SlideShare a Scribd company logo
1 of 14
Tiago Jorge dos Santos Faísca 
Curso Técnico De Processamento e 
Controlo de Qualidade Alimentar 
Processamento Geral de Alimentos Mod. 
HortoFruticolas 
Minimamente Processados 
2012
1 
Índice 
Introdução ...................................................................................................2 
Processamento mínimo das frutas...............................................................3 
Qualidade de frutas minimamente processadas..........................................6 
Hortofrutícolas Minimamente Processadas: 
Alface............................................................................................................7 
Cenoura........................................................................................................8 
Abacaxi.......................................................................................................11 
Conclusão...................................................................................................13
2 
Introdução 
Nos últimos anos, os consumidores estão mais preocupados quanto à escolha dos 
alimentos. Como as frutas e hortaliças são fundamentais na dieta alimentar, o consumo 
desse tipo de alimento tem sido incrementado. Em supermercados, quitandas e sacolões 
é cada vez mais comum encontrar frutas e verduras já lavadas, higienizadas e 
embaladas, prontas para o consumo. Trata-se de produtos minimamente processados, 
que aliam conveniência e praticidade, conquistando a preferência do consumidor. 
O processamento mínimo consiste em submeter hortaliças e frutos a uma ou mais 
alterações físicas, como lavagem, descascamento, fatiamento e corte, e em alguns casos 
a tratamentos químicos, tornando-os prontos para o consumo ou preparo. Após serem 
processados, os produtos devem apresentar atributos de qualidade, mantendo o máximo 
de suas características nutritivas e sensoriais, como o frescor, aroma, cor e sabor. 
Segundo Oliveira et al. (2003), esta técnica visa basicamente estender a vida útil dos 
alimentos, o que depende de uma série de fatores, como escolha da matéria-prima, 
cuidados de higiene e preparo final. Mas, ao contrário da maioria das técnicas de 
processamento de alimentos, que estabilizam a vida de prateleira dos produtos, o 
processamento mínimo pode aumentar sua perecibilidade. Em condições de temperatura 
ambiente, os produtos minimamente processados deterioram-se mais rapidamente, 
tendo em vista que os processos metabólicos e danos microbiológicos são mais 
acelerados.
3 
Processamento Mínimo das Frutas 
O consumo de frutas proporciona importantes benefícios à saúde, com implicações 
diretas na qualidade de vida. Os benefícios são amplamente divulgados e, 
frequentemente, as frutas são indicadas como excelentes aliadas da medicina preventiva 
e, até mesmo, curativa. Nesse sentido, a mídia se encarrega de estimular o consumo de 
frutas, sobretudo na forma in natura. 
As tendências de consumo estão mudando, e alimentos com qualidade e com atributos 
próximos aos produtos frescos são demandados. No entanto, a mudança no agronegócio 
está ligada à investigação do comportamento do consumidor e sua tendência futura, 
procurando-se entender as implica- ções que esses novos hábitos têm no negócio e, 
ainda, realizando-se as adequações necessárias. Assim, observa-se que, em Portugal, a 
população tem apresentado uma maior expectativa de vida, com alto nível de 
urbanização, crescente participação feminina no mercado de trabalho, aumento do 
número de pessoas que moram sozinhas e maior distância entre os locais de trabalho e 
as moradias. Todos esses fatores têm levado a um atendimento mais personalizado das 
necessidades do consumidor, com embalagens menores e produtos mais convenientes. 
Entretanto, os requerimentos do consumidor estão baseados em um alimento seguro, 
nutritivo, saudável, mais natural, fresco, com alta qualidade e mais conveniente. Para 
atender às expectativas do consumidor, os processadores trabalham com uma 
intensidade menor no processamento, redução de aditivos sintéticos, uso de sistemas de 
preservação mais natural, baixos níveis de açúcar, gorduras e sal e, ainda, a 
redução/eliminação de microrganismos deterioradores e patogênicos. Nesse sentido, 
surge o moderno conceito de minimamente processado. 
Os termos “fresh-cut” ou minimamente processado têm sido empregados para definir 
frutas e hortaliças “frescas”, comercializadas limpas e pré- preparadas, pré-cortadas e 
parcialmente processadas. O resultado de tais procedimentos são produtos convenientes 
e frescos, que podem ser preparados e consumidos em menos tempo. 
Frutas Minimamente Processadas são produtos que mantêm os seus atributos e 
qualidade similares ao produto fresco. Trata-se de um alimento fresco e com os tecidos 
das células ainda vivos, características necessárias para requerer o frescor dos 
alimentos. 
Os frutos e hortaliças minimamente processados foram introduzidos nos Estados Unidos 
há, aproximadamente, 30 anos e ganharam fatia considerá- vel no mercado. Na França, 
foram introduzidos em 1980, registrando-se aumento na produção de 400 toneladas, em 
1985, para 35.000 toneladas em 1989. No Brasil, a utilização desses produtos é bastante 
recente. Foram introduzidos nos anos 90 por empresas atraídas pelas novas tendências 
de mercado, atingindo, principalmente, hotéis, restaurantes, lanchonetes e redes de 
supermercados. 
Os produtos minimamente processados têm sido desenvolvidos para atender ao mercado 
de conveniência de saladas, sopas e pizzas, bem como para vendas a varejo, 
principalmente em supermercados. Nos países desenvolvidos, cerca do 70% desses 
produtos são utilizados em cozinhas industriais, “fast-foods” e restaurantes, por serem 
práticos e apresenta- rem qualidade nutricional e sensorial elevada. As frutas 
minimamente processadas são demandadas, principalmente, por consumidores
individuais, em razão da mudança de estilo de vida e das tendências associadas à saúde. 
Em geral, as frutas já apresentam uma sinalização positiva no mercado por 
apresentarem potencial de comercialização e aceitação por parte do consumidor. 
Nos Estados Unidos, os produtos minimamente processados são responsá- veis pelas 
maiores vendas nas lojas de conveniência nos últimos dez anos. A indústria de varejo e 
as lojas de conveniência venderam em torno de 10 bilhões de dólares e não existem 
sinais negativos para essas tendências. No Brasil, esse mercado vem se ampliando e 
pesquisas nessa área têm confirmado essa tendência. 
Pode-se citar a potencialidade das frutas prontas para o consumo, em produtos como 
mamão cortado em cubos, manga em fatias, morango limpo e sem pedúnculo, melancia 
em pedaços, melão em cubos ou cilindros, citros descascados ou em gomos e abacaxi, 
kiwi e goiaba em rodelas. 
4 
O fluxograma de Frutas Minimamente Processadas consiste nas seguintes etapas 
básicas:
5 
Todas as operações de processamento mínimo de frutas devem ser 
realizadas sob higiene rigorosa e em ambiente climatizado, de preferência 
de 10 oC a 12 oC. Entretanto, cada fruta a ser trabalhada tem suas 
peculiaridades, fazendo-se necessário adequar o fluxograma para as 
caracte- rísticas de cada uma. 
Dentre as características que diferem as frutas destacam-se os aspectos 
fisiológicos, tamanho, forma e, principalmente, a expectativa do cliente ao 
consumi-la. Quando cortadas, as frutas apresentam mudanças fisiológicas 
associadas às injúrias mecânicas ou ferimento dos tecidos vegetais, 
reduzindo sua vida útil. Elas, geralmente, são muito mais perecíveis no 
processamento do que intactas, sendo sua conservação bastante crítica, 
porque são submetidas a severos estresses físicos advindos, principal-mente, 
do descascamento e corte. Em razão do estresse sofrido pelos 
tecidos e, conseqüentemente, pelas reações bioquímicas e alterações de 
origem microbiológica, as frutas minimamente processadas requerem 
procedimentos de qualidade e segurança em todo seu processamento.
6 
Qualidade de Frutas Minimamente Processadas 
Qualidade de frutas minimamente processadas é uma combinação de 
atributos, que determinam seu valor para o consumidor. Parâmetros de 
qualidade incluem aparência, textura, ”flavour” e valor nutritivo. 
A aparência da fruta é um fator visual e inclui tamanho, forma, cor, brilho, 
ausência de defeitos e de sinais de deterioração. Os defeitos podem ser 
originados antes da colheita, resultantes de danos por insetos, doenças, 
pássaros e chuvas, injúrias químicas e manchas. Os defeitos pós -colheita 
podem ser morfológicos, físicos, fisiológicos e patológicos. Dentre esses 
defeitos, o escurecimento dos tecidos é um dos mais indesejáveis e depende 
da concentração dos compostos fenólicos e da atividade das 
polifenoloxidases. Em maçãs, o escurecimento aumenta o aroma adocicado 
e o “flavour” de caramelo. 
Frutas Minimamente Processadas: Aspectos de Qualidade e Segurança 
15 
Em minimamente processados, para evitar o escurecimento, tem sido 
recomendada a utilização de inibidores, como lactato de sódio e de cálcio; 
entretanto, eles podem conferir ao produto um leve sabor amargo.
7 
ALFACE 
A alface é uma das poucas hortaliças consumidas exclusivamente in natura, 
sendo indispensável na composição das saladas dos brasileiros. 
Imediatamente após ser colhida, a alface deve ser levada para o local de 
processamento e se necessário armazenada em câmara fria a 10ºC e de 80 a 
90% de umidade relativa (ESALQ, 2005). Em seguida, as folhas são 
selecionadas, retirando-se as folhas velhas, danificadas mecanicamente 
e/ou afetadas por patógenos. 
Após a seleção, a alface é submetida às seguintes etapas: 
a) Lavagem: É feita com água gelada e depois com solução de 
hipoclorito de sódio. 
b) Corte: As folhas são cortadas em fatias para salada. 
c) Higienização: Logo após o corte, o material processado pode passar 
por um processo de ozonização para ser esterilizado. 
d) Secagem: O produto é centrifugado para retirar o excesso de 
umidade. 
e) Embalagem: O produto final é colocado em embalagens de 
polietileno rígido, em bandejas de isopor com filme plástico ou em sacos 
plásticos transparentes com atmosfera modificada, já pronto para uso 
imediato. A alteração da atmosfera no interior da embalagem proporciona 
maior durabilidade nas prateleiras de supermercados e na geladeira do 
consumidor. É aplicada uma mistura de gases com concentração diferente 
da do ar (concentração elevada de CO2 e baixa concentração de O2). 
f) Armazenagem: O armazenamento em câmara fria se dá com 
temperatura em torno de 2ºC, antes da distribuição para redes de 
supermercados, hipermercados ou varejões. 
No caso da alface ser comercializada na forma de folhas destacadas, elas 
devem ser selecionadas por tamanho, para compor um produto uniforme. 
O escurecimento enzimático é o principal problema em alface 
minimamente processada, responsável pela redução da qualidade visual que 
determina o final de sua vida útil. 
Os ferimentos realizados durante as operações de corte ou fatiamento 
provocam injúria mecânica nos tecidos. Essas injúrias dão início a 
alterações fisiológicas e bioquímicas, tornando o produto minimamente 
processado mais suscetível à deterioração, diminuindo sua vida de 
prateleira.
8 
CENOURA 
A cenoura, ao invés de comercializada ao natural, pode ser 
vendida lavada, picada ou ralada e embalada, facilitando sua utilização em 
saladas, pratos, bolos e doces. 
Em condição natural, a cenoura pode ser conservada por até 15 
dias se mantida em geladeira, dentro de saco plástico próprio para 
alimentos. Quando as cenouras são guardadas descascadas, picadas ou 
raladas, sua durabilidade será menor, devendo obrigatoriamente ser 
conservadas em geladeira, dentro de embalagens de plástico. Para congelar, 
recomenda-se mergulhar as cenouras em água fervente por 5 minutos, se 
inteiras, ou por 2 minutos se picadas. Em seguida, são colocadas num 
recipiente com água e gelo para um completo resfriamento, devendo secá-las 
com papel absorvente e acondicioná-las em saco plástico, retirando todo 
o ar. A cenoura pode ser mantida no congelador por até 12 meses (Lana et 
al., 2005b). 
O Brasil produz anualmente 750 mil toneladas de raízes de 
cenoura e cerca de 10% da produção nacional são cenouras classificadas 
como 1A ou primeirinha, por serem mais finas, sendo comercializadas a 
preço inferior, ou até mesmo descartadas por ocasião da colheita. Com o 
objetivo de agregar valor às raízes pequenas, a Embrapa Hortaliças 
desenvolveu uma tecnologia de processamento mínimo que propicia a 
obtenção de minicenouras (Figura 6). 
Figura 1 - Cenoura minimamente processada – “cenourete” e “catetinho” (Silva et al., 2000). 
As minicenouras receberam os nomes “catetinho” e “cenourete” 
em função dos formatos que as raízes passam a ter após o processamento:
catetinho adquire o formato esférico, e a cenourete assemelha-se à "baby 
carrot" americana, produto de alta cotação comercial. 
Para a obtenção da cenourete, são utilizados pedaços de raiz com 
diâmetro inferior a 2,5 cm e comprimento de 6,0 cm. O restante da raiz, 
com dimensões fora deste padrão (diâmetro maior do que 2,5 cm), pode ser 
utilizado para processamento visando a produção da minicenoura catetinho, 
cubos, palitos ou cenoura ralada. 
O processamento das minicenouras é realizado numa torneadora 
(Figura 7), um equipamento desenvolvido pela Embrapa, a partir de um 
descascador comercial de batatas. Os pedaços de raízes pequenas são 
torneados, removendo a casca e as superfícies angulares, dando-lhes o 
formato arredondado. Os resíduos da cenoura retidos pelo filtro podem ser 
aproveitados como matéria prima para ração animal. 
Figura 2 - Torneadora múltipla, equipamento desenvolvido para processar 
9 
minicenouras, batata e beterraba (Silva et al., 2000). 
Após processadas, as minicenouras devem ser transferidas para 
água clorada (solução de hipoclorito de sódio com concentração de 100 mg 
de cloro ativo por litro de água) por 1,5 minutos e enxaguadas em água 
filtrada gelada. Posteriormente, se escorre o excesso de água das cenouras, 
acondicionando-as em sacos plásticos (Figura 8), preferencialmente sob 
vácuo parcial. O produto deve ser refrigerado em temperatura de 1 a 5ºC, 
não podendo ser congelado.
10 
Figura 3 - Cenoura embalada em sacos plásticos (Silva et al., 2000). 
Em cenoura minimamente processada, no formato cenourete, se 
constatou maior evolução na produção de CO2 ao ser armazenada a 5 e a 
10ºC, quando comparada com a raiz intacta (Moretti et al., 2003b). As 
minicenouras embaladas em filme de polietileno de baixa densidade 
(PEBD) tiveram esbranquiçamento mais acentuado do que aquelas 
embaladas em filme de nylon. Verificou-se também que independente do 
tipo de embalagem e da temperatura de armazenamento houve tendência de 
redução dos teores de β-caroteno das minicenouras. Segundo Moretti et al. 
(2003b), a redução destes pigmentos foi mais drástica no armazenamento a 
10ºC do que a 5ºC. 
Recomenda-se utilizar embalagens contendo de 150 ou 200g de 
produto, para que todo o seu conteúdo seja consumido no mesmo dia em 
que a embalagem for aberta. Quando a produção for destinada a 
restaurantes podem ser utilizadas embalagens maiores. 
Quanto ao período de validade do produto, vários testes 
realizados na Embrapa Hortaliças indicaram que é possível manter a 
qualidade das minicenouras por aproximadamente vinte dias.
11 
ABACAXI 
O processamento mínimo de abacaxi envolve várias etapas, 
desde a colheita até o seu armazenamento: 
a) Colheita e transporte: Os frutos de abacaxi devem ser colhidos ao 
atingirem o ponto de maturação “pintado”, pois neste estádio apresentam as 
melhores características para o consumo. Os frutos devem ser transportados 
para o local de processamento em no máximo 24 horas após a colheita. 
b) Recepção: Os frutos, por ocasião do recebimento devem ser 
novamente selecionados, para tornar o lote mais uniforme quanto ao grau 
de maturação e de danos mecânicos ou podridões. Em seguida, as coroas 
são cortadas, deixando-se um “talo” de aproximadamente 2,0 cm, para 
evitar a entrada de patógenos e minimizar o estresse. 
c) Lavagem: Os frutos selecionados são então lavados em água corrente 
utilizando detergente neutro comum, que tem como ingrediente ativo o 
alquil benzeno sulfonato de sódio. 
d) Enxágüe: Após a lavagem, os frutos são imersos por cinco minutos em 
água fria a 5ºC contendo 200 mg de cloro.L-1 (100 mL de água sanitária em 
10 L de água), para desinfecção e remoção do calor de campo (Toda Fruta, 
2003). 
e) Câmara fria: Em seguida os frutos devem ser mantidos em câmara fria 
a 10ºC, previamente lavada e higienizada com solução de cloro a 200 mg.L- 
1, por um período de 12 horas, para o abaixamento da temperatura. 
f) Processamento: Deve ser feito a 10ºC, com os utensílios (facas, 
baldes, escorredores, etc.) previamente higienizados. Os operadores devem 
usar luvas, aventais, gorros e máscaras, procurando proteger ao máximo o 
produto de prováveis contaminações. Os frutos podem ser submetidos a 
vários tipos de preparo, com destaque para os descascados e cortados em 
rodelas de 1,5 cm de espessura (Figura 25A) ou descascados e cortados em 
metades longitudinais (Figura 25B). 
g) Enxágüe com água clorada: Para eliminar o suco celular extravasado, 
os pedaços devem ser enxaguados com água clorada, a 20 mg de cloro.L-1. 
h) Escorrimento: Os pedaços devem ser escorridos por dois a três 
minutos, para se eliminar o excesso de umidade. 
i) Embalagem: Podem ser utilizadas embalagens de polietileno 
tereftalatado (PET), plásticas ou bandejas de isopor recobertas com filme 
de cloreto de polivinila (PVC) esticável.
j) Armazenamento: Os produtos devem ser armazenados em condições 
refrigeradas. Esta temperatura deve ser mantida durante o transporte e a 
comercialização. Indica-se temperaturas entre 3ºC e 6ºC (Toda Fruta, 
2003). 
12
13 
Conclusão 
Frutas minimamente processadas ocupam um importante segmento na 
indústria moderna. Esses produtos podem carrear perigos e proporcionar 
riscos à saúde pública, fazendo-se necessário assegurar toda sua cadeia de 
produção com as ferramentas disponíveis para segurança alimentar. O 
conhecimento prévio da ecologia microbiana desses produtos é um fator 
primordial. Para isto, é importante que todos os cientistas envolvidos neste 
desafio possam compartilhar as particularidades de cada cultura em toda 
sua cadeia. Sabe-se que o Brasil tem uma variedade enorme de frutas 
tropicais, temperadas e ainda as chamadas exóticas, que necessitam de 
programas integrados de segurança e qualidade e de estabelecimentos de 
padrões para consumo nos mercados interno e externo. Face a esta 
necessidade, é importante que todos os segmentos de interesse desse nicho 
de mercado estabeleçam uma corrente para a sensibilização da importância 
da segurança alimentar, seja no âmbito econômico, de desen- volvimento e, 
principalmente, de proteção à saúde do consumidor.

More Related Content

What's hot

Tecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisTecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisAlvaro Galdos
 
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAlvaro Galdos
 
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno.
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno. Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno.
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno. Karen Zanferrari
 
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
Cm   aula 3 - hortaliças em conservasCm   aula 3 - hortaliças em conservas
Cm aula 3 - hortaliças em conservasCamila Moresco
 
2 - A industria de alimentos- fases do processamento
2 - A industria de alimentos- fases do processamento2 - A industria de alimentos- fases do processamento
2 - A industria de alimentos- fases do processamentoprimaquim
 
Aula introdução unoesc
Aula introdução unoescAula introdução unoesc
Aula introdução unoescFabiana Soares
 
Aula cereais e derivados
Aula   cereais e derivadosAula   cereais e derivados
Aula cereais e derivadosCamila Moresco
 
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?E book: Como acontece uma contaminação cruzada?
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?Neoprospecta
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAlvaro Galdos
 
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2UERGS
 
Pescado, processo para consumo.
Pescado, processo para consumo.Pescado, processo para consumo.
Pescado, processo para consumo.Adriana Santos
 
Processamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasProcessamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasPatricia Poletto
 
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAlvaro Galdos
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Jaqueline Almeida
 

What's hot (20)

Tecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisTecnologia de cereais
Tecnologia de cereais
 
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimentoAula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
Aula 3 fatores intrínsecos e extrínsecos que controlam o desenvolvimento
 
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno.
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno. Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno.
Carnes - Bioqúimica das carnes: Frango, Gado, Suíno.
 
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
Cm   aula 3 - hortaliças em conservasCm   aula 3 - hortaliças em conservas
Cm aula 3 - hortaliças em conservas
 
2 - A industria de alimentos- fases do processamento
2 - A industria de alimentos- fases do processamento2 - A industria de alimentos- fases do processamento
2 - A industria de alimentos- fases do processamento
 
Aula introdução unoesc
Aula introdução unoescAula introdução unoesc
Aula introdução unoesc
 
5621293.ppt
5621293.ppt5621293.ppt
5621293.ppt
 
Aula cereais e derivados
Aula   cereais e derivadosAula   cereais e derivados
Aula cereais e derivados
 
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?E book: Como acontece uma contaminação cruzada?
E book: Como acontece uma contaminação cruzada?
 
Tecnica dietetica
Tecnica dieteticaTecnica dietetica
Tecnica dietetica
 
Aula 1 introdução tpoa
Aula 1   introdução tpoaAula 1   introdução tpoa
Aula 1 introdução tpoa
 
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentosAula 1 introdução à tecnologia de alimentos
Aula 1 introdução à tecnologia de alimentos
 
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2Definição, classificação, composição e conservação aula 2
Definição, classificação, composição e conservação aula 2
 
Pescado, processo para consumo.
Pescado, processo para consumo.Pescado, processo para consumo.
Pescado, processo para consumo.
 
H processamento mínimo
H  processamento mínimoH  processamento mínimo
H processamento mínimo
 
Processamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasProcessamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutas
 
Branqueamento
BranqueamentoBranqueamento
Branqueamento
 
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de solutoAula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
Aula 5 métodos de conservação de alimentos pela adição de soluto
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
 
Apostila de Conservação de Alimentos
Apostila de Conservação de AlimentosApostila de Conservação de Alimentos
Apostila de Conservação de Alimentos
 

Viewers also liked

Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentos
Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentosPreparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentos
Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentosLidiane Martins
 
Livro processamento minimo de frutas e hortaliças
Livro processamento minimo de frutas e hortaliçasLivro processamento minimo de frutas e hortaliças
Livro processamento minimo de frutas e hortaliçasMayara Coradini
 
Boas práticas de fabricação 2
Boas práticas de fabricação 2Boas práticas de fabricação 2
Boas práticas de fabricação 2Carima Atiyel
 
Caixa de gelo e caldeira
Caixa de gelo e caldeiraCaixa de gelo e caldeira
Caixa de gelo e caldeiraFabio Freitas
 
Desnate e elabora€ ¦ção de manteiga
Desnate e elabora€ ¦ção de manteigaDesnate e elabora€ ¦ção de manteiga
Desnate e elabora€ ¦ção de manteigaFabio Freitas
 
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.Henrique Dacheux
 
Higiene alimentar tiago
Higiene alimentar tiagoHigiene alimentar tiago
Higiene alimentar tiagoBruno Reimão
 
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoProcessamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoJeniffer Kelly Rodrigues
 
Aula 1 definição, classificação.
Aula 1  definição, classificação.Aula 1  definição, classificação.
Aula 1 definição, classificação.Nágela Magave
 

Viewers also liked (19)

Alimentos minimamente processados
Alimentos minimamente processadosAlimentos minimamente processados
Alimentos minimamente processados
 
Hortaliças minimamente processadas embrapa
Hortaliças minimamente processadas embrapaHortaliças minimamente processadas embrapa
Hortaliças minimamente processadas embrapa
 
MMP - Minimamente processados
MMP - Minimamente processadosMMP - Minimamente processados
MMP - Minimamente processados
 
Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentos
Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentosPreparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentos
Preparo de frutas e hortalicas minimamente processadas em bancos de alimentos
 
Livro processamento minimo de frutas e hortaliças
Livro processamento minimo de frutas e hortaliçasLivro processamento minimo de frutas e hortaliças
Livro processamento minimo de frutas e hortaliças
 
Frutasminimamenteprocessadas 2
Frutasminimamenteprocessadas 2Frutasminimamenteprocessadas 2
Frutasminimamenteprocessadas 2
 
Boas práticas de fabricação 2
Boas práticas de fabricação 2Boas práticas de fabricação 2
Boas práticas de fabricação 2
 
Caixa de gelo e caldeira
Caixa de gelo e caldeiraCaixa de gelo e caldeira
Caixa de gelo e caldeira
 
Análise sensorial de chocolate teste triangular simples
Análise sensorial de chocolate   teste triangular simplesAnálise sensorial de chocolate   teste triangular simples
Análise sensorial de chocolate teste triangular simples
 
Galvanização
GalvanizaçãoGalvanização
Galvanização
 
Noites na taverna
Noites na tavernaNoites na taverna
Noites na taverna
 
Desnate e elabora€ ¦ção de manteiga
Desnate e elabora€ ¦ção de manteigaDesnate e elabora€ ¦ção de manteiga
Desnate e elabora€ ¦ção de manteiga
 
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.
Estudo de caso da cadeia de suprimentos da empresa pescado carioca ltda.
 
Processamento e secagem do leite - Físico-química
Processamento e secagem do leite - Físico-químicaProcessamento e secagem do leite - Físico-química
Processamento e secagem do leite - Físico-química
 
Manteiga
ManteigaManteiga
Manteiga
 
Higiene alimentar tiago
Higiene alimentar tiagoHigiene alimentar tiago
Higiene alimentar tiago
 
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e RequeijãoProcessamento de Leite Condensado e Requeijão
Processamento de Leite Condensado e Requeijão
 
O leite e seus derivados
O leite e seus derivadosO leite e seus derivados
O leite e seus derivados
 
Aula 1 definição, classificação.
Aula 1  definição, classificação.Aula 1  definição, classificação.
Aula 1 definição, classificação.
 

Similar to Processamento mínimo de hortaliças e frutas

Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1
Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1
Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1Ray Everton de Almeida Freitas
 
Feira de ciências
Feira de ciênciasFeira de ciências
Feira de ciênciasSoxxZ
 
Alimentos Orgânicos porque consumir?
Alimentos Orgânicos porque consumir?Alimentos Orgânicos porque consumir?
Alimentos Orgânicos porque consumir?VALDECIR QUEIROZ
 
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃO
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃODOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃO
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃORural Pecuária
 
Relatório de Aula Prática PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇAS
Relatório de Aula Prática   PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇASRelatório de Aula Prática   PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇAS
Relatório de Aula Prática PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇASRailenne De Oliveira Celestino
 
Newsletter licinia de campos 34 armazenamento de alimentos crus
Newsletter licinia de campos 34   armazenamento de alimentos crusNewsletter licinia de campos 34   armazenamento de alimentos crus
Newsletter licinia de campos 34 armazenamento de alimentos crusMarcos Azevedo
 
Alimentos organicos guia
Alimentos organicos guiaAlimentos organicos guia
Alimentos organicos guiaticigomes2512
 
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor consciente
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor conscienteALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor consciente
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor conscienteDr. Benevenuto
 
Livro processamento minimo
Livro processamento minimoLivro processamento minimo
Livro processamento minimoAna Veiga
 
Livro processamento minimo
Livro processamento minimoLivro processamento minimo
Livro processamento minimosousaregiane
 
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentos
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentosPreparo de vegetais desidratados em bancos de alimentos
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentosLidiane Martins
 
Cartilha covid19 final
Cartilha covid19 finalCartilha covid19 final
Cartilha covid19 finalgisa_legal
 
Secador econômico popularização
Secador econômico popularizaçãoSecador econômico popularização
Secador econômico popularizaçãolouquimicos
 
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveis
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveisSecador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveis
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveislouquimicos
 

Similar to Processamento mínimo de hortaliças e frutas (20)

Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1
Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1
Frutasminimamenteprocessadas 000fdejd97n02wx5eo0a2ndxyb8wg7w1
 
Apostila de tecnologia de produtos de origem vegetal (conservas vegetais)
Apostila de tecnologia de produtos de origem vegetal (conservas vegetais)Apostila de tecnologia de produtos de origem vegetal (conservas vegetais)
Apostila de tecnologia de produtos de origem vegetal (conservas vegetais)
 
Feira de ciências
Feira de ciênciasFeira de ciências
Feira de ciências
 
Alimentos Orgânicos porque consumir?
Alimentos Orgânicos porque consumir?Alimentos Orgânicos porque consumir?
Alimentos Orgânicos porque consumir?
 
Artigo 9
Artigo 9Artigo 9
Artigo 9
 
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃO
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃODOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃO
DOENÇAS PÓS-COLHEITA: UM ENTRAVE NA COMERCIALIZAÇÃO
 
Relatório de Aula Prática PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇAS
Relatório de Aula Prática   PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇASRelatório de Aula Prática   PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇAS
Relatório de Aula Prática PROCESSAMENTO MÍNINO DE FRUTOS E HORTALIÇAS
 
Newsletter licinia de campos 34 armazenamento de alimentos crus
Newsletter licinia de campos 34   armazenamento de alimentos crusNewsletter licinia de campos 34   armazenamento de alimentos crus
Newsletter licinia de campos 34 armazenamento de alimentos crus
 
Alimentos organicos guia
Alimentos organicos guiaAlimentos organicos guia
Alimentos organicos guia
 
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor consciente
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor conscienteALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor consciente
ALIMENTOS ORGÂNICOS um guia para o consumidor consciente
 
Publi alimentos
Publi alimentos Publi alimentos
Publi alimentos
 
Industria de manufactura alimentar
Industria de manufactura alimentarIndustria de manufactura alimentar
Industria de manufactura alimentar
 
Aula 2.pptx
Aula 2.pptxAula 2.pptx
Aula 2.pptx
 
Livro processamento minimo
Livro processamento minimoLivro processamento minimo
Livro processamento minimo
 
Livro processamento minimo
Livro processamento minimoLivro processamento minimo
Livro processamento minimo
 
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentos
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentosPreparo de vegetais desidratados em bancos de alimentos
Preparo de vegetais desidratados em bancos de alimentos
 
Cartilha covid19 final
Cartilha covid19 finalCartilha covid19 final
Cartilha covid19 final
 
Licor de frutas
Licor de frutasLicor de frutas
Licor de frutas
 
Secador econômico popularização
Secador econômico popularizaçãoSecador econômico popularização
Secador econômico popularização
 
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveis
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveisSecador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveis
Secador econômico para desidratação de tomates utilizando materiais recicláveis
 

More from Tiago Faisca

Produção de Azeite
Produção de AzeiteProdução de Azeite
Produção de AzeiteTiago Faisca
 
Engenharia Genética
Engenharia Genética Engenharia Genética
Engenharia Genética Tiago Faisca
 
ONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasTiago Faisca
 
Abate de bovinos -
Abate de bovinos - Abate de bovinos -
Abate de bovinos - Tiago Faisca
 
Engenharia Genética - Biologia
Engenharia Genética - BiologiaEngenharia Genética - Biologia
Engenharia Genética - BiologiaTiago Faisca
 
Programação linear Matematica
Programação linear  MatematicaProgramação linear  Matematica
Programação linear MatematicaTiago Faisca
 
Padre António Vieira
Padre António VieiraPadre António Vieira
Padre António VieiraTiago Faisca
 
Higienização e haccp na indústria agro alimentar
Higienização e haccp na indústria agro alimentarHigienização e haccp na indústria agro alimentar
Higienização e haccp na indústria agro alimentarTiago Faisca
 
Almeida Garrett - Vida e Obra
Almeida Garrett - Vida e ObraAlmeida Garrett - Vida e Obra
Almeida Garrett - Vida e ObraTiago Faisca
 

More from Tiago Faisca (13)

Produção de Azeite
Produção de AzeiteProdução de Azeite
Produção de Azeite
 
Jose Saramago
Jose Saramago Jose Saramago
Jose Saramago
 
Engenharia Genética
Engenharia Genética Engenharia Genética
Engenharia Genética
 
ONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações Unidas
 
Abate de bovinos -
Abate de bovinos - Abate de bovinos -
Abate de bovinos -
 
Engenharia Genética - Biologia
Engenharia Genética - BiologiaEngenharia Genética - Biologia
Engenharia Genética - Biologia
 
Convento de Mafra
Convento de MafraConvento de Mafra
Convento de Mafra
 
Programação linear Matematica
Programação linear  MatematicaProgramação linear  Matematica
Programação linear Matematica
 
Probabilidades
Probabilidades   Probabilidades
Probabilidades
 
Padre António Vieira
Padre António VieiraPadre António Vieira
Padre António Vieira
 
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa  Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
 
Higienização e haccp na indústria agro alimentar
Higienização e haccp na indústria agro alimentarHigienização e haccp na indústria agro alimentar
Higienização e haccp na indústria agro alimentar
 
Almeida Garrett - Vida e Obra
Almeida Garrett - Vida e ObraAlmeida Garrett - Vida e Obra
Almeida Garrett - Vida e Obra
 

Recently uploaded

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇJaineCarolaineLima
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 

Recently uploaded (20)

Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
ATIVIDADE - CHARGE.pptxDFGHJKLÇ~ÇLJHUFTDRSEDFGJHKLÇ
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 

Processamento mínimo de hortaliças e frutas

  • 1. Tiago Jorge dos Santos Faísca Curso Técnico De Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar Processamento Geral de Alimentos Mod. HortoFruticolas Minimamente Processados 2012
  • 2. 1 Índice Introdução ...................................................................................................2 Processamento mínimo das frutas...............................................................3 Qualidade de frutas minimamente processadas..........................................6 Hortofrutícolas Minimamente Processadas: Alface............................................................................................................7 Cenoura........................................................................................................8 Abacaxi.......................................................................................................11 Conclusão...................................................................................................13
  • 3. 2 Introdução Nos últimos anos, os consumidores estão mais preocupados quanto à escolha dos alimentos. Como as frutas e hortaliças são fundamentais na dieta alimentar, o consumo desse tipo de alimento tem sido incrementado. Em supermercados, quitandas e sacolões é cada vez mais comum encontrar frutas e verduras já lavadas, higienizadas e embaladas, prontas para o consumo. Trata-se de produtos minimamente processados, que aliam conveniência e praticidade, conquistando a preferência do consumidor. O processamento mínimo consiste em submeter hortaliças e frutos a uma ou mais alterações físicas, como lavagem, descascamento, fatiamento e corte, e em alguns casos a tratamentos químicos, tornando-os prontos para o consumo ou preparo. Após serem processados, os produtos devem apresentar atributos de qualidade, mantendo o máximo de suas características nutritivas e sensoriais, como o frescor, aroma, cor e sabor. Segundo Oliveira et al. (2003), esta técnica visa basicamente estender a vida útil dos alimentos, o que depende de uma série de fatores, como escolha da matéria-prima, cuidados de higiene e preparo final. Mas, ao contrário da maioria das técnicas de processamento de alimentos, que estabilizam a vida de prateleira dos produtos, o processamento mínimo pode aumentar sua perecibilidade. Em condições de temperatura ambiente, os produtos minimamente processados deterioram-se mais rapidamente, tendo em vista que os processos metabólicos e danos microbiológicos são mais acelerados.
  • 4. 3 Processamento Mínimo das Frutas O consumo de frutas proporciona importantes benefícios à saúde, com implicações diretas na qualidade de vida. Os benefícios são amplamente divulgados e, frequentemente, as frutas são indicadas como excelentes aliadas da medicina preventiva e, até mesmo, curativa. Nesse sentido, a mídia se encarrega de estimular o consumo de frutas, sobretudo na forma in natura. As tendências de consumo estão mudando, e alimentos com qualidade e com atributos próximos aos produtos frescos são demandados. No entanto, a mudança no agronegócio está ligada à investigação do comportamento do consumidor e sua tendência futura, procurando-se entender as implica- ções que esses novos hábitos têm no negócio e, ainda, realizando-se as adequações necessárias. Assim, observa-se que, em Portugal, a população tem apresentado uma maior expectativa de vida, com alto nível de urbanização, crescente participação feminina no mercado de trabalho, aumento do número de pessoas que moram sozinhas e maior distância entre os locais de trabalho e as moradias. Todos esses fatores têm levado a um atendimento mais personalizado das necessidades do consumidor, com embalagens menores e produtos mais convenientes. Entretanto, os requerimentos do consumidor estão baseados em um alimento seguro, nutritivo, saudável, mais natural, fresco, com alta qualidade e mais conveniente. Para atender às expectativas do consumidor, os processadores trabalham com uma intensidade menor no processamento, redução de aditivos sintéticos, uso de sistemas de preservação mais natural, baixos níveis de açúcar, gorduras e sal e, ainda, a redução/eliminação de microrganismos deterioradores e patogênicos. Nesse sentido, surge o moderno conceito de minimamente processado. Os termos “fresh-cut” ou minimamente processado têm sido empregados para definir frutas e hortaliças “frescas”, comercializadas limpas e pré- preparadas, pré-cortadas e parcialmente processadas. O resultado de tais procedimentos são produtos convenientes e frescos, que podem ser preparados e consumidos em menos tempo. Frutas Minimamente Processadas são produtos que mantêm os seus atributos e qualidade similares ao produto fresco. Trata-se de um alimento fresco e com os tecidos das células ainda vivos, características necessárias para requerer o frescor dos alimentos. Os frutos e hortaliças minimamente processados foram introduzidos nos Estados Unidos há, aproximadamente, 30 anos e ganharam fatia considerá- vel no mercado. Na França, foram introduzidos em 1980, registrando-se aumento na produção de 400 toneladas, em 1985, para 35.000 toneladas em 1989. No Brasil, a utilização desses produtos é bastante recente. Foram introduzidos nos anos 90 por empresas atraídas pelas novas tendências de mercado, atingindo, principalmente, hotéis, restaurantes, lanchonetes e redes de supermercados. Os produtos minimamente processados têm sido desenvolvidos para atender ao mercado de conveniência de saladas, sopas e pizzas, bem como para vendas a varejo, principalmente em supermercados. Nos países desenvolvidos, cerca do 70% desses produtos são utilizados em cozinhas industriais, “fast-foods” e restaurantes, por serem práticos e apresenta- rem qualidade nutricional e sensorial elevada. As frutas minimamente processadas são demandadas, principalmente, por consumidores
  • 5. individuais, em razão da mudança de estilo de vida e das tendências associadas à saúde. Em geral, as frutas já apresentam uma sinalização positiva no mercado por apresentarem potencial de comercialização e aceitação por parte do consumidor. Nos Estados Unidos, os produtos minimamente processados são responsá- veis pelas maiores vendas nas lojas de conveniência nos últimos dez anos. A indústria de varejo e as lojas de conveniência venderam em torno de 10 bilhões de dólares e não existem sinais negativos para essas tendências. No Brasil, esse mercado vem se ampliando e pesquisas nessa área têm confirmado essa tendência. Pode-se citar a potencialidade das frutas prontas para o consumo, em produtos como mamão cortado em cubos, manga em fatias, morango limpo e sem pedúnculo, melancia em pedaços, melão em cubos ou cilindros, citros descascados ou em gomos e abacaxi, kiwi e goiaba em rodelas. 4 O fluxograma de Frutas Minimamente Processadas consiste nas seguintes etapas básicas:
  • 6. 5 Todas as operações de processamento mínimo de frutas devem ser realizadas sob higiene rigorosa e em ambiente climatizado, de preferência de 10 oC a 12 oC. Entretanto, cada fruta a ser trabalhada tem suas peculiaridades, fazendo-se necessário adequar o fluxograma para as caracte- rísticas de cada uma. Dentre as características que diferem as frutas destacam-se os aspectos fisiológicos, tamanho, forma e, principalmente, a expectativa do cliente ao consumi-la. Quando cortadas, as frutas apresentam mudanças fisiológicas associadas às injúrias mecânicas ou ferimento dos tecidos vegetais, reduzindo sua vida útil. Elas, geralmente, são muito mais perecíveis no processamento do que intactas, sendo sua conservação bastante crítica, porque são submetidas a severos estresses físicos advindos, principal-mente, do descascamento e corte. Em razão do estresse sofrido pelos tecidos e, conseqüentemente, pelas reações bioquímicas e alterações de origem microbiológica, as frutas minimamente processadas requerem procedimentos de qualidade e segurança em todo seu processamento.
  • 7. 6 Qualidade de Frutas Minimamente Processadas Qualidade de frutas minimamente processadas é uma combinação de atributos, que determinam seu valor para o consumidor. Parâmetros de qualidade incluem aparência, textura, ”flavour” e valor nutritivo. A aparência da fruta é um fator visual e inclui tamanho, forma, cor, brilho, ausência de defeitos e de sinais de deterioração. Os defeitos podem ser originados antes da colheita, resultantes de danos por insetos, doenças, pássaros e chuvas, injúrias químicas e manchas. Os defeitos pós -colheita podem ser morfológicos, físicos, fisiológicos e patológicos. Dentre esses defeitos, o escurecimento dos tecidos é um dos mais indesejáveis e depende da concentração dos compostos fenólicos e da atividade das polifenoloxidases. Em maçãs, o escurecimento aumenta o aroma adocicado e o “flavour” de caramelo. Frutas Minimamente Processadas: Aspectos de Qualidade e Segurança 15 Em minimamente processados, para evitar o escurecimento, tem sido recomendada a utilização de inibidores, como lactato de sódio e de cálcio; entretanto, eles podem conferir ao produto um leve sabor amargo.
  • 8. 7 ALFACE A alface é uma das poucas hortaliças consumidas exclusivamente in natura, sendo indispensável na composição das saladas dos brasileiros. Imediatamente após ser colhida, a alface deve ser levada para o local de processamento e se necessário armazenada em câmara fria a 10ºC e de 80 a 90% de umidade relativa (ESALQ, 2005). Em seguida, as folhas são selecionadas, retirando-se as folhas velhas, danificadas mecanicamente e/ou afetadas por patógenos. Após a seleção, a alface é submetida às seguintes etapas: a) Lavagem: É feita com água gelada e depois com solução de hipoclorito de sódio. b) Corte: As folhas são cortadas em fatias para salada. c) Higienização: Logo após o corte, o material processado pode passar por um processo de ozonização para ser esterilizado. d) Secagem: O produto é centrifugado para retirar o excesso de umidade. e) Embalagem: O produto final é colocado em embalagens de polietileno rígido, em bandejas de isopor com filme plástico ou em sacos plásticos transparentes com atmosfera modificada, já pronto para uso imediato. A alteração da atmosfera no interior da embalagem proporciona maior durabilidade nas prateleiras de supermercados e na geladeira do consumidor. É aplicada uma mistura de gases com concentração diferente da do ar (concentração elevada de CO2 e baixa concentração de O2). f) Armazenagem: O armazenamento em câmara fria se dá com temperatura em torno de 2ºC, antes da distribuição para redes de supermercados, hipermercados ou varejões. No caso da alface ser comercializada na forma de folhas destacadas, elas devem ser selecionadas por tamanho, para compor um produto uniforme. O escurecimento enzimático é o principal problema em alface minimamente processada, responsável pela redução da qualidade visual que determina o final de sua vida útil. Os ferimentos realizados durante as operações de corte ou fatiamento provocam injúria mecânica nos tecidos. Essas injúrias dão início a alterações fisiológicas e bioquímicas, tornando o produto minimamente processado mais suscetível à deterioração, diminuindo sua vida de prateleira.
  • 9. 8 CENOURA A cenoura, ao invés de comercializada ao natural, pode ser vendida lavada, picada ou ralada e embalada, facilitando sua utilização em saladas, pratos, bolos e doces. Em condição natural, a cenoura pode ser conservada por até 15 dias se mantida em geladeira, dentro de saco plástico próprio para alimentos. Quando as cenouras são guardadas descascadas, picadas ou raladas, sua durabilidade será menor, devendo obrigatoriamente ser conservadas em geladeira, dentro de embalagens de plástico. Para congelar, recomenda-se mergulhar as cenouras em água fervente por 5 minutos, se inteiras, ou por 2 minutos se picadas. Em seguida, são colocadas num recipiente com água e gelo para um completo resfriamento, devendo secá-las com papel absorvente e acondicioná-las em saco plástico, retirando todo o ar. A cenoura pode ser mantida no congelador por até 12 meses (Lana et al., 2005b). O Brasil produz anualmente 750 mil toneladas de raízes de cenoura e cerca de 10% da produção nacional são cenouras classificadas como 1A ou primeirinha, por serem mais finas, sendo comercializadas a preço inferior, ou até mesmo descartadas por ocasião da colheita. Com o objetivo de agregar valor às raízes pequenas, a Embrapa Hortaliças desenvolveu uma tecnologia de processamento mínimo que propicia a obtenção de minicenouras (Figura 6). Figura 1 - Cenoura minimamente processada – “cenourete” e “catetinho” (Silva et al., 2000). As minicenouras receberam os nomes “catetinho” e “cenourete” em função dos formatos que as raízes passam a ter após o processamento:
  • 10. catetinho adquire o formato esférico, e a cenourete assemelha-se à "baby carrot" americana, produto de alta cotação comercial. Para a obtenção da cenourete, são utilizados pedaços de raiz com diâmetro inferior a 2,5 cm e comprimento de 6,0 cm. O restante da raiz, com dimensões fora deste padrão (diâmetro maior do que 2,5 cm), pode ser utilizado para processamento visando a produção da minicenoura catetinho, cubos, palitos ou cenoura ralada. O processamento das minicenouras é realizado numa torneadora (Figura 7), um equipamento desenvolvido pela Embrapa, a partir de um descascador comercial de batatas. Os pedaços de raízes pequenas são torneados, removendo a casca e as superfícies angulares, dando-lhes o formato arredondado. Os resíduos da cenoura retidos pelo filtro podem ser aproveitados como matéria prima para ração animal. Figura 2 - Torneadora múltipla, equipamento desenvolvido para processar 9 minicenouras, batata e beterraba (Silva et al., 2000). Após processadas, as minicenouras devem ser transferidas para água clorada (solução de hipoclorito de sódio com concentração de 100 mg de cloro ativo por litro de água) por 1,5 minutos e enxaguadas em água filtrada gelada. Posteriormente, se escorre o excesso de água das cenouras, acondicionando-as em sacos plásticos (Figura 8), preferencialmente sob vácuo parcial. O produto deve ser refrigerado em temperatura de 1 a 5ºC, não podendo ser congelado.
  • 11. 10 Figura 3 - Cenoura embalada em sacos plásticos (Silva et al., 2000). Em cenoura minimamente processada, no formato cenourete, se constatou maior evolução na produção de CO2 ao ser armazenada a 5 e a 10ºC, quando comparada com a raiz intacta (Moretti et al., 2003b). As minicenouras embaladas em filme de polietileno de baixa densidade (PEBD) tiveram esbranquiçamento mais acentuado do que aquelas embaladas em filme de nylon. Verificou-se também que independente do tipo de embalagem e da temperatura de armazenamento houve tendência de redução dos teores de β-caroteno das minicenouras. Segundo Moretti et al. (2003b), a redução destes pigmentos foi mais drástica no armazenamento a 10ºC do que a 5ºC. Recomenda-se utilizar embalagens contendo de 150 ou 200g de produto, para que todo o seu conteúdo seja consumido no mesmo dia em que a embalagem for aberta. Quando a produção for destinada a restaurantes podem ser utilizadas embalagens maiores. Quanto ao período de validade do produto, vários testes realizados na Embrapa Hortaliças indicaram que é possível manter a qualidade das minicenouras por aproximadamente vinte dias.
  • 12. 11 ABACAXI O processamento mínimo de abacaxi envolve várias etapas, desde a colheita até o seu armazenamento: a) Colheita e transporte: Os frutos de abacaxi devem ser colhidos ao atingirem o ponto de maturação “pintado”, pois neste estádio apresentam as melhores características para o consumo. Os frutos devem ser transportados para o local de processamento em no máximo 24 horas após a colheita. b) Recepção: Os frutos, por ocasião do recebimento devem ser novamente selecionados, para tornar o lote mais uniforme quanto ao grau de maturação e de danos mecânicos ou podridões. Em seguida, as coroas são cortadas, deixando-se um “talo” de aproximadamente 2,0 cm, para evitar a entrada de patógenos e minimizar o estresse. c) Lavagem: Os frutos selecionados são então lavados em água corrente utilizando detergente neutro comum, que tem como ingrediente ativo o alquil benzeno sulfonato de sódio. d) Enxágüe: Após a lavagem, os frutos são imersos por cinco minutos em água fria a 5ºC contendo 200 mg de cloro.L-1 (100 mL de água sanitária em 10 L de água), para desinfecção e remoção do calor de campo (Toda Fruta, 2003). e) Câmara fria: Em seguida os frutos devem ser mantidos em câmara fria a 10ºC, previamente lavada e higienizada com solução de cloro a 200 mg.L- 1, por um período de 12 horas, para o abaixamento da temperatura. f) Processamento: Deve ser feito a 10ºC, com os utensílios (facas, baldes, escorredores, etc.) previamente higienizados. Os operadores devem usar luvas, aventais, gorros e máscaras, procurando proteger ao máximo o produto de prováveis contaminações. Os frutos podem ser submetidos a vários tipos de preparo, com destaque para os descascados e cortados em rodelas de 1,5 cm de espessura (Figura 25A) ou descascados e cortados em metades longitudinais (Figura 25B). g) Enxágüe com água clorada: Para eliminar o suco celular extravasado, os pedaços devem ser enxaguados com água clorada, a 20 mg de cloro.L-1. h) Escorrimento: Os pedaços devem ser escorridos por dois a três minutos, para se eliminar o excesso de umidade. i) Embalagem: Podem ser utilizadas embalagens de polietileno tereftalatado (PET), plásticas ou bandejas de isopor recobertas com filme de cloreto de polivinila (PVC) esticável.
  • 13. j) Armazenamento: Os produtos devem ser armazenados em condições refrigeradas. Esta temperatura deve ser mantida durante o transporte e a comercialização. Indica-se temperaturas entre 3ºC e 6ºC (Toda Fruta, 2003). 12
  • 14. 13 Conclusão Frutas minimamente processadas ocupam um importante segmento na indústria moderna. Esses produtos podem carrear perigos e proporcionar riscos à saúde pública, fazendo-se necessário assegurar toda sua cadeia de produção com as ferramentas disponíveis para segurança alimentar. O conhecimento prévio da ecologia microbiana desses produtos é um fator primordial. Para isto, é importante que todos os cientistas envolvidos neste desafio possam compartilhar as particularidades de cada cultura em toda sua cadeia. Sabe-se que o Brasil tem uma variedade enorme de frutas tropicais, temperadas e ainda as chamadas exóticas, que necessitam de programas integrados de segurança e qualidade e de estabelecimentos de padrões para consumo nos mercados interno e externo. Face a esta necessidade, é importante que todos os segmentos de interesse desse nicho de mercado estabeleçam uma corrente para a sensibilização da importância da segurança alimentar, seja no âmbito econômico, de desen- volvimento e, principalmente, de proteção à saúde do consumidor.