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Introdução
Muitos amigos, familiares e colegas, principalmente da faculdade,
sempre me perguntam como consigo tirar notas tão boas e ao mesmo tempo
aprender um assunto complexo de forma, consideravelmente, rápida sem
esquecer nada mesmo depois de um longo período .
E por esse motivo venho por meio deste texto, tentar compartilhar todos
os conhecimentos e técnicas voltadas a aprender e ter eficiência nos estudos,
seja qual for o assunto que estiver tentando aprender. Obtive todas essas
técnicas e conhecimentos através de uma longa série de pesquisas por livros,
palestras e artigos que deixarei como referência no final.
E você deve estar se perguntando, quem ele é, afinal, para tentar criar
um artigo com técnicas e conhecimentos para se aperfeiçoar e estudar da
melhor maneira possível, assim como manter o que aprendeu por um bom
tempo ou por toda sua vida. Bem, eu não sou nada mais do que um estudante
de engenharia da computação que tomou uma decisão de questionar se a
maneira que estudava, realmente, era a certa, ou se existiria uma maneira muito
melhor e comprovada por meio de experimentos que funcionasse mais.
E através de muitos estudos, tentativas e erros, consegue comprimir
tudo que aprendi e aplicar aos meus estudos, e bem… até agora tem dado muito
certo. Não só minhas notas aumentaram (o que não é muito importante), como
também comecei, de fato, a aprender e não esquecer (que é o que todos
queremos, afinal, uma prova não passa de uma prova, mas o conhecimento é
para sempre).
A estrutura deste artigo será apresentada em 5 tópicos principais.
Começaremos por “Como o cérebro funciona”, pois não há maneira melhor de
entendermos como aprendemos, se não, pela maneira como o cérebro cria
informações e relações, e como as emoções e sentidos afetam a nossa memória.
O segundo tópico “Curva do Esquecimento” tem relação com como
nossa memória funciona. Principalmente como esquecemos e como podemos
retardar esse esquecimento ou até mesmo não esquecer um assunto quando o
estudamos.
O terceiro tópico “Tempo Fundamental de Foco” está relacionado com o
tempo em que nosso cérebro consegue focar naquele determinado assunto sem
perder sua eficiência. E aqui iremos falar sobre a importância de se fazer pausas
estratégicas para se manter mais focado.
No quarto tópico “Níveis de Aprendizado” será apresentado as formas
em que mais aprendemos, assim como a técnica de Richard Feynman.
Já no quinto tópico “Compilação” será um resumo de tudo que
aprendemos e como podemos utilizar tudo junto através de aplicativos. E ao
mesmo tempo irei apresentar uma técnica que eu uso, porém nunca vi nenhum
artigo falando sobre.
Como o cérebro funciona?
O cérebro humano é uma estrutura funcional muito complexa e que
intriga neurocientistas até hoje. Porém iremos abordar seu funcionamento de
forma abstrata, sem utilizar jargões complicados e difíceis de entender.
Nosso cérebro é uma estrutura composta por bilhões de
“microprocessadores” chamados de neurônios, sendo mais preciso,
aproximadamente 86 bilhões de neurônios. E estes neurônios são estruturas
capazes receber e transmitir impulsos elétricos através de suas conexões
(sinapses neurais). Acredita-se que um único neurônio pode realizar milhões de
conexões, o que demonstra que nosso cérebro possui uma quantidade quase
imensurável de conexões.
Mas focando no assunto, o que essas conexões representam? Essas
conexões representam todas as informações formadas ao longo da nossa vida,
quanto mais conexões mais informações possuímos e, consequentemente, mais
conhecimento. Porém existe a questão da “força” dessas conexões, que define
se podemos resgatar (lembrar) essas informações com facilidade ou não.
Diferença entre um recém-nascido e um adulto
Quanto mais “força” uma conexão possui, mais impulsos elétricos podem
ser transmitidos pelos neurônios. Porém, quanto menos “força”, maior é a
dificuldade de um impulso elétrico passar por aquela conexão de um neurônio
para o outro. E como fortalecer aquela conexão, em específico, que representa o
que você quer aprender? Através de sentidos, emoções e repetições!
Exemplo de dois neurônios se conectando
Quando aprendemos algum determinado assunto pela primeira vez,
uma conexão bem fraca é estabelecida ligando todas as informações
necessárias e que tem relação com esse assunto. Para fortalecer essa conexão ou
“dominar” esse assunto é preciso dar ênfase a esta conexão, é preciso dizer ao
cérebro, essa informação é relevante. Entretanto, quem dirá que essa informação
é relevante, é o cérebro. E o cérebro decidirá se a informação é ou não relevante
através de 3 critérios: Sentidos, Emoções e Repetições.
Se utilizarmos muitos sentidos(olfato, paladar, visão, tato, audição) em
determinada tarefa, será mais fácil fortalecer aquela conexão bem fraca e
portanto, lembrá-la de maneira mais fácil. Pois toda informação fornecida ao
cérebro é recebida através de entradas, e estas entradas são exatamente os 5
sentidos básicos.
É por isto que existem vezes em que nos encontramos em um ambiente
familiar em um almoço em família e do nada começamos a nos lembrar
lembranças bem marcantes. E por que isso acontece? Bem, estamos em um
ambiente cercado de rostos familiares(visão), conversando e dando
gargalhada(audição), trocando cumprimentos e abraços(tato), sentindo cheiros
familiares de comida(olfato), talvez uma receita da vovó, e ao mesmo tempo
degustando essa mesma comida. E ainda acha coincidência se recordar de
memórias antigas tão facilmente? Não, é apenas vários sentidos sendo usados.
Outra forma é através de emoções, quanto mais forte uma emoção, mais
facilmente uma conexão é fortalecida e consequentemente armazenada por
mais tempo. Isto ocorre porque nossas emoções foram criadas, justamente para
ativar certas funcionalidades. O medo, por exemplo, tem o intuito de aumentar a
circulação sanguínea nas pernas e nas mãos, de forma a se preparar para lutar
ou fugir. E todas as emoções também possuem suas funcionalidades.
E nada mais sensato do que armazenar uma informação que ativou o
sentimento de medo, talvez para evitar da próxima um perigo eminente através
de um padrão fornecido por esta informação.
Agora, por último, podemos fortalecer as conexões e maximizar a
eficiência da nossa memória por meio de repetições. E esse será o assunto
principal do próximo tópico.
Curva do Esquecimento
Estudos demonstram que o cérebro possui dois tipos de memória, uma
relacionada com a memória de trabalho(memória de curto prazo) e a memória
de longo prazo.
A memória de trabalho tem a função de armazenar toda informação que
estamos recebendo agora e do mesmo dia. É uma memória que armazena as
informações de forma temporária, pelo menos até dormimos. Quando
dormimos, o cérebro pega as informações mais relevantes e as passa para a
memória de longo prazo.
Porém ainda na memória de longo prazo é possível esquecer essas
informações. O que tem relação com as conexões discutidas no tópico anterior.
O que vai nos permitir não nos esquecermos dessa informação e fixá-la na
memória de longo prazo com o intuito de nunca esquecê-la é o número de
vezes que vamos visualizar (Quanto mais sentidos melhor) essa informação, ou
seja, repeti-la inúmeras vezes ao longo de um determinado período.
E por quanto tempo precisamos repetir essas informações com o intuito
torná-la relevante na memória de trabalho e fixá-la na memória de longo prazo?
Bem, para isso precisamos entender o estudo feito pelo psicólogo Hermann
Ebbinghaus.
Hermann Ebbinghaus foi um psicólogo que observou um fenômeno
chamado curva do esquecimento. Esse fenômeno é definido pelo tempo
necessário para se esquecer, quase que completamente, uma informação que
estudamos pela primeira vez. Ou seja, quanto tempo é preciso para atrofiar a
conexão criada pela informação para que não se consiga resgatá-la de jeito
nenhum.
Através dessa pergunta Ebbinghaus criou um gráfico a partir de algo que
ele aprendeu no dia x, e verificou quanto tempo demorava para se esquecer
completamente aquela informação. E depois disso, ele aprendia um conteúdo
novo no dia y, o estudava no dia y+1, e depois nunca mais o estudava. E assim
sucessivamente aumentando os dias.
Depois ele começou a intercalar os dias, de forma a achar a melhor
sequência de tempo necessário para se estudar um tema e nunca mais
esquecê-lo. Até que ele conseguiu um padrão que é utilizado até hoje e sua
eficiência foi comprovada através de experimentos científicos.
Curva do Esquecimento
O padrão encontrado no estudo é no mesmo dia fazer a revisão(1 h
depois de preferência), no dia seguinte, 1 semana depois, 2 semanas
depois(opcional), 1 mês depois, 3 meses depois, 6 meses depois. Depois desse
tempo é quase “impossível” esquecer a informação, mas ainda assim você pode,
se quiser, dar uma revisão depois de um ano.
Mas se quanto mais repetimos uma informação mais fácil ela ficará
armazenada, então por que não revisar todo dia? Porque não é eficiente!
Digamos que você tenha 6 matérias na escola ou na faculdade, você estuda a 1°
hoje, e amanhã você terá que estudar a 1° e a 2°, e assim sucessivamente, até que
você tenha que revisar as 6 matérias juntas.
Logo em seguida, você aprende um conteúdo novo da primeira matéria,
e assim sucessivamente. Então a revisão que você demorava 2 a 5 min agora
aumenta para 30 min, e assim em diante até 1 h, 2 h, 3 h, até chegar em 24h.
Como você aprende algo novo se você não tem mais tempo para aprender algo
novo? Por isso não é possível revisar todos os dias.
Em síntese, estude, e revise 1 h depois, no dia seguinte, 1 semana depois,
2 semanas depois, 1 mês, 3 meses e 6 meses. Assim você poderá lembrar da
informação como se fosse seu nome.
Tempo Fundamental para Foco
Muitas pessoas não sabem, mas o nosso cérebro possui um tempo
médio de mais ou menos 30 min para se concentrar totalmente em uma
determinada tarefa. Após esse período a eficiência é perdida, e o cérebro
começa a não prestar atenção em nada, começamos a nos distrair com qualquer
coisinha mínima.
Se o nosso cérebro em média só consegue se concentrar, em média, por
30 min, então o que eu posso fazer para continuar a estudar depois desse
tempo? A resposta é bem simples, dar uma pausa e descansar. Após a pausa, o
cérebro, novamente, possui energia o suficiente para se concentrar por mais 30
min.
Como eu disse anteriormente, 30 minutos é apenas uma média
estabelecida através de estudos. Então há sempre pessoas que podem estar fora
desse padrão e conseguir se concentrar por mais tempo. Eu, por exemplo,
estudo em um tempo de 40 min. Porém, não exagere, não ultrapasse um tempo
de 55 minutos afirmando que consegue estudar por mais de uma hora. Você
pode até achar que consegue estudar por mais de 1 h, eu mesmo achava isso,
mas existem vezes que o nosso cérebro prega peças e nos perdemos em ilusões
da nossa mente. Portanto, não ultrapasse 55 min!
Quanto tempo em média é necessário para descansar?
Aproximadamente 5 a 10 minutos é o suficiente para restabelecer a energia de
um cérebro cansado. Porém, após passar por vários ciclos, isto é, grupos de 40
min seguidos de 5 min de descanso é necessário fazer uma pausa maior de mais
ou menos 30 minutos.
Existe até uma técnica chamada pomodoro, que intercala tempos de 25
min de foco e 5 min de descanso, e após 4 ciclos é preciso descansar por meia
hora.
Existe um conceito bem interessante que diz que o nosso cérebro
absorve mais conteúdo do início e fim de um estudo, aula ou palestra do que do
meio. Na maioria das vezes esse meio é perdido, ou perde-se o foco nesse meio
tempo. Por exemplo, se você tem uma aula de exatamente 4 h, é provável que se
lembre da 1 h inicial e da 1h final, mas o restante não é lembrado de forma tão
fácil. O que reforça que devemos estudar em intervalos menores de tempo!
Um conceito que uso muito e muito difundido pela internet e livros por
quem tenta aprender a como aprender é revisão após o período de foco.
Digamos que você tenha terminado seus 30 min de estudo, então seria bom
reservar mais 3 min para fazer um resumo e compilação de tudo que aprendeu,
escreva, mas escreva pouco, fale mais, tente explicar para si mesmo o que
aprendeu, qual a sua aplicação, por que devo usar isso, e faça tudo isso em 3
min.
Quando chegar o tempo de descanso maior(30 min), faça uma
compilação de tudo que aprendeu nos ciclos anteriores, isso vai reforçar a
informação e mostrar se você realmente aprendeu. Se não conseguir comprimir
e resumir tudo, então significa que não aprendeu tão bem, volte a estudar e só
depois revise.
“E lembre-se, você só revisa após o entendimento e reflexão sobre o
tema”
Essa técnica de reforçar o que aprendeu para testar se aprendeu ou não
pode ser usada principalmente no final de uma aula. Não só para entender os
pontos fortes e fracos de tudo que se lembra da aula, mas também para manter
essa informação por mais tempo na memória de curto prazo.
Níveis de Aprendizado
O psicólogo William Glasser realizou um experimento relatando quais
são as formas mais eficientes de aprender e reter o que se aprendeu e
apresentou isso através de uma pirâmide, mostrando quais são as formas de se
estudar que mais retém as informações. Vou apresentar apenas a pirâmide
abaixo:
Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser
Como vocês podem ver, a melhor forma possível de se aprender é
explicando e ensinando. E portanto vou apresentar a técnica Feynman.
A técnica Feynman consiste em estudar o conteúdo de forma bem
focada e concentrada, e depois do estudo tentar explicar para si mesmo sobre a
informação como se estivesse tentando explicar para uma criança. Se não
conseguir explicar o conceito sem jargões, expressões complicadas e da forma
mais simples sem se embolar e confundir tudo, então volte a aprender o
conteúdo. Quando sua explicação estiver tão perfeita que até uma criança
consegue entender, então você dominou e pode passar para outro conteúdo ou
outra informação.
Para complementar a técnica e é uma abordagem que eu uso, é depois
do entendimento tentar refletir sobre o assunto, se questionar, isso realmente
funciona? Tem aplicação? Eu conseguiria aplicar? Existe alguma prova
irrefutável para isto? Depois que todas as respostas estiverem respondidas,
então explique tudo para si mesmo como na técnica Feynman.
É possível ver que ler retém apenas 10% da informação, porém é possível
aumentar essa taxa ao ler e escrever ao mesmo tempo. Use sempre uma caneta.
Durante o texto, não simplesmente só leia como você lê um livro do Harry Potter,
pois se for uma leitura mais técnica você se perderá. Antes de começar a ler, faça
perguntas sobre o que você aprenderá no livro, como é a estrutura do livro, como
os tópicos estão organizados. Faça isso através do sumário e passando um olho
nas principais partes de cada tópico de forma rápida. Crie perguntas, e leia com
as perguntas em mente.
Terminou um tópico de um livro? Aplique a técnica Feynman, escreva o
que aprendeu com suas palavras. Tudo que você anota quando lê é apenas um
rascunho básico, jogue fora após terminar o tópico. Faça um resumo com suas
palavras sem ler nada do livro. Se não conseguir , então releia o tópico
Melhor do que um resumo no final, é você explicar com a técnica
Feynman ou usar um mapa mental. O que é um mapa mental? É uma técnica
que relaciona palavras chaves entre si, ou seja, faz conexões. E por que você
aprende mais com mapa mental? Porque ele faz conexões como o seu cérebro
faz, e por isso facilita o trabalho e armazenamento por parte do seu cérebro.
Exemplo de mapa mental
Pesquise e treine em fazer mapas mentais e sempre que passar o olho
em uma palavra chave do mapa mental, utilize a técnica Feynman para explicar
o contexto de cada uma e suas relações. Guarde e revise seus mapas mentais.
Outro fato interessante é ouvir música instrumental bem baixinha
enquanto estuda. Isso ajuda, pois a fala e escrita são trabalhos de um dos lados
do cérebro, enquanto que o outro lado fica inquieto por não fazer nada, e isso
implica em se distrair mais facilmente. E a música instrumental dá um foco para
esse lado do cérebro, fazendo com que você se concentre mais.
Compilação
Finalmente chegamos ao final deste artigo. E como um agradecimento
por ter lido até agora irei apresentar uma técnica que utilizo para “dominar” um
assunto e uma dica que irá te ajudar bastante.
Caso já tenha estudado e revisado o suficiente um assunto, é chegado a
hora de criar relações deste assunto com outro assunto ou matéria. Se você
dominou um assunto como estatística, por que não relacionar com geografia,
negócios, programação e outros assuntos. E é disso que essa técnica se trata,
comece a pesquisar sobre as aplicações, tente fazer ligações com outras
matérias que você vem estudando.
Se estudou teoria de grafos, por que não relacionar com redes de
computadores. Se aprendeu sobre genética e programação, então relacione as
duas através da bioinformática. Estudou história, relacione com o contexto de
escolas literárias. Aprendeu logaritmo, veja suas aplicações em geologia, como a
escala Richter.
E a dica importante é: Nunca estude uma mesma matéria o dia todo,
intercale, pois se estudar o dia todo, então o cérebro vai passar a não aprender e
vai apenas ter familiaridade com o assunto. E trocar a matéria ajuda a relaxar o
cérebro e te ajuda a focar mais.
Agradeço enormemente por ter lido este artigo até o final. Me perdoe
caso tenha sido tão explícito em determinados tópicos ou tenha se aprofundado
tanto. Pois eu resumi a abstrair ao máximo para que todos pudessem
compreender, principalmente na parte de como o cérebro funciona.
Referências:
● Aprendendo Inteligência Pierluigi Piazzi
●
● Study Less, Study Smart: How to Spend Less Time and Learn More
Material(O autor deste livro tem um vídeo no youtube, caso prefiram)
●
● Princípios de Neurociências Kandel(Fala sobre a estrutura do nosso
cérebro e tudo relacionado a neurociência)
●
● A Mind for Numbers: How to Excel at Math and Science
Alguns cursos que me ajudaram e podem interessá-los:
● Curso de inglês
● Curso de Matemática
Caso queira me apoiar com algum valor para que possa continuar com meus
artigos ou se o artigo lhe ajudou de alguma forma, sinta-se bem-vindo para doar
qualquer valor através da chave pix: b2095973-cb3e-4f44-bd1e-cdbf81a677fc
Autor: Gabriel Almeida

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Como aprender e dominar qualquer assunto

  • 1. Introdução Muitos amigos, familiares e colegas, principalmente da faculdade, sempre me perguntam como consigo tirar notas tão boas e ao mesmo tempo aprender um assunto complexo de forma, consideravelmente, rápida sem esquecer nada mesmo depois de um longo período . E por esse motivo venho por meio deste texto, tentar compartilhar todos os conhecimentos e técnicas voltadas a aprender e ter eficiência nos estudos, seja qual for o assunto que estiver tentando aprender. Obtive todas essas técnicas e conhecimentos através de uma longa série de pesquisas por livros, palestras e artigos que deixarei como referência no final. E você deve estar se perguntando, quem ele é, afinal, para tentar criar um artigo com técnicas e conhecimentos para se aperfeiçoar e estudar da melhor maneira possível, assim como manter o que aprendeu por um bom tempo ou por toda sua vida. Bem, eu não sou nada mais do que um estudante de engenharia da computação que tomou uma decisão de questionar se a maneira que estudava, realmente, era a certa, ou se existiria uma maneira muito melhor e comprovada por meio de experimentos que funcionasse mais. E através de muitos estudos, tentativas e erros, consegue comprimir tudo que aprendi e aplicar aos meus estudos, e bem… até agora tem dado muito certo. Não só minhas notas aumentaram (o que não é muito importante), como também comecei, de fato, a aprender e não esquecer (que é o que todos queremos, afinal, uma prova não passa de uma prova, mas o conhecimento é para sempre). A estrutura deste artigo será apresentada em 5 tópicos principais. Começaremos por “Como o cérebro funciona”, pois não há maneira melhor de entendermos como aprendemos, se não, pela maneira como o cérebro cria informações e relações, e como as emoções e sentidos afetam a nossa memória. O segundo tópico “Curva do Esquecimento” tem relação com como nossa memória funciona. Principalmente como esquecemos e como podemos retardar esse esquecimento ou até mesmo não esquecer um assunto quando o estudamos. O terceiro tópico “Tempo Fundamental de Foco” está relacionado com o tempo em que nosso cérebro consegue focar naquele determinado assunto sem perder sua eficiência. E aqui iremos falar sobre a importância de se fazer pausas estratégicas para se manter mais focado.
  • 2. No quarto tópico “Níveis de Aprendizado” será apresentado as formas em que mais aprendemos, assim como a técnica de Richard Feynman. Já no quinto tópico “Compilação” será um resumo de tudo que aprendemos e como podemos utilizar tudo junto através de aplicativos. E ao mesmo tempo irei apresentar uma técnica que eu uso, porém nunca vi nenhum artigo falando sobre. Como o cérebro funciona? O cérebro humano é uma estrutura funcional muito complexa e que intriga neurocientistas até hoje. Porém iremos abordar seu funcionamento de forma abstrata, sem utilizar jargões complicados e difíceis de entender. Nosso cérebro é uma estrutura composta por bilhões de “microprocessadores” chamados de neurônios, sendo mais preciso, aproximadamente 86 bilhões de neurônios. E estes neurônios são estruturas capazes receber e transmitir impulsos elétricos através de suas conexões (sinapses neurais). Acredita-se que um único neurônio pode realizar milhões de conexões, o que demonstra que nosso cérebro possui uma quantidade quase imensurável de conexões. Mas focando no assunto, o que essas conexões representam? Essas conexões representam todas as informações formadas ao longo da nossa vida, quanto mais conexões mais informações possuímos e, consequentemente, mais conhecimento. Porém existe a questão da “força” dessas conexões, que define se podemos resgatar (lembrar) essas informações com facilidade ou não.
  • 3. Diferença entre um recém-nascido e um adulto Quanto mais “força” uma conexão possui, mais impulsos elétricos podem ser transmitidos pelos neurônios. Porém, quanto menos “força”, maior é a dificuldade de um impulso elétrico passar por aquela conexão de um neurônio para o outro. E como fortalecer aquela conexão, em específico, que representa o que você quer aprender? Através de sentidos, emoções e repetições! Exemplo de dois neurônios se conectando Quando aprendemos algum determinado assunto pela primeira vez, uma conexão bem fraca é estabelecida ligando todas as informações necessárias e que tem relação com esse assunto. Para fortalecer essa conexão ou “dominar” esse assunto é preciso dar ênfase a esta conexão, é preciso dizer ao cérebro, essa informação é relevante. Entretanto, quem dirá que essa informação é relevante, é o cérebro. E o cérebro decidirá se a informação é ou não relevante através de 3 critérios: Sentidos, Emoções e Repetições.
  • 4. Se utilizarmos muitos sentidos(olfato, paladar, visão, tato, audição) em determinada tarefa, será mais fácil fortalecer aquela conexão bem fraca e portanto, lembrá-la de maneira mais fácil. Pois toda informação fornecida ao cérebro é recebida através de entradas, e estas entradas são exatamente os 5 sentidos básicos. É por isto que existem vezes em que nos encontramos em um ambiente familiar em um almoço em família e do nada começamos a nos lembrar lembranças bem marcantes. E por que isso acontece? Bem, estamos em um ambiente cercado de rostos familiares(visão), conversando e dando gargalhada(audição), trocando cumprimentos e abraços(tato), sentindo cheiros familiares de comida(olfato), talvez uma receita da vovó, e ao mesmo tempo degustando essa mesma comida. E ainda acha coincidência se recordar de memórias antigas tão facilmente? Não, é apenas vários sentidos sendo usados. Outra forma é através de emoções, quanto mais forte uma emoção, mais facilmente uma conexão é fortalecida e consequentemente armazenada por mais tempo. Isto ocorre porque nossas emoções foram criadas, justamente para ativar certas funcionalidades. O medo, por exemplo, tem o intuito de aumentar a circulação sanguínea nas pernas e nas mãos, de forma a se preparar para lutar ou fugir. E todas as emoções também possuem suas funcionalidades. E nada mais sensato do que armazenar uma informação que ativou o sentimento de medo, talvez para evitar da próxima um perigo eminente através de um padrão fornecido por esta informação. Agora, por último, podemos fortalecer as conexões e maximizar a eficiência da nossa memória por meio de repetições. E esse será o assunto principal do próximo tópico. Curva do Esquecimento Estudos demonstram que o cérebro possui dois tipos de memória, uma relacionada com a memória de trabalho(memória de curto prazo) e a memória de longo prazo. A memória de trabalho tem a função de armazenar toda informação que estamos recebendo agora e do mesmo dia. É uma memória que armazena as informações de forma temporária, pelo menos até dormimos. Quando dormimos, o cérebro pega as informações mais relevantes e as passa para a memória de longo prazo.
  • 5. Porém ainda na memória de longo prazo é possível esquecer essas informações. O que tem relação com as conexões discutidas no tópico anterior. O que vai nos permitir não nos esquecermos dessa informação e fixá-la na memória de longo prazo com o intuito de nunca esquecê-la é o número de vezes que vamos visualizar (Quanto mais sentidos melhor) essa informação, ou seja, repeti-la inúmeras vezes ao longo de um determinado período. E por quanto tempo precisamos repetir essas informações com o intuito torná-la relevante na memória de trabalho e fixá-la na memória de longo prazo? Bem, para isso precisamos entender o estudo feito pelo psicólogo Hermann Ebbinghaus. Hermann Ebbinghaus foi um psicólogo que observou um fenômeno chamado curva do esquecimento. Esse fenômeno é definido pelo tempo necessário para se esquecer, quase que completamente, uma informação que estudamos pela primeira vez. Ou seja, quanto tempo é preciso para atrofiar a conexão criada pela informação para que não se consiga resgatá-la de jeito nenhum. Através dessa pergunta Ebbinghaus criou um gráfico a partir de algo que ele aprendeu no dia x, e verificou quanto tempo demorava para se esquecer completamente aquela informação. E depois disso, ele aprendia um conteúdo novo no dia y, o estudava no dia y+1, e depois nunca mais o estudava. E assim sucessivamente aumentando os dias. Depois ele começou a intercalar os dias, de forma a achar a melhor sequência de tempo necessário para se estudar um tema e nunca mais esquecê-lo. Até que ele conseguiu um padrão que é utilizado até hoje e sua eficiência foi comprovada através de experimentos científicos.
  • 6. Curva do Esquecimento O padrão encontrado no estudo é no mesmo dia fazer a revisão(1 h depois de preferência), no dia seguinte, 1 semana depois, 2 semanas depois(opcional), 1 mês depois, 3 meses depois, 6 meses depois. Depois desse tempo é quase “impossível” esquecer a informação, mas ainda assim você pode, se quiser, dar uma revisão depois de um ano. Mas se quanto mais repetimos uma informação mais fácil ela ficará armazenada, então por que não revisar todo dia? Porque não é eficiente! Digamos que você tenha 6 matérias na escola ou na faculdade, você estuda a 1° hoje, e amanhã você terá que estudar a 1° e a 2°, e assim sucessivamente, até que você tenha que revisar as 6 matérias juntas. Logo em seguida, você aprende um conteúdo novo da primeira matéria, e assim sucessivamente. Então a revisão que você demorava 2 a 5 min agora aumenta para 30 min, e assim em diante até 1 h, 2 h, 3 h, até chegar em 24h. Como você aprende algo novo se você não tem mais tempo para aprender algo novo? Por isso não é possível revisar todos os dias. Em síntese, estude, e revise 1 h depois, no dia seguinte, 1 semana depois, 2 semanas depois, 1 mês, 3 meses e 6 meses. Assim você poderá lembrar da informação como se fosse seu nome.
  • 7. Tempo Fundamental para Foco Muitas pessoas não sabem, mas o nosso cérebro possui um tempo médio de mais ou menos 30 min para se concentrar totalmente em uma determinada tarefa. Após esse período a eficiência é perdida, e o cérebro começa a não prestar atenção em nada, começamos a nos distrair com qualquer coisinha mínima. Se o nosso cérebro em média só consegue se concentrar, em média, por 30 min, então o que eu posso fazer para continuar a estudar depois desse tempo? A resposta é bem simples, dar uma pausa e descansar. Após a pausa, o cérebro, novamente, possui energia o suficiente para se concentrar por mais 30 min. Como eu disse anteriormente, 30 minutos é apenas uma média estabelecida através de estudos. Então há sempre pessoas que podem estar fora desse padrão e conseguir se concentrar por mais tempo. Eu, por exemplo, estudo em um tempo de 40 min. Porém, não exagere, não ultrapasse um tempo de 55 minutos afirmando que consegue estudar por mais de uma hora. Você pode até achar que consegue estudar por mais de 1 h, eu mesmo achava isso, mas existem vezes que o nosso cérebro prega peças e nos perdemos em ilusões da nossa mente. Portanto, não ultrapasse 55 min! Quanto tempo em média é necessário para descansar? Aproximadamente 5 a 10 minutos é o suficiente para restabelecer a energia de um cérebro cansado. Porém, após passar por vários ciclos, isto é, grupos de 40 min seguidos de 5 min de descanso é necessário fazer uma pausa maior de mais ou menos 30 minutos. Existe até uma técnica chamada pomodoro, que intercala tempos de 25 min de foco e 5 min de descanso, e após 4 ciclos é preciso descansar por meia hora. Existe um conceito bem interessante que diz que o nosso cérebro absorve mais conteúdo do início e fim de um estudo, aula ou palestra do que do meio. Na maioria das vezes esse meio é perdido, ou perde-se o foco nesse meio tempo. Por exemplo, se você tem uma aula de exatamente 4 h, é provável que se lembre da 1 h inicial e da 1h final, mas o restante não é lembrado de forma tão fácil. O que reforça que devemos estudar em intervalos menores de tempo! Um conceito que uso muito e muito difundido pela internet e livros por quem tenta aprender a como aprender é revisão após o período de foco. Digamos que você tenha terminado seus 30 min de estudo, então seria bom reservar mais 3 min para fazer um resumo e compilação de tudo que aprendeu,
  • 8. escreva, mas escreva pouco, fale mais, tente explicar para si mesmo o que aprendeu, qual a sua aplicação, por que devo usar isso, e faça tudo isso em 3 min. Quando chegar o tempo de descanso maior(30 min), faça uma compilação de tudo que aprendeu nos ciclos anteriores, isso vai reforçar a informação e mostrar se você realmente aprendeu. Se não conseguir comprimir e resumir tudo, então significa que não aprendeu tão bem, volte a estudar e só depois revise. “E lembre-se, você só revisa após o entendimento e reflexão sobre o tema” Essa técnica de reforçar o que aprendeu para testar se aprendeu ou não pode ser usada principalmente no final de uma aula. Não só para entender os pontos fortes e fracos de tudo que se lembra da aula, mas também para manter essa informação por mais tempo na memória de curto prazo. Níveis de Aprendizado O psicólogo William Glasser realizou um experimento relatando quais são as formas mais eficientes de aprender e reter o que se aprendeu e apresentou isso através de uma pirâmide, mostrando quais são as formas de se estudar que mais retém as informações. Vou apresentar apenas a pirâmide abaixo:
  • 9. Pirâmide de Aprendizagem de William Glasser Como vocês podem ver, a melhor forma possível de se aprender é explicando e ensinando. E portanto vou apresentar a técnica Feynman. A técnica Feynman consiste em estudar o conteúdo de forma bem focada e concentrada, e depois do estudo tentar explicar para si mesmo sobre a informação como se estivesse tentando explicar para uma criança. Se não conseguir explicar o conceito sem jargões, expressões complicadas e da forma mais simples sem se embolar e confundir tudo, então volte a aprender o conteúdo. Quando sua explicação estiver tão perfeita que até uma criança consegue entender, então você dominou e pode passar para outro conteúdo ou outra informação. Para complementar a técnica e é uma abordagem que eu uso, é depois do entendimento tentar refletir sobre o assunto, se questionar, isso realmente funciona? Tem aplicação? Eu conseguiria aplicar? Existe alguma prova irrefutável para isto? Depois que todas as respostas estiverem respondidas, então explique tudo para si mesmo como na técnica Feynman. É possível ver que ler retém apenas 10% da informação, porém é possível aumentar essa taxa ao ler e escrever ao mesmo tempo. Use sempre uma caneta. Durante o texto, não simplesmente só leia como você lê um livro do Harry Potter, pois se for uma leitura mais técnica você se perderá. Antes de começar a ler, faça perguntas sobre o que você aprenderá no livro, como é a estrutura do livro, como
  • 10. os tópicos estão organizados. Faça isso através do sumário e passando um olho nas principais partes de cada tópico de forma rápida. Crie perguntas, e leia com as perguntas em mente. Terminou um tópico de um livro? Aplique a técnica Feynman, escreva o que aprendeu com suas palavras. Tudo que você anota quando lê é apenas um rascunho básico, jogue fora após terminar o tópico. Faça um resumo com suas palavras sem ler nada do livro. Se não conseguir , então releia o tópico Melhor do que um resumo no final, é você explicar com a técnica Feynman ou usar um mapa mental. O que é um mapa mental? É uma técnica que relaciona palavras chaves entre si, ou seja, faz conexões. E por que você aprende mais com mapa mental? Porque ele faz conexões como o seu cérebro faz, e por isso facilita o trabalho e armazenamento por parte do seu cérebro. Exemplo de mapa mental Pesquise e treine em fazer mapas mentais e sempre que passar o olho em uma palavra chave do mapa mental, utilize a técnica Feynman para explicar o contexto de cada uma e suas relações. Guarde e revise seus mapas mentais. Outro fato interessante é ouvir música instrumental bem baixinha enquanto estuda. Isso ajuda, pois a fala e escrita são trabalhos de um dos lados do cérebro, enquanto que o outro lado fica inquieto por não fazer nada, e isso
  • 11. implica em se distrair mais facilmente. E a música instrumental dá um foco para esse lado do cérebro, fazendo com que você se concentre mais. Compilação Finalmente chegamos ao final deste artigo. E como um agradecimento por ter lido até agora irei apresentar uma técnica que utilizo para “dominar” um assunto e uma dica que irá te ajudar bastante. Caso já tenha estudado e revisado o suficiente um assunto, é chegado a hora de criar relações deste assunto com outro assunto ou matéria. Se você dominou um assunto como estatística, por que não relacionar com geografia, negócios, programação e outros assuntos. E é disso que essa técnica se trata, comece a pesquisar sobre as aplicações, tente fazer ligações com outras matérias que você vem estudando. Se estudou teoria de grafos, por que não relacionar com redes de computadores. Se aprendeu sobre genética e programação, então relacione as duas através da bioinformática. Estudou história, relacione com o contexto de escolas literárias. Aprendeu logaritmo, veja suas aplicações em geologia, como a escala Richter.
  • 12. E a dica importante é: Nunca estude uma mesma matéria o dia todo, intercale, pois se estudar o dia todo, então o cérebro vai passar a não aprender e vai apenas ter familiaridade com o assunto. E trocar a matéria ajuda a relaxar o cérebro e te ajuda a focar mais. Agradeço enormemente por ter lido este artigo até o final. Me perdoe caso tenha sido tão explícito em determinados tópicos ou tenha se aprofundado tanto. Pois eu resumi a abstrair ao máximo para que todos pudessem compreender, principalmente na parte de como o cérebro funciona. Referências: ● Aprendendo Inteligência Pierluigi Piazzi ● ● Study Less, Study Smart: How to Spend Less Time and Learn More Material(O autor deste livro tem um vídeo no youtube, caso prefiram) ● ● Princípios de Neurociências Kandel(Fala sobre a estrutura do nosso cérebro e tudo relacionado a neurociência) ● ● A Mind for Numbers: How to Excel at Math and Science Alguns cursos que me ajudaram e podem interessá-los: ● Curso de inglês ● Curso de Matemática Caso queira me apoiar com algum valor para que possa continuar com meus artigos ou se o artigo lhe ajudou de alguma forma, sinta-se bem-vindo para doar qualquer valor através da chave pix: b2095973-cb3e-4f44-bd1e-cdbf81a677fc Autor: Gabriel Almeida