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Estrutura
Atômica e
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Daniel Eiras
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12 de Março de 2020
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Modelo do pudim de ameixa de Thomson
Descobriu o elétron com o seu experimento de raios
catódicos
Determinou que os elétrons se propagam em linha reta.
Mediu uma carga de -1,76 x 10-8C/g.
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Modelo do pudim de ameixa de Thomson
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Experimento de Rutherford
Utilizou radiação contra uma folha de ouro.
Determinou que parte da radiação era desviada.
E uma pequena parte era refletida.
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Experimento de Rutherford
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Modelo de Rutherford - Teoria Nuclear
A maior parte da massa toda carga positiva ficam contidas
no núcleo.
A maior parte do volume do átomo é espaço vazio, onde
ficam dispersos os elétrons.
O átomo é eletricamente neutro.
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Modelo de Rutherford - Teoria Nuclear
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Modelo Atômico de Bohr
Determinou que os elétrons se movimentam ao redor do
núcleo em órbitas circulares.
Essas órbitas existem à distâncias fixas em relação ao
núcleo.
A energia de cada órbita também é fixa quantizada.
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Modelo Atômico de Bohr
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Modelo Quântico-Ondulatório
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Orbitais
Cada camada ou nı́vel de energia define um orbital.
Estes orbitais são conhecidos como s, p, d e f.
A forma de cada orbital é diferente.
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Ligações atômicas nos sólidos
Forças e Energias de Ligação.
Considerando a força existente entre dois átomos que se
aproximam.
A grandes distâncias as interações são desprezı́veis.
Em distâncias pequenas cada átomo exerce força sobre o
outro.
Essas forças podem ser de atração (FA) ou repulsivas (FR)
A magnitude de cada uma depende da distância de
separação.
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Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais
Forças e Energias de Ligação.
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Ligações atômicas nos sólidos
Forças e Energias de Ligação.
As forças atrativas dependem do tipo de ligação entre os
dois átomos.
As forças repulsivas resultam de interações entre as nuvens
eletrônicas.
As forças repulsivas são relevantes apenas para pequenas
distâncias interatômicas.
A energia de ligação é dada por Eo e está representada na
figura como o ponto de mı́nimo.
A energia de ligação é a energia necessária para separar os
dois átomos até uma distância de separação mı́nima.
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Ligações atômicas nos sólidos
Forças e Energias de Ligação.
Materiais são compostos por conjuntos de átomos que
interagem entre si.
Para cada ligação pode ser associada uma energia de
interação.
Energias de ligação maiores resultam em maior
temperatura de fusão.
À temperatura ambiente, maiores energias de ligação
favorecem a formação de sólidos.
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Ligações atômicas nos sólidos
Ligações primárias.
3 tipos de ligações primárias são encontradas nos sólidos:
metálica, iônica e covalentes.
Cada tipo de ligação envolve os elétrons de valência.
E a natureza de cada ligação depende das estruturas
eletrônicas dos átomos constituintes.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica.
Ocorre em compostos formados pela combinação de
elementos metálicos e não metálicos.
Os átomos dos elementos metálicos perdem elétrons para
os átomos dos elementos não metálicos.
Neste processo, todos os átomos adquirem configurações
estáveis ou de gás nobre.
Um exemplo clássico dessa ligação é o cloreto de sódio
(NaCl).
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica.
Lei de Coulomb.
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ı́ons, e é a carga de um elétron (1,602 x 10-19 C).
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica.
A ligação iônica é não direcional.
Isto significa que a magnitude da ligação é igual em todas
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Para que um material iônico seja estável, todos os ı́ons
positivos devem ter como vizinhos mais próximos ı́ons
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente.
É encontrada em materiais cujos átomos têm pequena
diferença de eletronegatividade.
Neste caso, a configuração eletrônica estável é obtida pelo
compartilhamento de elétrons.
Os elétrons compartilhados são considerados pertencentes
aos dois átomos.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente.
Na formação de uma ligação covalente, ocorre a
sobreposição de orbitais
Além disso, a ligação covalente é direcional.
Isto significa que ela ocorre entre átomos especı́ficos e
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente.
A força da ligação varia bastante dependendo do
composto.
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Ligação covalente.
Os elétrons estão fortemente ligados aos átomos da
ligação, a maioria dos materiais covalentes é composta por
mateirais isolantes elétricos e semicondutores.
As propriedades mecânicas de materiais covalentes não
podem ser previstas apenas em função das caracterı́sticas
da ligação.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente: hibridização.
A hibridização envolve a combinação de dois ou mais
orbitais atômicos.
O resultado a hibridização é uma maior sobreposição de
orbitais durante a ligação.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação covalente: hibridização.
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Ligação covalente: hibridização.
A ligação de orbitais hı́bridos é direcional.
No caso do carbono, cada um dos quatro orbitais está
direcionado simetricamente do átomo de carbono para o
vértice de um tetraedro.
O ângulo entre cada conjunto de ligações adjacentes é de
109,5oC.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligação metálica.
É encontrada em metais e suas ligas.
Os elétrons de valência não estão ligados a nenhum átomo
em particular no sólido e estão livres para se movimentar
ao longo do metal.
Os elétrons restantes formam núcleos iônicos juntamente
com os núcleos, que possuem uma carga positiva com
magnitude equivalente à carga total dos elétrons de
valência por átomo.
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Ligação metálica.
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Ligação metálica.
Metais são bons condutores de eletricidade e calor.
Além disso, à temperatura ambiente a maioria dos metais
e suas ligas são dúcteis.
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Ligações secundárias ou de van der Waals.
São ligações fracas quando comparadas às ligações
primárias.
A energia de ligação varia entre 4 3 30 kJ/mol.
As ligações secundárias estão presentes em todos os
átomos e moléculas.
A força de ligações secundárias surge de dipolos atômicos
ou moleculares
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Ligações secundárias ou de van der Waals.
Ligações de dipolo induzido flutuantes.
Pode ser formado ou induzido em um átomo ou molécula,
que ,em geral, é eletricamente simétrico.
A liquefação e a solidificação dos gases inertes e de
algumas moléculas eletricamente simétricas são
consequências dessa ligação.
As temperaturas de fusão e de ebulição de compostos em
que os dipolos induzidos flutuantes predominam são muito
baixas.
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Ligações atômicas nos sólidos.
Ligações secundárias ou de van der Waals.
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Ligações secundárias ou de van der Waals.
Ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos.
As moléculas polares apresentam um arranjo assimétrico
de regiões carregadas positivamente e negativamente.
Essas moléculas podem induzir dipolos em moléculas
apolares adjacentes..
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  • 2. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo do pudim de ameixa de Thomson Descobriu o elétron com o seu experimento de raios catódicos Determinou que os elétrons se propagam em linha reta. Mediu uma carga de -1,76 x 10-8C/g.
  • 3. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo do pudim de ameixa de Thomson
  • 4. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Experimento de Rutherford Utilizou radiação contra uma folha de ouro. Determinou que parte da radiação era desviada. E uma pequena parte era refletida.
  • 5. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Experimento de Rutherford
  • 6. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo de Rutherford - Teoria Nuclear A maior parte da massa toda carga positiva ficam contidas no núcleo. A maior parte do volume do átomo é espaço vazio, onde ficam dispersos os elétrons. O átomo é eletricamente neutro.
  • 7. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo de Rutherford - Teoria Nuclear
  • 8. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo Atômico de Bohr Determinou que os elétrons se movimentam ao redor do núcleo em órbitas circulares. Essas órbitas existem à distâncias fixas em relação ao núcleo. A energia de cada órbita também é fixa quantizada.
  • 9. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo Atômico de Bohr
  • 10. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Modelo Quântico-Ondulatório
  • 11. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Orbitais Cada camada ou nı́vel de energia define um orbital. Estes orbitais são conhecidos como s, p, d e f. A forma de cada orbital é diferente.
  • 12. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Orbitais
  • 13. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos Forças e Energias de Ligação. Considerando a força existente entre dois átomos que se aproximam. A grandes distâncias as interações são desprezı́veis. Em distâncias pequenas cada átomo exerce força sobre o outro. Essas forças podem ser de atração (FA) ou repulsivas (FR) A magnitude de cada uma depende da distância de separação.
  • 14. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Estrutura Atômica: Conceitos Fundamentais Forças e Energias de Ligação.
  • 15. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos Forças e Energias de Ligação. As forças atrativas dependem do tipo de ligação entre os dois átomos. As forças repulsivas resultam de interações entre as nuvens eletrônicas. As forças repulsivas são relevantes apenas para pequenas distâncias interatômicas. A energia de ligação é dada por Eo e está representada na figura como o ponto de mı́nimo. A energia de ligação é a energia necessária para separar os dois átomos até uma distância de separação mı́nima.
  • 16. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos Forças e Energias de Ligação. Materiais são compostos por conjuntos de átomos que interagem entre si. Para cada ligação pode ser associada uma energia de interação. Energias de ligação maiores resultam em maior temperatura de fusão. À temperatura ambiente, maiores energias de ligação favorecem a formação de sólidos.
  • 17. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos Ligações primárias. 3 tipos de ligações primárias são encontradas nos sólidos: metálica, iônica e covalentes. Cada tipo de ligação envolve os elétrons de valência. E a natureza de cada ligação depende das estruturas eletrônicas dos átomos constituintes.
  • 18. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica. Ocorre em compostos formados pela combinação de elementos metálicos e não metálicos. Os átomos dos elementos metálicos perdem elétrons para os átomos dos elementos não metálicos. Neste processo, todos os átomos adquirem configurações estáveis ou de gás nobre. Um exemplo clássico dessa ligação é o cloreto de sódio (NaCl).
  • 19. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica.
  • 20. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica. Lei de Coulomb. Ea = − A r (1) A = 1 4πεo (|Z1|e)(|Z2|e) (2) εo representa a permissividade do vácuo (8,85 x 10-12 F/m). |Z1| e |Z2| são os valores absolutos das valências dos dois ı́ons, e é a carga de um elétron (1,602 x 10-19 C).
  • 21. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações interatômicas primárias: Ligação iônica. A ligação iônica é não direcional. Isto significa que a magnitude da ligação é igual em todas as direções ao redor do ı́on. Para que um material iônico seja estável, todos os ı́ons positivos devem ter como vizinhos mais próximos ı́ons negativos. A ligação iônica é caracterı́stica de materiais cerâmicos.
  • 22. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente. É encontrada em materiais cujos átomos têm pequena diferença de eletronegatividade. Neste caso, a configuração eletrônica estável é obtida pelo compartilhamento de elétrons. Os elétrons compartilhados são considerados pertencentes aos dois átomos.
  • 23. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente.
  • 24. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente. Na formação de uma ligação covalente, ocorre a sobreposição de orbitais Além disso, a ligação covalente é direcional. Isto significa que ela ocorre entre átomos especı́ficos e pode existir apenas na direção entre um átomo e outro. Exemplos: Cl2, F2, CH4, polı́meros.
  • 25. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente. A força da ligação varia bastante dependendo do composto. Para o diamante ela é muito forte (Tfusão = 3350oC). Para o bismuto ela é mais fraca (Tfusão = 270oC).
  • 26. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente. Os elétrons estão fortemente ligados aos átomos da ligação, a maioria dos materiais covalentes é composta por mateirais isolantes elétricos e semicondutores. As propriedades mecânicas de materiais covalentes não podem ser previstas apenas em função das caracterı́sticas da ligação.
  • 27. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente: hibridização. A hibridização envolve a combinação de dois ou mais orbitais atômicos. O resultado a hibridização é uma maior sobreposição de orbitais durante a ligação.
  • 28. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente: hibridização.
  • 29. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação covalente: hibridização. A ligação de orbitais hı́bridos é direcional. No caso do carbono, cada um dos quatro orbitais está direcionado simetricamente do átomo de carbono para o vértice de um tetraedro. O ângulo entre cada conjunto de ligações adjacentes é de 109,5oC.
  • 30. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação metálica. É encontrada em metais e suas ligas. Os elétrons de valência não estão ligados a nenhum átomo em particular no sólido e estão livres para se movimentar ao longo do metal. Os elétrons restantes formam núcleos iônicos juntamente com os núcleos, que possuem uma carga positiva com magnitude equivalente à carga total dos elétrons de valência por átomo.
  • 31. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação metálica.
  • 32. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligação metálica. Metais são bons condutores de eletricidade e calor. Além disso, à temperatura ambiente a maioria dos metais e suas ligas são dúcteis.
  • 33. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações secundárias ou de van der Waals. São ligações fracas quando comparadas às ligações primárias. A energia de ligação varia entre 4 3 30 kJ/mol. As ligações secundárias estão presentes em todos os átomos e moléculas. A força de ligações secundárias surge de dipolos atômicos ou moleculares
  • 34. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações secundárias ou de van der Waals. Ligações de dipolo induzido flutuantes. Pode ser formado ou induzido em um átomo ou molécula, que ,em geral, é eletricamente simétrico. A liquefação e a solidificação dos gases inertes e de algumas moléculas eletricamente simétricas são consequências dessa ligação. As temperaturas de fusão e de ebulição de compostos em que os dipolos induzidos flutuantes predominam são muito baixas.
  • 35. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações secundárias ou de van der Waals.
  • 36. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações secundárias ou de van der Waals. Ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos. As moléculas polares apresentam um arranjo assimétrico de regiões carregadas positivamente e negativamente. Essas moléculas podem induzir dipolos em moléculas apolares adjacentes..
  • 37. Engenharia e Ciência dos Materiais - Aula 2: Estrutura Atômica e Ligações Quı́micas Prof. Dr. Daniel Eiras Ligações atômicas nos sólidos. Ligações entre moléculas polares e dipolos induzidos.