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DOENÇA GRAVE
Dr. Darci Lopes da Silva
I. Passei a noite com sintomas de muita insônia e palpitação. Era terrível a sensação!
II. Clareando o dia, me preparei para ir ao médico me consultar.
Em lá chegando, me deparei com a primeira dúvida a decifrar:
III. Qual o esculápio a me socorrer? As especialidades são variadas e é difícil para escolher.
Pelos meus sintomas, eu decidi: Vou ao clínico, para ele dizer qual o rumo pra eu seguir.
IV. O doutor clínico, muito solícito, no fim da tarde me atendeu.
Examinou-me pela frente e verso e, muito explicito, depois de um tempo, me respondeu:
V. Seu caso é raro. Muito diverso! Em minha rotina, caso igual não vi.
Talvez um neuro, talvez um cárdio neste universo, ou o psiquiatra elucide este caso aqui.
VI. Reunida, a junta médica ficou enrascada. Não achavam nada.
Então, eu mesmo decidi: Por conta e risco, vou ao pediatra, esse que trata doenças de guri.
VII. Mas ele também ficou perdido com os sintomas referidos.
Que fazer, então, com tal pepino, presenteado pelo destino?
VIII. A junta médica, muito sisuda, estava muda, sem entender.
Senti que a doença era graúda e não tinha jeito de resolver.
IX. A ciência médica, na sua sabença, não encontrava explicação pro sintoma agudo do coração.
Não conheciam tal doença. Era taquicardia com arritmia, com muita insônia e hipertensão.
X. Discutiram muito. E sem clemência, mas com muita imponência, deram a conclusão.
Em laudo médico que foi lavrado em papel timbrado, com muito esmero, com palavreado bem
rebuscado, que só aumentava meu desespero.
XI. Assim rezava e declarava: Sua doença parece simples, na sua essência, mas muito rara na sua idade.
Uma coisa é certa, apesar da aparência, não é demência! Ela é epidêmica na mocidade.
Por causa dela as moças choram. Outras imploram.
Os rapazes brigam, ou ficam apáticos. Os mais fanáticos, que na verdade pensam ser práticos, mas são
lunáticos, arrumam corda pra se enforcar. Veja só, querido paciente, não é vexame, mas que doencinha infame
você foi pegar!
Seu nome é comum e, na verdade, ela existe desde remota antiguidade.
Fique tranquilo e não se abata, aqui se trata, DE PAIXONITE AGUDA.
Ela não mata, mas, na sua idade, é de gravidade!
XII. Com o diagnóstico, fiquei perplexo, pois tinha nexo tal conclusão. Pois bem, e agora? Como tratar? Eis a
questão! Ninguém sabia ou não queria prescrever a receita da salvação.
EXTRA. E agora, doutor? Meu Deus, meu Deus, o que eu faço? Com esse amor que me consome?
Mas, sinto que esse sentimento é que me alimenta, é ele que me sustenta. É a razão do meu viver. Então, meu
Deus, meu Deus, o que eu faço? O que foi me acontecer? Estou amarrado no laço, sem saber que fazer.

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  • 1. DOENÇA GRAVE Dr. Darci Lopes da Silva I. Passei a noite com sintomas de muita insônia e palpitação. Era terrível a sensação! II. Clareando o dia, me preparei para ir ao médico me consultar. Em lá chegando, me deparei com a primeira dúvida a decifrar: III. Qual o esculápio a me socorrer? As especialidades são variadas e é difícil para escolher. Pelos meus sintomas, eu decidi: Vou ao clínico, para ele dizer qual o rumo pra eu seguir. IV. O doutor clínico, muito solícito, no fim da tarde me atendeu. Examinou-me pela frente e verso e, muito explicito, depois de um tempo, me respondeu: V. Seu caso é raro. Muito diverso! Em minha rotina, caso igual não vi. Talvez um neuro, talvez um cárdio neste universo, ou o psiquiatra elucide este caso aqui. VI. Reunida, a junta médica ficou enrascada. Não achavam nada. Então, eu mesmo decidi: Por conta e risco, vou ao pediatra, esse que trata doenças de guri. VII. Mas ele também ficou perdido com os sintomas referidos. Que fazer, então, com tal pepino, presenteado pelo destino? VIII. A junta médica, muito sisuda, estava muda, sem entender. Senti que a doença era graúda e não tinha jeito de resolver.
  • 2. IX. A ciência médica, na sua sabença, não encontrava explicação pro sintoma agudo do coração. Não conheciam tal doença. Era taquicardia com arritmia, com muita insônia e hipertensão. X. Discutiram muito. E sem clemência, mas com muita imponência, deram a conclusão. Em laudo médico que foi lavrado em papel timbrado, com muito esmero, com palavreado bem rebuscado, que só aumentava meu desespero. XI. Assim rezava e declarava: Sua doença parece simples, na sua essência, mas muito rara na sua idade. Uma coisa é certa, apesar da aparência, não é demência! Ela é epidêmica na mocidade. Por causa dela as moças choram. Outras imploram. Os rapazes brigam, ou ficam apáticos. Os mais fanáticos, que na verdade pensam ser práticos, mas são lunáticos, arrumam corda pra se enforcar. Veja só, querido paciente, não é vexame, mas que doencinha infame você foi pegar! Seu nome é comum e, na verdade, ela existe desde remota antiguidade. Fique tranquilo e não se abata, aqui se trata, DE PAIXONITE AGUDA. Ela não mata, mas, na sua idade, é de gravidade! XII. Com o diagnóstico, fiquei perplexo, pois tinha nexo tal conclusão. Pois bem, e agora? Como tratar? Eis a questão! Ninguém sabia ou não queria prescrever a receita da salvação. EXTRA. E agora, doutor? Meu Deus, meu Deus, o que eu faço? Com esse amor que me consome? Mas, sinto que esse sentimento é que me alimenta, é ele que me sustenta. É a razão do meu viver. Então, meu Deus, meu Deus, o que eu faço? O que foi me acontecer? Estou amarrado no laço, sem saber que fazer.