A FASBAM disponibiliza gratuitamente materiais de apoio do curso de alta formação: "A Terceira Edição do Missal Romano: elementos bíblicos, doutrinais e mistagógicos, ministrado", ministrado pelo Pe. Antonio Eduardo Pereira Pontes Oliveira. O curso foi oferecido gratuitamente e todas as aulas estão disponíveis no canal da FASBAM no YouTube: https://www.youtube.com/playlist?list=PLqsPpXgohIylANuBHlVWJroHmzTFeqATD
Curso sobre o Missal Romano | Aula 10 | Inspirações para uma espiritualidade eucarística.pptx
1. A TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL
ROMANO: ELEMENTOS BÍBLICOS,
DOUTRINAIS E MISTAGÓGICOS
2. ESTRUTURA DO CURSO
1. ELEMENTOS INTRODUTÓRIOS
O SACRAMENTO DA
EUCARISTIA: DESDE OS
FUNDAMENTOS BÍBLICOS
ATÉ O DESENVOLVIMENTO
CELEBRATIVO E
DOUTRINAL
5. Compreender o Missal Romano
como livro da oração da Igreja
Nossos objetivos hoje:
Mergulhar nos testemunhos
bíblicos a respeito da Eucaristia
6. “O livro do Missal não é apenas um
instrumento para a celebração, mas é,
antes de tudo, um testemunho
privilegiado de como a Igreja obedeceu ao
mandamento – que é promessa, dom e
súplica de amor – de partir o pão em
memória do Senhor. As suas páginas
custodiam a riqueza da tradição da Igreja,
o seu desejo de se imergir no Mistério
Pascal, de atualizá-lo nas celebrações, de
traduzi-lo na vida”
7. “Também a materialidade do livro é
preciosa. Mesmo que alguém pudesse
pensar que se trata de um suporte já
superado: a tecnologia digital coloca hoje
à disposição outros meios que oferecem
muitas vantagens práticas, como, por
exemplo, a possibilidade de criar contínuo
aggiornamento. O livro litúrgico é, de
qualquer modo, ‘ícone’ da oração da Igreja,
referência concreta à Tradição viva, à qual
é sempre necessário se referir para
celebrar na Igreja ‘em espírito e verdade’”
8. “A Liturgia é certamente uma realidade viva,
que cresce e se renova no seu próprio atuar.
Todavia, tal desenvolvimento se realiza sempre
em obediência à fé, no sulco de uma tradição
viva, com respeito religioso pelo seu mistério e
avaliando sua eficácia pastoral. Um texto em
renovação contínua e imediata – e portanto não
suficientemente ponderado segundo os
critérios eclesiais – corre o risco de perder sua
solidez, força, autoridade, conotando com
precariedades as singulares e sucessivas
aquisições, que merecem, pelo contrário,
serem fixadas como momentos significativos
de um percurso de Igreja”
9. “O Missal, unido ao Lecionário,
concretizam para nós a norma da
Celebração da Eucaristia. Também para a
assembleia litúrgica desenvolvem um
precioso serviço, enquanto ‘as ações
litúrgicas não são ações privadas, mas
celebração da Igreja, que é Sacramento
da Unidade, isto é, do Povo Santo de Deus
reunido e em comunhão com os bispos”
10. O Missal e as Escrituras
A Liturgia é testemunha do Primado
da Palavra de Deus
As Escrituras e, de modo eminente, o livro dos
Evangelhos são o livro por excelência da
Liturgia. A Liturgia é útero e ambiente vital
das Escrituras
Os textos litúrgicos do Missal são o fruto mais
maduro da escuta eclesial das Escrituras –
Lectio Divina
11. O Missal, testemunha
do vínculo entre “lex
orandi” e “lex credendi”
Testemunha sob o crivo do tempo
Testemunha da Oração da Igreja
13. O Missal, matriz da
Oração
A gramática da Oração: a quem dirigi-la, sua
dimensão comunitária, a oração como ação
de graças no duplo movimento de anamnese
e intercessão, ensina o que pedir (a unidade,
a paz, a perfeição no amor), a dimensão
cósmica da oração, a simplicidade e
essencialidade da oração.
15. “Ao levantar os olhos, Abraão viu três homens
parados perto dele. Assim que os viu, correu,
da entrada da tenda, ao encontro deles.
Prostrou-se por terra e disse: ‘Meu senhor, se
encontrei graça a teus olhos, não passes sem
entrar na casa de teu servo. Mandarei trazer
um pouco de água para lavar vossos pés, e
descansareis debaixo da árvore. Trarei um
bocado de pão, para que restaureis as forças
antes de continuar a viagem – pois foi para isso
mesmo que passastes junto ao vosso servo’.
Eles responderam: ‘Faze como disseste’” (Gn
18,2-5).
16. “Mais tarde, Abimelec veio visitá-lo, vindo de
Gerara, com seu amigo Ocozat e com Ficol, seu
chefe do exército. Isaac lhes disse: ‘Porque
viestes a mim, vós que me fostes hostis e me
expulsastes do vosso meio?’. Eles disseram:
‘Porque vimos claramente que o Senhor está
contigo e achamos que deveria haver um
juramento entre nós e ti. Queremos fazer
aliança contigo, para que nunca nos faças mal
algum, como nós nunca te atacamos, mas te
fizemos somente o bem, deixando-te partir em
paz. Tu és agora o abençoado do Senhor’. Isaac
ofereceu-lhes um banquete, e comeram e
beberam” (Gn 26,26-30)
17. “E Jacó jurou pelo Deus
Terrível de Isaac, seu pai.
Depois, ofereceu sacrifícios
na montanha e convidou
sua gente para comer.
Comeram e passaram a
noite na montanha” (Gn
31,53-54)
18. “Diante de mim preparas a mesa em
frente dos que me afligem; com óleo me
unges a cabeça e meu cálice transborda”
(Sl 23,5).
“O Senhor dos exércitos prepara para
todos os povos, neste monte, um
banquete de carnes gordas, um banquete
de vinhos finos, de carnes suculentas
com tutano, e vinhos depurados” (Is 25,6).
19. “Abel tornou-se pastor de ovelhas
e Caim, agricultor. Tempos depois,
aconteceu que Caim trouxe frutos
do solo para oferecer ao Senhor.
Abel, por sua vez, trouxe os
primogênitos do seu rebanho e a
gordura deles. E o Senhor se
agradou de Abel e de sua oferta,
mas de Caim e de sua oferta não
se agradou” (Gn 4,2-5).
20. “Depois desses acontecimentos, Deus pôs
Abraão à prova. Disse-lhe: ‘Abraão’. Este
respondeu: ‘Eis-me aqui’. Deus disse: ‘Toma
teu filho, teu unigênito, a quem tu amas,
Isaac, e dirige-te à terra de Moriá e
oferece-o ali em holocausto, sobre um dos
montes que eu te indicarei’. Abraão
levantou-se bem cedo, encilhou seu
jumento, tomou consigo dois de seus
criados e Isaac, seu filho. Rachou lenha
para o holocausto, levantou-se e foi ao
lugar que Deus lhe havia indicado...” (Gn
22,1-3)
21. “Quando Abrão voltava da vitória sobre
Codorlaomor e os reis aliados, saiu-lhe ao
encontro o rei de Sodoma, no vale de
Savé, que é o vale do Rei. E Melquisedec,
rei de Salém, trouxe pão e vinho e, como
sacerdote de Deus Altíssimo, abençoou a
Abrão, dizendo: ‘Bendito seja Abrão pelo
Deus Altíssimo, criador do céu e terra.
Bendito seja o Deus Altíssimo, que
entregou teus inimigos em tuas mãos’”
(Gn 14,17-20).
22. “Na última ceia, o Senhor Jesus quis antecipar
com o dom do pão e do vinho a sua oferta na
cruz. Desde aquele momento, a Igreja,
iluminada pelo Espírito Santo, tem custodiado
intacto o mistério daquela Ceia. Obedecendo
ao explícito mandamento de Jesus – “Fazei isto
em minha memória” (Lc 22,19) – cada vez que a
comunidade cristã celebra a Eucaristia anuncia
a sua morte, proclama a sua ressurreição e
vive na esperança da sua vinda. É memorial da
Páscoa, realização da nova e eterna Aliança,
profecia dos novos Céus e da nova Terra”
23. “A Emaús, ao entardecer da Páscoa, no
gesto do pão partido, os olhos tristes e
perdidos dos dois discípulos se abrem e
reconhecem o Senhor (cf. Lc 24,31).
Daquela tarde memorável, o pão partido
na Eucaristia cura os nossos olhos e os
tornam capazes de vê-lo, propriamente na
cruz das nossas feridas, a sua glória, e de
reconhecê-lo no nosso incerto caminhar à
sua presença. Assim será até o retorno do
Senhor”
24. “Nas margens do lago da Galileia, o
Ressuscitado torna a encher as redes dos
seus discípulos – que ainda não haviam
compreendido que coisa significava
serem pescadores de homens – e depois
de haver partido o pão, confirma Pedro na
sua missão de pastor (Jo 21,13-19).
Daquela manhã, a nossa missão de
anúncio vem continuamente revigorada
na participação à mesa eucarística que o
Senhor prepara para nós”.
25. “Na Igreja tudo nasce da experiência da
Eucaristia e tudo retorna na alegria sempre
nova de um encontro que tudo assume,
transforma e harmoniza. Na Eucaristia, de fato,
matéria e coisas, pão e vinho, isto é, tudo o
que pertence à terra não são um peso do qual
devemos nos libertar, mas um dom precioso do
qual devemos nos servir. A Eucaristia convoca
o que é visível, tangível, sensível, para
hospedar e louvar o Criador em todas as suas
criaturas. A Eucaristia, de fato, entoa a cada
dia o louvor das criaturas ao Pai e ao Senhor do
Universo”
26. “A Igreja nasce da Eucaristia, recebe e se
torna a si mesma, isto é, ‘Corpo de Cristo’, na
medida em que se nutre todo dia do ‘seu’
Corpo. Escreve Santo Agostinho: ‘Se vocês
compreendem o mistério do Corpo de Cristo,
escutem o apóstolo que diz aos fiéis: Vocês
são Corpo de Cristo e seus membros. Se vocês
são realmente o Corpo e os membros de Cristo,
à mesa do Senhor é colocado o mistério de
vocês mesmos. Àquilo que vocês são
respondam: Amém... Sejam membros do Corpo
de Cristo, a fim de que seja verdadeiro o amém
de vocês”
27. “A Eucaristia é ‘sacramentum caritatis’.
Na Celebração Eucarística, a caridade de
Cristo, o ágape, vem a nós corporalmente
para continuar a sua ação em nós e
através de nós. A Eucaristia, de fato, é
sacrifício e comunhão, aquela oferta de si
que é elevado ao alto... Na Eucaristia é
Cristo que se faz presente e nos atrai no
seu amor oblativo, nos envolve no seu
movimento de doação incondicionada, e
por isso impensável e impossível para
nós”.
28. A TERCEIRA EDIÇÃO DO MISSAL
ROMANO: ELEMENTOS BÍBLICOS,
DOUTRINAIS E MISTAGÓGICOS