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MEDIDAS DE
BIOSEGURANÇA E
ISOLAMENTO
Profª.Me.Enfª. Shelma Feitosa
CENTRO INTEGRADO DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – CIESF
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
BIOSEGURANÇA
Num aspecto geral, “Biossegurança” significa {Vida +
Segurança}, ou seja, a vida livre de perigos.
Biossegurança, portanto é um conjunto de
procedimentos, ações, técnicas, metodologias,
equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou
minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que podem comprometer a saúde
do homem, dos animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
TIPOS DE PRECAUÇÕES
PRECAUÇÕES PADRÃO
As Precauções Padrão (PP) representam um conjunto de
medidas que devem ser aplicadas no atendimento de todos os
pacientes hospitalizados, independente do seu estado
presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e
artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação. As PP
deverão ser utilizadas quando existir o risco de contato com:
sangue; todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções,
com exceção do suor, sem considerar a presença ou não de
sangue visível; pele com solução de continuidade (pele não
íntegra) e mucosas.
São recomendadas para aplicação em todas as situações e
pacientes, independente da presença de doença transmissível
comprovada.
PRECAUÇÕES PADRÃO
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Estas precauções visam prevenir a transmissão
de micro-organismos, epidemiologicamente
importantes, a partir de pacientes infectados ou
colonizados, para outros pacientes,
profissionais, visitantes, acompanhantes, por
meio de contato direto (tocando o paciente e
estabelecendo a transmissão pessoa por
pessoas) ou indireto (ao tocar superfícies
contaminadas próximas ao paciente ou por
meio de artigo e equipamentos).
PRECAUÇÕES DE CONTATO
EXEMPLOS: Escabiose, Cólera,
PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS
Estas precauções visam prevenir a transmissão
de micro-organismos por via respiratória por
partículas maiores(>) que 5 micra de pacientes
com doença transmissível, geradas pela tosse,
espirro, e durante a fala.
Essas gotículas (> 5 micra) podem se depositar
à curta distância (1 a 1,5 metros).
PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS
EXEMPLOS: Caxumba, Coqueluche, Meningite Haemophilus
influenzae, Rubéola.
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS
São medidas adotadas para pacientes com
suspeita ou diagnóstico de infecção transmitida
por via aérea (partículas < 5 micra), que podem
ficar suspensas no ar ou ressecadas no
ambiente. Deve se utilizar para o cuidado deste
paciente, área física específica, dotada de
sistema de ar com uso de filtro especial e
pressão negativa.
PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS
EXEMPLOS: Tuberculose Pulmonar, Herpes Zoster disseminado,
Varicela.
PRECAUÇÃO PROTETORA OU
REVERSA
Será instituído principalmente em pacientes
imunodeprimidos e neutropênicos, a fim de
garantir a proteção do paciente contra
infecções.
EXEMPLOS: Receptores de transplante e de implante, portadores
do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e indivíduos com
câncer ou em quimioterapia.
REFERÊNCIA
Protocolo de precauções e isolamento, Hospital
Universitário Federal do Triângulo Mineiro,
emissão em 21/10/2020, versão 2.

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  • 1. MEDIDAS DE BIOSEGURANÇA E ISOLAMENTO Profª.Me.Enfª. Shelma Feitosa CENTRO INTEGRADO DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – CIESF FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF BACHARELADO EM ENFERMAGEM
  • 2. BIOSEGURANÇA Num aspecto geral, “Biossegurança” significa {Vida + Segurança}, ou seja, a vida livre de perigos. Biossegurança, portanto é um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
  • 4. PRECAUÇÕES PADRÃO As Precauções Padrão (PP) representam um conjunto de medidas que devem ser aplicadas no atendimento de todos os pacientes hospitalizados, independente do seu estado presumível de infecção, e na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou sob suspeita de contaminação. As PP deverão ser utilizadas quando existir o risco de contato com: sangue; todos os líquidos corpóreos, secreções e excreções, com exceção do suor, sem considerar a presença ou não de sangue visível; pele com solução de continuidade (pele não íntegra) e mucosas. São recomendadas para aplicação em todas as situações e pacientes, independente da presença de doença transmissível comprovada.
  • 6. PRECAUÇÕES DE CONTATO Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-organismos, epidemiologicamente importantes, a partir de pacientes infectados ou colonizados, para outros pacientes, profissionais, visitantes, acompanhantes, por meio de contato direto (tocando o paciente e estabelecendo a transmissão pessoa por pessoas) ou indireto (ao tocar superfícies contaminadas próximas ao paciente ou por meio de artigo e equipamentos).
  • 7. PRECAUÇÕES DE CONTATO EXEMPLOS: Escabiose, Cólera,
  • 8. PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS Estas precauções visam prevenir a transmissão de micro-organismos por via respiratória por partículas maiores(>) que 5 micra de pacientes com doença transmissível, geradas pela tosse, espirro, e durante a fala. Essas gotículas (> 5 micra) podem se depositar à curta distância (1 a 1,5 metros).
  • 9. PRECAUÇÕES PARA GOTÍCULAS EXEMPLOS: Caxumba, Coqueluche, Meningite Haemophilus influenzae, Rubéola.
  • 10. PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS São medidas adotadas para pacientes com suspeita ou diagnóstico de infecção transmitida por via aérea (partículas < 5 micra), que podem ficar suspensas no ar ou ressecadas no ambiente. Deve se utilizar para o cuidado deste paciente, área física específica, dotada de sistema de ar com uso de filtro especial e pressão negativa.
  • 11. PRECAUÇÕES PARA AEROSSÓIS EXEMPLOS: Tuberculose Pulmonar, Herpes Zoster disseminado, Varicela.
  • 12. PRECAUÇÃO PROTETORA OU REVERSA Será instituído principalmente em pacientes imunodeprimidos e neutropênicos, a fim de garantir a proteção do paciente contra infecções. EXEMPLOS: Receptores de transplante e de implante, portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e indivíduos com câncer ou em quimioterapia.
  • 13. REFERÊNCIA Protocolo de precauções e isolamento, Hospital Universitário Federal do Triângulo Mineiro, emissão em 21/10/2020, versão 2.