2. Estruturas e funções da pele
A pele é o órgão que reveste o corpo e assegura em parte as relações entre o
meio interior e exterior.
Constitui a fachada (exterioridade corporal, aspecto ou aparência) que
estabelece o perfil característico do HOMEM e o diferencia como ser único
na Natureza.
A sua qualidade plástica e modo expressivo são determinantes na
caracterização racial, sexual e individual.
Elabora produtos para utilização local e à distância, e colabora em grandes
funções da fisiologia geral.
A derme representa uma camada com espessura variável de tecido conjuntivo
denso, e a epiderme é formada por um epitélio de revestimento, estratificado,
pavimentoso e ceratinizado.
Derme e epiderme funcionam de modo harmónico e colaborante, influenciando-
se reciprocamente.
A derme possui capacidade «indutora» e «efectora»; a epiderme representa
em grande parte uma «diferenciação funcional» do órgão em relação com a sua
situação limite no corpo.
3. Estruturas e funções da pele
A derme é o componente mais estável da pele, enquanto a epiderme, cujas
células germinativas mantêm a capacidade embrionária de multiplicação, está
em renovação permanente.
As FUNÇÕES gerais da PELE – 2 grandes grupos:
1 Aparência – consideram-se as funções referentes à vida de relacção
do indivíduo.
2 Protecção – consideram-se as respeitantes à protecção orgânica,
em sentido da defesa contra as agressões exteriores.
A zona de junção dermo-epidérmica, verdadeira área de charneira,
fundamental na manutenção da adesividade e das inter-relacções dermo-
epidérmicas.
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10. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO
Plasticidade
A pele é simultaneamente resistente e flexível.
Resiste à rotura.
As forças de tracção exercidas sobre a pele transmitem-se, de um tecido ao
outro (epiderme – derme), através do cito-esqueleto e tonofilamentos dos
ceratinócitos e respectivas estruturas de ligação intercelular para a rede de
proteínas fibrosas da derme.
1. Nesta perspectiva, desempenha papel fundamental a zona de junção dermo-
epidérmica, a qual se define como o conjunto de estruturas que, possuindo
individualidade morfológica, asseguram a união entre a derme e epiderme.
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14. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO
Plasticidade
2. Outras estruturas que jogam papel importante, são as estruturas fibrosas
da derme:
fibras de colagénio
fibras do sistema elástico
Na derme humana cerca de 70% da sua massa é formada por colagénio e
outras glicoproteínas, fibras do sistema elástico e proteoglicanos.
As fibras elásticas formam uma rede em redor das fibras de colagénio.
15. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO
Plasticidade
3. A matriz extracelular – glicoproteínas estruturais (fibronectina, laminina e
a vitronectina) e os glicosaminoglicanos (ác. hialurónico e sulfato de
dermatano); substâncias fundamentais na regulação exógena de importantes
funções celulares – contacto e adesão inter-celular, migração, divisão mitótica
e diferenciação. São responsáveis pelo elevado conteúdo aquoso da derme:
papel fundamental na resistência à compressão, plasticidade e
turgescência do órgão.
Regulam a passagem de moléculas hidrossolúveis entre as células e os
vasos.
Condicionam, por fenómenos de equilíbrio iónico, o metabolismo local
de minerais.
Contribuem, ainda, para a formação, estabilidade molecular e controlo
do diâmetro das fibrilhas de colagénio.
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20. Estruturas e funções da pele
PERMEABILIDADE SELECTIVA
É a capacidade em dificultar ou mesmo impedir a passagem de radiações
electromagnéticas, de substâncias inertes (fluidas, sólidas) e de
microorganismos.
1. radiações electromagnéticas: as proteínas em geral e os pigmentos da pele
em particular – as melaninas - absorção até 280 nm de comprimento de
onda. Cromoproteínas complexas sintetizadas nos melanócitos.
A regulação da melanogénese resulta da acção combinada da determinação
genética, das estimulações hormonais ( grupoI – ACTH e α-MSH; grupo II
– β-LPH ,૪-LPH e β-MSH) e da radiação luminosa.
Unidade epidermo-melânica - conjunto de 1 melanócito e dos ceratinócitos
circundantes: 1:36 independentemente da raça, do tipo de pele ou da
localização considerada.
As proteínas da camada córnea – a ceratina tem certa acção foto-protectora,
por dispersão e absorção dos raios ultra-violetas.
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24. Estruturas e funções da pele
PERMEABILIDADE SELECTIVA
É a capacidade em dificultar ou mesmo impedir a passagem de radiações
electromagnéticas, de substâncias inertes (fluidas, sólidas) e de
microorganismos.
2. substâncias inertes (fluidas, sólidas) e de microorganismos.
Depende de determinadas características teciduais do epitélio e, em especial,
do fenómeno de diferencição celular denominados ceratinização.
Fenómenos citológicos de inicio abrupto e mto evidentes, sob o ponto de vista
morfológico e bioquimico, nas celulas malpighianas superiores, nas
granulosas e nas córneas. Consistem em:
- Sintese de 1 proteína – filagrina;
- Formação no aparelho de Golgi de lisossomas multilamelados –
ceratinossomas; contêm enzimas hidroliticas, polissacáridos e lipidos;
- Extrusão do conteudo destes organitos na superficie das celulas;
- Lise dos nucleos e restantes organitos celulares, constituindo-se as celulas
corneas como “produto” final.
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26. Estruturas e funções da pele
PERMEABILIDADE SELECTIVA
É a capacidade em dificultar ou mesmo impedir a passagem de radiações
electromagnéticas, de substâncias inertes (fluidas, sólidas) e de
microorganismos.
2. substâncias inertes (fluidas, sólidas) e de microorganismos.
A função do material elaborado pelos ceratinossomas, rico em lipidos, parece
relacionar-se com mecanismo de permeabilidade selectiva epidérmica.
As celulas ceratinizadas descamam permanentemente,
Papel do filme lipido superficial
As caracteristicas citologicas e o arranjo arquitectural das celulas corneas -
2a linha de defesa contra a penetração transepidémica.
Há evidencia de que variadas substancias podem penetrar: atraves das celulas
ou entre elas. + facil pela via transfolicular.
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29. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO DA SUPERFICIE CUTÂNEA
Foliculos pilosebáceos
No homem, os pêlos desempenham funções de âmbito mais limitado do que
noutros mamíferos.
É inegável a importância do cabelo como adorno individual, no complexo
mecanismo de atracção sexual;
É importante a função dos supracílios e pestanas na protecção das aberturas
oculares;
Provavelmente menos relevante nos pêlos nasais e auriculares;
É nula a importância do revestimento piloso no mecanismo termoregulatório.
A associação constante das glândulas sebáceas com os pêlos: a função
protectora do sebo cutâneo, excretado através do orifício folicular,
reveste-se de importancia na lubrificação da superficie tegumentar.
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32. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO DA SUPERFICIE CUTÂNEA
Foliculos pilosebáceos
Na pele humana existem cerca de 5 000 000 de folículos pilosebáceos, dos
quais cerca de 1 000 000 se localizam na cabeça e, provavelmente, mais de
100 000 no couro cabeludo.
Ciclo pilar
Anagénese – período de actividade da matriz, à qual corresponde o
crescimento piloso;
Catagénese - interrupção da multiplicação celular e consequente paragem do
desenvolvimento do pêlo;
Telogénese – fase de repouso, na qual se verifica reabsorção da matriz com
isolamento das estruturas componentes da papila dérmica do pêlo; no
adulto normal cerca de 13% de folículos capilares se encontram em
telogénese.
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34. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO DA SUPERFICIE CUTÂNEA
Foliculos pilosebáceos
A glândula sebácea – sebo (trigliceridos -60%, ceras -25% e esqualeno -15%);
Lubrifica a haste dos pêlos
Na superficie cutânea mistura-se com os produtos de secreção das gl
sudoriparas e constitui camada oleosa fina – filme lipidico superficial:
- Confere toque macio do tegumento;
- Contribui para evitar a dessecação da superficie;
- Interfere no mecanismo de penetração transepidermica;
- Suporte nutritivo favoravel à manutenção de germens simbiontes
cutâneos – Pytirosporum ovale, Staphylococos spp e Propionibacterium
acnes;
- Dificulta o desenvolvimento de outros germens potencialmente
patogénicos.
35. Estruturas e funções da pele
PROTECÇÃO DA SUPERFICIE CUTÂNEA
Unhas
Protegem as extermidades dos dedos, área cutânea de eleveda sensibilidade –
dor acentuada;
Actuam como agentes auxiliares na apreensão de objectos, na realização de
inúmeros actos delicados, onde intervêm como alavanca ou chave de fendas
de pequenas dimensões.
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37. Estruturas e funções da pele
RENOVAÇÃO E REPARAÇÃO
INFORMAÇÃO SENSORIAL
A pele recolhe informações que transmite ao organismo acerca das
caracteristicas e das variações do meio exterior.
A área cutanea inervada pelo nervo radicular respectivo denomina-se
dermátomo.
INFORMAÇÃO IMUNITÁRIA
O eixo da função imunitária cutânea reside na celula de Langerhans.
Constituem cerca de 3 a 4 % das celulas epidermicas. Pertencem ao
sistema de celulas monocitarias e fagocitarias. Sintetizam antigénios de
histocompatibilidade HLA – classe II, ligados à superficie celular. Possui
ainda receptores da membrana para a porção Fc das moleculas de
imunoglobulinas G e para o 3° componente do complemento. Exprimem
antigénios de diferenciação T6 e T4, especificos dos leucocitos timo
dependentes.