aula de exames sorológicos e bioquímicos que auxiliam o profissional de saúde em atendimento dos pacientes
aula de exames sorológicos e bioquímicos que auxiliam o profissional de saúde em atendimento dos pacientes
2. O exame clínico é de fundamental
importância, pois através dos sinais e
sintomas é que suspeitaremos de
determinada patologia. Portanto
devemos ter um conhecimento básico
das patologias em geral para
podermos solicitar exames
complementares coerentes para a
obtenção do diagnóstico.
3. Relacionados a hemostasia
Hemograma
Exames sorológicos e bioquímicos
Exames Complementares de
Interesse em Odontologia
4. Relacionados a Hemostasia
Coagulograma completo:
TS;
TC;
PT;
PTC;
Prova do laço ou fragilidade capilar;
Contagem de plaquetas;
Retração do coágulo.
6. Exames Sorológicos e Bioquímicos
Os exames sorológicos visam avaliar no plasma
sanguíneo do paciente a presença de proteínas
séricas com atividade imunológica. Estas
proteínas imunológicas ativas, denominam-se
imunoglobulinas ou anticorpos.
Os exames bioquímicos visam avaliar os
componentes químicos do sangue.
8. Resultado do Exame Sorológico
Reativo ou Reagente
Não reativo ou Não Reagente
Quando o resultado do exame é reativo, significa que
este paciente teve ou tem contato com o agente
causal (antígeno). Já quando o exame é não reativo
significa que o paciente não teve contato ou que a
quantidade de antígeno não foi suficiente para
desenvolver a patologia.
9. A Manifestação da Patologia
Depende de 3 Fatores:
Concentração do inócuo
Grau de infectividade
Sistema imune do hospedeiro
14. Sífilis Congênita
Características clínicas:
incisivos chanfrados em forma de chave-de-fenda
(incisivos de Hutchinon);
molares tuberculares (molar em amora);
manchas no esmalte também podem ocorrer;
palato arqueado;
mandíbula curta.
15. Exames Sorológicos
Reação de Wassermam;
Reação de Kline;
Reação de Mazzini;
VDRL (Veneral Disease Research Laboratory);
FTA-ABS (Fluorescent Treponemal Antibory Absortion);
TPI (Prova da Imobilização do Treponema);
RPCF (Reiter Protein Complement Fixation);
RPR (Plasmina Reagina Rápida).
16. Tipos de Reações
1. Não-Treponêmicas: pesquisam a reagina no
soro do paciente, que aparece 10 dias após o
surgimento do cancro. Exemplo: VDRL e
RPR. São exames inespecíficos, mas de fácil
execução e baixo custo.
2. Treponêmicas: pesquisam o anticorpo
específico do Tp através da fluorescência.
Exemplo: FTA-ABS. É um exame sensível e
caro.
17. Sorológicos
Definição: infecção causada por um protozoário
Etiologia: Toxoplasma Gondii
Manifestação: pacientes imunodeprimidos ou fetos
em desenvolvimento
Classificação: - adquirida (aguda, sub-aguda,
crônica)
- congênita
Toxoplasmose
19. Exames Sorológicos:
Reação do corante Sabin e Feldman;
Reação indireta de anticorpos fluorescentes (IFA);
Prova para anticorpos IgM:- IgM-IFI;
- IgM-ELISA;
Provas de hemaglutinação indireta (HAI).
20. Sorológicos
Definição: É uma doença infecciosa autolimitante
causada por um vírus.
Etiologia: vírus Epstein-barr (EBV). É transmitida
pela saliva ou perdigoto respiratório, geralmente
pelo beijo.
Localização: palato mole, úvula, tonsilas,
gengiva.
Mononucleose
21. Características Clínicas
Incubação de 5-30 dias;
Linfoadenopatia geral;
Petéquias no palato;
Edema uvular;
Exudato tonsilar;
Gengivite;
Febre de baixo grau;
Mal estar;
Dor de cabeça leve;
Anorexia e dor de garganta.
23. Blastomicose ou Paracoccidioidomicose
Definição: É uma micose profunda, causada por um fungo.
Este fungo está presente na América Latina (doença
endêmica).
Etiologia: Paracoccidioides braziliensis.
Via de acesso: pulmonar; cutânea ou mucosa através de
trauma.
Localização: palato, mucosa jugal, língua, gengiva, seio
maxilar.
Classificação: aguda ou crônica.
Sorológicos
24. Características Clínicas:
nódulos e úlceras vegetantes crônicas;
lesões múltiplas, dolorosas e infiltrativas;
estomatite moriforme;
enfartamento ganglionar (pode ser a única
manifestação clínica da doença).
26. Sorológico
Leishmaniose
Definição: patologia causada por um protozoário.
Etiologia: protozoário do gênero Leishmania.
Classificação:
Leishmaniose Visceral: causada pela L. chagasi, também
conhecida como Kala-azar;
Leishmaniose Tegumentar: causada pela L. braziliensis,
também conhecida como Úlcera de Bauru;
Leishmaniose Muco-cutânea: causada pela L. braziliensis.
27. Características clínicas:
Lesão primária
úlcera gande arredondada ou oval;
bordas infiltradas em rolete;
fundo avermelhado, granulomatoso ou vegetante;
intensa secreção;
indolor;
não causa infartamento ganglionar;
após cicatrização deixa uma cicatriz discrômica.
28. Características clínicas:
Lesões tardias
se localizam na pele e nas mucosas;
acomete geralmente a mucosa do nariz e da boca;
podem ser amplas e extensas ou focais;
o grau de comprometimento depende do estado
imunológico do paciente.
30. Sorológico
AIDS
Definição: doença infecto-contagiosa causada por
um vírus.
Etiologia: vírus HIV.
Meios de Transmissão: - sexual;
- transfusão sanguínea;
- vertical;
- doação de órgão e sêmem;
- uso de agulhas e seringas
contaminadas.
31. Lesões Associadas à Infecção do HIV
Candidíase;
Queilite angular;
Leucoplasia Pilosa;
Gengivite;
Gengivite necrosante;
Periodontite;
Sarcoma de Kaposi;
Linfoma não-Hodgkin.
32. Exames Sorológicos:
Método Direto:
Pesquisa do antígeno víral;
Pesquisa de caracterização do vírus.
Método Indireto:
ELISA;
Imunofluorescência indireta;
Western-Blot.
33. Sorológico
Hepatite
Definição: É uma doença hepática de caráter
inflamatório grave.
Etiologia: alcoólica, bacteriana, viral,
gordurosa, auto-imune;
34. Hepatites Virais
Hepatite A: contaminação oro-fecal
acomete mais crianças e adolescentes
manifestação clínica mais evidente
Hepatite B: contaminação por sangue, saliva e sêmen
crônica
manifestações clínicas ou sub-clínicas
Hepatite C: via de contaminação incerta
35. Hepatites Virais
Hepatite D: oportunista
contaminação por sangue, saliva e
sêmem
atua como agravante da hepatite
Hepatite E: natureza obscura
semelhante a Hepatite A
38. Bioquímicos
Doença de Paget
Definição: Doença crônica caracterizada pelo
aumento da formação e destruição óssea onde o
osso normal é substituído por tecido osteóide
imaturo.
Etiologia: Desconhecida.
40. Características Clínicas:
Bucais:
má posição dental, migração e diastemas;
aumento de volume ósseo;
abertura da rima bucal;
inadaptação de próteses;
dor;
parestesia.
43. Bioquímico
Displasia Fibrosa
Definição: Processo benígno caracterizado
pela presença de tecido conjuntivo fibroso.
Classificação:
monostótica;
poliostótica:- somente lesões ósseas;
- tipo Jaffe;
- tipo Albright.
44. Características Clínicas:
acomete mais o sexo feminino;
pacientes jovens;
acomete mais a maxila;
assimetria facial;
pode acometer assoalho de órbita e cavidade sinusal;
cortical óssea é sempre respeitada;
aspecto radiográfico de vidro despolido;
afastamento dental.
46. Bioquímico
Lesão Central de Células Gigantes
Definição: patologia benigna que geralmente
atinge o complexo maxilo-mandibular
Etiologia: desconhecida, mas parece ter relação
com traumas pregressos
47. Características Clínicas:
acomete mais pacientes jovens e adultos do sexo feminino;
maior prevalência na região anterior e na mandíbula;
expansão óssea assintomática;
pode romper a cortical óssea;
geralmente multiloculada;
afastamento das raízes.
50. Características Clínicas
Gerais:
acomete mais o sexo feminino, acima dos 40 anos;
calcificação de tecidos moles;
cansaço, sonolência e letargia.
Manifestações Esqueléticas:
osteíte fibrosa cística;
osteoporose;
fraturas patológicas;
ostealgia;
deformidades.
51. Bibliografia
1. Diagnóstico Bucal. Sérgio Kignel. Robe
Editorial;
2. Laboratório para o Clínco. Otto Miller, R. Reis
Gonçalves. Editora Atheneu;
3. Manual de Exames. Laboratório Fleury;
4. Metodologia do Exame Clínico em
Odontologia. Walter João Genovese. Pancast
Editorial;
5. Patologia. Robbins. Editora Guanabara Koogan.