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Gênero, ciência e tecnologia
Vitor Vieira Vasconcelos
Ciência, Tecnologia e Sociedade
Universidade Federal do ABC
Novembro, 2021
Conteúdo
• Conceitos de gênero
• Linhas de pesquisa em Gênero, Ciência e
Tecnologia
• Discriminação de mulheres e LGBT+ na
produção de ciência e tecnologia
• Perspectivas feministas de Ciência e Tecnologia
Perguntas
1. Poderiam os estudos sobre a vida e o trabalho femininos revelar aspectos de
gênero presentes no conteúdo e nos métodos adotados pelas ciências?
2. Diferenças localizadas no cérebro ou provocadas por hormônios limitariam a
aptidão feminina para atividades científicas e tecnológicas?
3. Características culturais especificamente femininas poderiam favorecer o
exercício da atividade científica e tecnológica?
4. Seria necessário preparar e educar as meninas para facilitar seu acesso as
atividades científicas e tecnológicas?
5. A entrada massiva de mulheres e de indivíduos LGBT+ na ciência contribuiria
para a superação de “vieses androcêntricos” contidos na prática científica e
tecnólógica?
6. Existiria um estilo feminino (ou feminista) de fazer ciência e tecnologia?
7. Até que ponto as mulheres e gêneros LGBT+ desenvolvem e seguem
abordagens não padronizadas, ou são inovadoras na metodologia que utilizam?
8. Seria possível falar em “ciência feminista”, ou uma ciência “LGBT+”?
9. É possível utilizar, com fins emancipatórios, ciências e tecnologias que estão
imersas nos projetos ocidentais, burgueses, brancos e masculinos?
CITELI, Maria Teresa. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca, Cornell University Press, 1986
Conceitos
https://www.multirio.rj.gov.br/media/ceds/index.php?pag=apresentacao
Conceitos
https://aminoapps.com/c/ciencias-geografia-hist/page/blog/sexualidade-e-genero/VB74_ZWS7uMqB1x0lPrnZWdRpaMJkzM1Bk
Combinações de sexo biológico,
identidade de gênero e orientação sexual
https://www.dentsu.co.jp/en/news/sp/release/2019/0110-009756.html
Sexo
biológico
Identidade
de gênero
Orientação
sexual
Lésbica:
Bissexual:
Gay:
Transgênero: Heterossexual:
Linhas de pesquisa
• Mulher e ciência
 participação, a contribuição e o status das mulheres nas
profissões e carreiras científicas e tecnológicas
 Invisibilidade ou ocultamento da autoria das contribuições
científicas e tecnológicas vindas de mulheres
 Biografias de mulheres exitosas na ciência, para estimular novas
pesquisadoras
 Nível salarial e formação profissional por gênero
 Estudo as barreiras ou incentivos da participação das mulheres
na ciência
 Fatores socioeducacionais
 Cuidados da casa e da família
 Ações afirmativas para aumentar a participação das mulheres
TERESA CITELI, Maria. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu,
Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
Linhas de pesquisa
• Gênero e ciência
 abusos da Biologia, das Ciências Sociais e
suas tecnologias para discursos sexistas,
racistas, classistas e homofóbicos
 dúvidas quanto a ciências puras, ou seja,
tendenciosidade de gênero na seleção de
problemas e modos de pesquisa
 bases epistemológicas femininas
alternativas sobre o que é “ciência”
TERESA CITELI, Maria. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu,
Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
3 posicionamentos em relação a
gênero e tecnologia
• Ecofeminismo
 Homens usam tecnologia para dominar a natureza e as mulheres
 Mulheres em relação mais harmônica com a natureza
• Feminismo liberal
 A tecnologia é neutra, o que muda é a forma em que homens e
mulheres estão posicionados em relação ao seu uso.
 Potencial das mulheres na ciência e tecnologia foi distorcido por
esterotipificação de gênero.
• Feminismo de perspectiva histórica
 História da cultura explica a exclusão das mulheres na tecnologia
GILL, Rosalind and GRINT, Keith. The Gender-Technology Relation: Contemporary Theory and
Research. IN: GILL, R. and GRINT, K. (orgs.). The Gender-Technology Relation: Contemporary
Theory and Research. London: Taylor & Francis Ltd., 1995, pp. 1-28.
Feminismo marxista
• Tecnologia é usada para manter relações de poder entre grupos
 Alterar a natureza
 Violentar o outro
 Convencer o outro
• Marxismo
Burgueses Proletários
• Marxismo feminista
Burgueses homens Proletários
Mulheres
• Marxismo LGBQT+
Burgueses homens Proletários
cisgênero heterossexuais Outros gêneros
COCKBURN, Cynthia. Technology, production and power. IN: KIRKUP, G. and KELLER, S. L. Inventing Women: science,
technology and gender. Cambridge, Oxford: Polity Press, Basil Blackwell and The Open University, 1992, pp. 196-211.
MILLAR, Melanie S. Cracking the gender code: who rules the wired world? Toronto: Second Story Press, 1998.
WAJCMAN, Judy. Feminism confronts technology. The Pennsylvania State University Press, 1991.
Estereótipo de cientista
Homem, não jovem, que utiliza óculos e avental branco e que,
embora heterossexual e casado, não se mostra preocupado com
atividades familiares e domésticas, tendo tempo para dedicar-se
plenamente a um conhecimento que será útil para o
desenvolvimento humano e social
FREITAS, Lucas Bueno de; LUZ, Nanci Stancki da. Gênero, Ciência e Tecnologia: estado da arte a
partir de periódicos de gênero. cadernos pagu, 2017.
Entrada “discriminada” das
mulheres no ensino superior
• Cursos de “Economia doméstica”
• Homens estudam Medicina e mulheres estudam
Enfermagem
• Posições de direção (Reitorias, Diretorias)
predominantemente ocupadas por homens
LOPES, Maria Margaret. Sobre convenções em torno de argumentos de autoridade.
Cadernos Pagu, p. 35-61, 2006.
• Jovens do sexo feminino teriam pior desempenho
em matemático do que jovens do sexo masculino
• Explicação biológica: diferenças genéticas refletindo
em hormônios e funcionamento do cérebro
• Explicação sociológica: construção de histórica de
estereótipos sociais de gênero
• Métodos de pesquisa biológica sobre diferenças em
sexos biológicos não estavam incorporando
contexto social de gênero
Barreiras para entrada de mulheres
em carreiras científicas e tecnológicas
FAUSTO-STERLING, Anne. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu. 17,18, 2001-2.
Barreiras para entrada de mulheres
em carreiras científicas e tecnológicas
Barreiras para entrada de mulheres
em carreiras científicas e tecnológicas
• Percepção, durante a adolescência, que área tecnológica
é um assunto de garotos, e não de garotas
• Crença de que a carreira em ciência e tecnologia não é
compatível com demandas de formação de família.
• Estudantes colegiais mulheres procuram profissões que
consideram socialmente mais relevantes, enquanto
estudantes colegiais homens procuram profissões que
remuneram melhor, e isso afeta sua distribuição desigual
em carreiras científicas.
WEISGRAM, Erica S.; DIEKMAN, Amanda B. Making STEM “family friendly”: The impact of perceiving science careers as
family-compatible. Social Sciences, v. 6, n. 2, p. 61, 2017.
BLANCHARD KYTE, Sarah; RIEGLE-CRUMB, Catherine. Perceptions of the social relevance of science: exploring the
implications for gendered patterns in expectations of majoring in STEM fields. Social Sciences, v. 6, n. 1, p. 19, 2017.
O paradoxo
da igualdade
de gênero e
participação
em ciência e
tecnologia
STOET, Gijsbert; GEARY, David
C. The gender-equality
paradox in science,
technology, engineering, and
mathematics education.
Psychological science, v. 29,
n. 4, p. 581-593, 2018.
Igualdade
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O paradoxo
da igualdade
de gênero e
participação
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tecnologia
STOET, Gijsbert; GEARY, David
C. The gender-equality
paradox in science,
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Psychological science, v. 29,
n. 4, p. 581-593, 2018.
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O paradoxo
da igualdade
de gênero e
participação
em ciência e
tecnologia
STOET, Gijsbert; GEARY,
David C. The gender-
equality paradox in
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engineering, and
mathematics education.
Psychological science, v.
29, n. 4, p. 581-593, 2018. Igualdade de gênero global
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Dificuldades de ascensão na
carreira de cientistas mulheres
• Dificuldade de competir em indicadores de
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• Sobrecarga de funções administrativas menos
prestigiadas
FREITAS, Lucas Bueno de; LUZ, Nanci Stancki da. Gênero, Ciência e Tecnologia: estado da arte a partir de
periódicos de gênero. cadernos pagu, 2017.
MOSCHKOVICH, Marília; ALMEIDA, Ana Maria F. Desigualdades de gênero na carreira acadêmica no Brasil.
Dados, v. 58, p. 749-789, 2015.
Dificuldades de ascensão na
carreira de cientistas mulheres
PATROCINO, Laís Barbosa et al. Mulheres na ciência. Caderno Espaço Feminino, v. 33, n. 1, p. 418-441, 2020.
Conceção de bolsas de produtividade do CNPq
Dificuldades de ascensão na
carreira de cientistas mulheres
PATROCINO, Laís Barbosa et al. Mulheres na ciência. Caderno Espaço Feminino, v. 33, n. 1, p. 418-441, 2020.
Participação por gênero na Academia Brasileira de Ciências
Pandemia e Gênero na atividade científica
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CÂNDIDO, Marcia R., Campos, Luiz A. Pandemia reduz submissões de artigos acadêmicos assinados por
mulheres. Dados. 2020.
SQUAZZONI, Flaminio et al. Gender gap in journal submissions and peer review during the first wave of
the COVID-19 pandemic. A study on 2329 Elsevier journals. PloS one, v. 16, n. 10, p. e0257919, 2021.
Design tecnológico e dimensões de gênero
Ciência e tecnologia para quem?
• Carros grandes e rápidos para os “homens poderosos”
CABRAL, Carla Giovana. Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado.
Cadernos Pagu, p. 63-97, 2006.
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• Eletrodomésticos para a “mulher independente”
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Transexualidade, Ciência e
Tecnologia
• Biologia e medicina encarando a homossexualidade e a
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• Tratamentos para curar desvios sexuais
• Biomedicina para reinventar os corpos
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 Tratamentos hormonais para alteração da identidade sexual
o Supressão de características do sexo biológico original
o Adquirir características do sexo biológico oposto
 Liberdade ou pressão social sobre a imagem do corpo?
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Editora Garamond, 2006.
UNGER, Cécile A. Hormone therapy for transgender patients. Translational andrology and urology, v. 5, n. 6, p. 877, 2016.
SOUZA, Érica Renata de. Corpos transmasculinos, hormônios e técnicas: reflexões sobre materialidades possíveis. Cadernos
Pagu, 2021.
Abuso e discriminação sexual em
ambientes acadêmicos
• Mulheres são mais vítimas que homens
• Minorias sexuais são mais vítimas que heterossexuais
• Abusadores usualmente são homens que estão em
posição hierárquica superior na instituição
HANGO, Darcy. Harassment and discrimination among faculty and researchers in Canada's
postsecondary institutions. Insights on Canadian Society. n. 75-006-X, 2021.
RICHEY, Christina R. et al. Gender and sexual minorities in astronomy and planetary science
face increased risks of harassment and assault. The Bulletin of the American Astronomical
Society, 2019.
Objetivo da Ciência Feminista
Produzir e disseminar saberes que não sejam
apenas sobre ou por mulheres, mas
também de relevância para as mulheres e
suas (nossas) lutas
OAKLEY, Ann. “Science, Gender, and Women’s Liberation: an argument
against postmodernism. Women’s Studies International Forum, New York,
Vol. 21, No. 2, 1998, pp.:133-146.
Ciência e Tecnologia Feminista
• História da construção social da ciência e tecnologia
privilegiou valores que mantêm o poder do que foi
socialmente construído como masculino
 Dominação da natureza e de outras pessoas
 Objetividade
 Universalidade
 Impessoalidade
• Exclusão de características do que foi socialmente
construído como feminino
 Intuição
 Sentimento
 Relação
 Detalhes particulares
 Bem estar e necessidades básicas
KELLER, Evelyn Fox. A feeling for the organism: the life and the work or Barbara McClintock. New York,
W.H. Freeman, 1983;
PACEY. Arnold. La cultura de la tecnología. México, Fondo de Cultura Económica, 1990.
Desconfortos gerados no debate
entre feminismo e ciência
1. a suposição de que feministas advogam a
plausibilidade de se propor uma ciência
feminista, pois não reconheceriam a validade
das ciências justamente por terem sido
produzidas por homens
2. a crença de que os estudos feministas, de
maneira geral, são hostis em relação à ciência
TERESA CITELI, M. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu,
Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
Critica à Ciência Feminista
• Dualidade de formas de fazer ciência
(masculina/feminina) diminuiria a credibilidade de um
ciência universal
• Cientistas mulheres usualmente rejeitam a ideia de uma
ciência feminista
 Defender essa posição diminuiria sua credibilidade frente aos
cientistas masculinos, que são maioria e ditam as regras da
ciência.
 Independente da forma de fazer ciência, ainda é
necessária a prova empírica
KELLER, Evelyn Fox. A feeling for the organism: the life and the work or Barbara McClintock. New York,
W.H. Freeman, 1983;
Manifesto Cyborg
• Quebra de três dualidades
identitárias ao longo da
história:
 Animal x Humano ->
Origem das espécies (Darwin)
 Humano x Máquina ->
revolução industrial
 Material x Imaterial ->
tecnologia online
• Cyborg: identidade
socialmente construída, sem
dualidades pré-definidas,
inclusive
masculino x feminino
Haraway, Donna Jeanne (1985). "A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth
Century". Socialist Review.
Interseccionalidade em
Ciência e Tecnologia
Gênero
Grupo
étnico-racial
Classe socio-
econômica
• Relações de poder e discriminação
dentro de grupos de Gênero,
Étnico-Raciais ou Classes
socioeconômicas
• Subgrupos duplamente ou
triplamente discriminados
• Dificuldades de classificação de
individualidades híbridas
FOTOPOULOU, Aristea. Intersectionality queer
studies and hybridity: Methodological frameworks
for social research. Journal of International
Women's Studies, v. 13, n. 2, p. 19-32, 2012.
MORAIS, Fernando Luís et al. De queer a quare:
uma aposta interseccional entre gênero, raça,
etnia e classe. ITINERÁRIOS–Revista de Literatura,
2019.
Reflexões finais
• Movimento feminista colaborou para uma maior
participação das mulheres a partir da década de 1970 até
hoje, mas:
 Ainda não há uma situação de igualdade de gênero
 Distribuição de interesses e carreiras segue diferenciações
socialmente construídas entre interesses mais masculinos ou
mais feminos
• Participação feminina auxiliaria a equilibrar priorização
de objetos e estratégias de pesquisa
• Extensão mais recente do debate de discriminação
gênero na ciência e tecnologia ao público LGBT+
Perguntas
1. Poderiam os estudos sobre a vida e o trabalho femininos revelar aspectos de
gênero presentes no conteúdo e nos métodos adotados pelas ciências?
2. Diferenças localizadas no cérebro ou provocadas por hormônios limitariam a
aptidão feminina para atividades científicas e tecnológicas?
3. Características culturais especificamente femininas poderiam favorecer o
exercício da atividade científica e tecnológica?
4. Seria necessário preparar e educar as meninas para facilitar seu acesso as
atividades científicas e tecnológicas?
5. A entrada massiva de mulheres e de indivíduos LGBT+ na ciência contribuiria
para a superação de “vieses androcêntricos” contidos na prática científica e
tecnólógica?
6. Existiria um estilo feminino (ou feminista) de fazer ciência e tecnologia?
7. Até que ponto as mulheres e gêneros LGBT+ desenvolvem e seguem
abordagens não padronizadas, ou são inovadoras na metodologia que utilizam?
8. Seria possível falar em “ciência feminista”, ou uma ciência “LGBT+”?
9. É possível utilizar, com fins emancipatórios, ciências e tecnologias que estão
imersas nos projetos ocidentais, burgueses, brancos e masculinos?
CITELI, M. T. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca, Cornell University Press, 1986
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Vitor Vieira Vasconcelos
vitor.v.v@gmail.com

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Gênero, Ciência e Tecnologia

  • 1. Gênero, ciência e tecnologia Vitor Vieira Vasconcelos Ciência, Tecnologia e Sociedade Universidade Federal do ABC Novembro, 2021
  • 2. Conteúdo • Conceitos de gênero • Linhas de pesquisa em Gênero, Ciência e Tecnologia • Discriminação de mulheres e LGBT+ na produção de ciência e tecnologia • Perspectivas feministas de Ciência e Tecnologia
  • 3. Perguntas 1. Poderiam os estudos sobre a vida e o trabalho femininos revelar aspectos de gênero presentes no conteúdo e nos métodos adotados pelas ciências? 2. Diferenças localizadas no cérebro ou provocadas por hormônios limitariam a aptidão feminina para atividades científicas e tecnológicas? 3. Características culturais especificamente femininas poderiam favorecer o exercício da atividade científica e tecnológica? 4. Seria necessário preparar e educar as meninas para facilitar seu acesso as atividades científicas e tecnológicas? 5. A entrada massiva de mulheres e de indivíduos LGBT+ na ciência contribuiria para a superação de “vieses androcêntricos” contidos na prática científica e tecnólógica? 6. Existiria um estilo feminino (ou feminista) de fazer ciência e tecnologia? 7. Até que ponto as mulheres e gêneros LGBT+ desenvolvem e seguem abordagens não padronizadas, ou são inovadoras na metodologia que utilizam? 8. Seria possível falar em “ciência feminista”, ou uma ciência “LGBT+”? 9. É possível utilizar, com fins emancipatórios, ciências e tecnologias que estão imersas nos projetos ocidentais, burgueses, brancos e masculinos? CITELI, Maria Teresa. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000 HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca, Cornell University Press, 1986
  • 6. Combinações de sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual https://www.dentsu.co.jp/en/news/sp/release/2019/0110-009756.html Sexo biológico Identidade de gênero Orientação sexual Lésbica: Bissexual: Gay: Transgênero: Heterossexual:
  • 7. Linhas de pesquisa • Mulher e ciência  participação, a contribuição e o status das mulheres nas profissões e carreiras científicas e tecnológicas  Invisibilidade ou ocultamento da autoria das contribuições científicas e tecnológicas vindas de mulheres  Biografias de mulheres exitosas na ciência, para estimular novas pesquisadoras  Nível salarial e formação profissional por gênero  Estudo as barreiras ou incentivos da participação das mulheres na ciência  Fatores socioeducacionais  Cuidados da casa e da família  Ações afirmativas para aumentar a participação das mulheres TERESA CITELI, Maria. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
  • 8. Linhas de pesquisa • Gênero e ciência  abusos da Biologia, das Ciências Sociais e suas tecnologias para discursos sexistas, racistas, classistas e homofóbicos  dúvidas quanto a ciências puras, ou seja, tendenciosidade de gênero na seleção de problemas e modos de pesquisa  bases epistemológicas femininas alternativas sobre o que é “ciência” TERESA CITELI, Maria. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
  • 9. 3 posicionamentos em relação a gênero e tecnologia • Ecofeminismo  Homens usam tecnologia para dominar a natureza e as mulheres  Mulheres em relação mais harmônica com a natureza • Feminismo liberal  A tecnologia é neutra, o que muda é a forma em que homens e mulheres estão posicionados em relação ao seu uso.  Potencial das mulheres na ciência e tecnologia foi distorcido por esterotipificação de gênero. • Feminismo de perspectiva histórica  História da cultura explica a exclusão das mulheres na tecnologia GILL, Rosalind and GRINT, Keith. The Gender-Technology Relation: Contemporary Theory and Research. IN: GILL, R. and GRINT, K. (orgs.). The Gender-Technology Relation: Contemporary Theory and Research. London: Taylor & Francis Ltd., 1995, pp. 1-28.
  • 10. Feminismo marxista • Tecnologia é usada para manter relações de poder entre grupos  Alterar a natureza  Violentar o outro  Convencer o outro • Marxismo Burgueses Proletários • Marxismo feminista Burgueses homens Proletários Mulheres • Marxismo LGBQT+ Burgueses homens Proletários cisgênero heterossexuais Outros gêneros COCKBURN, Cynthia. Technology, production and power. IN: KIRKUP, G. and KELLER, S. L. Inventing Women: science, technology and gender. Cambridge, Oxford: Polity Press, Basil Blackwell and The Open University, 1992, pp. 196-211. MILLAR, Melanie S. Cracking the gender code: who rules the wired world? Toronto: Second Story Press, 1998. WAJCMAN, Judy. Feminism confronts technology. The Pennsylvania State University Press, 1991.
  • 11. Estereótipo de cientista Homem, não jovem, que utiliza óculos e avental branco e que, embora heterossexual e casado, não se mostra preocupado com atividades familiares e domésticas, tendo tempo para dedicar-se plenamente a um conhecimento que será útil para o desenvolvimento humano e social FREITAS, Lucas Bueno de; LUZ, Nanci Stancki da. Gênero, Ciência e Tecnologia: estado da arte a partir de periódicos de gênero. cadernos pagu, 2017.
  • 12. Entrada “discriminada” das mulheres no ensino superior • Cursos de “Economia doméstica” • Homens estudam Medicina e mulheres estudam Enfermagem • Posições de direção (Reitorias, Diretorias) predominantemente ocupadas por homens LOPES, Maria Margaret. Sobre convenções em torno de argumentos de autoridade. Cadernos Pagu, p. 35-61, 2006.
  • 13. • Jovens do sexo feminino teriam pior desempenho em matemático do que jovens do sexo masculino • Explicação biológica: diferenças genéticas refletindo em hormônios e funcionamento do cérebro • Explicação sociológica: construção de histórica de estereótipos sociais de gênero • Métodos de pesquisa biológica sobre diferenças em sexos biológicos não estavam incorporando contexto social de gênero Barreiras para entrada de mulheres em carreiras científicas e tecnológicas FAUSTO-STERLING, Anne. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu. 17,18, 2001-2.
  • 14. Barreiras para entrada de mulheres em carreiras científicas e tecnológicas
  • 15. Barreiras para entrada de mulheres em carreiras científicas e tecnológicas • Percepção, durante a adolescência, que área tecnológica é um assunto de garotos, e não de garotas • Crença de que a carreira em ciência e tecnologia não é compatível com demandas de formação de família. • Estudantes colegiais mulheres procuram profissões que consideram socialmente mais relevantes, enquanto estudantes colegiais homens procuram profissões que remuneram melhor, e isso afeta sua distribuição desigual em carreiras científicas. WEISGRAM, Erica S.; DIEKMAN, Amanda B. Making STEM “family friendly”: The impact of perceiving science careers as family-compatible. Social Sciences, v. 6, n. 2, p. 61, 2017. BLANCHARD KYTE, Sarah; RIEGLE-CRUMB, Catherine. Perceptions of the social relevance of science: exploring the implications for gendered patterns in expectations of majoring in STEM fields. Social Sciences, v. 6, n. 1, p. 19, 2017.
  • 16. O paradoxo da igualdade de gênero e participação em ciência e tecnologia STOET, Gijsbert; GEARY, David C. The gender-equality paradox in science, technology, engineering, and mathematics education. Psychological science, v. 29, n. 4, p. 581-593, 2018. Igualdade de gênero global Desigualdade de gênero em desempenho em ciências
  • 17. O paradoxo da igualdade de gênero e participação em ciência e tecnologia STOET, Gijsbert; GEARY, David C. The gender-equality paradox in science, technology, engineering, and mathematics education. Psychological science, v. 29, n. 4, p. 581-593, 2018. Igualdade de gênero global % de Mulheres graduadas em Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática
  • 18. O paradoxo da igualdade de gênero e participação em ciência e tecnologia STOET, Gijsbert; GEARY, David C. The gender- equality paradox in science, technology, engineering, and mathematics education. Psychological science, v. 29, n. 4, p. 581-593, 2018. Igualdade de gênero global Desigualdade de gênero em interesse em ciências Maior em garotos Maior em garotas
  • 19. Dificuldades de ascensão na carreira de cientistas mulheres • Dificuldade de competir em indicadores de produtividade após nascimento dos filhos • Dificuldade de acessar conhecimentos em posse de homens • Dificuldade de serem aceitas em posições de liderança • Sobrecarga de funções administrativas menos prestigiadas FREITAS, Lucas Bueno de; LUZ, Nanci Stancki da. Gênero, Ciência e Tecnologia: estado da arte a partir de periódicos de gênero. cadernos pagu, 2017. MOSCHKOVICH, Marília; ALMEIDA, Ana Maria F. Desigualdades de gênero na carreira acadêmica no Brasil. Dados, v. 58, p. 749-789, 2015.
  • 20. Dificuldades de ascensão na carreira de cientistas mulheres PATROCINO, Laís Barbosa et al. Mulheres na ciência. Caderno Espaço Feminino, v. 33, n. 1, p. 418-441, 2020. Conceção de bolsas de produtividade do CNPq
  • 21. Dificuldades de ascensão na carreira de cientistas mulheres PATROCINO, Laís Barbosa et al. Mulheres na ciência. Caderno Espaço Feminino, v. 33, n. 1, p. 418-441, 2020. Participação por gênero na Academia Brasileira de Ciências
  • 22. Pandemia e Gênero na atividade científica O isolamento social (com os filhos em casa) afetou mais a produtividade das mulheres cientistas do que dos homens cientistas. Porcentagem de artigos submetidos por mulheres como primeiras autoras à Revista Dados CÂNDIDO, Marcia R., Campos, Luiz A. Pandemia reduz submissões de artigos acadêmicos assinados por mulheres. Dados. 2020. SQUAZZONI, Flaminio et al. Gender gap in journal submissions and peer review during the first wave of the COVID-19 pandemic. A study on 2329 Elsevier journals. PloS one, v. 16, n. 10, p. e0257919, 2021.
  • 23. Design tecnológico e dimensões de gênero Ciência e tecnologia para quem? • Carros grandes e rápidos para os “homens poderosos” CABRAL, Carla Giovana. Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, p. 63-97, 2006.
  • 24. Design tecnológico e dimensões de gênero Ciência e tecnologia para quem? • Eletrodomésticos para a “mulher independente” CABRAL, Carla Giovana. Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, p. 63-97, 2006.
  • 25. Design tecnológico e dimensões de gênero Ciência e tecnologia para quem? • Eletrodomésticos para a “mulher independente” CABRAL, Carla Giovana. Pelas telas, pela janela: o conhecimento dialogicamente situado. Cadernos Pagu, p. 63-97, 2006.
  • 26. Transexualidade, Ciência e Tecnologia • Biologia e medicina encarando a homossexualidade e a transexualidade como um desvio (ou doença) das funções biológicas “corretas” • Tratamentos para curar desvios sexuais • Biomedicina para reinventar os corpos  Cirurgias para mudar a expressão sexual do corpo  Tratamentos hormonais para alteração da identidade sexual o Supressão de características do sexo biológico original o Adquirir características do sexo biológico oposto  Liberdade ou pressão social sobre a imagem do corpo? BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual. Editora Garamond, 2006. UNGER, Cécile A. Hormone therapy for transgender patients. Translational andrology and urology, v. 5, n. 6, p. 877, 2016. SOUZA, Érica Renata de. Corpos transmasculinos, hormônios e técnicas: reflexões sobre materialidades possíveis. Cadernos Pagu, 2021.
  • 27. Abuso e discriminação sexual em ambientes acadêmicos • Mulheres são mais vítimas que homens • Minorias sexuais são mais vítimas que heterossexuais • Abusadores usualmente são homens que estão em posição hierárquica superior na instituição HANGO, Darcy. Harassment and discrimination among faculty and researchers in Canada's postsecondary institutions. Insights on Canadian Society. n. 75-006-X, 2021. RICHEY, Christina R. et al. Gender and sexual minorities in astronomy and planetary science face increased risks of harassment and assault. The Bulletin of the American Astronomical Society, 2019.
  • 28. Objetivo da Ciência Feminista Produzir e disseminar saberes que não sejam apenas sobre ou por mulheres, mas também de relevância para as mulheres e suas (nossas) lutas OAKLEY, Ann. “Science, Gender, and Women’s Liberation: an argument against postmodernism. Women’s Studies International Forum, New York, Vol. 21, No. 2, 1998, pp.:133-146.
  • 29. Ciência e Tecnologia Feminista • História da construção social da ciência e tecnologia privilegiou valores que mantêm o poder do que foi socialmente construído como masculino  Dominação da natureza e de outras pessoas  Objetividade  Universalidade  Impessoalidade • Exclusão de características do que foi socialmente construído como feminino  Intuição  Sentimento  Relação  Detalhes particulares  Bem estar e necessidades básicas KELLER, Evelyn Fox. A feeling for the organism: the life and the work or Barbara McClintock. New York, W.H. Freeman, 1983; PACEY. Arnold. La cultura de la tecnología. México, Fondo de Cultura Económica, 1990.
  • 30. Desconfortos gerados no debate entre feminismo e ciência 1. a suposição de que feministas advogam a plausibilidade de se propor uma ciência feminista, pois não reconheceriam a validade das ciências justamente por terem sido produzidas por homens 2. a crença de que os estudos feministas, de maneira geral, são hostis em relação à ciência TERESA CITELI, M. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000
  • 31. Critica à Ciência Feminista • Dualidade de formas de fazer ciência (masculina/feminina) diminuiria a credibilidade de um ciência universal • Cientistas mulheres usualmente rejeitam a ideia de uma ciência feminista  Defender essa posição diminuiria sua credibilidade frente aos cientistas masculinos, que são maioria e ditam as regras da ciência.  Independente da forma de fazer ciência, ainda é necessária a prova empírica KELLER, Evelyn Fox. A feeling for the organism: the life and the work or Barbara McClintock. New York, W.H. Freeman, 1983;
  • 32. Manifesto Cyborg • Quebra de três dualidades identitárias ao longo da história:  Animal x Humano -> Origem das espécies (Darwin)  Humano x Máquina -> revolução industrial  Material x Imaterial -> tecnologia online • Cyborg: identidade socialmente construída, sem dualidades pré-definidas, inclusive masculino x feminino Haraway, Donna Jeanne (1985). "A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century". Socialist Review.
  • 33. Interseccionalidade em Ciência e Tecnologia Gênero Grupo étnico-racial Classe socio- econômica • Relações de poder e discriminação dentro de grupos de Gênero, Étnico-Raciais ou Classes socioeconômicas • Subgrupos duplamente ou triplamente discriminados • Dificuldades de classificação de individualidades híbridas FOTOPOULOU, Aristea. Intersectionality queer studies and hybridity: Methodological frameworks for social research. Journal of International Women's Studies, v. 13, n. 2, p. 19-32, 2012. MORAIS, Fernando Luís et al. De queer a quare: uma aposta interseccional entre gênero, raça, etnia e classe. ITINERÁRIOS–Revista de Literatura, 2019.
  • 34. Reflexões finais • Movimento feminista colaborou para uma maior participação das mulheres a partir da década de 1970 até hoje, mas:  Ainda não há uma situação de igualdade de gênero  Distribuição de interesses e carreiras segue diferenciações socialmente construídas entre interesses mais masculinos ou mais feminos • Participação feminina auxiliaria a equilibrar priorização de objetos e estratégias de pesquisa • Extensão mais recente do debate de discriminação gênero na ciência e tecnologia ao público LGBT+
  • 35. Perguntas 1. Poderiam os estudos sobre a vida e o trabalho femininos revelar aspectos de gênero presentes no conteúdo e nos métodos adotados pelas ciências? 2. Diferenças localizadas no cérebro ou provocadas por hormônios limitariam a aptidão feminina para atividades científicas e tecnológicas? 3. Características culturais especificamente femininas poderiam favorecer o exercício da atividade científica e tecnológica? 4. Seria necessário preparar e educar as meninas para facilitar seu acesso as atividades científicas e tecnológicas? 5. A entrada massiva de mulheres e de indivíduos LGBT+ na ciência contribuiria para a superação de “vieses androcêntricos” contidos na prática científica e tecnólógica? 6. Existiria um estilo feminino (ou feminista) de fazer ciência e tecnologia? 7. Até que ponto as mulheres e gêneros LGBT+ desenvolvem e seguem abordagens não padronizadas, ou são inovadoras na metodologia que utilizam? 8. Seria possível falar em “ciência feminista”, ou uma ciência “LGBT+”? 9. É possível utilizar, com fins emancipatórios, ciências e tecnologias que estão imersas nos projetos ocidentais, burgueses, brancos e masculinos? CITELI, M. T. Mulheres nas ciências: mapeando campos de estudo. Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 15, p. 39–75, 2000 HARDING, Sandra. The science question in feminism. Ithaca, Cornell University Press, 1986