Aula sobre matriz africana de sociologia, com temas culinários, religiosos, candomblé, capoeira, etc.

1. SOCIOLOGIA
ARIANA RODRIGUES GUIDES
2ª SÉRIE
MATRIZ CULTURAL AFRICANA
Aula 15

3. OBJETIVO
Entender a contribuição da Matriz Cultural Africana, na
formação do povo brasileiro e na contemporaneidade

4. O que vem em sua mente quando
você pensa as culturas africanas no
Brasil?

5. CONTRIBUIÇÃO AFRICANA
● A contribuição africana nas trocas
culturais do país é evidente,
manifestando-se em diversos campos
(língua, dança, religião, música,
culinária, etc).
● A matriz africana tem influência de
diversas regiões do continente
africano.
Imagem: Capoeira, Farol da Barra,
Salvador-BA

6. ● A influência africana no processo de formação da cultura
afro-brasileira começou a ser delineada a partir do
tráfico negreiro, quando milhões de africanos
“deixaram” forçadamente o continente africano para
exercer o trabalho escravo no Brasil.
● O que era um elemento de suma importância na
economia do período colonial, considerado “as mãos e
os pés dos senhores de engenho”
(ANTONIL, 1982, p.89).

7. ● Contudo, a contribuição africana no período colonial foi
muito além do campo econômico, através da revivência
das culturas de origem e recriação de novas práticas
culturais através do contato com outras culturas.
● O negro africano contribuiu para o desenvolvimento
populacional do Brasil e tornou-se, pela mestiçagem,
parte inseparável de seu povo. Espalharam-se por todo o
território, fazendo trabalho braçal em
engenhos de açúcar, fazendas de criação,
de café, e etc.

8. ● As diferentes tradições incluíram
bantos, nagôs e jejes, cujas crenças
religiosas deram origem às religiões
afro-brasileiras;
● As culturas africanas foram combatidas
pelos colonizadores. No Estado colonial,
os africanos aprendiam o português,
eram batizados com nomes
portugueses, casados e obrigados a se
converterem ao catolicismo.

9. ● Muitos escravizados, mesmo se
declarando como cristãos, não
abandonaram a fé nos orixás, inquices
e vodus originários de sua terra natal.
● Ao longo do tempo, a coexistência das
crenças abriu campo para que novas
experiências religiosas – dotadas de
elementos africanos, cristãos e
indígenas, representadas na imagem ao
lado, fossem estruturadas no Brasil.

10. ATIVIDADE
1- Enem adaptada Leia a frase: Torna-se claro que quem
descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram
os próprios africanos trazidos como escravos. E esta
descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico,
estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da
religião. SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descobertado Brasil. Revista USP, n. 12,
dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado).
Identifique as contribuições das culturas africanas
que foram incorporadas pela sociedade
brasileira. Escreva citando exemplos.

11. RESPOSTA
1- (Pessoal) Entre as contribuições das culturas africanas na
sociedade brasileira, podemos citar a língua (palavras como
moleque, quindim, quilombo, quitanda, samba, entre outros).
Como outro exemplo, podemos citar a religião, como a
umbanda e o candomblé.

12. ● Candomblé e umbanda: religiões
originalmente brasileiras, mas que
surgiram com base em elementos
religiosos africanos;
● O candomblé consiste no culto aos
orixás da cultura iorubá, enquanto a
umbanda é uma forma sincrética entre
o candomblé, o catolicismo e o
espiritismo kardecista.
CULTURA AFRODESCENDENTE NO BRASIL
Imagem:
Cerimônia de
Candomblé

13. ● Culinária: Nossa culinária é repleta de pratos e
ingredientes originários da cultura africana ou criados por
africanos no Brasil. Podemos listar o acarajé, o vatapá, o
abará e o caruru.
● Dança: a capoeira (também arte marcial utilizada como
defesa dos negros escravizados, que praticavam a fuga
como resistência contra os capitães do mato);
o samba; o axé (dança originária do ritmo
afoxé que tem origem nas tradicionais
danças religiosas); o coco; e o maracatu.

14. CAPOEIRA
Manifestações
culturais afro
brasileiras
CANDOMBLÉ

15. ● É importante trazermos à tona a
visibilidade negra na construção social,
cultural e econômica do Paraná;
● Tecnologias e conhecimentos trazidos
por africanos: Na engenharia e na
construção temos várias técnicas, como a
taipa de pilão, na imagem ao lado, e a
presença destas técnicas na construção
de diversos prédios ainda existentes no
Estado do Paraná.
SÍMBOLOS AFRO-PARANAENSES

16. ● Enedina Alves Marques (imagem) -
primeira mulher negra a obter curso
superior do Estado do Paraná e a ser
engenheira no Brasil; responsável pela
construção da Usina Capivari-Cachoeira, a
Usina Hidrelétrica Governador Pedro
Viriato Parigot de Souza.
● Os irmãos Rebouças - considerados os
maiores engenheiros do século XIX e
responsáveis pela construção da Estrada da
Graciosa e da Ferrovia Paranaguá-Curitiba.
CONTRIBUIÇÕES NA ENGENHARIA

17. ● Baobás e Gameleiras: símbolos
africanos e afro-brasileiros
relacionados à cosmologia e à
religiosidade africana - as
gameleiras, estão ligadas às
Comunidades Tradicionais de
Terreiro.
Baobás
Gameleira

18. ATIVIDADE
2- Leia a frase:
É preciso evidenciar, no contexto histórico geográfico da
cidade, outra história, que contemple povos e culturas
invisibilizados (...)(ARRUDA, 2018).
Cite e explique pelo menos 2 símbolos ou saberes da cultura
africana presentes na sociedade paranaense.

19. RESPOSTA
2- (Pessoal) Sua resposta deve levar em consideração os
aspectos das culturas afro-brasileiras abordados pela aula,
nas mais diversas áreas, tais como: arte, ciência, tecnologia
engenharia, religião e literatura. A resposta deve ser
completa, resgatando os dois pontos solicitados, que dizem
respeito ao Paraná.

20. RETOMADA
Entendemos a contribuição da matriz cultural africana e sua
presença para além do período de formação do povo
brasileiro
Também identificamos a presença das culturas africanas no
Brasil e no Paraná.

21. REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S; BRIDI, M; MOTIM, B. Sociologia: Volume único: ensino médio. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2016.
ARRUDA, J. M. M. Baobás e gameleiras: símbolos majestosos africanos e afro-brasileiros. In: SILVA, A.; COQUEIRO, E. A.;
REINEHR, M. (Orgs.). Caderno Pedagógico: Oralidades Afroparanaenses. Curitiba: Editora Humaitá, 2018. p. 28-47.
CHAGAS, N. M. O. Da taipa à engenharia: tecnologia africana na construção do Paraná. In: SILVA, A.; COQUEIRO, E. A.;
REINEHR, M. (Orgs.). Caderno Pedagógico: Oralidades Afroparanaenses. Curitiba: Editora Humaitá, 2018. p. 15-
27.
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/equipesmultidisciplinares/2019/encontro2/roteiro2_em2019.p
df
https://portalabrantes.com.br/thumbs.php?w=710&imagem=images/noticias/6231/unnamed%20(7).jpg
https://segredosdomundo.r7.com/wp-content/uploads/2020/05/baoba-qual-a-origem-da-arvore-simbolo-da-africa-
1024x683.jpg
http://www.circulandoporcuritiba.com.br/2011/04/51-arvores-imunes-de-corte-de-curitiba_23.html
http://unifei.edu.br/personalidades-do-muro/wp-content/uploads/sites/94/2019/07/Enedina-Alves-Marques-Capa.jpg
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