SlideShare a Scribd company logo
1 of 37
Download to read offline
INTRODUÇAO
A morfologia das células sanguíneas desempenha um papel crucial na
identificação de doenças e distúrbios hematológicos, Através da observação e análise
meticulosa das características morfológicas das células, é possível obter informações
úteis para um diagnóstico preciso e eficiente. A morfologia das células pode ser
avaliada em relação ao tamanho, forma, conteúdo citoplasmático e características
nucleares.
A utilização de métodos de análise como a microscopia óptica, a citometria de
fluxo e as técnicas de imagem permite um estudo mais aprofundado da morfologia
celular, contribuindo para avanços inovadores na área da hematologia.
Nossa jornada começa explorando as principais células sanguíneas em
detalhes, revelando suas características distintas e funções vitais. Em seguida,
mergulhamos nas variações morfológicas, desvendando o que acontece quando as
células sanguíneas encontram desafios genéticos ou patológicos. Por fim,
compartilharemos guias práticos para identificação e estudos de caso, conectando a
teoria à prática clínica.
2. ERITOPOIESE (SERIE VERMELHA)
É o processo de maturação dos eritrócitos na medula óssea, os eritrócitos
também conhecidos como ´Hemácias´ são formados a partir de uma célula tronco
chamada de célula tronco hematopoiética. Essas células desempenham um papel
fundamental no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e são
essenciais para a sobrevivência e funcionamento adequado do organismo.
2.1. Eritropoiese: Hemácias normais.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7037-hemacias-normais
As células tronco são estimuladas pela eritropoetina e pela glicoproteína a
formar mais eritroblastos, seguindo o processo de maturação por mitose. A produção
das hemácias, ocorre ao longo de aproximadamente 7 a 8 dias.
Fatores essenciais para essa maturação incluem a vitamina B12, que
desempenha um papel fundamental na formação do grupo Heme (responsável pela
ligação ao oxigênio), e o ácido fólico, que desempenha um papel vital na
hematopoiese em geral, em situações em que falta algum desses elementos, a célula
não consegue duplicar seu DNA normalmente.
2.2. Eritropoiese: Células tronco hematopoiéticas (CD34)
Fonte: Atlas de Hematologia - Therezinha.pdf
As células CD34 são uma categoria especial de células-tronco hematopoiéticas
que expressam a molécula CD34 em sua superfície, elas desempenham um papel
crucial no processo de formação de todas as células sanguíneas. No processo de
maturação a célula tronco hematopoiética passara por alterações morfológicas e
bioquímicas, como por exemplo: a diminuição do tamanho celular.
2.3. Eritopoiese: Processo de maturação
Fonte: https://www.sanarmed.com/resumo-fisiologia-das-hemacias-colunistas
3. PROERITOBLASTO
Os proeritroblastos são estágios iniciais na maturação das células precursoras
dos eritrócitos (glóbulos vermelhos) durante o processo de hematopoiese. Eles
representam uma fase crucial na formação dos eritrócitos maduros.
3.1 Proeritoblasto: Fase inicial da maturação
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7032-proeritroblasto
3.2 Proeritoblastos: imagem 3.1 aumentada em 100x
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7032-proeritroblasto
4. ERITROBLASTO BASOFILO
Os eritroblastos basófilos representam um estágio intermediário entre as
células-tronco hematopoiéticas e os eritroblastos posteriores.
Núcleo: Os eritroblastos basófilos possuem um núcleo relativamente grande e central.
Cor: Coloração azul escuro, devido à sua natureza basofílica.
4.1. Eritroblasto Basófilo: Estagio intermediário
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf
4.2. Eritroblastos Basófilo: Intermediário
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf
5. ERITROBLASTO POLICROMÁTICO
O eritroblasto policromático é um estágio intermediário no processo de
maturação dos eritrócitos.
Coloração: Exibe uma coloração azul-acinzentada devido à presença de
ribossomos e ao início da síntese de hemoglobina.
Núcleo: Podem ainda conter um núcleo, embora ele esteja em processo de
eliminação à medida que a célula amadurece.
5.1. Eritroblastos Policromático
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf
5.2. Eritroblasto Policromático
Fonte: Atlas de Hematologia - Therezinha.pdf
6. ORITROBLASTO ORTOCROMATICO
Os eritroblastos ortocromáticos são um estágio avançado na maturação dos
eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos.
Núcleo: O eritroblasto ortocromático não possui núcleo, pois ele é expulso
durante o processo de maturação.
Cor: Apresenta uma coloração mais intensa e avermelhada devido à alta
concentração de hemoglobina.
6.1 Eritroblastos ortocromatico (SETA)
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20038-eritroblasto-ortocromatico
6.2 Eritroblastos ortocromaticos expelindo o núcleo (seta)
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20038-eritroblasto-ortocromatico
7. RETICULOCITO
Representam um estágio posterior aos eritroblastos ortocromáticos e são
caracterizados por apresentarem pequenas quantidades de material celular reticular,
chamado retículo.
Núcleo: Não possuem núcleo.
Coloração: Apresentam uma coloração azulada ou purpúrea devido à presença
do retículo no citoplasma.
7.1. Reticulócito
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20039-reticulocito
7.2 Reticulócito
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7036-reticulocito
8. HEMÁCIA
Nesse estágio, essas células alcançam a sua forma e função maduras.
Núcleo: Não possuem núcleo.
Coloração: Elas têm uma coloração avermelhada devido à alta concentração
de hemoglobina em seu citoplasma.
Forma: Forma bicôncava característica, que lhes permite uma maior
flexibilidade.
Função: A principal função das hemácias é transportar oxigênio dos pulmões
para os tecidos do corpo e, ao mesmo tempo, transportar dióxido de carbono dos
tecidos de volta para os pulmões para expiração.
8.1 Hemácias: Microscópio 8.2 Hemácias na micrografia eletrônica
Fonte:https://laces.icb.ufg.br/ Fonte: https://www.sanarmed.com/fisiologia
8.3 Hemácias: esfregaço sanguíneo (seta grossa) com presença de leucócitos
e plaquetas.
Fonte: https://www.unioeste.br/portal/microscopio-virtual
9. MORFOLOGIA DAS HEMACIAS: VARIAÇÃO QUANTO AO TAMANHO
As variações no tamanho das hemácias podem ser identificadas em análises
laboratoriais, pode ser diferenciado através da medição de seu diâmetro ou volume.
Os principais índices hematimétricos usados para avaliar o tamanho das
hemácias são o VCM, HCM e CHCM.
.
9.1 ANISOCITOSE
Coloração: Pode ter coloração normocítica (normal), coloração hipocítica (mais
pálida) ou hipercítica (mais escura) dependendo da causa.
Tamanho: Tamanho variado.
Função: Não afeta diretamente a função dos eritrócitos, mas muitas vezes é
um sinal de que algo está errado no organismo.
Possíveis Causas: Anemias, deficiências de vitaminas (como a deficiência de
ferro), distúrbios hematológicos, entre outras condições médicas.
9.1.1 Hemácias maiores (seta preta) Hemácias menores (seta azul)
Fonte: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/486/o/Anisocitose_z3.jpg
9.2. MACROCITOSE
Coloração: Geralmente têm uma coloração normocítica (normal) em
comparação com as outras células do sangue.
Tamanho: Maiores do que o tamanho normal.
Função: A macrocitose não afeta diretamente a função das hemácias, mas
pode ser um indicador de problemas.
Possíveis Causas: Pode ser causada por deficiências de vitamina B12 ou ácido
fólico, distúrbios da medula óssea, hepatopatias (doenças do fígado), alcoolismo
crônico, entre outras condições médicas.
9.2.1 Macrocitose: Hemácias maiores que o normal
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/121538022/macrocitose
9.3. MICROCITOSE
Coloração: Coloração hipocítica (mais pálida) devido à redução do conteúdo de
hemoglobina.
Tamanho: Refere-se a hemácias menores do que o tamanho normal.
Função: Reduz a capacidade de transporte de oxigênio das hemácias.
Possíveis Causas: A microcitose é frequentemente causada por deficiência de
ferro (anemia ferropriva), talassemia (um grupo de doenças genéticas), anemia
sideroblástica, doença crônica, entre outras condições médicas.
9.3.1 Microcitose (seta preta)
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7045-hemacias-microciticas
9.3.2 Microcitose
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/23063802/microcitose
9.4 NORMOCITOSE
A normocitose é uma condição caracterizada pela presença de hemácias
(glóbulos vermelhos) com um tamanho médio considerado normal. Em termos de
valores hematimétricos, isso significa que o Volume Corpuscular Médio (VCM) das
hemácias encontra-se dentro da faixa de referência considerada normal para a
população.
9.4.1 Hemácias tamanho considerado normal
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf
9.4.2 Hemácias
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20025-eritrocitos-hemacias
13. VARIAÇÃO QUANTO A COLORAÇÃO
13.1 HIPOCROMIA
Condição em que as células vermelhas do sangue (eritrócitos) apresentam uma
coloração mais pálida do que o normal, pode ser um indicador de várias condições
médicas, sendo mais frequentemente associada à anemia ferropriva, que ocorre
devido à deficiência de ferro no organismo, um elemento essencial para a síntese da
hemoglobina.
13.1.1 Eritrócitos com hipocromia
Fonte: https://www.flickr.com/photos/hematologia/380576165
13.1.2 Hipocromia
Fonte: https://www.slideplayer.com.br%2Famp%2F1567942%2F&psig=
13.2. HIPERCROMIA
A hipercromia é uma condição incomum na qual as células vermelhas do
sangue (eritrócitos) apresentam uma coloração mais intensa ou mais escura do que o
normal. Isso ocorre quando há uma concentração aumentada de hemoglobina nas
hemácias.
13.2.1 Hipercromia coloração mais intensa.
Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/altera%C3%A7%C3
13.2.2 Hipercromia
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf
13.3 POLICROMATOCITOS
Os policromatócitos são uma variação das células vermelhas do sangue,
também conhecidas como eritrócitos. Essas células recebem esse nome devido à sua
coloração azul-acinzentada quando coradas com corantes laboratoriais, como o
corante Wright ou o corante de Romanowsky.
Essa coloração diferente ocorre porque os policromatócitos são, em sua
maioria, eritrócitos jovens ou reticulócitos que ainda não atingiram a maturidade total.
Eles contêm uma mistura de hemoglobina imatura (azul-acinzentada) e hemoglobina
adulta (vermelha).
13.3.1 Policromatocitos (seta preta)
14. VARIAÇÃO QUANTO Á FORMA
14.1 ACANTÓCITOS
Forma: Os acantócitos têm uma forma irregular com projeções ou espinhos na
superfície das células vermelhas do sangue.
Possíveis Causa: A presença de acantócitos no sangue pode ser causada por
condições médicas subjacentes, como doença hepática, doença celíaca,
abetalipoproteinemia e outros distúrbios metabólicos e hematológicos.
14.1.1 Acantócitos (seta preta)
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7038-acantocitos
14.1.2 Acantócitos (seta preta)
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7038-acantocitos
14.2 CODÓCITOS
Forma: Os codócitos são caracterizados por uma aparência de células com
alças de copos ou "alvo invertido" quando vistas em um esfregaço de sangue, com
uma área mais escura no centro cercada por uma área mais clara.
Possíveis Causas: Codócitos podem ser observados em condições como
esferocitose hereditária, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD),
doença hepática ou em resposta a algumas substâncias tóxicas ou medicamentos.
14.2.1 Codócitos: Hemácias em alvo
Fonte:
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/c%C3%A9lulas-alvo
14.2.2 Codócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7039-codocitos-hemacias-em-alvo
14.3 DEPRANÓCITOS
Forma: Os depranócitos, também conhecidos como "depranócitos em lágrima",
têm uma forma alongada e estreita, semelhante a uma lágrima, quando observados
em um esfregaço de sangue.
Possíveis causas: A presença de depranócitos pode ser indicativa de condições
como anemia ferropriva, talassemia, doença de células falciformes ou deficiência de
ferro.
14.3.1 Depranócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos
14.3.2 Depranócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos
14.4 EQUINÓCITOS
Forma: Os equinócitos são caracterizados por uma forma esférica ou oval com
espinhos curtos e uniformemente espaçados que se assemelham a espinhos de
ouriço quando observados em um esfregaço de sangue.
Possíveis causas: Os equinócitos podem ser causados por uma variedade de
condições, incluindo anemia hemolítica, insuficiência renal, doenças hepáticas, ou
exposição a toxinas ou substâncias químicas.
14.4.1 Equinócitos.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7042-equinocitos
14.4.2 Equinócitos (seta preta)
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7042-equinocito
14.5 ELIPTÓCITOS
Forma: Os eliptócitos têm uma forma alongada e oval, que se assemelha a uma
elipse, quando observados em um esfregaço de sangue, com uma aparência
característica em forma de bastão.
Possíveis: Os eliptócitos podem ser encontrados em condições como a
eliptocitose hereditária, anemia hemolítica, talassemia, doença hepática ou em
resposta a deficiências de certos nutrientes, como ferro ou vitamina B12.
14.5.1 Eliptócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/24123-eliptocitos
14.5.2 Eliptócitos
Fonte: https://labpratica.com.br/2018/09/23/criterios-de-revisao-de-laminas-
exemplo-de-excecao/img
14.6 ESFERÓCITO
Forma: Os esferócitos são glóbulos vermelhos com uma forma esférica e menor
do que o normal, semelhante a uma esfera ou uma bola, quando observados em um
esfregaço de sangue.
Possíveis causas: A presença de esferócitos é característica da esferocitose
hereditária, uma condição genética que afeta a membrana celular dos glóbulos
vermelhos, tornando-os mais frágeis e propensos à destruição prematura. Essa
condição pode levar à anemia hemolítica.
14.6.1 Presença de vários microesferócitos
Fonte: https://www.labnetwork.com.br/noticias/mscv-um-novo-parametro-
auxiliar
14.6.2 Esferócitos
Fonte: https://www.hemoclass.com.br%2Fmostrar-blog%2Fesferocitos
14.7 ESTOMATÓCITOS
Forma: Apresentam uma abertura ou fenda na forma de uma boca, dando-lhes
uma forma semelhante a uma boca ou fenda quando observados em um esfregaço
de sangue.
Possíveis Causas: A presença de estomatócitos pode ser causada por diversas
condições, incluindo a estomatocitose hereditária, a ingestão de certos
medicamentos, doenças hepáticas, distúrbios metabólicos e deficiências de lipídios
na membrana dos glóbulos vermelhos. A forma dos estomatócitos pode variar de
acordo com a causa subjacente.
14.7.1 Estomatócitos
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/estomatocitos-analisados-por-
microscopio-os-globulos
14.7.2 Estomatócitos
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/estomatocitos-analisados-por-
microscopio-os-globulos
14.8 OVALÓCITOS
Forma: Forma oval alongada quando observados em um esfregaço de sangue,
diferindo da forma discóide normal dos glóbulos vermelhos.
Possíveis: A presença de ovalócitos pode ser observada em condições como a
ovalocitose hereditária ou outras anemias hemolíticas hereditárias. Essa forma
irregular dos glóbulos vermelhos pode ser causada por mutações genéticas que
afetam a estrutura e a flexibilidade da membrana celular.
14.8.1 Ovalócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68854-ovalocitos
14.8.2 Ovalócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68854-ovalocitos
15. QUANTO A DOENÇAS HEMATOLOGICAS
15.1 ANEMIA FALCIFORME
15.1.1 HEMACIA NORMAL E EM FORMA DE LUA CRESCENTE
Fonte: https://www.boaconsulta.com%2Fblog%2Fmitos-e-verdades-sobre-
anemia-falciforme
A anemia falciforme é uma doença genética do sangue que afeta a
hemoglobina, uma proteína nas hemácias (glóbulos vermelhos) que transporta
oxigênio pelo corpo. A característica que á difere é a produção de hemoglobina S
(HbS) em vez de hemoglobina normal (HbA). A presença de HbS faz com que as
hemácias adquiram uma forma de foice ou crescente quando perdem oxigênio, em
oposição à forma normal de disco.
15.1.2 A anemia falciforme é causada por mutações genéticas hereditárias, que
são transmitidas dos pais para os filhos
Fonte: https://www.spsp.org.br/2022/06/17/dia-mundial-de-conscientizacao-
da-anemia-falciforme/
15.2 ANEMIA HEMOLÍTICA CONGÊNITA
15.2.1Anemia Hemolítica Congênita
Fonte:
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0304541212704730
A anemia hemolítica é um grupo de doenças do sangue que se caracteriza pela
deficiência de ferro, porque não está relacionada à produção insuficiente de hemácias,
mas sim à destruição excessiva delas levando a uma contagem reduzida de hemácias
no sangue. Quando as hemácias são destruídas de maneira acelerada, o corpo pode
não ser capaz de substituí-las rapidamente o suficiente, levando a uma contagem
reduzida de hemácias na corrente sanguínea.
Existem várias causas para a anemia hemolítica, incluindo fatores genéticos,
autoimunidade (quando o sistema imunológico ataca as próprias hemácias),
infecções, toxinas, medicamentos, reações a transfusões sanguíneas e outras
condições médicas.
SERIE BRANCA
16. LEUCOCITOS (GLOBULOS BRANCOS)
Os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, constituem um grupo de
células essenciais para a defesa do organismo contra infecções e para a ativação de
respostas imunológicas. Essas células são produzidas na medula óssea e em tecidos
linfoides, permanecendo temporariamente na corrente sanguínea antes de migrarem
para os tecidos, onde desempenham funções específicas na resposta imune.
16.1 Leucócitos no sangue
Fonte: https://www.tuasaude.com/leucocitos/
Os leucócitos podem ser classificados em dois grandes grupos: granulócitos e
agranulócitos. Os granulócitos possuem grânulos visíveis no citoplasma e núcleos
com formas irregulares, sendo também conhecidos como polimorfonucleares. Este
grupo inclui três tipos principais: neutrófilos, eosinófilos e basófilos.
Por outro lado, os agranulócitos não possuem grânulos visíveis e apresentam
núcleos com formas relativamente regulares. Existem dois tipos principais de
agranulócitos: linfócitos e monócitos
É importante destacar que o número normal de leucócitos em um adulto varia
de 4.500 a 11.500 por microlitro de sangue.
16.2 Imagem representando os grupos dos leucócitos: Granulócitos e
Agranulócitos
Fonte: https://www.infoescola.com/exames-medicos/leucograma/
17. MATURAÇÃO GRANULOCITOS
17.1 Processo de maturação.
Fonte: https://www.tiraojaleco.com.br/2017/02/os-neutrofilos.html
O processo de maturação é um aspecto crucial da função do sistema
imunológico. Ele começa na medula óssea, onde as células progenitoras
hematopoiéticas, que são células-tronco especializadas, dão origem aos diferentes
tipos de leucócitos. A maturação dos leucócitos passa por várias etapas, durante as
quais as células adquirem características específicas que determinam suas funções
no sistema imunológico.
17.1 MIELOBLASTOS
Os mieloblastos são as células mais jovens na linhagem mieloide, que é uma
das duas principais linhagens celulares na medula óssea. Eles representam o estágio
inicial da maturação celular, se originam a partir de células-tronco hematopoiéticas
multipotentes na medula óssea.
17.1.1 Mieloblastos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7052-mieloblasto
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7052-mieloblasto
17.2 PROMIELOCITOS
Os promielócitos são células precursoras que se encontram em um estágio
intermediário de maturação na medula óssea. Eles seguem os mieloblastos na linha
de diferenciação celular, o que significa que são mais maduros do que os mieloblastos,
mas ainda não alcançaram o estágio final de maturação.
À medida que os promielócitos amadurecem, eles passam por um processo de
diferenciação que envolve a expressão de genes específicos e a aquisição de
características morfológicas e funcionais de células mais maduras da linhagem
mieloide.
17.2.1 Promielócito (seta preta).
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7053-promielocito
17.2.2 Promielócito.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7053-promielocito
17.3 MIELOCITOS
Os mielócitos são células precursoras que se encontram em um estágio
intemediário de maturação na linha de diferenciação mieloide. Eles seguem os
promielócitos na sequência de maturação das células da linhagem mieloide, sendo
mais maduros que os promielócitos, as células precursoras começam a mostrar
características morfológicas específicas que determinarão se elas se tornarão
eosinófilos, neutrófilos ou basófilos.
17.3.1 Seta preta Mielócito Neutrófilo
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito
17.3.2 Mielócito eosinófilo
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito
17.3.3 Mielócito basófilo (seta azul)
Fonte: https://www.flickr.com/photos/euripedeslott/3935630854
17.3.4 Mielócito eosinófilo (seta preta) Mielócito neutrófilo (seta azul)
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito
17.4 METAMIELOCITOS
São células precursoras intermediárias na linhagem mieloide, que se
encontram em um estágio de maturação intermediário entre os mielócitos e as células
sanguíneas maduras. Os metamielócitos geralmente têm um núcleo com formato em
forma de rim ou forma de ferradura e apresentam grânulos específicos no citoplasma.
Os metamielócitos estão mais próximos da maturação completa em
comparação com os mielócitos.
17.4.1 Metamielócito neutrófilo
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7055-metamielocito
17.4.2 Metamielócitos eosinófilos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7055-metamielocito
17.4.3 Metamielócito basófilo
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/288230444904240277/
17.4.4 Metamielócitos microscópio
Fonte: https://www.istockphoto.com/br/fotos/metamielocito
17.5 BASTONETES
São células sanguíneas maduras pertencentes à linhagem mieloide, e seu
estágio de maturação indica que estão prontos para cumprir funções no sistema
imunológico.
Os bastonetes são caracterizados por um núcleo alongado e em forma de
bastão, semelhante a um pauzinho, em contraste com os neutrófilos segmentados,
que têm núcleos divididos. São células sanguíneas maduras e funcionais que têm a
capacidade de combater infecções e inflamações, os bastonetes passam por
maturação e diferenciação para se tornarem células sanguíneas maduras, como
neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos. A diferenciação ocorre em resposta a
sinais e estímulos específicos do corpo.
17.5.1 Bastonetes (seta preta)
Fonte:
Os bastonetes, eosinófilos, basófilos e neutrófilos são tipos diferentes de
glóbulos brancos (leucócitos) que pertencem à linhagem mieloide. Eles têm
características morfológicas e funções específicas no sistema imunológico.
Os eosinófilos são glóbulos brancos maduros com núcleos bilobados (divididos
em dois lobos). Ao contrário dos neutrófilos, os eosinófilos não passam por um
processo de segmentação dos núcleos durante a maturação. Eles mantêm sua forma
bilobada característica.
Os basófilos também são glóbulos brancos maduros com núcleos geralmente
bilobados. Similar aos eosinófilos, os basófilos não passam por segmentação dos
núcleos durante a maturação. Seus núcleos mantêm sua forma característica.
Já os neutrófilos passam pelo processo de segmentação.
17.5.2 Bastonete Neutrófilo 17.5.3 Bastonete Basófilo
17.5.4 Bastonete Eosinófilo
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf
17.5.5 Bastonetes
Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/102595446/laminas-de-celulas-
do-tecido-sanguineo
.
18. GRANULÓCITOS
18.1 SEGMENTAÇÃO DOS NEUTROFILOS
A segmentação dos núcleos nos, neutrófilos segmentados aumenta a
flexibilidade e a capacidade de movimento dessas células. Isso permite que eles
migrem rapidamente para áreas de infecção e inflamação, onde podem realizar a
fagocitose (engolir e destruir) bactérias e outros patógenos.
18.1.1 Neutrófilo segmentado (seta)
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20026-leucocitos
18.1.2 Neutrófilos segmentados
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20026-leucocitos
18.1.3 Neutrófilos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7057-neutrofilo-segmentado
18.1.4 Neutrófilos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7057-neutrofilo-segmentado
18.2 EUSINOFILO
Os eosinófilos têm uma forma característica com núcleos bilobados, o que
significa que o núcleo da célula é dividido em dois lóbulos distintos. O citoplasma dos
eosinófilos contém grânulos citoplasmáticos que são facilmente corados em rosa
quando expostos a corantes ácidos, como eosina, o que lhes dá o nome "eosinófilos."
18.2.1
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7059-eosinofilo
Desempenham um papel importante na resposta a infecções parasitárias,
modulação de reações alérgicas e regulação de processos inflamatórios no corpo.
Eles são uma parte vital do sistema imunológico.
18.2.2
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7059-eosinofilo
18.3 BASOFILO
Os basófilos possuem núcleos bilobados, o que significa que o núcleo da célula
é dividido em dois lóbulos distintos. O citoplasma dos basófilos contém grânulos
citoplasmáticos que coram em azul escuro quando expostos a corantes básicos, como
a violeta de cresilo.
18.3.1
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7058-basofilo
18.3.2
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7058-basofilo
Desempenham um papel crucial na resposta alérgica e na modulação da
inflamação, liberando substâncias como histamina e heparina em resposta a
estímulos alérgicos e inflamatórios.
19. AGRANULOCITOS (MATURAÇÃO)
Assim como os granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos), os
agranulócitos também têm origem na medula óssea a partir das células-tronco
hematopoiéticas. As células-tronco hematopoiéticas se diferenciam em mieloblastos
e linfoblastos. Os mieloblastos são os precursores dos monócitos e dos granulócitos,
enquanto os linfoblastos são os precursores dos linfócitos.
A linhagem de monocitopoiese envolve a maturação dos mieloblastos em
mieloblastos, que posteriormente se diferenciam em promonócitos e, finalmente, em
monocitos maduros, isso ocorre na medula óssea, os monócitos permanecem pouco
tempo no sangue periférico, migrando para os tecidos e transformando-se em
macrófagos.
19.1
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf
19.2
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf
A linhagem de linfopoiese envolve a maturação dos linfoblastos em linfócitos.
Os linfócitos são diferenciados em duas principais subpopulações: linfócitos B (células
B) e linfócitos T (células T). Cada uma dessas subpopulações desempenha funções
específicas no sistema imunológico.
19.3
Fonte:
Tanto os monocitos quanto os linfócitos podem entrar na corrente sanguínea e
circular pelo corpo. No entanto, eles desempenham papéis distintos e se diferenciam
ainda mais nos tecidos e órgãos.
20. PERCURSORES
20.1 MONOBLASTO
O monoblasto é uma célula precursora dos monocitos no sistema
hematopoiético, eles são uma etapa inicial no processo de maturação que leva à
formação dos monocitos maduros. Os monoblastos são células imaturas que têm um
núcleo grande e uma aparência geralmente arredondada, eles são encontrados na
medula óssea, onde são formados a partir de células-tronco hematopoiéticas.
20.1.1
Fonte:
20.1.2
Fonte:
20.2. PROMONÓCITO
Os promonócitos são células precursoras dos monocitos no sistema
hematopoiético, eles representam uma etapa intermediária no processo de maturação
da linhagem monocítica. Os promonócitos são encontrados na medula óssea, onde
são formados a partir de células-tronco hematopoiéticas. Eles têm uma forma que se
assemelha à dos monoblastos e ainda é relativamente imatura.
20.2.1.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7121-promonocito
20.2.2.
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7121-promonocito
20.3. MONÓCITO
Os monócitos representam uma das etapas finais da linhagem monocítica no
sistema hematopoiético, são considerados células maduras em sua linhagem. Os
monocitos têm um núcleo grande, geralmente em forma de rim ou ferradura, o
citoplasma dos monocitos é abundante, granular e frequentemente exibe um aspecto
cinza-azulado quando corado.
20.3.1. Monócitos
Fonte https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7123-monocito
Os monocitos circulam na corrente sanguínea, onde podem ser recrutados para
áreas de infecção ou inflamação para combater infecções e ajudar na regeneração de
tecidos danificados e desempenham um papel essencial na resposta imunológica,
atuando como células fagocíticas. Eles têm a capacidade de englobar e digerir
microrganismos patogênicos, partículas estranhas, células mortas e detritos celulares.
Além disso, os monocitos também podem se diferenciar em macrófagos nos
tecidos, onde continuam a função fagocítica e desempenham um papel importante na
regulação da resposta imunológica.
20.4 MACRÓFAGO
Os macrófagos são células do sistema imunológico pertencentes à família das
células fagocíticas, com uma função essencial na resposta imunológica e na
manutenção da homeostase do corpo. eles são derivados dos monocitos e são
frequentemente encontrados nos tecidos do corpo.
A forma dos macrófagos pode variar dependendo do tecido e da função
específica. Eles geralmente têm um formato ameboide e podem se mover e alterar
sua forma para englobar partículas ou microrganismos estranhos.
20.4.1. Macrófagos medulares
Fonte:https://labpratica.com.br/2019/08/23/macrofagos-medulares-teoria-
hematologica-descomplicada/
21. LINFOPOIESE
21.1 LINFOBLASTOS
Os linfoblastos são células precursoras dos linfócitos no sistema
hematopoiético, eles representam uma etapa inicial no processo de maturação da
linhagem linfocítica.
21.1.1 Linfoblastos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7067-linfoblasto
Eles estão no início do processo de diferenciação que leva à formação dos
linfócitos maduros, os linfoblastos geralmente têm um núcleo grande, arredondado e
centralizado em relação ao citoplasma.
21.2 PROLINFÓCITO
São uma etapa intermediária na maturação da linhagem linfocítica no sistema
hematopoiético, os prólinfócitos geralmente apresentam um núcleo relativamente
grande e irregular em comparação com os linfócitos maduros.
21.2.1. Prólinfócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7122-prolinfocito
21.2.2. Prólinfócitos
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7122-prolinfocito
a separação entre linfócitos B e T começa na fase de prólinfócitos, com a
subsequente diferenciação ocorrendo em órgãos linfoides específicos.
21.3. LINFÓCITOS T
Após o estágio de prólinfócito, as células entram em um processo de maturação
no timo (um órgão localizado no peito), onde se desenvolvem em linfócitos T. Esse
processo envolve várias etapas de diferenciação, incluindo a formação de células T
imaturas (timo-citócitos) e sua maturação subsequente em linfócitos T maduros,
prontos para desempenhar um papel crucial no sistema imunológico, como a resposta
a patógenos intracelulares e a regulação da resposta imune.
21.3.1. Linfócitos T
Fonte: https://www.shutterstock.com/es/image-photo/lymphocyte-cells-
722938507
21.4. LINFÓCITOS B
Após o estágio de prolinfócito, as células B continuam seu desenvolvimento na
medula óssea. Elas passam pela fase de pró-células B, onde ocorre rearranjo do
receptor de células B e seleção clonal. Em seguida, as células se tornam células B
imaturas, que, após mais maturação, se diferenciam em células B maduras ou células
B ativadas. As células B maduras podem produzir anticorpos e estão envolvidas na
resposta imune humoral, enquanto as células B ativadas são aquelas que foram
estimuladas por um antígeno específico e estão se preparando para produzir
anticorpos.
21.4.1. Linfócitos B
Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf
22. TROMBOPOIESE
A trombopoiese é o processo de formação e maturação das células sanguíneas
chamadas plaquetas, que desempenham um papel essencial na coagulação
sanguínea, essas células são produzidas na medula óssea, a mesma região onde
ocorre a formação das células do sangue, incluindo os glóbulos vermelhos e brancos.
O processo de trombopoiese envolve vários estágios:
22.1. Processo de maturação das plaquetas
Fonte:
https://medicinaveterinariaparatradutores.wordpress.com/2016/07/27/hematopoiese/
As plaquetas são essenciais para a coagulação sanguínea. Quando ocorre
uma lesão nos vasos sanguíneos, as plaquetas aderem à área danificada, ativam-se
e formam um tampão plaquetário, interrompendo o sangramento. Além disso, elas
liberam substâncias que ajudam na coagulação.
É importante notar que a regulação adequada da trombopoiese é crucial para
manter a homeostase no sistema circulatório, evitando tanto a hemorragia quanto a
coagulação excessiva. Qualquer desequilíbrio nesse processo pode levar a distúrbios
de coagulação, como a trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) ou a
trombocitose (alta contagem de plaquetas).
22.1. MEGACARIOBLASTO
O processo de formação das plaquetas começa com o megacarioblasto, que é
a célula precursora mais imatura. O megacarioblasto é um progenitor hematopoiético
que se diferencia especificamente na linhagem megacariocítica
O megacarioblasto representa o comprometimento da célula-tronco
hematopoética pluripotente na linhagem megacariocítica. Isso significa que a célula-
tronco está se especializando e se diferenciando para se tornar um megacariócito.
22.1.1. Megacarioblasto
Fonte: www.portallab.com
22.2. MEGACARIÓCITO JOVEM
O megacariócito jovem é maior em tamanho do que o estágio anterior, o
megacarioblasto, que é a célula precursora mais imatura na linhagem megacariocítica,
o tamanho continua a aumentar à medida que o megacariócito jovem amadurece.
Ao contrário dos estágios anteriores, como o megacarioblasto, o megacariócito
jovem possui um único núcleo. Esse núcleo é grande em comparação com o
citoplasma circundante, o citoplasma do megacariócito jovem começa a acumular
grânulos basofílicos. Esses grânulos são ricos em proteínas e substâncias
necessárias para a coagulação sanguínea, desempenhando um papel fundamental
nas funções das plaquetas.
22.2.1 Megacariócito jovem
Fonte: Plaquetopoese - Hematologia 1ª Prova Plaquetopoese
22.3. PROMEGACARIÓCITO
O promegacariócito é maior que os estágios mais imaturos da linhagem
megacariocítica, como o megacarioblasto e o megacariócito jovem. Ele continua a
crescer em tamanho à medida que amadurece.
O citoplasma do promegacariócito apresenta basofilia, o que significa que ele
contém grânulos basofílicos, esses grânulos são ricos em proteínas e substâncias
necessárias para a coagulação sanguínea, tornando-os essenciais para as funções
das plaquetas, o núcleo do promegacariócito possui cromatina frouxa, indicando que
as fibras de DNA estão menos condensadas. Isso permite maior disponibilidade de
material genético para a síntese de proteínas e outros componentes necessários para
a formação das plaquetas.
22.3.1. Promegacariócito
Fonte: Plaquetopoese - Hematologia 1ª Prova Plaquetopoese
22.3.2. Promegacariócito
Fonte:
https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/promegacariocito/
22.4. MEGACARIÓCITO MADURO
O megacariócito maduro são notavelmente grandes em tamanho, muito maior
do que a maioria das células sanguíneas. Esse aumento de tamanho resulta das
divisões nucleares repetidas sem a correspondente divisão do citoplasma, levando à
formação de um megacariócito multinucleado.
Uma característica distintiva do megacariócito maduro é a presença de
múltiplos núcleos. Esses núcleos são o resultado das divisões nucleares repetidas
durante o processo de maturação, e um único megacariócito pode ter dezenas de
núcleos, O citoplasma do megacariócito maduro é rico em grânulos citoplasmáticos
que contêm proteínas e substâncias essenciais para a coagulação sanguínea. Esses
grânulos são conhecidos como grânulos alfa e grânulos densos, e desempenham um
papel crucial nas funções das plaquetas.
22.4.1. Megacariócito multinucleado
Fonte:
https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/megacariocito-maduro/
22.4.2. Megacariócito multinucleado
Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68937-megacariocito
22.5. TROMBÓCITO (PLAQUETA)
Os trombócitos, também conhecidos como plaquetas maduras, são células
sanguíneas pequenas e anucleadas que desempenham um papel fundamental no
processo de coagulação. Essas células são fragmentos do citoplasma de um
megacariócito maduro, que é o estágio final na maturação das células precursoras
megacariocíticas.
22.5.1. Plaquetas.
Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20027-plaquetas
Uma das características distintivas dos trombócitos é a ausência de núcleo.
durante o processo de maturação dos megacariócitos, as divisões nucleares ocorrem,
mas a citocinese (divisão do citoplasma) é limitada, resultando na formação de
trombócitos anucleados, os trombócitos podem ser ativados quando entram em
contato com colágeno exposto nos vasos sanguíneos ou com substâncias liberadas
por células danificadas. A ativação desencadeia uma série de eventos, incluindo a
mudança de forma dos trombócitos e a agregação, na qual vários trombócitos se ligam
para formar um.
REFERÊNCIAS
Aristizábal Naranjo, Carmen Beatriz. ATLAS DE HEMATOLOGIA CÉLULAS
SANGUÍNEAS. Méxic, Universidade católica de Manizales, 2008.
Bain Bárbara. J. CÉLULAS SANGUÍNEAS: UM GUIA PRÁTICO. Porto Alegre,
ARTMED, 2007.
Braycast MEGACARIOCITO MADURO Disponível em:
https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/megacariocitomaduro/.
Acesso em: 9 de setembro de 2023.
Eritrócitos ATLAS DE HEMATOLOGIA Disponível em:
https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/6502-eritrocitos Acesso em: 2 de setembro de
2023.
Eritropoese. LACES Disponível em: https://laces.icb.ufg.br/p/20022-
eritropoese#:~:text=A%20eritropoese%20%C3%A9%20o%20processo,ou%20pacie
ntes%20com%20anemias%20graves. Acesso em: 2 de setembro de 2023.
Flower Cell. Atlas de Hematologia Disponível em:
https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7169-flower-cell. Acesso em: 9 de setembro de
2023
Lab Network O Linfócito: Origem, Classificação E Funções. Como Analisar E
Interpretar as Anormalidades Dos Linfócitos No Hemograma -
https://www.labnetwork.com.br/noticias/o-linfocito-origem-classificacao-e-funcoes
como-analisar-e-interpretar-as-anormalidades-dos-linfocitos-nohemograma/. Acesso
em: 9 de setembro de 2023.
LORENZI, Therezinha F. Manual de hematologia: Propedêutica e clínica. ed.
Guanabara Koogan, 4º edição, Rio de Janeiro. 2006
Macrocitose: O Que é, Principais Causas E O Que Fazer Disponível em:
https://www.tuasaude.com/macrocitose/. Acesso em: 3 de setembro de 2023.
Plaquetas | LACES Disponível em: https://laces.icb.ufg.br/p/20027-plaquetas.
Acesso em: 9 de setembro de 2023.
RAPPAPORT, Samuel I. Hematologia: Introdução. São Paulo, Roca, 1990.
BAIN Bárbara. J. Células Sanguíneas: Um Guia Prático. Porto Alegre, ARTMED,
2007.
ZAGO, Marco Antônio. Hematologia: Fundamentos e Práticas. São Paulo,
Atheneu, 2004.

More Related Content

What's hot

Anemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAnemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAmanda Amate
 
Leucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaLeucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaJoão Marcos
 
Distúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosDistúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosJulai1991
 
Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferroprivablogped1
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica dapab
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasSEMUSA
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Sergio Câmara
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticasdapab
 
Aula 1 Lesao Celular Profa Veruska
Aula 1    Lesao  Celular   Profa VeruskaAula 1    Lesao  Celular   Profa Veruska
Aula 1 Lesao Celular Profa Veruskaguest8c46c4
 
Hemácias Revisão Completa
Hemácias Revisão CompletaHemácias Revisão Completa
Hemácias Revisão CompletaMalena do Carmo
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaMessias Miranda
 

What's hot (20)

Anemia Megaloblástica
Anemia MegaloblásticaAnemia Megaloblástica
Anemia Megaloblástica
 
Leucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaLeucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide Crônica
 
Distúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosDistúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicos
 
2 anemias - visão geral
2  anemias - visão geral2  anemias - visão geral
2 anemias - visão geral
 
01.hemograma med
01.hemograma med01.hemograma med
01.hemograma med
 
Anemia falciforme
Anemia falciformeAnemia falciforme
Anemia falciforme
 
Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferropriva
 
As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica As anemias aguda e cronica
As anemias aguda e cronica
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
 
Tudo sobre Anemia
Tudo sobre AnemiaTudo sobre Anemia
Tudo sobre Anemia
 
Apresentação anemia
Apresentação anemiaApresentação anemia
Apresentação anemia
 
Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2Revisao metabolismo prova_2
Revisao metabolismo prova_2
 
Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticas
 
Hematologia completa
Hematologia   completaHematologia   completa
Hematologia completa
 
Leucócitos e Leucemias
Leucócitos e LeucemiasLeucócitos e Leucemias
Leucócitos e Leucemias
 
Aula 1 Lesao Celular Profa Veruska
Aula 1    Lesao  Celular   Profa VeruskaAula 1    Lesao  Celular   Profa Veruska
Aula 1 Lesao Celular Profa Veruska
 
Mieloma multiplo relato de caso clinico
Mieloma multiplo relato de caso clinicoMieloma multiplo relato de caso clinico
Mieloma multiplo relato de caso clinico
 
Hemácias Revisão Completa
Hemácias Revisão CompletaHemácias Revisão Completa
Hemácias Revisão Completa
 
Interpretação do hemograma
Interpretação do hemogramaInterpretação do hemograma
Interpretação do hemograma
 
Anemias Hemolíticas Visão Geral
Anemias Hemolíticas Visão GeralAnemias Hemolíticas Visão Geral
Anemias Hemolíticas Visão Geral
 

Similar to ATLAS DE HEMATOLOGIA - CELULA SANGUÍNEAS

Hematologia M.Z (1).pptx
Hematologia M.Z (1).pptxHematologia M.Z (1).pptx
Hematologia M.Z (1).pptxluiskiani
 
Treinamento Sangue
Treinamento SangueTreinamento Sangue
Treinamento Sangueemanuel
 
Treinamento Super Med - sangue
Treinamento Super Med - sangueTreinamento Super Med - sangue
Treinamento Super Med - sangueemanuel
 
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaArtigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaIrton Filho
 
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. Medi
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. MediSangue e hêmoderivâdos. Slideshare. Medi
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. MediIsaias Mavunice
 
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdf
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdfimunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdf
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdfssuserd88bff
 
Hematologia 2010
Hematologia 2010Hematologia 2010
Hematologia 2010rdgomlk
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)João Marcos
 
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdf
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdfAula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdf
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdfGiza Carla Nitz
 

Similar to ATLAS DE HEMATOLOGIA - CELULA SANGUÍNEAS (20)

Curso hem001
Curso hem001Curso hem001
Curso hem001
 
Sangue e hematopoiese
Sangue e hematopoieseSangue e hematopoiese
Sangue e hematopoiese
 
Hematologia M.Z (1).pptx
Hematologia M.Z (1).pptxHematologia M.Z (1).pptx
Hematologia M.Z (1).pptx
 
Treinamento Sangue
Treinamento SangueTreinamento Sangue
Treinamento Sangue
 
Treinamento Super Med - sangue
Treinamento Super Med - sangueTreinamento Super Med - sangue
Treinamento Super Med - sangue
 
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc cearaArtigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
Artigo irton101113 leucemia mieloide aguda- estudo de caso ufc ceara
 
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. Medi
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. MediSangue e hêmoderivâdos. Slideshare. Medi
Sangue e hêmoderivâdos. Slideshare. Medi
 
Hemograma+ +31.07.10
Hemograma+ +31.07.10Hemograma+ +31.07.10
Hemograma+ +31.07.10
 
Resumo hemato
Resumo hematoResumo hemato
Resumo hemato
 
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdf
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdfimunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdf
imunofenotipagem por citometria de fluxo no diagnóstico diferencial.pdf
 
Anemias classificação diagnóstico_diferencial
Anemias classificação diagnóstico_diferencialAnemias classificação diagnóstico_diferencial
Anemias classificação diagnóstico_diferencial
 
Hematologia 2010
Hematologia 2010Hematologia 2010
Hematologia 2010
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
 
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdf
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdfAula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdf
Aula 2 - Clinica Médica -Exames laborátoriais.pdf
 
Sangue.pdf
Sangue.pdfSangue.pdf
Sangue.pdf
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
Hemograma2
Hemograma2Hemograma2
Hemograma2
 
apostila patologia
apostila patologiaapostila patologia
apostila patologia
 

Recently uploaded

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasraveccavp
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 

Recently uploaded (20)

trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisasNova BNCC Atualizada para novas pesquisas
Nova BNCC Atualizada para novas pesquisas
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 

ATLAS DE HEMATOLOGIA - CELULA SANGUÍNEAS

  • 1. INTRODUÇAO A morfologia das células sanguíneas desempenha um papel crucial na identificação de doenças e distúrbios hematológicos, Através da observação e análise meticulosa das características morfológicas das células, é possível obter informações úteis para um diagnóstico preciso e eficiente. A morfologia das células pode ser avaliada em relação ao tamanho, forma, conteúdo citoplasmático e características nucleares. A utilização de métodos de análise como a microscopia óptica, a citometria de fluxo e as técnicas de imagem permite um estudo mais aprofundado da morfologia celular, contribuindo para avanços inovadores na área da hematologia. Nossa jornada começa explorando as principais células sanguíneas em detalhes, revelando suas características distintas e funções vitais. Em seguida, mergulhamos nas variações morfológicas, desvendando o que acontece quando as células sanguíneas encontram desafios genéticos ou patológicos. Por fim, compartilharemos guias práticos para identificação e estudos de caso, conectando a teoria à prática clínica.
  • 2. 2. ERITOPOIESE (SERIE VERMELHA) É o processo de maturação dos eritrócitos na medula óssea, os eritrócitos também conhecidos como ´Hemácias´ são formados a partir de uma célula tronco chamada de célula tronco hematopoiética. Essas células desempenham um papel fundamental no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e são essenciais para a sobrevivência e funcionamento adequado do organismo. 2.1. Eritropoiese: Hemácias normais. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7037-hemacias-normais As células tronco são estimuladas pela eritropoetina e pela glicoproteína a formar mais eritroblastos, seguindo o processo de maturação por mitose. A produção das hemácias, ocorre ao longo de aproximadamente 7 a 8 dias. Fatores essenciais para essa maturação incluem a vitamina B12, que desempenha um papel fundamental na formação do grupo Heme (responsável pela ligação ao oxigênio), e o ácido fólico, que desempenha um papel vital na hematopoiese em geral, em situações em que falta algum desses elementos, a célula não consegue duplicar seu DNA normalmente.
  • 3. 2.2. Eritropoiese: Células tronco hematopoiéticas (CD34) Fonte: Atlas de Hematologia - Therezinha.pdf As células CD34 são uma categoria especial de células-tronco hematopoiéticas que expressam a molécula CD34 em sua superfície, elas desempenham um papel crucial no processo de formação de todas as células sanguíneas. No processo de maturação a célula tronco hematopoiética passara por alterações morfológicas e bioquímicas, como por exemplo: a diminuição do tamanho celular. 2.3. Eritopoiese: Processo de maturação Fonte: https://www.sanarmed.com/resumo-fisiologia-das-hemacias-colunistas
  • 4. 3. PROERITOBLASTO Os proeritroblastos são estágios iniciais na maturação das células precursoras dos eritrócitos (glóbulos vermelhos) durante o processo de hematopoiese. Eles representam uma fase crucial na formação dos eritrócitos maduros. 3.1 Proeritoblasto: Fase inicial da maturação Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7032-proeritroblasto 3.2 Proeritoblastos: imagem 3.1 aumentada em 100x Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7032-proeritroblasto
  • 5. 4. ERITROBLASTO BASOFILO Os eritroblastos basófilos representam um estágio intermediário entre as células-tronco hematopoiéticas e os eritroblastos posteriores. Núcleo: Os eritroblastos basófilos possuem um núcleo relativamente grande e central. Cor: Coloração azul escuro, devido à sua natureza basofílica. 4.1. Eritroblasto Basófilo: Estagio intermediário Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf 4.2. Eritroblastos Basófilo: Intermediário Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf
  • 6. 5. ERITROBLASTO POLICROMÁTICO O eritroblasto policromático é um estágio intermediário no processo de maturação dos eritrócitos. Coloração: Exibe uma coloração azul-acinzentada devido à presença de ribossomos e ao início da síntese de hemoglobina. Núcleo: Podem ainda conter um núcleo, embora ele esteja em processo de eliminação à medida que a célula amadurece. 5.1. Eritroblastos Policromático Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf 5.2. Eritroblasto Policromático Fonte: Atlas de Hematologia - Therezinha.pdf
  • 7. 6. ORITROBLASTO ORTOCROMATICO Os eritroblastos ortocromáticos são um estágio avançado na maturação dos eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos. Núcleo: O eritroblasto ortocromático não possui núcleo, pois ele é expulso durante o processo de maturação. Cor: Apresenta uma coloração mais intensa e avermelhada devido à alta concentração de hemoglobina. 6.1 Eritroblastos ortocromatico (SETA) Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20038-eritroblasto-ortocromatico 6.2 Eritroblastos ortocromaticos expelindo o núcleo (seta)
  • 8. Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20038-eritroblasto-ortocromatico 7. RETICULOCITO Representam um estágio posterior aos eritroblastos ortocromáticos e são caracterizados por apresentarem pequenas quantidades de material celular reticular, chamado retículo. Núcleo: Não possuem núcleo. Coloração: Apresentam uma coloração azulada ou purpúrea devido à presença do retículo no citoplasma. 7.1. Reticulócito Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20039-reticulocito 7.2 Reticulócito
  • 9. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7036-reticulocito 8. HEMÁCIA Nesse estágio, essas células alcançam a sua forma e função maduras. Núcleo: Não possuem núcleo. Coloração: Elas têm uma coloração avermelhada devido à alta concentração de hemoglobina em seu citoplasma. Forma: Forma bicôncava característica, que lhes permite uma maior flexibilidade. Função: A principal função das hemácias é transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e, ao mesmo tempo, transportar dióxido de carbono dos tecidos de volta para os pulmões para expiração. 8.1 Hemácias: Microscópio 8.2 Hemácias na micrografia eletrônica
  • 10. Fonte:https://laces.icb.ufg.br/ Fonte: https://www.sanarmed.com/fisiologia 8.3 Hemácias: esfregaço sanguíneo (seta grossa) com presença de leucócitos e plaquetas. Fonte: https://www.unioeste.br/portal/microscopio-virtual 9. MORFOLOGIA DAS HEMACIAS: VARIAÇÃO QUANTO AO TAMANHO As variações no tamanho das hemácias podem ser identificadas em análises laboratoriais, pode ser diferenciado através da medição de seu diâmetro ou volume. Os principais índices hematimétricos usados para avaliar o tamanho das hemácias são o VCM, HCM e CHCM. . 9.1 ANISOCITOSE
  • 11. Coloração: Pode ter coloração normocítica (normal), coloração hipocítica (mais pálida) ou hipercítica (mais escura) dependendo da causa. Tamanho: Tamanho variado. Função: Não afeta diretamente a função dos eritrócitos, mas muitas vezes é um sinal de que algo está errado no organismo. Possíveis Causas: Anemias, deficiências de vitaminas (como a deficiência de ferro), distúrbios hematológicos, entre outras condições médicas. 9.1.1 Hemácias maiores (seta preta) Hemácias menores (seta azul) Fonte: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/486/o/Anisocitose_z3.jpg 9.2. MACROCITOSE Coloração: Geralmente têm uma coloração normocítica (normal) em comparação com as outras células do sangue. Tamanho: Maiores do que o tamanho normal. Função: A macrocitose não afeta diretamente a função das hemácias, mas pode ser um indicador de problemas.
  • 12. Possíveis Causas: Pode ser causada por deficiências de vitamina B12 ou ácido fólico, distúrbios da medula óssea, hepatopatias (doenças do fígado), alcoolismo crônico, entre outras condições médicas. 9.2.1 Macrocitose: Hemácias maiores que o normal Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/121538022/macrocitose 9.3. MICROCITOSE Coloração: Coloração hipocítica (mais pálida) devido à redução do conteúdo de hemoglobina. Tamanho: Refere-se a hemácias menores do que o tamanho normal. Função: Reduz a capacidade de transporte de oxigênio das hemácias.
  • 13. Possíveis Causas: A microcitose é frequentemente causada por deficiência de ferro (anemia ferropriva), talassemia (um grupo de doenças genéticas), anemia sideroblástica, doença crônica, entre outras condições médicas. 9.3.1 Microcitose (seta preta) Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7045-hemacias-microciticas 9.3.2 Microcitose Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/23063802/microcitose 9.4 NORMOCITOSE
  • 14. A normocitose é uma condição caracterizada pela presença de hemácias (glóbulos vermelhos) com um tamanho médio considerado normal. Em termos de valores hematimétricos, isso significa que o Volume Corpuscular Médio (VCM) das hemácias encontra-se dentro da faixa de referência considerada normal para a população. 9.4.1 Hemácias tamanho considerado normal Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (1).pdf 9.4.2 Hemácias Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20025-eritrocitos-hemacias 13. VARIAÇÃO QUANTO A COLORAÇÃO
  • 15. 13.1 HIPOCROMIA Condição em que as células vermelhas do sangue (eritrócitos) apresentam uma coloração mais pálida do que o normal, pode ser um indicador de várias condições médicas, sendo mais frequentemente associada à anemia ferropriva, que ocorre devido à deficiência de ferro no organismo, um elemento essencial para a síntese da hemoglobina. 13.1.1 Eritrócitos com hipocromia Fonte: https://www.flickr.com/photos/hematologia/380576165 13.1.2 Hipocromia Fonte: https://www.slideplayer.com.br%2Famp%2F1567942%2F&psig= 13.2. HIPERCROMIA A hipercromia é uma condição incomum na qual as células vermelhas do sangue (eritrócitos) apresentam uma coloração mais intensa ou mais escura do que o normal. Isso ocorre quando há uma concentração aumentada de hemoglobina nas hemácias. 13.2.1 Hipercromia coloração mais intensa. Fonte: https://pt.linkedin.com/pulse/altera%C3%A7%C3 13.2.2 Hipercromia Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf 13.3 POLICROMATOCITOS Os policromatócitos são uma variação das células vermelhas do sangue, também conhecidas como eritrócitos. Essas células recebem esse nome devido à sua coloração azul-acinzentada quando coradas com corantes laboratoriais, como o corante Wright ou o corante de Romanowsky.
  • 16. Essa coloração diferente ocorre porque os policromatócitos são, em sua maioria, eritrócitos jovens ou reticulócitos que ainda não atingiram a maturidade total. Eles contêm uma mistura de hemoglobina imatura (azul-acinzentada) e hemoglobina adulta (vermelha). 13.3.1 Policromatocitos (seta preta) 14. VARIAÇÃO QUANTO Á FORMA 14.1 ACANTÓCITOS Forma: Os acantócitos têm uma forma irregular com projeções ou espinhos na superfície das células vermelhas do sangue. Possíveis Causa: A presença de acantócitos no sangue pode ser causada por condições médicas subjacentes, como doença hepática, doença celíaca, abetalipoproteinemia e outros distúrbios metabólicos e hematológicos. 14.1.1 Acantócitos (seta preta) Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7038-acantocitos 14.1.2 Acantócitos (seta preta) Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7038-acantocitos 14.2 CODÓCITOS
  • 17. Forma: Os codócitos são caracterizados por uma aparência de células com alças de copos ou "alvo invertido" quando vistas em um esfregaço de sangue, com uma área mais escura no centro cercada por uma área mais clara. Possíveis Causas: Codócitos podem ser observados em condições como esferocitose hereditária, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), doença hepática ou em resposta a algumas substâncias tóxicas ou medicamentos. 14.2.1 Codócitos: Hemácias em alvo Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/c%C3%A9lulas-alvo 14.2.2 Codócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7039-codocitos-hemacias-em-alvo 14.3 DEPRANÓCITOS Forma: Os depranócitos, também conhecidos como "depranócitos em lágrima", têm uma forma alongada e estreita, semelhante a uma lágrima, quando observados em um esfregaço de sangue. Possíveis causas: A presença de depranócitos pode ser indicativa de condições como anemia ferropriva, talassemia, doença de células falciformes ou deficiência de ferro. 14.3.1 Depranócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos 14.3.2 Depranócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos 14.4 EQUINÓCITOS Forma: Os equinócitos são caracterizados por uma forma esférica ou oval com espinhos curtos e uniformemente espaçados que se assemelham a espinhos de ouriço quando observados em um esfregaço de sangue.
  • 18. Possíveis causas: Os equinócitos podem ser causados por uma variedade de condições, incluindo anemia hemolítica, insuficiência renal, doenças hepáticas, ou exposição a toxinas ou substâncias químicas. 14.4.1 Equinócitos. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7042-equinocitos 14.4.2 Equinócitos (seta preta) Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7042-equinocito 14.5 ELIPTÓCITOS Forma: Os eliptócitos têm uma forma alongada e oval, que se assemelha a uma elipse, quando observados em um esfregaço de sangue, com uma aparência característica em forma de bastão. Possíveis: Os eliptócitos podem ser encontrados em condições como a eliptocitose hereditária, anemia hemolítica, talassemia, doença hepática ou em resposta a deficiências de certos nutrientes, como ferro ou vitamina B12. 14.5.1 Eliptócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/24123-eliptocitos 14.5.2 Eliptócitos Fonte: https://labpratica.com.br/2018/09/23/criterios-de-revisao-de-laminas- exemplo-de-excecao/img 14.6 ESFERÓCITO Forma: Os esferócitos são glóbulos vermelhos com uma forma esférica e menor do que o normal, semelhante a uma esfera ou uma bola, quando observados em um esfregaço de sangue.
  • 19. Possíveis causas: A presença de esferócitos é característica da esferocitose hereditária, uma condição genética que afeta a membrana celular dos glóbulos vermelhos, tornando-os mais frágeis e propensos à destruição prematura. Essa condição pode levar à anemia hemolítica. 14.6.1 Presença de vários microesferócitos Fonte: https://www.labnetwork.com.br/noticias/mscv-um-novo-parametro- auxiliar 14.6.2 Esferócitos Fonte: https://www.hemoclass.com.br%2Fmostrar-blog%2Fesferocitos 14.7 ESTOMATÓCITOS Forma: Apresentam uma abertura ou fenda na forma de uma boca, dando-lhes uma forma semelhante a uma boca ou fenda quando observados em um esfregaço de sangue. Possíveis Causas: A presença de estomatócitos pode ser causada por diversas condições, incluindo a estomatocitose hereditária, a ingestão de certos medicamentos, doenças hepáticas, distúrbios metabólicos e deficiências de lipídios na membrana dos glóbulos vermelhos. A forma dos estomatócitos pode variar de acordo com a causa subjacente. 14.7.1 Estomatócitos Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/estomatocitos-analisados-por- microscopio-os-globulos 14.7.2 Estomatócitos Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/estomatocitos-analisados-por- microscopio-os-globulos 14.8 OVALÓCITOS
  • 20. Forma: Forma oval alongada quando observados em um esfregaço de sangue, diferindo da forma discóide normal dos glóbulos vermelhos. Possíveis: A presença de ovalócitos pode ser observada em condições como a ovalocitose hereditária ou outras anemias hemolíticas hereditárias. Essa forma irregular dos glóbulos vermelhos pode ser causada por mutações genéticas que afetam a estrutura e a flexibilidade da membrana celular. 14.8.1 Ovalócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68854-ovalocitos 14.8.2 Ovalócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68854-ovalocitos 15. QUANTO A DOENÇAS HEMATOLOGICAS 15.1 ANEMIA FALCIFORME 15.1.1 HEMACIA NORMAL E EM FORMA DE LUA CRESCENTE Fonte: https://www.boaconsulta.com%2Fblog%2Fmitos-e-verdades-sobre- anemia-falciforme A anemia falciforme é uma doença genética do sangue que afeta a hemoglobina, uma proteína nas hemácias (glóbulos vermelhos) que transporta oxigênio pelo corpo. A característica que á difere é a produção de hemoglobina S (HbS) em vez de hemoglobina normal (HbA). A presença de HbS faz com que as hemácias adquiram uma forma de foice ou crescente quando perdem oxigênio, em oposição à forma normal de disco. 15.1.2 A anemia falciforme é causada por mutações genéticas hereditárias, que são transmitidas dos pais para os filhos
  • 21. Fonte: https://www.spsp.org.br/2022/06/17/dia-mundial-de-conscientizacao- da-anemia-falciforme/ 15.2 ANEMIA HEMOLÍTICA CONGÊNITA 15.2.1Anemia Hemolítica Congênita Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0304541212704730 A anemia hemolítica é um grupo de doenças do sangue que se caracteriza pela deficiência de ferro, porque não está relacionada à produção insuficiente de hemácias, mas sim à destruição excessiva delas levando a uma contagem reduzida de hemácias no sangue. Quando as hemácias são destruídas de maneira acelerada, o corpo pode não ser capaz de substituí-las rapidamente o suficiente, levando a uma contagem reduzida de hemácias na corrente sanguínea. Existem várias causas para a anemia hemolítica, incluindo fatores genéticos, autoimunidade (quando o sistema imunológico ataca as próprias hemácias), infecções, toxinas, medicamentos, reações a transfusões sanguíneas e outras condições médicas. SERIE BRANCA 16. LEUCOCITOS (GLOBULOS BRANCOS) Os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos, constituem um grupo de células essenciais para a defesa do organismo contra infecções e para a ativação de respostas imunológicas. Essas células são produzidas na medula óssea e em tecidos linfoides, permanecendo temporariamente na corrente sanguínea antes de migrarem para os tecidos, onde desempenham funções específicas na resposta imune. 16.1 Leucócitos no sangue Fonte: https://www.tuasaude.com/leucocitos/ Os leucócitos podem ser classificados em dois grandes grupos: granulócitos e agranulócitos. Os granulócitos possuem grânulos visíveis no citoplasma e núcleos
  • 22. com formas irregulares, sendo também conhecidos como polimorfonucleares. Este grupo inclui três tipos principais: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Por outro lado, os agranulócitos não possuem grânulos visíveis e apresentam núcleos com formas relativamente regulares. Existem dois tipos principais de agranulócitos: linfócitos e monócitos É importante destacar que o número normal de leucócitos em um adulto varia de 4.500 a 11.500 por microlitro de sangue. 16.2 Imagem representando os grupos dos leucócitos: Granulócitos e Agranulócitos Fonte: https://www.infoescola.com/exames-medicos/leucograma/ 17. MATURAÇÃO GRANULOCITOS 17.1 Processo de maturação. Fonte: https://www.tiraojaleco.com.br/2017/02/os-neutrofilos.html O processo de maturação é um aspecto crucial da função do sistema imunológico. Ele começa na medula óssea, onde as células progenitoras hematopoiéticas, que são células-tronco especializadas, dão origem aos diferentes tipos de leucócitos. A maturação dos leucócitos passa por várias etapas, durante as quais as células adquirem características específicas que determinam suas funções no sistema imunológico. 17.1 MIELOBLASTOS Os mieloblastos são as células mais jovens na linhagem mieloide, que é uma das duas principais linhagens celulares na medula óssea. Eles representam o estágio inicial da maturação celular, se originam a partir de células-tronco hematopoiéticas multipotentes na medula óssea. 17.1.1 Mieloblastos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7052-mieloblasto
  • 23. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7052-mieloblasto 17.2 PROMIELOCITOS Os promielócitos são células precursoras que se encontram em um estágio intermediário de maturação na medula óssea. Eles seguem os mieloblastos na linha de diferenciação celular, o que significa que são mais maduros do que os mieloblastos, mas ainda não alcançaram o estágio final de maturação. À medida que os promielócitos amadurecem, eles passam por um processo de diferenciação que envolve a expressão de genes específicos e a aquisição de características morfológicas e funcionais de células mais maduras da linhagem mieloide. 17.2.1 Promielócito (seta preta). Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7053-promielocito 17.2.2 Promielócito. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7053-promielocito 17.3 MIELOCITOS Os mielócitos são células precursoras que se encontram em um estágio intemediário de maturação na linha de diferenciação mieloide. Eles seguem os promielócitos na sequência de maturação das células da linhagem mieloide, sendo mais maduros que os promielócitos, as células precursoras começam a mostrar características morfológicas específicas que determinarão se elas se tornarão eosinófilos, neutrófilos ou basófilos. 17.3.1 Seta preta Mielócito Neutrófilo Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito 17.3.2 Mielócito eosinófilo Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito
  • 24. 17.3.3 Mielócito basófilo (seta azul) Fonte: https://www.flickr.com/photos/euripedeslott/3935630854 17.3.4 Mielócito eosinófilo (seta preta) Mielócito neutrófilo (seta azul) Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7054-mielocito 17.4 METAMIELOCITOS São células precursoras intermediárias na linhagem mieloide, que se encontram em um estágio de maturação intermediário entre os mielócitos e as células sanguíneas maduras. Os metamielócitos geralmente têm um núcleo com formato em forma de rim ou forma de ferradura e apresentam grânulos específicos no citoplasma. Os metamielócitos estão mais próximos da maturação completa em comparação com os mielócitos. 17.4.1 Metamielócito neutrófilo Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7055-metamielocito 17.4.2 Metamielócitos eosinófilos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7055-metamielocito 17.4.3 Metamielócito basófilo Fonte: https://br.pinterest.com/pin/288230444904240277/ 17.4.4 Metamielócitos microscópio Fonte: https://www.istockphoto.com/br/fotos/metamielocito 17.5 BASTONETES São células sanguíneas maduras pertencentes à linhagem mieloide, e seu estágio de maturação indica que estão prontos para cumprir funções no sistema imunológico.
  • 25. Os bastonetes são caracterizados por um núcleo alongado e em forma de bastão, semelhante a um pauzinho, em contraste com os neutrófilos segmentados, que têm núcleos divididos. São células sanguíneas maduras e funcionais que têm a capacidade de combater infecções e inflamações, os bastonetes passam por maturação e diferenciação para se tornarem células sanguíneas maduras, como neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos. A diferenciação ocorre em resposta a sinais e estímulos específicos do corpo. 17.5.1 Bastonetes (seta preta) Fonte: Os bastonetes, eosinófilos, basófilos e neutrófilos são tipos diferentes de glóbulos brancos (leucócitos) que pertencem à linhagem mieloide. Eles têm características morfológicas e funções específicas no sistema imunológico. Os eosinófilos são glóbulos brancos maduros com núcleos bilobados (divididos em dois lobos). Ao contrário dos neutrófilos, os eosinófilos não passam por um processo de segmentação dos núcleos durante a maturação. Eles mantêm sua forma bilobada característica. Os basófilos também são glóbulos brancos maduros com núcleos geralmente bilobados. Similar aos eosinófilos, os basófilos não passam por segmentação dos núcleos durante a maturação. Seus núcleos mantêm sua forma característica. Já os neutrófilos passam pelo processo de segmentação. 17.5.2 Bastonete Neutrófilo 17.5.3 Bastonete Basófilo 17.5.4 Bastonete Eosinófilo Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf 17.5.5 Bastonetes
  • 26. Fonte: https://www.passeidireto.com/arquivo/102595446/laminas-de-celulas- do-tecido-sanguineo . 18. GRANULÓCITOS 18.1 SEGMENTAÇÃO DOS NEUTROFILOS A segmentação dos núcleos nos, neutrófilos segmentados aumenta a flexibilidade e a capacidade de movimento dessas células. Isso permite que eles migrem rapidamente para áreas de infecção e inflamação, onde podem realizar a fagocitose (engolir e destruir) bactérias e outros patógenos. 18.1.1 Neutrófilo segmentado (seta) Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20026-leucocitos 18.1.2 Neutrófilos segmentados Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20026-leucocitos 18.1.3 Neutrófilos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7057-neutrofilo-segmentado 18.1.4 Neutrófilos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7057-neutrofilo-segmentado 18.2 EUSINOFILO Os eosinófilos têm uma forma característica com núcleos bilobados, o que significa que o núcleo da célula é dividido em dois lóbulos distintos. O citoplasma dos
  • 27. eosinófilos contém grânulos citoplasmáticos que são facilmente corados em rosa quando expostos a corantes ácidos, como eosina, o que lhes dá o nome "eosinófilos." 18.2.1 Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7059-eosinofilo Desempenham um papel importante na resposta a infecções parasitárias, modulação de reações alérgicas e regulação de processos inflamatórios no corpo. Eles são uma parte vital do sistema imunológico. 18.2.2 Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7059-eosinofilo 18.3 BASOFILO Os basófilos possuem núcleos bilobados, o que significa que o núcleo da célula é dividido em dois lóbulos distintos. O citoplasma dos basófilos contém grânulos citoplasmáticos que coram em azul escuro quando expostos a corantes básicos, como a violeta de cresilo. 18.3.1 Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7058-basofilo 18.3.2 Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7058-basofilo Desempenham um papel crucial na resposta alérgica e na modulação da inflamação, liberando substâncias como histamina e heparina em resposta a estímulos alérgicos e inflamatórios. 19. AGRANULOCITOS (MATURAÇÃO) Assim como os granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos), os agranulócitos também têm origem na medula óssea a partir das células-tronco
  • 28. hematopoiéticas. As células-tronco hematopoiéticas se diferenciam em mieloblastos e linfoblastos. Os mieloblastos são os precursores dos monócitos e dos granulócitos, enquanto os linfoblastos são os precursores dos linfócitos. A linhagem de monocitopoiese envolve a maturação dos mieloblastos em mieloblastos, que posteriormente se diferenciam em promonócitos e, finalmente, em monocitos maduros, isso ocorre na medula óssea, os monócitos permanecem pouco tempo no sangue periférico, migrando para os tecidos e transformando-se em macrófagos. 19.1 Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf 19.2 Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf A linhagem de linfopoiese envolve a maturação dos linfoblastos em linfócitos. Os linfócitos são diferenciados em duas principais subpopulações: linfócitos B (células B) e linfócitos T (células T). Cada uma dessas subpopulações desempenha funções específicas no sistema imunológico. 19.3 Fonte: Tanto os monocitos quanto os linfócitos podem entrar na corrente sanguínea e circular pelo corpo. No entanto, eles desempenham papéis distintos e se diferenciam ainda mais nos tecidos e órgãos. 20. PERCURSORES 20.1 MONOBLASTO
  • 29. O monoblasto é uma célula precursora dos monocitos no sistema hematopoiético, eles são uma etapa inicial no processo de maturação que leva à formação dos monocitos maduros. Os monoblastos são células imaturas que têm um núcleo grande e uma aparência geralmente arredondada, eles são encontrados na medula óssea, onde são formados a partir de células-tronco hematopoiéticas. 20.1.1 Fonte: 20.1.2 Fonte: 20.2. PROMONÓCITO Os promonócitos são células precursoras dos monocitos no sistema hematopoiético, eles representam uma etapa intermediária no processo de maturação da linhagem monocítica. Os promonócitos são encontrados na medula óssea, onde são formados a partir de células-tronco hematopoiéticas. Eles têm uma forma que se assemelha à dos monoblastos e ainda é relativamente imatura. 20.2.1. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7121-promonocito 20.2.2. Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7121-promonocito
  • 30. 20.3. MONÓCITO Os monócitos representam uma das etapas finais da linhagem monocítica no sistema hematopoiético, são considerados células maduras em sua linhagem. Os monocitos têm um núcleo grande, geralmente em forma de rim ou ferradura, o citoplasma dos monocitos é abundante, granular e frequentemente exibe um aspecto cinza-azulado quando corado. 20.3.1. Monócitos Fonte https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7123-monocito Os monocitos circulam na corrente sanguínea, onde podem ser recrutados para áreas de infecção ou inflamação para combater infecções e ajudar na regeneração de tecidos danificados e desempenham um papel essencial na resposta imunológica, atuando como células fagocíticas. Eles têm a capacidade de englobar e digerir microrganismos patogênicos, partículas estranhas, células mortas e detritos celulares. Além disso, os monocitos também podem se diferenciar em macrófagos nos tecidos, onde continuam a função fagocítica e desempenham um papel importante na regulação da resposta imunológica. 20.4 MACRÓFAGO Os macrófagos são células do sistema imunológico pertencentes à família das células fagocíticas, com uma função essencial na resposta imunológica e na manutenção da homeostase do corpo. eles são derivados dos monocitos e são frequentemente encontrados nos tecidos do corpo. A forma dos macrófagos pode variar dependendo do tecido e da função específica. Eles geralmente têm um formato ameboide e podem se mover e alterar sua forma para englobar partículas ou microrganismos estranhos. 20.4.1. Macrófagos medulares Fonte:https://labpratica.com.br/2019/08/23/macrofagos-medulares-teoria- hematologica-descomplicada/
  • 31. 21. LINFOPOIESE 21.1 LINFOBLASTOS Os linfoblastos são células precursoras dos linfócitos no sistema hematopoiético, eles representam uma etapa inicial no processo de maturação da linhagem linfocítica. 21.1.1 Linfoblastos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7067-linfoblasto Eles estão no início do processo de diferenciação que leva à formação dos linfócitos maduros, os linfoblastos geralmente têm um núcleo grande, arredondado e centralizado em relação ao citoplasma. 21.2 PROLINFÓCITO São uma etapa intermediária na maturação da linhagem linfocítica no sistema hematopoiético, os prólinfócitos geralmente apresentam um núcleo relativamente grande e irregular em comparação com os linfócitos maduros. 21.2.1. Prólinfócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7122-prolinfocito 21.2.2. Prólinfócitos Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7122-prolinfocito
  • 32. a separação entre linfócitos B e T começa na fase de prólinfócitos, com a subsequente diferenciação ocorrendo em órgãos linfoides específicos. 21.3. LINFÓCITOS T Após o estágio de prólinfócito, as células entram em um processo de maturação no timo (um órgão localizado no peito), onde se desenvolvem em linfócitos T. Esse processo envolve várias etapas de diferenciação, incluindo a formação de células T imaturas (timo-citócitos) e sua maturação subsequente em linfócitos T maduros, prontos para desempenhar um papel crucial no sistema imunológico, como a resposta a patógenos intracelulares e a regulação da resposta imune. 21.3.1. Linfócitos T Fonte: https://www.shutterstock.com/es/image-photo/lymphocyte-cells- 722938507 21.4. LINFÓCITOS B Após o estágio de prolinfócito, as células B continuam seu desenvolvimento na medula óssea. Elas passam pela fase de pró-células B, onde ocorre rearranjo do receptor de células B e seleção clonal. Em seguida, as células se tornam células B imaturas, que, após mais maturação, se diferenciam em células B maduras ou células B ativadas. As células B maduras podem produzir anticorpos e estão envolvidas na resposta imune humoral, enquanto as células B ativadas são aquelas que foram estimuladas por um antígeno específico e estão se preparando para produzir anticorpos. 21.4.1. Linfócitos B Fonte: ATLAS DE HEMATO 1 (2).pdf 22. TROMBOPOIESE A trombopoiese é o processo de formação e maturação das células sanguíneas chamadas plaquetas, que desempenham um papel essencial na coagulação sanguínea, essas células são produzidas na medula óssea, a mesma região onde ocorre a formação das células do sangue, incluindo os glóbulos vermelhos e brancos.
  • 33. O processo de trombopoiese envolve vários estágios: 22.1. Processo de maturação das plaquetas Fonte: https://medicinaveterinariaparatradutores.wordpress.com/2016/07/27/hematopoiese/ As plaquetas são essenciais para a coagulação sanguínea. Quando ocorre uma lesão nos vasos sanguíneos, as plaquetas aderem à área danificada, ativam-se e formam um tampão plaquetário, interrompendo o sangramento. Além disso, elas liberam substâncias que ajudam na coagulação. É importante notar que a regulação adequada da trombopoiese é crucial para manter a homeostase no sistema circulatório, evitando tanto a hemorragia quanto a coagulação excessiva. Qualquer desequilíbrio nesse processo pode levar a distúrbios de coagulação, como a trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) ou a trombocitose (alta contagem de plaquetas). 22.1. MEGACARIOBLASTO O processo de formação das plaquetas começa com o megacarioblasto, que é a célula precursora mais imatura. O megacarioblasto é um progenitor hematopoiético que se diferencia especificamente na linhagem megacariocítica O megacarioblasto representa o comprometimento da célula-tronco hematopoética pluripotente na linhagem megacariocítica. Isso significa que a célula- tronco está se especializando e se diferenciando para se tornar um megacariócito. 22.1.1. Megacarioblasto Fonte: www.portallab.com 22.2. MEGACARIÓCITO JOVEM O megacariócito jovem é maior em tamanho do que o estágio anterior, o megacarioblasto, que é a célula precursora mais imatura na linhagem megacariocítica, o tamanho continua a aumentar à medida que o megacariócito jovem amadurece.
  • 34. Ao contrário dos estágios anteriores, como o megacarioblasto, o megacariócito jovem possui um único núcleo. Esse núcleo é grande em comparação com o citoplasma circundante, o citoplasma do megacariócito jovem começa a acumular grânulos basofílicos. Esses grânulos são ricos em proteínas e substâncias necessárias para a coagulação sanguínea, desempenhando um papel fundamental nas funções das plaquetas. 22.2.1 Megacariócito jovem Fonte: Plaquetopoese - Hematologia 1ª Prova Plaquetopoese 22.3. PROMEGACARIÓCITO O promegacariócito é maior que os estágios mais imaturos da linhagem megacariocítica, como o megacarioblasto e o megacariócito jovem. Ele continua a crescer em tamanho à medida que amadurece. O citoplasma do promegacariócito apresenta basofilia, o que significa que ele contém grânulos basofílicos, esses grânulos são ricos em proteínas e substâncias necessárias para a coagulação sanguínea, tornando-os essenciais para as funções das plaquetas, o núcleo do promegacariócito possui cromatina frouxa, indicando que as fibras de DNA estão menos condensadas. Isso permite maior disponibilidade de material genético para a síntese de proteínas e outros componentes necessários para a formação das plaquetas. 22.3.1. Promegacariócito Fonte: Plaquetopoese - Hematologia 1ª Prova Plaquetopoese 22.3.2. Promegacariócito
  • 35. Fonte: https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/promegacariocito/ 22.4. MEGACARIÓCITO MADURO O megacariócito maduro são notavelmente grandes em tamanho, muito maior do que a maioria das células sanguíneas. Esse aumento de tamanho resulta das divisões nucleares repetidas sem a correspondente divisão do citoplasma, levando à formação de um megacariócito multinucleado. Uma característica distintiva do megacariócito maduro é a presença de múltiplos núcleos. Esses núcleos são o resultado das divisões nucleares repetidas durante o processo de maturação, e um único megacariócito pode ter dezenas de núcleos, O citoplasma do megacariócito maduro é rico em grânulos citoplasmáticos que contêm proteínas e substâncias essenciais para a coagulação sanguínea. Esses grânulos são conhecidos como grânulos alfa e grânulos densos, e desempenham um papel crucial nas funções das plaquetas. 22.4.1. Megacariócito multinucleado Fonte: https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/megacariocito-maduro/ 22.4.2. Megacariócito multinucleado Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/n/68937-megacariocito 22.5. TROMBÓCITO (PLAQUETA) Os trombócitos, também conhecidos como plaquetas maduras, são células sanguíneas pequenas e anucleadas que desempenham um papel fundamental no processo de coagulação. Essas células são fragmentos do citoplasma de um megacariócito maduro, que é o estágio final na maturação das células precursoras megacariocíticas. 22.5.1. Plaquetas. Fonte: https://laces.icb.ufg.br/p/20027-plaquetas
  • 36. Uma das características distintivas dos trombócitos é a ausência de núcleo. durante o processo de maturação dos megacariócitos, as divisões nucleares ocorrem, mas a citocinese (divisão do citoplasma) é limitada, resultando na formação de trombócitos anucleados, os trombócitos podem ser ativados quando entram em contato com colágeno exposto nos vasos sanguíneos ou com substâncias liberadas por células danificadas. A ativação desencadeia uma série de eventos, incluindo a mudança de forma dos trombócitos e a agregação, na qual vários trombócitos se ligam para formar um. REFERÊNCIAS Aristizábal Naranjo, Carmen Beatriz. ATLAS DE HEMATOLOGIA CÉLULAS SANGUÍNEAS. Méxic, Universidade católica de Manizales, 2008. Bain Bárbara. J. CÉLULAS SANGUÍNEAS: UM GUIA PRÁTICO. Porto Alegre, ARTMED, 2007. Braycast MEGACARIOCITO MADURO Disponível em: https://bibliotecadehematologia.wordpress.com/2014/11/05/megacariocitomaduro/. Acesso em: 9 de setembro de 2023. Eritrócitos ATLAS DE HEMATOLOGIA Disponível em: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/6502-eritrocitos Acesso em: 2 de setembro de 2023. Eritropoese. LACES Disponível em: https://laces.icb.ufg.br/p/20022- eritropoese#:~:text=A%20eritropoese%20%C3%A9%20o%20processo,ou%20pacie ntes%20com%20anemias%20graves. Acesso em: 2 de setembro de 2023. Flower Cell. Atlas de Hematologia Disponível em: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7169-flower-cell. Acesso em: 9 de setembro de 2023 Lab Network O Linfócito: Origem, Classificação E Funções. Como Analisar E Interpretar as Anormalidades Dos Linfócitos No Hemograma -
  • 37. https://www.labnetwork.com.br/noticias/o-linfocito-origem-classificacao-e-funcoes como-analisar-e-interpretar-as-anormalidades-dos-linfocitos-nohemograma/. Acesso em: 9 de setembro de 2023. LORENZI, Therezinha F. Manual de hematologia: Propedêutica e clínica. ed. Guanabara Koogan, 4º edição, Rio de Janeiro. 2006 Macrocitose: O Que é, Principais Causas E O Que Fazer Disponível em: https://www.tuasaude.com/macrocitose/. Acesso em: 3 de setembro de 2023. Plaquetas | LACES Disponível em: https://laces.icb.ufg.br/p/20027-plaquetas. Acesso em: 9 de setembro de 2023. RAPPAPORT, Samuel I. Hematologia: Introdução. São Paulo, Roca, 1990. BAIN Bárbara. J. Células Sanguíneas: Um Guia Prático. Porto Alegre, ARTMED, 2007. ZAGO, Marco Antônio. Hematologia: Fundamentos e Práticas. São Paulo, Atheneu, 2004.