a integração e desenvolvimento na virada do século XXI.pptx
1. AULA 6A
A AMÉRICA LATINA: A INTEGRAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO NA VIRADA DO SÉCULO XXI
Amaury Gremaud
1
2. 1930-70
Desde a grande depressão e mesmo antes parte das economias latino
americanas têm implementado um conjunto de medidas que buscaram alguma
transformação, diversificação produtiva e/ou industrialização.
Dependendo do pesquisador títulos diferentes
Desenvolvimento voltado para dentro (vs. Voltado para fora)
Industrialização por Substituição de importações
Industrialização liderado pelo Estado
Ressalta-se alguns aspectos aspectos
Economia mais fechadas
com maior participação do Estado
PDP intensas
2
3. Problemas afetam as estratégias de industrialização
• PDP – começam a ser discutidas
Decisões sobre manutenção/revisão das estratégias
Anos 60
Problemas se agravam / novos problemas:
PDP – fortemente discutidas - criticadas
Consenso de Washington: PDP abandonadas (substituídas por
PDP pro mercado)
Anos
80/90
PDP pro mercado – não efeitos positivos como esperados
• Exagero nos custos das politicas liberalizantes; politicas liberalizantes não
implementadas
• Reavaliação (Exagero na visão negativa) das politicas anteriores ?
• Em direção de uma revalidação de PDP mas cuidados
Anos
2000/hoje
3
4. MEADOS DOS
ANOS SESSENTA A
ESTRATÉGIA
COMEÇA A SE
ESGOTAR E A
ECONOMIA
COMEÇOU A SE
DESACELERAR.
Razões pelas quais a estratégia de substituição de importações
entrou em declínio.
Não existiu um mecanismo que assegurasse que as
atividades protegidas conseguissem alcançar alta
produtividade.
Proteção permanente/ mercado domestico concentrado
Não foram acompanhadas as mudanças tecnológicas
ocorridas em setores centrais - TIC
Problema com tipo de investimento/apoio – falta inovação
capital humano
Problemas Macroeconômicos
de financiamento das intervenções
De continuidade da vulnerabilidade externa
Inflação
Desequilíbrios das estruturas produtivas internas
(setoriais)
Problemas Políticos e sociais (distribuição de renda) 4
5. PROBLEMAS DA
INDUSTRIALIZAÇÃO:
AS OPÇÕES NOS ANOS
60
Para países que buscam industrialização
via PSI dificuldades:
Três discussões cepalinas nos anos 60 –
ampliação dos mercados
Integração latino americana
Reformas e a Distribuição de renda
Diversificação fontes de dinamismo -
algum drive exportador
endividamento
Saída conservadora –
desenvolvimentismo conservador
Ampliação do mercado sem reformas
redistributivas
Outra Possibilidade reversão do modelo –
abandono da industrialização e saída
liberal
5
6. • A primeira onda de integração latino americana quando a América Latina refletiu sobre as
estratégias próprias de desenvolvimento (CEPAL).
• Primeira onda atenção inicial é na América Central
• No nível político, pela tentativa dos centro-americanos de reviver um projeto federal
abandonado desde 1838.
• Um "Pacto da União Confederada dos Estados da América Central" foi assinado em 1947
em San Salvador, mas o passo não foi dado.
• Em 1951 nova tentativa, era menos ambicioso, mas enfrentou as divisões políticas da época
e não resistiu à intervenção militar dos EUA na Guatemala em 1954.
• Economicamente :
• J. Vinner – second best (ganhos e desvios de comercio) x
• Prebisch - teoria do intercâmbio desigual: deterioração dos termos do comércio se
deterioram, recomendação de industrialização – necessidade de base regional.
O modelo Cepal baseia-se na complementaridade industrial e na liberalização do comércio
no âmbito das uniões aduaneiras. Essa concepção de planejamento, desenvolvimentista e
protecionista se opõe ao modelo de livre comércio defendido pelos Estados Unidos.
Modelo da CEPAL visto como modelo regionalismo fechado
REGIONALISMO FECHADO
7. INTEGRAÇÃO REGIONAL
Alargar mercados (Prebisch: também concorrência ?)
Problema: quando discussão cresce vários países já possuem indústria diversificada – integração deixa de
ser uma negociação simples
Problema: localização dos setores: racionalização da (re)distribuição localizacional e possíveis
mecanismos de compensação
Três iniciativas
Mercado Comum Centro Americano (MCCA)
mais bem sucedido – ISI impulsionado por integração
países menos industrializados
maior homogeneidade entre países – menor assimetria
ALALC
tratado de Montevideo 1960 – resposta a diminuição do comércio interno da América Latina
Ampliação do comércio intra regional, especialmente em manufaturas (aquém , mas cresce)
vantagens maiores para alguns (reforça diferenças ?)
Pacto Andino
Acordo de Cartagena - surge dentro da ALALC – como resposta a um problema de assimetria
Facilita negociação internas e amplia poder de negociação dentro da ALALC
Ampliar institucionalidade da Integração 7
8. Integração econômica regional: a perspectiva
desenvolvimentista ou dinâmica.
Análise da integração deve ser dinâmica, e não estática, como propõe os
neoclássicos.
Princípio geral: a integração traz efeitos dinâmicos que podem contribuir para o
desenvolvimento econômico entre nações menos desenvolvidas => ações
conjuntas são melhores do que ações isoladas no mundo capitalista do pós-
guerra.
Para a CEPAL, a integração econômica regional deve fazer parte de uma
estratégia mais ampla: a estratégia de industrialização. A Comissão apresentou
diretrizes para a formação de um mercado comum latino-americano.
Texto básico: El Mercado Común Latinoamericano, (1959),
9. Integração econômica regional: a perspectiva
desenvolvimentista ou dinâmica.
Os objetivos da integração na América Latina, segundo a CEPAL:
Ampliação dos mercados, permitindo a exploração de economias de escala;
Especialização regional, com base em um conceito de “vantagens comparativas regionais”,
de acordo com a produtividade dos fatores de produção e disponibilidade de matérias
primas => a integração dentro da concepção de planejamento econômico regional =>
mercado + Estado;
Manter as produções primárias e ampliá-las com a integração;
Fazer frente ao protecionismo agrícola europeu (maior poder de barganha);
Ampliar as exportações industriais da América Latina, aproveitando as mudanças
tecnológicas na Europa (que deixa de produzir bens de baixa tecnologia).
Neste sentido, a integração econômica regional como parte das estratégias de
desenvolvimento nacional => La integración debe estar impulsada por una planificación regional
compatible con los intereses políticos nacionales.
10. 1960 – formada a ALALC:
Associação Latino-Americana de Livre Comércio
Foi criada a partir das recomendações da CEPAL, em 1960.
Era uma área de livre-comércio que integrada por todos os Estados da América do Sul (menos as Guianas) e
também pelo México, com o objetivo de estabelecer a liberalização total em até 12 anos.
Negociação por listas de produtos:
1960: 4.268 concessões
1966: 9.054 concessões
1970: 11.070 concessões
1972: 11.242 concessões
Não vai muito adiantes experiência frustrada (guerras, golpes, ditaduras) e dificuldades inerentes a
integração – assimetrias
Começa sub divisão – origens do CAN
1980 – ALALC é substituída pela ALADI (Associação Latino-americana de Integração).
11.
12. FURTADO
Nesse sentido, “a teoria da integração constitui uma etapa superior da
teoria do desenvolvimento econômico e a política de integração uma
forma avançada de política de desenvolvimento” (Furtado, Celso.
Teoria e Política do Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Abril
Cultural, 1983). => integración económica regional x políticas
nacionales de desarrollo.
A integração, por ser parte da estratégia de planejamento para o
desenvolvimento econômico, depende de algum grau de
convergência política. => integración x convergencia política.
:
:
13. ESTRUTURALISMO FRANCES
Ideias de Perroux e Marchal sobre regionalização
Conceberam a integração econômica não apenas como um mecanismo de liberalização
tarifária, mas como um processo de unificação dos sistemas econômicos sob o princípio da
solidariedade. Essa ideia de integração solidária acabou sendo crucial para a visão
estruturalista e, de alguma forma, foi articulada com o tema do desenvolvimento.
critica o que descreve como o método liberal de integração, que se baseia na
liberalização do comércio, o método liberal gera interdependência, mas não
solidariedade,
O Estado deve desencadear um processo contínuo, socialmente equilibrado e harmonioso por meio
de políticas em varias áreas.
é crucial implementar ou coordenar políticas comuns que deve levar à criação de uma área
territorial constituída por uma rede de laços estreitos de solidariedade. Essa ideia de
solidariedade implica que o progresso de alguém beneficia a todos.
Uma integração é solidária quando "todos os colaboradores contribuem para o resultado do esforço
comum e que a parte de cada um depende do esforço de todos“ e pressupõe uma certa igualdade
de oportunidades que permitem que todos aqueles que participam da rede sejam vencedores e
impeçam que um componente da rede domine os outros. Não envolve apenas a integração
econômica, mas a integração social".
14. PROBLEMAS DA
INDUSTRIALIZAÇÃO
Para países que buscam industrialização
via PSI dificuldades:
Três discussões cepalinas nos anos 60 –
ampliação dos mercados
Integração latino americana
Reformas e a Distribuição de renda
Diversificação fontes de dinamismo -
algum drive exportador
endividamento
Saída conservadora –
desenvolvimentismo conservador
Ampliação do mercado sem reformas
redistributivas
Outra Possibilidade reversão do modelo –
abandono da industrialização e saída
liberal
14
15. ENFRENTAMENTO DA CRISE DO PSI
“Modelo burocrático-autoritário”
Governos militares e a questão do mercado
Ampliação dos mercados sem redistribuição, via crédito - endividamento
Aprofunda internacionalização
Forte entrada de capitais – endividamento externo
Reforço das Multinacionais
Diversificação das fontes de dinamismo: promoção de
exportações
Muda politica cambial e de estimulo às exportações
“Capitalismo de Estado”
Políticas pró mercado x intervencionismo
15
15
16. ANOS 60/70 OS DIFERENTES ESTILOS DE
DESENVOLVIMENTO LATINO AMERICANOS
Disparidade entre os países latino-americanos:
Melhores desempenhos: Brasil, Colômbia e México
Brasil – modelo burocrático autoritário – desenvolvimentismo
(Estado e industrialização interna) mantido com viés conservador,
diversificação exportadora relativa e endividamento
México – PRI – também com endividamemto, continuidade de
industrialização interna, mas importância das exportações de
petróleo, redistribuição algum avanço
Argentina, Chile : Entrada em cena mais cedo de visão liberal e
critica ao PSI
16
16
17. MUDANÇAS NOS ANOS 1960 E 1970
Políticas de estímulo às exportações
Desvalorizações cambiais; Incentivos fiscais e subsídios
Linhas de financiamento Investimentos públicos
Zonas Francas
Diferença fundamental em relação à Ásia:
Exportações na AL tinham o papel de prover divisas, não ser a base de crescimento da
economia como na Ásia
AL: “drive exportador” relativo
Desempenho do PIB da AL na década de 70 não foi tão “lamentável”
Diferença em relação ao Extremo Oriente em termos de desenvolvimento não é tão
significativa
Mas Inflação e dívida externa sim
17
17
18. PROBLEMAS POSTERIORES PARA O DESEMPENHO LATINO-
AMERICANO
1) Endividamento exagerado - dois tipos:
a) Argentina e Chile: Combate à inflação e liberalização comercial taxa de câmbio supervalorizada
b) Brasil, México, Venezuela: programas ambiciosos de crescimento acelerado
2) Abertura assimétrica da AL para a economia internacional
Abertura financeira maior que a abertura comercial
Dívida cresceu bem mais que as exportações
Amplia necessidade de recursos para pagar recursos externos
Antes importações
Agora: divida externa , remessas de lucros e importações
3) Violentos choques externos após 1980:
a) Deterioração dos termos de troca
b) Elevação das taxas de juros reais
c) Redução do crescimento da OCDE
Impacto sobre as exportações da AL
d) Oferta de capital
Corte abrupto de novos financiamentos
18
18
19. DESEMPENHO ECONÔMICO: AL, EXTREMO ORIENTE E SUL DA ÁSIA:1960-
1985
19
Região
Taxas de
Crescimento do PIB
Inflação
Dívida
Externa/PIB
1960-
1970
1970-
1980
1980-
1985
1960-
1970
1970-
1980
1980-
1985
1973 1983 1985
América
Latina
5,7 5,8 0,4 24,7 47,9 277,7 18% 56% 61%
Extremo
Oriente
6,9 8,0 4,9 7,8 14,8 7,7 23% 34% 25%
Sul da Ásia 3,9 3,7 5,2 6,2 9,6 8,3 19% 15% 24%
Fonte: Banco Mundial. Apud Fishlow, 2004, p. 158. 19
20. A REORIENTAÇÃO PARA O MERCADO
Duas fases distintas:
Década de 1980 – década perdida – crise da divida e inflação
Após 1990 : tentativa de crescimento com base em modelo liberal mas com
grande volatilidade – reformas liberisi
Abertura
privatização
20
21. CUSTOS SOCIAIS DA CRISE DA DÍVIDA
Incidência da pobreza de 40% (1980) para 48% da população (1990)
Necessidade de ajuste fiscal → pressiona estruturas sociais vulneráveis
Financiamento da dívida → impacto sobre a inflação
21
22. Com o advento da crise da dívida da década de 1980, os
ânimos deixaram de serem favoráveis às políticas industriais
(PDP) (aumentam as críticas dos anos 60) e amplia-se
nacional e internacionalmente o apoio à ideia de transferir a
responsabilidade para a atribuição da recursos dos
investimento Estatais para os mercados.
Isto levou na década de 1990, ao que ficou conhecido como o
Consenso de Washington (CW), o saneamento financeiro dos
Estados era o principal objetivo, os mercados livres e estáveis
possibilitariam o crescimento económico.
Culpabilização das PDP especialmente nos países que as
mantiverem nos anos 60/70
22
23. CONSENSO DE WASHINGTON
Disciplina fiscal
Priorização
(reorientação)
dos gastos
públicos
Reforma
tributária
Privatização Desregulação
Liberalização
financeira
Unificação do
Regime cambial
Liberalização
comercial
Abertura para o
Investimento
externo direto:
Propriedade
intelectual:
proteção
23
24. LÓGICAS DAS POLÍTICAS DE ESTABILIZAÇÃO NA DÉCADA
DE 90
Maior abertura comercial e financeira
Âncora cambial: Taxa de câmbio valorizada
Politica Monetária restritiva: Taxa de juros
elevada
Política Fiscal restritiva
Privatização
24
24
25. 25
PRIVATIZAÇÃO: ARGUMENTOS UTILIZADOS
1. Ineficiência das empresa públicas: baixa qualidade dos serviços e
existência de déficit financeiros;
2. Diminuição da capacidade estatal em fazer investimentos
necessários como a ampliação dos serviços e atualização
tecnológica das empresas;
3. Necessidade de gerar receitas para se abater a elevada dívida
estatal;
4. Mudança no quadro tecnológico e financeiro internacional
25
26. NOVO “DOGMA” ORTODOXO
“Competitividade depende de mercados
internos liberalizados e importações mais
livres”
Pressões cada vez maiores:
Redução do papel do Estado na economia
Maior abertura comercial e financeira
26
26
27. PROGRESSO TÉCNICO E RESTRUTURAÇÃO
PRODUTIVA
1980s: estratégia passiva
1990: restruturação com choque de competitividade:
redução de custos, aumento de produtividade e diminuição
do emprego
Críticas:
abertura comercial muito rápida e associada com abertura
financeira e valorização cambial – custos sociais excessivos
Deterioração da balança comercial e do BP
Problema: desmonte do sistema nacional de inovações e
aprofundamento do atraso tecnológico
Incerteza e instabilidade dificultam o planejamento
estratégico das empresas
27
29. Variações no tempo e no espaço
Países
México – abertura mais radical, abandono das antigas politicas
industriais, agenda liberal avança mais
Brasil – apesar de abertura e liberalização , tb privatizações,
ainda sim resitencia a outras reformas
Chile e Argentina – liberalização anterior
Aprofunda-se agenda liberal
Chile: maior cuidado macroeconômico com endividamento e abertura
financeira
Até onde países latino americanos seguiram
completamente a agenda liberal ? Até quando ?
Até onde novas agendas entram nos países latino-
americanos
29
30. Atualmente, se politicas industriais podem em parte ter sido
problemáticas, seu afastamento completo pelo CW não melhorou os
processos de ganhos de produtividade e de desenvolvimento econômico
Hoje existe o crescimento e a necessidade de se promover uma nova
geração de políticas de desenvolvimento produtivo que não se
enquadram nos problemas do passado.
Uma política industrial moderna tem de levar em conta que existem hoje
mercados mais desenvolvidos e sofisticados
Internacionalmente, há a decolagem do comércio internacional e de um mercado
financeiro internacional mais integrado.
setores privados nacionais têm demonstrado maturidade para enfrentar a
incerteza e se envolver com investimentos de longo prazo (assumir riscos e
perdas que não precisam necessariamente serem assumidos pelo governo );
30
31. Problemas afetam as estratégias desenvolvimentistas
• PDP – começam a ser discutidas
Decisões sobre manutenção ou não das estratégias
Anos 60
Problemas se agravam / novos problemas:
PDP – fortemente discutidas - criticadas
Consenso de Washington: PDP abandonadas (substituídas por
PDP pro mercado)
Anos
80/90
PDP pro mercado – os efeitos positivos não são os esperados
• Exagero nos custos das politicas liberalizantes; politicas liberalizantes não
implementadas
• Reavaliação (Exagero na visão negativa) das politicas anteriores ?
• Em direção de uma revalidação de PDP mas cuidados
Ate onde neo estruturalismo ou novo (sócio) desenvolvimentismo
Anos
2000/hoje
31
32. • No final da década de 1980, a América Latina aderiu fortemente ao neoliberalismo
• AL (quase) democratizada, reestruturação de algum diálogo político.
a integração é visto como um complemento à abertura que buscam melhorar a inserção dos
países latino-americanos na economia mundial (dentro da concepção de J. Vinner)
Levando em consideração cadeias global de valor, globalização, fluxos de capitais
• Período conhecido como o de regionalismo aberto
• que passa a ser defendido inclusive pela CEPAL dentro da ideia de transformação produtiva com
equidade
• Os Estados Unidos assinam um acordo de livre comércio com o México e o Canadá (NAFTA, 1992)
• e propõem sua expansão para o resto do continente, com a Área de Livre Comércio das Américas
(FTAA).
• Os acordos históricos na América Central, no Caribe e na região andina estão sendo renegociados
nos moldes do “novo regionalismo” ou do "regionalismo aberto"
• Por outro lado temos o MERCOSUL que envolve questões politicas e sofre influencia europeia, mas
também segue a logica do regionalismo aberto
REGIONALISMO ABERTO
33.
34. • A abertura na AL foi rápida e substancial, com tarifas médias para a
América Latina indo de 100% no início da década de 1980 para 30%
uma década depois, e 10% no início dos anos 2000.
• Expectativa frustrada de cho1ue de competitividade
• Hoje visto dentro do processo de desindustrialização e de (re)
agrooexportação da Latino-america
• Mas existe algum crescimento econômico impulsionado pelo
comércio intra-regional
• No MERCOSUL, o comércio intra-regional representa 25,2% do total em
1998, contra apenas 8,9% em 1990.
• No entanto, este progresso foi abruptamente interrompido pelas crises financeiras do
final da década: a desvalorização brasileira de 1999 e, especialmente, a crise
argentina de 2001 trouxeram o comércio de volta ao nível do início da década de
1990 – problemas de assimetria e necessidade de coordenação das politicas
macroeconômicas evidentes
• Mesmo com desindustrialização no Mercosul comercio inter-regional possui
maior valor adicionado e produtos de maior sofisticação 34
35. • Mudanças politicas na América interrompem o período neoliberal.
• Existe um projeto de revitalização do regionalismo que ressuscita o
estruturalismo da CEPAL (e o estruturalismo francês), sem questionar
completamente o regionalismo aberto, em um contexto de boom nas
exportações de matérias-primas a partir de 2003, mas se caracteriza por uma
visão pos liberal (novo estruturalismo, novo desenvolvimentismo)
• originalmente concebida como uma alternativa à ALCA dos EUA
• A alternativa se transforma
(1) na Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), a partir de Chaves
na Venezuela, ao mesmo tempo que
(2) Lula acentua a virada sul-americana da diplomacia brasileira e esta a
frente da criação da UNASUL e formalizou
(3) um diálogo latino-americano, no âmbito da CELAC.
Regionalismo Pós Liberal ou pós hegemônico
36. 36
Este novo regionalismo procura:
• dar uma direção mais pragmática aos projetos regionais, por exemplo
com a IIRSA,
• na criação de mecanismos inovadores de cooperação internacional,
por exemplo com o uso de empresas e/ou organizações estatais
associadas em consórcios internacionais para a produção de bens de
consumo (por exemplo, alimentos) ou para o fornecimento de bens
públicos regionais (educação, saúde, etc.).
• Uso de mecanismos de financiamentos a partir, p. ex;, de riqueza
petrolífera venezuelana e/ou de recursos com base no BNDES
brasileiro.
Diversificação da agenda
Objetivos sociais ganham grande destaque,
Mas infraestrutura e defesa (segurança) são partes importantes das
agendas
Dentro destas iniciativas a dimensão comercial não está ausente, mas
é colocada a serviço do interesse comum.
37. A clássica opção de integração dentro de um estratégia de livre
comércio continua existindo
muitos países assinam acordos bilaterais com os Estados Unidos,
aqueles que compartilham a fachada do Pacífico se organizam para
impulsionar a integração na região Ásia-Pacífico, criando a Aliança do
Pacífico (Chile, Peru, Colômbia, México)
Segunda metade dos anos 10 – recuo das agendas integracionistas
pos hegemônicas
Recuperação este ano ?
Integração fragmentada 37
38. OLIVER DABÈNE – PROBLEMAS QUE LEVAM A UMA
INTEGRAÇÃO FRAGMENTÁRIA
Instabilidade econômica e Crises
os processos de integração mais frequentemente avançam por ciclos e
enfrentam crises externas e internas. A América Latina não é exceção. No
entanto, as crises são tão sérias que levam os atores a questionar a própria
sobrevivência de seu processo de integração. Os políticos nunca votam pela
dissolução de um acordo, na maioria das vezes optando por total
indiferença.
Baixa interdependência comercial
Historicamente - a lógica extrovertida do livre comércio que emergiu (e
reemergiu) condena a América Latina à amarga desilusão com a integração,
já que o comércio intra-zona apesar de suas características )e
potencialidades) interessantes é diminuto e avança pouco.
39. Fortes assimetrias
O problema da distribuição desigual dos ganhos de livre comércio está no centro das crises
de integração.
A integração regional na América Latina potencialmente pode ampliar as desigualdades
entre os Estados.
o modelo Cepal de complementaridade industrial deveria elevar o nível relativo dos países menos
desenvolvidos ao nível de seus parceiros. Não foi implementado, ou muito parcialmente na América
Central
O Fundo de Convergência Estrutural do MERCOSUL (FOCEM) representa uma tentativa tímida,
mas louvável de apoiar as regiões mais pobres da região.
Baixa institucionalização.
Os processos de integração na América Latina têm uma agenda muito ampla, mas suas
capacidades institucionais são fracas.
CAN e MERCOSUL têm alguns corpos burocráticos, mas seus meios (financeiros, humanos) são
insignificantes e, acima de tudo, sua capacidade de tomada de decisão é quase nula. Os processos
permanecem intergovernamentais, deixando pouco espaço para os órgãos comunitários.
Outro debate importante na AL se dá em trono da ideia de Estado nação e supranacionalidade
Geometria Variável
Sobreposições institucionais causam inconsistências que impedem a governança regional.
40. Influências externas/dependência.
Nas décadas de 1950 e 1960, a CEPAL e seu secretário-geral Raúl Prebisch estavam na
origem de uma teoria que influenciou toda uma geração de acordos de integração no
mundo em desenvolvimento. No entanto, o modelo Cepal foi desafiado pela concepção
norte-americana centrada no livre comércio.
A rivalidade entre os paradigmas estruturalista e neoclássico explica em grande parte a natureza
híbrida dos acordos assinados na década de 1960 (MCCA, ALALC).
Na década de 1970, a Europa começou a exportar seu "modelo" de integração, tanto em
seu componente econômico (união aduaneira) quanto político (forte institucionalização
com características supranacionais).
Quando a América Latina se converte em regionalismo aberto, entra nas fileiras da
Ortodoxia, mas ainda está sujeita às influências cruzadas e muitas vezes competindo
com a Europa e os Estados Unidos.
A Europa financia as instituições comunitárias na América Central, nos Andes e no MERCOSUL,
os Estados Unidos tentam impor a agenda do NAFTA e a ALCA.
Essas influências externas tendem a aliviar a responsabilidade dos Estados-Membros
pelo engajamento coletivo.