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1. OBJETIVO DO TREINAMENTO
A brigada de incêndio se caracteriza por um grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e
capacitadas para atuar na prevenção, abandono e combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros
socorros, dentro de uma área pré-estabelecida.
2. RESPONSABILIDADES DO BRIGADISTA
Os brigadistas devem ser pessoas da própria empresa, gozar de boa saúde, boa condição física emergência,
acionar alarme e o Corpo de Bombeiros, cortar energia quando necessário, realizar primeiros socorros, controlar
pânico, guiar a saída das pessoas para abandono da área, combater princípios de incêndio e dar apoio às
guarnições de Bombeiros. O treinamento é requisito indispensável para que seja aprovado o auto de vistoria do
Corpo de Bombeiros e deve ter periodicidade anual.
FUNÇÕES DA BRIGADA:
a) Combate a Princípio de Incêndio.
b) Abandono.
c) Primeiros Socorros.
d) Isolamento.
CARACTERÍSTICAS DOS BRIGADISTAS
a) Vocação para o serviço e atitudes dinâmica.
b) Ter boa saúde física e mental.
c) Disposição de colaboração.
d) Pulso de mando e liderança.
e) Conhecimentos prévios da matéria.
f) Capacidade para a tomada de decisões.
g) Critério para resolver problemas.
h) Responsabilidade, iniciativa, formalidade, calma e cordialidade.
i) Estar consciente de que esta atividade se faz de maneira voluntária e motivado para o bom desempenho desta
função.
FUNÇÕES GERAIS DOS BRIGADISTAS
a) Ajudar as pessoas a manter a calma em casos de emergência.
b) Acionar o equipamento de segurança quando o requeira.
c) Difundir entre a comunidade do centro de trabalho, uma cultura de prevenção de emergências.
d) Acionar alarme em caso de emergência.
e) Utilizar seus conhecimentos quando ocorra uma emergência, ou a possibilidade deles, assim como quando se
realizem simulados.
f) Suprir ou apoiar aos integrantes de outras brigadas quando se requeira.
g) Cooperar com os corpos de seguranças externos.
OS INTEGRANTES DA EQUIPE DEVEM SER CAPAZES DE:
a) Detectado o princípio de incêndio, iniciar o combate imediatamente, de acordo com os procedimentos
estabelecidos pela empresa.
b) Operar os equipamentos contra incêndio, de acordo com os procedimentos estabelecidos pela empresa ou
instruções do fabricante.
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c) Reconhecer se os equipamentos e ferramentas contra incêndio estão em condições de operação.
d) A brigada deverá dar apoio mediante a chegada dos Bombeiros e ou receber novas instruções da coordenação
3. TEORIA DO FOGO
O fogo é uma reação química de transformação, necessitando de 04 (quatro)
componentes, o combustível, o comburente, o calor e a reação em cadeia. Sem
esses quatros componentes juntos não haverá fogo.
COMBUSTÍVEL
São substâncias ou misturas que podem entrar em combustão, podemos dividir os combustíveis, quanto ao
estado físico, em:
✓ Combustíveis Sólidos: Papel, Papelão, Tecido, Madeira, Carvão, Cereais, etc..
✓ Combustíveis Líquidos se subdividem em:
Voláteis: Álcool, Éter, Benzina, Gasolina, Solventes, etc...
Não Voláteis: Óleo de Linhaça, Óleo de Caldeira, Óleo Lubrificante, etc...
✓ Combustíveis Gasosos: GLP, Etano, Acetileno, Hidrogênio, etc...
COMBURENTE
É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O mais comum é que o oxigênio
desempenhe esse papel.
CALOR
O calor, antigamente conhecido como agente ígneo, é o componente energético do tetraedro do fogo e será o
elemento responsável pelo início da combustão.
Tradicionalmente o calor é apresentado como Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação
de outra energia, através de processo físico ou químico.
Importante não confundir CALOR com CHAMA.
Uma fonte de calor pode ser qualquer elemento que faça com que o combustível sólido ou líquido desprenda gases
combustíveis e venha a se inflamar. Não necessariamente uma chama. Pode ser uma superfície aquecida, uma
faísca (proveniente de atrito), fagulha (pequena sobra de material incandescente), centelha (de arco elétrico).
4. PROPAGAÇÃO DO FOGO
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação. Como tudo na natureza
tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais
baixa. O mais frio de dois objetos absorverá calor até que esteja com a mesma quantidade de energia do outro.
5. CLASSES DE INCÊNDIO
Visando obter maior eficiência nas ações de combate a incêndio, tornando-as mais objetivas e seguras com o
emprego do agente extintor correto, os incêndios foram classificados de acordo com o material combustível neles
envolvidos. As classes foram divididas desta maneira para facilitar a aplicação e utilização correta do agente extintor
correto para cada tipo de material combustível.
TETRAEDRO DO FOGO
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6. PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
São exigências de proteção em uma edificação, que objetivem uma não propagação de incêndio.
PROTEÇÃO PASSIVA
Elementos construtivos que procuram impedir ou reduzir a propagação de incêndio, bem como resistir a sua ação.
PROTEÇÃO ATIVA
Elementos complementares da edificação que visam suprimir o incêndio assim que ele ocorra.
As ações adotadas para se alcançar uma segurança adequada em um edifício devem ser coerentes e implantadas
de maneira conjunta. Essas ações constituem o sistema global de segurança contra incêndio, o qual é particular a
cada edifício, e sua concepção e seu desenvolvimento cabe a uma equipe de profissionais, devido ao grande número
de aspectos abordados.
7. MÉTODOS DE EXTINÇÃO
A extinção de um incêndio corresponde sempre em extinguir a combustão pela eliminação ou neutralização de pelo
menos um dos elementos essenciais da combustão representados pelo tetraedro do fogo.
RESFRIAMENTO
Método de extinção de incêndio que consiste no arrefecimento do combustível, ou seja, na diminuição da
temperatura deste, resfriando o material inflamado abaixo do seu ponto de fulgor.
ABAFAMENTO
Método de extinção de incêndio que consiste na redução da concentração do oxigênio tornando a mistura pobre ou
da retirada de Oxigênio, pela aplicação de um agente extintor, que deslocará o ar da superfície do material em
combustão.
ISOLAMENTO
Método de extinção de incêndio que consiste na redução na separação entre o combustível e a fonte de energia
(calor) ou entre aquele e o ambiente incendiado.
EXTINÇÃO QUÍMICA
Método de extinção de incêndio que consiste em aplicar agentes extintores que interferem com certos radicais livres
que alimentam a combustão, provocando a quebra da reação química, o que impede que o incêndio tenha
continuidade.
DILUIÇÃO
Método de extinção de incêndio que consiste na diluição do combustível, aplicável em líquidos inflamáveis solúveis
em água e incêndios de pequenas proporções do tipo “poça”.
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8. EXTINTORES
9. OUTROS EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
SISTEMAS DE HIDRANTES
Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam mangueiras para combate ao
fogo. São no mínimo duas tomadas d’água por hidrante.
O abastecimento de água poderá ser por gravidade ou através de bombas que sugam
água de cisternas ou de lagos.
MANGUEIRA
Tubos enroláveis de nylon, revestidos internamente de borracha, utilizada como duto
para fluxo de água tem diâmetro de 1 ½” e 2 ½” e comprimento de 15m e 30m.
ALARME DE EMERGÊNCIA
Ativador de alarme com programação específica na central, que permite simultaneamente a ativação de todos os
alarmes de abandono de uma área ou de todo o prédio.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Este sistema é instalado em todas as circulações, acessos, escadas, áreas de escape das
instalações com o objetivo de clarear o ambiente para que a saída seja realizada com
segurança evitando acidentes e garantir a evacuação das pessoas do prédio. O sistema
dispõe de uma autonomia de 2 horas e sinaliza as rotas de fuga utilizáveis no momento do
abandono do local.
A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação
das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas.
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SINALIZAÇÃO DE ROTA DE FUGA
É o sistema de sinalização com placas fotoluminescentes que estão localizadas em pontos
estratégicos das instalações indicando a rota de saída mais rápida do prédio.
Este sistema permite que qualquer pessoa mesmo não tendo um conhecimento geral do local em
que está, faça a evacuação do prédio o mais rápido possível seguindo a indicação das placas da
rota de fuga, que levará a uma área externa o deixando em segurança.
10. ABANDONO DE ÁREA
Rota de fuga:
Via considerada mais segura por onde devem se evadir os colaboradores das áreas já atingidas ou passíveis de se
tornarem áreas de emergência. Estas rotas devem ser divulgadas a todos, através do processo de integração.
Ponto de encontro:
Local sinalizado, onde se recebe maiores instruções de como será o procedimento adotado de acordo
com o tipo de emergência, do retorno ao local de trabalho ou mesmo abandono da área industrial,
devendo ser contabilizado a quantidade de colaboradores neste local, e se possível o tempo de chegada
de todos ao local.
Plano de Abandono:
O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos.
Nunca use o elevador para sair de um prédio onde há um incêndio.
Se um incêndio ocorrer em seu escritório ou apartamento, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não
acreditarem que um incêndio pode se alastrar com rapidez.
Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e
utilize-o como máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão.
Ao constatar um princípio de incêndio, ligue imediatamente para o Corpo de Bombeiros (fone 193).
Forneça informações precisas:
✓ Nome correto do local onde está ocorrendo o incêndio.
✓ Número do telefone de onde se está falando.
✓ Nome completo de quem está falando.
✓ Relato do que está acontecendo
11. PRIMEIROS SOCORROS
São os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter
os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.
Significa: Atendimento imediato prestado à vítima de um acidente ou de Mal súbito.
FINALIDADE
➢ Manter a vida
➢ Reduzir o agravamento das lesões
➢ Encaminhar para socorro adequado
ABORDAGEM À VÍTIMA
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✓ Checar responsividade
✓ Verificação da circulação
✓ Liberação de vias aéreas
✓ Verificação da respiração
LIBERAÇÃO DE VIAS AÉREAS
✓ Falar com a vítima;
✓ Imobilizar a coluna cervical;
✓ Posicionar a vítima (de costas em uma superfície dura);
✓ Efetuar manobras de elevação do queixo ou da mandíbula;
✓ Visualizar a cavidade oral, e retirar corpos estranhos.
PROCEDIMENTO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)
Constatada a parada cardiorrespiratória, efetuar acompressão torácica de 5 cm de profundidade, que permitam o
tórax voltar completamente. Efetuar no mínimo 100 compressões e no máximo 120 compressões. Observe a
postura, os braços estão estendidos e durante as compressões deve-se usar o peso do corpo para pressionar,
evitando dobrar o braço.É fundamental que a vítima não esteja em locais como sofás ou camas, ela deve estar em
uma superfície sólidapara que a massagem cardíaca funcione. Os dedostambém devem estar entrelaçados
conforme a imagem, pois é possível que eles fraturem as costelas da vítima por causa da pressão exercida na
massagem cardíaca. A cada 2 minutos, verificar o pulso carotídeo em 10 segundos.
HEMORRAGIAS
A hemorragia é definida como uma perda aguda de sangue circulante, podem ser Externas e Internas. Uma grande
hemorragia não tratada pode conduzir a vítima a um estado de choque e consequentemente a morte. Já
sangramentos lentos e crônicos podem causar anemia (baixa quantidade de glóbulos vermelhos).
Atendimento para hemorragia externa:
✓ Proteger-se com luvas (sempre que em contato com sangue ou fluidos corpóreos).
✓ Identificar o local exato da hemorragia, o sangue espalha-se e podemos estar realizando
atendimento no local errado.
✓ Colocar um pano limpo dobrado, no local do ferimento que ocasiona a hemorragia.
✓ Colocar a atadura em volta ou fazer uma atadura improvisada, com tiras largas ou cintos. Não utilizar
objetos que possam causar dificuldade circulatória (arames, barbante, fios, etc.). Faça um curativo compressivo,
sem prejudicar a circulação daquele membro.
✓ Se a hemorragia for em braço ou perna, eleve o membro, só não o faça se houver fraturas.
✓ Pressione a área com os seus dedos (ponto de pressão) para auxiliar a estancar a hemorragia.
✓ Caso o sangue continue saindo mesmo após a realização do curativo compressivo, não retire os panos
molhados de sangue. Coloque outro pano limpo em cima e uma nova atadura, evitando com isso, interferir no
processo de coagulação.
✓ Evite usar torniquete, pois ele pode levar a amputação cirúrgica de membro se não for afrouxado
corretamente e no tempo certo.
✓ Se a hemorragia for abundante, pegue uma camisa ou um cinto, coloque um pouco acima da
hemorragia e de um nó e puxe, fique segurando firme, isso vai diminuir a chegada de sangue ao local. Esse método
é para substituir o torniquete, e não causa lesões circulatórias, pois cada vez que o socorrista cansar e tiver que
"tomar fôlego", vai diminuira pressão e aquela área será irrigada com sangue arterial.