadas para seguirem a apresentação automaticamente, após o tempo de leitura, assim, é só assistir; DESEJAMOS despertar a sua curiosidade em relação ao conteúdo dos Projetos - Fundag, onde o Diretor Administrativo Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga continua sendo o seu contato para tirar dúvidas e também aprender com vocês, por isto QUESTIONE-SE, questione-me, e leia mais sobre o assunto!
  • 3. O REINO PLANTAE O REINO PLANTAE (ou Metaphyta) é MONOFILÉTICO (um único ancestral comum). Reproduzem-se sexuadamente por fusão de CÉLULAS REPRODUTIVAS, ou assexuadamente, sem a necessidade das células reprodutivas. Possuem células EUCARIONTES (com núcleo definido) e REVESTIDAS (com parede celular), possuindo ORGANELAS ESPECIALIZADAS (Cloroplastos, Complexo de Golgi, Mitocôndrias, Núcleo, Nucléolo, Vacúolo, Peroxisomas, Retículo Endoplasmático e Ribossomos) na conversão de energia luminosa em energia bioquímica para formação de moléculas orgânicas complexas, através da FOTOSSÍNTESE, e que possuem pouca ou nenhuma mobilidade. As PLANTAS foram os primeiros habitantes PLURICELULARES (várias células) do planeta, muito anteriores ao Homo sapiens sapiens. Têm uma posição estratégica na BIOSFERA (Uma “teia complexa”, em constante mudança e evolução, formada pelos organismos vivos e pelo meio ambiente, composta pela Atmosfera, Litosfera e Hidrosfera), fornecendo abrigo, alimentos e oxigênio, para todos os seres vivos, efetivando relevantes serviços à natureza através da regulação do ciclo de carbono e na manutenção do equilíbrio ecológico (Vladimir VERNADSKY, 1926). MITOCÔNDRIAS GOLGI VACÚOLO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO NÚCLEO NUCLÉOLO CLOROPLASTOS PAREDE CELULAR PEROXISOME RIBOSSOMOS https://anbiojovem.org.br/celula-vegetal-o-que-e-estrutura-e-funcoes/ BIOSFERA ATMOSFERA LITOSFERA HIDROSFERA SERES VIVOS
  • 4. A IDENTIFICAÇÃO DO REINO PLANTAE IDENTIFICA-SE o REINO VEGETAL pela classificação de Carl LINNAEUS (1735) em Algas verdes, Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas. Embora o Agropaisagismo se utilize também das Algas-verdes, Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas (esta última, inclusive pelo setor Agroflorestal). Aqui vamos nos concentrar apenas nas ANGIOSPERMAS, consideradas as mais evoluídas, justamente onde se encontram os principais Recursos Fitogenéticos Agrícolas (VEIGA, R.F.A, 2023). Veja setas da Evolução a seguir! Imagem: Blog do Enen (datas aproximadas pelo professor).  Bactérias  Fungos  Algas  Musgos  Hepáticas  Antóferos  Samambaias  Cavalinhas  Pinho  Cedro “Sem raízes, caules e folhas” “Sem raízes e flores verdadeiras” EVOLUÇÃO ALGAS VERDES: 500 Milhões de anos atrás BRIÓFITAS 450 Mi PTERIDÓFITAS 400 Mi GIMNOSPERMAS 350 Mi ANGIOSPERMAS 150 Mi Algas Hepática Samambaia Pinho Maracujá “Sementes nuas produzidas sobre os cones”. Sem frutos “Com sistemas vasculares, folhas, caules e raízes verdadeiras, se reproduzem por meio de esporos” Lineu
  • 5. Imagens: https://vestibulares.estrategia.com/portal/materias/biologia/angiospermas/ As ANGIOSPERMAS (Do grego Angeion = bolsa = fruto, e Sperma = semente) são plantas vasculares que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes. Constituem mais de 70% de todas as espécies de plantas existentes no planeta, e seu tamanho varia desde pequenas ervas até grandes árvores. Sua fecundação ocorre através de suas FLORES, e quando fecundadas produzem frutos e sementes. Distinguem-se entre MONOCOTILEDÔNEAS (Ex: Arroz) e DICOTILEDÔNEAS (ou Eudicotiledôneas, Ex: Feijão) Robert BROWN, 1810. Robert
  • 6. Foto: Jardim Botânico de Curitiba LINEU IDENTIFICAÇÃO: SISTEMÁTICA E TAXONOMIA A TAXONOMIA (taxionomia ou classificação biológica), termo cunhado pelo sueco A.P. De CANDOLLE, elabora as leis que se incumbem da identificação, nomenclatura e classificação dos seres vivos. Considera primeiramente o princípio da DESCENDÊNCIA por relações genéticas, e em segundo lugar o princípio da EVOLUÇÃO por alterações evolutivas. A SISTEMÁTICA e a TAXONOMIA vegetal são disciplinas interligadas que pesquisam a classificação, organização e a identificação das plantas, e se diferenciam pelos seus enfoques e objetivos. A SISTEMÁTICA, termo cunhado por Carolus LINAEUS, se utiliza da Diversidade, Evolução, Filogenia e da própria Taxonomia, no preparo de chaves, agrupando as plantas em um sistema de ordenamento dos grupos, semelhantes morfologicamente, por categorias de ... famílias, gêneros, espécies, variedades,...). DE CANDOLLE LINEU Anteriormente a Lineu, ainda se utilizava dos nomes científicos longos (Sistema Polinomial ou Multissônico), cujas descrições eram em latim, descrevendo as características morfológicas, habitat, uso ou outras características relevantes (Ex.: Pinus sylvestris L. seria citado como "Pinus foliis aciculatis, conis ovoideis" (isto é: pinheiro com folhas em forma de agulha e cones ovoides). Embora o sueco Lineu tenha se tornado a principal referência da Nomenclatura Binomial com seu livro “Systema Naturae” (1758), foto de fundo, um dos primeiros a se utilizar desta nomenclatura foi o botânico suíço Gaspard (Casper) BAUHIN, em 1623. BAUHIN
  • 7. Foto: Jardim Botânico do Rio de Janeiro AS CATEGORIAS HIERÁRQUICAS DAS PLANTAS O FILO reúne classes com categorias comuns a todas (Milho = Trachaeophyta); A CLASSE reúne ordens com categorias comuns a todas (Milho = Angiospermae); A ORDEM reúne famílias com categorias comuns a todas (Milho = Graminales); A FAMÍLIA reúne gêneros com categorias comuns a todas (Milho = Poaceae); O GÊNERO reúne espécies com categorias comuns a todas (Milho = Zea L.); As ESPÉCIES reúnem indivíduos profundamente semelhantes morfológica, bioquímica, genética e fisiológicamente, sendo férteis após o cruzamento. O Milho = Zea mays L. foi domesticado do “Teosinto” mexicano (Zea mays ssp. parviglumis). [Abrevia-se “sp.” = uma (1) espécie e “spp.” = várias espécies, já “ssp.” refere-se à subespécie]. Acredito ser relevante reafirmar a HIERARQUIA dos vegetais que agrupam-se por semelhanças em distintos níveis. Embora o número de subcategorias seja variável, expandindo conforme o uso dos prefixos sub, super, infra (subclasse, subordem, etc.), e podendo apresentar ainda as categorias intermediárias como Tribo e Forma. No geral as CATEGORIAS maiores abrangem as menores, como a seguir: REINO > FILO > CLASSE > ORDEM > FAMÍLIA > GÊNERO > SP, como exemplos do Milho, embora seja uma espécie totalmente domesticada, única do gênero Zea L. O REINO é a maior categoria, reunindo filos com características comuns a todos (Milho = Plantae); REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO SP. Homenagem ao “Pai da Botânica brasileira” Barbosa RODRIGUES (1872-1874).
  • 8. Poaceae AS FAMÍLIAS DAS PLANTAS Fabaceae Asteraceae Solanaceae A denominação de “FAMÍLIAS DAS PLANTAS” foi um termo usado primeiramente por Antoine Laurent de JUSSIEU (1777) cujos nomes são dados segundo o gênero primeiramente descrito [Como exemplo temos Faba (hoje Vicia, segunda foto), dele se originou o nome da família Fabaceae]. No entanto, outras famílias podem receber seus nomes pelas características morfológicas [Ex.: Asteraceae, onde as flores compostas se assemelham a estrelas (aster = astro, primeira foto) ou ainda como homenagens à cientistas [Ex.: Solanaceae, em homenagem a Antonio Jerónimo de SOLANUM, um médico e botânico espanhol do século XVIII, última foto]. JUSSIEU Credit: The U. S. Botanic Garden and the National Museum of Natural History, Department of Botany, Smithsonian Institution(link is external) Embora todas FAMÍLIAS DE PLANTAS possuam algumas espécies relevantes para a ALIMENTAÇÃO ou ao AGRONEGÓCIO mundial, selecionou-se aqui apenas quatro delas: 1. ASTERACEAE: Família mais numerosa em gêneros e espécies, como: margaridas, calêndulas, crisântemos, girassóis, etc. 2. FABACEAE: Família das leguminosas, como: amendoim, crotalária, ervilha, feijão, grão-de-bico, jacarandá, ingá, soja, etc. 3. POACEAE: Família de grande relevância pelos cereais: arroz, centeio, cevada, cana-de-açúcar, milho, milheto, trigo, sorgo, etc. 4. SOLANACEAE: Família das ornamentais e hortaliças: batata, berinjela, tabaco, tomate, petúnia, pimenta, pimentão, etc.
  • 9. O USO DAS CHAVES DE IDENTIFICAÇÃO Foto: Caracterização de raças de “Amendoim” (Angiosperma), pelos botânicos Antônio Krapovicas e Ricardo Vanni (IBONE – Corrientes – Ar) e Renato Pietrarelli (INTA – Manfredi – Ar). SAMAMBAIAS PTERIDÓFITAS FUNGOS, BACTÉRIAS ALGAS VERDES MUSGOS BRIÓFITAS CONÍFERAS GIMNOSPERMAS PL. AGRÍCOLAS ANGIOSPERMAS COM SEMENTES SEM SEMENTES COM RAÍZES, CAULES E FOLHAS VERDADEIRAS SEM RAÍZES, CAULES OU FOLHAS VERDADEIRAS SEM FLORES COM FLORES SEM ESTRUTURA DE RAÍZES, CAULES OU FOLHAS COM ALGUMA ESTRUTURA DE RAÍZES, CAULES OU FOLHAS CHAVE DO REINO PLANTAE Foto: Exsicatas de raças de Arachis hypogaea L., do Herbário “Carmem Cristóbal” – IBONE – AR. Os TAXONOMISTAS já possuem na memória informações que lhes permitem identificar preliminarmente as espécies de sua especialidade, no momento da coleta. Porém, a confirmação só se dará posteriormente, no Herbário, através do estudo pormenorizado das EXSICATAS (Foto) e das FICHAS DE COLETA (Ex.: Figura verde). Para tanto, se utilizam da sistemática com CHAVES, cujo pioneiro foi Joseph Pitton de TOURNEFORT, 1694. Hoje são as chaves DICOTÔMICAS (Ex.: Figura amarela objetivando, por exemplo, separar as subespécies e variedades botânicas de Arachis hypogaea L.). TOURNEFORT CHAVE PARA TAXONS DO AMENDOIM ARACHIS HYPOGAEA L. A. Eixo central sem flores, ramos n+1 se alternando com ramos vegetativos e dois reprodutivas (ramificação alternada). Subsp. hypogaea B. Folíolos com a face inferior glabra ou com poucos pelos sobre a nervura média. Var. hypogaea B’ Folíolos com a face inferior com pelos de 1 a 2 mm de comprimento, esparsos em toda a superfície. Var. hyrsuta A’. Eixo central com flores e ramos laterais onde os ramos reprodutivos e vegetativos não são ordenados (ramificação sequencial). Subsp. fastigiata C. Folíolos com a face inferior glabra ou com pelos somente na nervura média. D. Frutos com o retículo suave ou pouco marcado, sem que se destaquem as marcas longitudinais. Ramos reprodutivos comumente curto e fino. Var. fastigiata D’. Frutos sempre com retículo muito marcado e com marcas longitudinais marcantes. Ramos reprodutivos longos 5-10cm de comprimento, robustos, tanto no eixo central quanto nos ramos laterais. Var. peruviana C’. Folíolos com a face inferior com pelos de 1 a 2 mm de comprimento, espalhados por toda superfície. Ramos reprodutivos longos, principalmente nos ramos laterais. Eixo central comumente com inflorescências ou ramos reprodutivos curtos. Var. aequatoriana Vejam que as FICHAS DE COLETA descrevem tanto os dados do(s) coletor(es), como da planta, assim como do ambiente onde se encontra no momento e local da coleta. Enquanto as CHAVES são construídas através de uma série de “perguntas/respostas ou títulos/complementos”, que oferecem alternativas por etapas, utilizando-se de características fenotípicas diferenciais quer sejam de raízes, caules, ramos, folhas, sementes ou frutos, quer de outras estruturas como: pelos, cerdas, etc., inclusive coloração (VEIGA, R.F.A., 2023).
  • 10. A TAXONOMIA DAS ESPÉCIES Novamente exponho os dados do “AMENDOIM COMUM”, por ser um exemplo elucidativo para a NOMENCLATURA do GÊNERO, ESPÉCIE, VARIEDADE e CULTIVAR: A) A designação binomial: 1. Epíteto Genérico (Subst., maiúscula, latim, itálico = Arachis L.). 2. Epíteto Específico (Adj., minúscula, latim, itálico = A. hypogaea). 3. Classificador/abreviatura do nome do autor, sem itálico = L. (Lineu). A denominação completa da espécie é: Arachis hypogaea L. B) Pode-se acrescentar: 4. Variedade Botânica (var./sigla sem itálico, porém o nome da variedade é em itálico, como: Arachis hypogaea L. var. hypogaea. 5. Cultivar (germoplasma melhorado geneticamente) = Arachis hypogaea L. var. hypogaea cv. IAC Tatu ST (ou utilizar cultivar IAC Tatu ST, ou apenas ‘IAC Tatu ST’). A foto é de uma EXSICATA, de uma espécie silvestre de amendoim, coletada pelo ucraniano Grigory Grigorovich BONDAR, no estado da Bahia – Brasil (1929), e identificada pelo francês Auguste CHEVALIER. A exsicata tipo é Arachis sylvestris (A. Chev.) A. Chev.. O argentino Antonio Krapovickas a examinou (1958) como sinonímia de A. pusilla (vide nota abaixo). Visto isto, todas as mais de 2 dezenas de populações necessitavam de um novo nome específico, sendo denominada de Arachis veigae S. H. Santana & Valls, em homenagem a quem mais a havia estudado, coletado e alertara sobre a distinção do seu fruto, observado no slide enviado graciosamente pelo Museu de Paris. Assim, esta nova espécie foi uma homenagem dos autores brasileiros ao conterrâneo Renato F. A. VEIGA, pertencendo às CATEGORIAS: Terminologia Gênero Arachis Família aceae Fabaceae Subfamília oideae Faboideae Tribu eae Hedysareae Subtribu ineae Stylosanthineae CHEVALIER BONDAR KRAPOVICKAS VALLS SANTANA VEIGA Dr. José Ignácio de Godoy, e sua cultivar ‘IAC Tatu ST’
  • 11. A ETIMOLOGIA DO NOME CIENTÍFICO “Não-me-toques” (Mimosa pudica L.) A ETIMOLOGIA da Mimosa pudica L., descrita por Carl Linnaeus e, publicada na 10ª. edição de "Systema Naturae", em 1759, tem seu epíteto genérico “Mimosa” significando "imitador", enquanto seu epíteto específico “pudica” referindo-se à “timidez”, denominados pela sensibilidade de suas folhas, que se fecham ao serem tocadas. Pertence à família Fabaceae = Leguminosae (subfamília Mimosoideae), e recebe mais nomes vulgares como “Dormideira”, “Maria-fecha-a-porta”, e “Sensitiva”, etc. Do ponto de vista Etimológico (estudo da origem, história e evolução das palavras), mesmo que o autor tenha a liberdade de escolha, comumente ele seleciona uma denominação que represente uma característica que lhe “salte aos olhos” (Ex: “Não-me-toques”, foto de fundo), ou se refira ao local da coleta da exsicata tipo, ou caso deseje homenagear alguém (o seu primeiro coletor ou o que mais a coletou, ou àquele que anteriormente levantou a hipótese de que esta seria uma nova espécie). Enfim, tem liberdade de “escolhas mil” (VEIGA, R.F.A., 2023). O NOME CIENTÍFICO também pode se originar do nome vulgar de uma planta (Ex.: Esta frutífera originária do Cerrado brasileiro, que tem a denominação de “Cagaita”, um nome de origem indígena anterior ao nome científico, resultou no epíteto específico da E. dysenterica, que embora não sejam idênticos têm o mesmo significado, em alusão aos seus efeitos laxativos, caso a fruta seja consumida ao pleno sol. Possui outros nomes vulgares como “Ginja, Guinda, Cereja- do-cerrado, e Murta-brasileira”, dentre outros. O autor de uma NOVA ESPÉCIE BOTÂNICA tem liberdade de escolha do NOME DO EPÍTETO ESPECÍFICO, desde que seja original e latino. Partindo do pressuposto que seu EPÍTETO GENÉRICO já seja conhecido (Ex.: Já se conhecia o gênero Eugenia L. - Uma Myrtaceae descrita por Lineu -, quando Alphonse Pyrame de Candolle - o DC.- descreveu sua espécie E. dysenterica (foto). “Cagaita” (Eugenia dysenterica DC.)
  • 12. Desde 1998, o banco de dados dos NOMES DAS PLANTAS E DE SEUS AUTORES, em suas formas padrão como planejados por Brummitt & Powell’s (1992) é mantido e atualizado on-line como parte do Plant Names Project. As citações com os nomes ou abreviações dos autores você pode conferir no : International Plant Names Index ou GBIF—the Global Biodiversity Information Facility É relevante sempre checar o nome científico, pois, tanto seu gênero como a espécie quanto seu(s) autor(es) podem ser alterados. Você pode procurar um HERBÁRIO e verificar com seu taxonomista, ou localizar em sites confiáveis como o do Museu Nacional de História Natural da Smithsonian Institution, com seu Sistema Integrado de Informações Taxonômicas (ITIS), ou https://wfoplantlist.org/plant-list/, ou https://www.sciname.info/default.asp OS NOMES ATUALIZADOS DAS PLANTAS E SEUS AUTORES Foto: Parque da Fazenda Santa Elisa, IAC, Campinas – SP. Lembrando que nosso HERBÁRIO IAC é cadastrado internacionalmente com este nome, e que também está com seus acessos publicados, aqui mesmo em Campinas, no SpeciesLink ((o qual contém outras COLEÇÕES CIENTÍFICAS similares ao Herbário IAC). Richard Kenneth BRUMMITT,
  • 13. “O MUNDO DA FUNDAG” Dra. Graziela Maciel Barrozo (1912-2003) “Botânica renomada do Brasil”
  • 14. THE END NO MÊS QUE VEM TEM MAIS!