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Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle
Carina Branta Lopes Rios
Engenheira de Alimentos
10 de outubro de 2016
História
 Desenvolvido pela Pillsburry Company em resposta as
solicitações da NASA;
 Inocuidade dos alimentos: ausência de microrganismos
e suas toxinas;
 Utilização do conceito FMEA (modo falha) – predizer
perigos potenciais; determinação de pontos de
medição para entendimento se o processo havia ou
não sido controlado.
Conceitos gerais
Referências:
Codex Alimentarius - CAC/RCP 1-1969
ABNT NBR ISO 22000:2006
Alimento
Seguro
Que não causará dano ao
consumidor quando
preparado e/ou
consumido de acordo
com seu uso pretendido.
Perigo
Agente biológico,
químico ou físico, ou
condição do alimento,
com potencial de causar
um efeito adverso à
saúde.
APPCC
Sistema que identifica,
avalia e controla os
perigos que são
significativos para a
segurança dos alimentos.
Programas de pré-requisito
“Condições básicas e atividades necessárias para manter um
ambiente higiênico ao longo da cadeia produtiva de
alimentos, adequadas para a produção, manuseio e provisão
de produtos finais seguros e de alimentos seguros para o
consumo humano.”
(ABNT NBR ISO 22000)
Etapas Iniciais
 Formação da Equipe
 Descrição do Produto
 Fluxograma de processo
Formação da Equipe
 Equipe multidisciplinar
 Conhecimento e competência técnica
 Capacitação
Descrição do Produto
 Composição
 Características importantes à segurança de alimentos
como aw, pH, tratamentos térmicos
 Embalagem
 Vida útil/ Validade
 Condições de armazenamento e transporte
 Determinação do uso previsto: Uso esperado do
usuário:
 Mercado pretendido
 Uso do consumidor/ Rotulagem
Fluxograma
O fluxograma deve ser elaborado pela equipe HACCP,
cobrindo todas as etapas da operação relativas a um
determinado produto.
 Recebimento e estocagem de matéria prima e
material de embalagem;
 Etapas de processo;
 Entrada de ingredientes, produtos intermediários,
reprocesses;
 Utilidades: ar comprimido, gases, água;
 Filtros, peneiras, magnetos, detectores de metais;
 Estocagem/ expedição do produto final.
Fluxograma deve ser verificado/
confirmado in loco
7 Princípios do HACCP
1. Conduzir uma análise de perigos
2. Determinar os pontos críticos de controle
3. Estabelecer os Limites Críticos
4. Estabelecer procedimentos de monitoramento
5. Estabelecer ações corretivas a serem tomadas quando o
monitoramento indica que o PCC não está sob controle
6. Estabelecer procedimentos de verificação para confirmar
que o sistema HACCP está trabalhando efetivamente
7. Estabelecer documentação e manutenção de registros
Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos
Perigo à segurança de alimentos
“Agente biológico, químico ou físico, ou condição do alimento, com
potencial de causar um efeito adverso à saúde”
(ABNT NBR ISO 22000)
Perigos podem ser introduzidos:
• Matérias primas
• Materiais de embalagem
• Equipamentos
• Processo de produção
• Uso do consumidor
Identificar
os perigos
Avaliar a
significância
do perigo
Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos
 Perigo Biológico: Salmonella, Listéria
 Perigo Químico: Alergênicos, Micotoxinas, Metais Pesados
 Perigo Físico: Metal, madeira, plástico duro
Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos
Para a idenficação de um perigo, deve-se considerar:
 Conhecimento do processo (histórico);
 Bases científicas
 Legislações
Após serem idenficados, os perigos devem ser analisados
 Avaliação do perigo (significância)
Severi-
dade
Probabi-
lidade Risco
Princípio 2. Identificar os PCCs
Mecanismo de controle
“Ação ou atividade que pode ser usada para prevenir ou
eliminar um perigo à segurança de alimentos ou para
reduzi-lo a um nível aceitável.”
Ponto Crítico de Controle (PCC)
“Etapa na qual o controle pode ser aplicado e é essencial
para prevenir ou eliminar um perigo à segurança de
alimentos ou reduzí-lo a um nível aceitável.”
(ABNT NBR ISO 22000)
A determinação de um PCC pode ser
facilitada pelo uso da árvore decisória.
(abordagem lógica)
Árvore decisória
a) Seu efeito sobre os perigos à segurança de alimentos identificados, em
relação ao rigor aplicado;
b) sua viabilidade para monitoramento (por exemplo, habilidade de ser
monitorada em tempo) adequado para permitir correções imediatas;
c)sua posição dentro do sistema em relação a outras medidas de controle;
d) a probabilidade de falhas no seu funcionamento ou variações
significantes no processo;
e) a severidade da(s) consequência(s) em caso de falhas no seu
funcionamento;
f) se a medida de controle é especificamente estabelecida e aplicada para
eliminar ou reduzir significantemente o nível de perigo (s);
g) efeitos sinérgicos (isto é interações que ocorrem entre duas ou mais
medidas, sendo o resultado de seus efeitos combinados maior que a soma
de seus efeitos individuais).
Exemplos de requisitos para determinação do PCC (7.4.4 da ISO 22000):
Exemplos de Perigos e controles
Carta pasteurizador PCC
Perigos biológicos em matérias primas sensíveis.
Exemplos de Perigos e controles
Produtos na mesma linha com diferentes perfis alergênicos.
PCC
Exemplos de Perigos e controles
Perigos metálicos – contato metal-metal
PCC
Princípio 3. Estabelecer os limites críticos
Limite Crítico
“Critério que separa a aceitação da rejeição”
(ABNT NBR ISO 22000)
Limites críticos são estabelecidos para determinar se um
PCC permanece sob controle. Se um limite crítico for
excedido ou violado, os produtos afetados são
considerados como potencialmente inseguros.
Princípio 3. Estabelecer os limites críticos
Limite Crítico
 Parâmetro na etapa do
processo que deve ser
atingido para assegurar a
segurança do alimento.
Limite Operacional
 Parâmetro estabelecido pelo procedimento de
manufatura que deve ser atingido na etapa do
processo. Normalmente associados a parâmetros de
qualidade.
Limite Crítico:
129°C por 12,8 min
Limite Operacional:
150°C por 15,5 min
 Fontes para determinação do limite crítico:
Legislação, Estudos Experimentais, Artigos científicos
Princípio 4. Estabelecer procedimentos
de monitoramento
Monitoramento
“Condução de uma sequência planejada de observações ou
de medições para avaliar se as medidas de controle estão
operando conforme planejado”
(ABNT NBR ISO 22000)
Limite Crítico:
129°C por 12,8 min
O que monitorar?
Como monitorar?
Quando monitorar?
Quem vai monitorar?
Princípio 4. Estabelecer procedimentos
de monitoramento
Objetivo do monitoramento:
 Garantir o controle do processo;
 Identificar quando há perda de controle (desvio do PCC).
 O que monitorar?
• Tempo/ velocidade de
esteira/ fluxo
• Temperatura
• Atividade de água
• Resíduos de alergênicos
 Como monitorar?
• Equipamentos calibrados (termômetro, pH
metro, medido de vazão)
• Visual
 Quando monitorar?
• Contínuo
• Não contínuo (batch)
 Quem vai monitorar?
• Funcionário treinado.
Princípio 5. Estabelecer ações corretivas
Correção
“Ação para eliminar uma não-conformidade detectada.”
(ABNT NBR ISO 22000)
Ação corretiva
“Ação para eliminar a causa de uma não conformidade
detectada ou outra situação indesejável.”
(ABNT NBR ISO 22000)
Princípio 5. Estabelecer ações corretivas
 Determinar a disposição de um produto não conforme
 Eliminar a causa raiz para evitar recorrência
 Colocar o PCC novamente sob controle
Deve-se manter registros de ações corretivas.
 Identificação do produto (produto, quantidade, data);
 Descrição do desvio;
 Responsável, assinaturas.
Princípio 6. Estabelecer procedimentos
de verificação
Verificação
“Confirmação, através do fornecimento de evidências
objetivas, de que os requisitos especificados foram
cumpridos.”
(ABNT NBR ISO 22000)
Validação
“Obtenção de evidências de que as medidas de controle
gerenciadas pelo plano HACCP e pelos Pré-requisitos
Específicos são capazes de ser eficazes.”
(ABNT NBR ISO 22000)
Princípio 7. Estabelecer documentação
e manutenção de registros
São exemplos de documentação:
 Análise de perigos;
 Determinação dos PCC;
 Determinação dos limites críticos.
São exemplos de registro:
 Atividades de monitoramento dos PCC;
 Desvios e ações corretivas correspondentes;
 Procedimentos de verificação efetuados.
Carina Branta Lopes Rios
cbranta@gmail.com
Referência
http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/alimentos/
codex_alimentarius.pdf

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  • 1. Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Carina Branta Lopes Rios Engenheira de Alimentos 10 de outubro de 2016
  • 2. História  Desenvolvido pela Pillsburry Company em resposta as solicitações da NASA;  Inocuidade dos alimentos: ausência de microrganismos e suas toxinas;  Utilização do conceito FMEA (modo falha) – predizer perigos potenciais; determinação de pontos de medição para entendimento se o processo havia ou não sido controlado.
  • 3. Conceitos gerais Referências: Codex Alimentarius - CAC/RCP 1-1969 ABNT NBR ISO 22000:2006 Alimento Seguro Que não causará dano ao consumidor quando preparado e/ou consumido de acordo com seu uso pretendido. Perigo Agente biológico, químico ou físico, ou condição do alimento, com potencial de causar um efeito adverso à saúde. APPCC Sistema que identifica, avalia e controla os perigos que são significativos para a segurança dos alimentos.
  • 4. Programas de pré-requisito “Condições básicas e atividades necessárias para manter um ambiente higiênico ao longo da cadeia produtiva de alimentos, adequadas para a produção, manuseio e provisão de produtos finais seguros e de alimentos seguros para o consumo humano.” (ABNT NBR ISO 22000)
  • 5. Etapas Iniciais  Formação da Equipe  Descrição do Produto  Fluxograma de processo
  • 6. Formação da Equipe  Equipe multidisciplinar  Conhecimento e competência técnica  Capacitação
  • 7. Descrição do Produto  Composição  Características importantes à segurança de alimentos como aw, pH, tratamentos térmicos  Embalagem  Vida útil/ Validade  Condições de armazenamento e transporte  Determinação do uso previsto: Uso esperado do usuário:  Mercado pretendido  Uso do consumidor/ Rotulagem
  • 8. Fluxograma O fluxograma deve ser elaborado pela equipe HACCP, cobrindo todas as etapas da operação relativas a um determinado produto.  Recebimento e estocagem de matéria prima e material de embalagem;  Etapas de processo;  Entrada de ingredientes, produtos intermediários, reprocesses;  Utilidades: ar comprimido, gases, água;  Filtros, peneiras, magnetos, detectores de metais;  Estocagem/ expedição do produto final. Fluxograma deve ser verificado/ confirmado in loco
  • 9. 7 Princípios do HACCP 1. Conduzir uma análise de perigos 2. Determinar os pontos críticos de controle 3. Estabelecer os Limites Críticos 4. Estabelecer procedimentos de monitoramento 5. Estabelecer ações corretivas a serem tomadas quando o monitoramento indica que o PCC não está sob controle 6. Estabelecer procedimentos de verificação para confirmar que o sistema HACCP está trabalhando efetivamente 7. Estabelecer documentação e manutenção de registros
  • 10. Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos Perigo à segurança de alimentos “Agente biológico, químico ou físico, ou condição do alimento, com potencial de causar um efeito adverso à saúde” (ABNT NBR ISO 22000) Perigos podem ser introduzidos: • Matérias primas • Materiais de embalagem • Equipamentos • Processo de produção • Uso do consumidor
  • 11. Identificar os perigos Avaliar a significância do perigo Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos  Perigo Biológico: Salmonella, Listéria  Perigo Químico: Alergênicos, Micotoxinas, Metais Pesados  Perigo Físico: Metal, madeira, plástico duro
  • 12. Princípio 1. Conduzir a análise de Perigos Para a idenficação de um perigo, deve-se considerar:  Conhecimento do processo (histórico);  Bases científicas  Legislações Após serem idenficados, os perigos devem ser analisados  Avaliação do perigo (significância) Severi- dade Probabi- lidade Risco
  • 13. Princípio 2. Identificar os PCCs Mecanismo de controle “Ação ou atividade que pode ser usada para prevenir ou eliminar um perigo à segurança de alimentos ou para reduzi-lo a um nível aceitável.” Ponto Crítico de Controle (PCC) “Etapa na qual o controle pode ser aplicado e é essencial para prevenir ou eliminar um perigo à segurança de alimentos ou reduzí-lo a um nível aceitável.” (ABNT NBR ISO 22000) A determinação de um PCC pode ser facilitada pelo uso da árvore decisória. (abordagem lógica)
  • 14.
  • 15. Árvore decisória a) Seu efeito sobre os perigos à segurança de alimentos identificados, em relação ao rigor aplicado; b) sua viabilidade para monitoramento (por exemplo, habilidade de ser monitorada em tempo) adequado para permitir correções imediatas; c)sua posição dentro do sistema em relação a outras medidas de controle; d) a probabilidade de falhas no seu funcionamento ou variações significantes no processo; e) a severidade da(s) consequência(s) em caso de falhas no seu funcionamento; f) se a medida de controle é especificamente estabelecida e aplicada para eliminar ou reduzir significantemente o nível de perigo (s); g) efeitos sinérgicos (isto é interações que ocorrem entre duas ou mais medidas, sendo o resultado de seus efeitos combinados maior que a soma de seus efeitos individuais). Exemplos de requisitos para determinação do PCC (7.4.4 da ISO 22000):
  • 16. Exemplos de Perigos e controles Carta pasteurizador PCC Perigos biológicos em matérias primas sensíveis.
  • 17. Exemplos de Perigos e controles Produtos na mesma linha com diferentes perfis alergênicos. PCC
  • 18. Exemplos de Perigos e controles Perigos metálicos – contato metal-metal PCC
  • 19. Princípio 3. Estabelecer os limites críticos Limite Crítico “Critério que separa a aceitação da rejeição” (ABNT NBR ISO 22000) Limites críticos são estabelecidos para determinar se um PCC permanece sob controle. Se um limite crítico for excedido ou violado, os produtos afetados são considerados como potencialmente inseguros.
  • 20. Princípio 3. Estabelecer os limites críticos Limite Crítico  Parâmetro na etapa do processo que deve ser atingido para assegurar a segurança do alimento. Limite Operacional  Parâmetro estabelecido pelo procedimento de manufatura que deve ser atingido na etapa do processo. Normalmente associados a parâmetros de qualidade. Limite Crítico: 129°C por 12,8 min Limite Operacional: 150°C por 15,5 min  Fontes para determinação do limite crítico: Legislação, Estudos Experimentais, Artigos científicos
  • 21. Princípio 4. Estabelecer procedimentos de monitoramento Monitoramento “Condução de uma sequência planejada de observações ou de medições para avaliar se as medidas de controle estão operando conforme planejado” (ABNT NBR ISO 22000) Limite Crítico: 129°C por 12,8 min O que monitorar? Como monitorar? Quando monitorar? Quem vai monitorar?
  • 22. Princípio 4. Estabelecer procedimentos de monitoramento Objetivo do monitoramento:  Garantir o controle do processo;  Identificar quando há perda de controle (desvio do PCC).  O que monitorar? • Tempo/ velocidade de esteira/ fluxo • Temperatura • Atividade de água • Resíduos de alergênicos  Como monitorar? • Equipamentos calibrados (termômetro, pH metro, medido de vazão) • Visual  Quando monitorar? • Contínuo • Não contínuo (batch)  Quem vai monitorar? • Funcionário treinado.
  • 23. Princípio 5. Estabelecer ações corretivas Correção “Ação para eliminar uma não-conformidade detectada.” (ABNT NBR ISO 22000) Ação corretiva “Ação para eliminar a causa de uma não conformidade detectada ou outra situação indesejável.” (ABNT NBR ISO 22000)
  • 24. Princípio 5. Estabelecer ações corretivas  Determinar a disposição de um produto não conforme  Eliminar a causa raiz para evitar recorrência  Colocar o PCC novamente sob controle Deve-se manter registros de ações corretivas.  Identificação do produto (produto, quantidade, data);  Descrição do desvio;  Responsável, assinaturas.
  • 25. Princípio 6. Estabelecer procedimentos de verificação Verificação “Confirmação, através do fornecimento de evidências objetivas, de que os requisitos especificados foram cumpridos.” (ABNT NBR ISO 22000) Validação “Obtenção de evidências de que as medidas de controle gerenciadas pelo plano HACCP e pelos Pré-requisitos Específicos são capazes de ser eficazes.” (ABNT NBR ISO 22000)
  • 26. Princípio 7. Estabelecer documentação e manutenção de registros São exemplos de documentação:  Análise de perigos;  Determinação dos PCC;  Determinação dos limites críticos. São exemplos de registro:  Atividades de monitoramento dos PCC;  Desvios e ações corretivas correspondentes;  Procedimentos de verificação efetuados.
  • 27. Carina Branta Lopes Rios cbranta@gmail.com