2. PRÉ-REFORMA
RELIGIOSA
• John Wycliffe (c. 1320-1384) e os
lollardos – Inglaterra.
• Jan Hus – Boêmia (*atual
República Tcheca*).
• O Concílio de Constança (1414-
1418).
• Rainha Isabel de Castela e o
Cardeal Cisneros – Espanha.
• Humanistas como Erasmo de
Roterdã.
Jan Hus
(c. 1369-1415)
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4. “Gostaria que a mais fraca mulher lesse os
Evangelhos e as Epístolas de São Paulo [...]
Gostaria que essas palavras fossem traduzidas
para todas as línguas, afim de que não só os
escoceses e irlandeses, como também turcos e
sarracenos pudessem lê-las. Anseio que o
lavrador as cante para si mesmo quando
acompanha o arado, o tecelão as murmure ao
som de sua lançadeira, que o viajante iluda com
elas a monotonia da jornada.”
“Novum Testamentum omne” de Erasmo de Roterdã
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5. MOTIVAÇÕES DA
REFORMA RELIGIOSA
• Corrupção e despreparo do clero.
• Papas que se comportavam como príncipes
seculares e, não, como líderes da igreja.
• Sentimentos nacionais, associados, ou não, a
existência de um Estado.
• As críticas dos humanistas.
• Uma maior difusão da Bíblia e textos teológicos
graças à invenção da imprensa.
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6. MOTIVAÇÕES DA
REFORMA RELIGIOSA
• Simonia é a venda de objetos considerados
sagrados ou a venda de cargos religiosos. Os
grandes senhores compravam cargos eclesiásticos
como forma de aumentar seu poder ou garantir uma
fonte de renda para seus filhos, o padre da paróquia
enfurecia os fiáis ao cobrar por serviços que
deveriam ser gratuitos. Já o Nicolaísmo está ligado
ao desregramento sexual do clero. Obrigados ao
celibato, muitos não mantinham a castidade e
envolviam-se em escândalos sexuais.
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7. HUMANISMO REFORMISTA
• Um dos maiores intelectuais de seu
tempo, ele defendeu a seu modo uma
reforma de Igreja Católica e foi defensor
da tolerância.
• Propôs que a Bíblia estivesse na língua
do povo, o fim do celibato obrigatório,
questionou o culto às relíquias e à
Virgem Maria, criticou o abusos e
desregramento moral de membros do
clero, inclusive os papas.
• Respeitado por Lutero, discordava dele
principalmente em relação ao livre-
arbítrio.
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Erasmo de
Rotterdam
(1466-1536)
8. REFORMA LUTERANA
• Em 15 de março de 1517, o papa
Leão X ofereceu indulgência
(perdão) aos que contribuíssem
para a construção da basílica de
São Pedro em Roma.
• A rigor, o que se vendia era o
documento, no senso comum, no
entanto, era o perdão.
• Vários teólogos questionam a
validade das indulgências e
veem a prática como
escandalosa.
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9. REFORMA LUTERANA
• Martinho Lutero (1483-1546), monge
agostiniano e professor de teologia
na Universidade de Wittenberg, se
insurge contra a cobrança das
indulgências.
• Em a 31/10/1517, como forma de
protesto, Lutero pregou (*ou não*)
as 95 Teses na porta da Igreja do
Castelo de Wittenberg.
• As conciliações fracassaram e o
Papa Leão X excomungou Lutero
em 03/01/1521, na bula "Decet
Romanum Pontificem".
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10. REFORMA LUTERANA
• A reforma de Lutero está ligada a ao processo de
afirmação nacional alemã → não unidade política,
mas tem uma igreja nacional.
• Foi apoiada por parte da nobreza e havia o
interesse pelas terras da Igreja Católica.
• Lutero não era o único a propor uma reforma,
mas seu caso terminou por iniciar a
fragmentação da Cristandade.
• Confissão de Augsburgo (1530) → Melanchton.
• Paz de Augsburgo (1555) → “A religião do príncipe
é a religião do povo”.
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11. REFORMA LUTERANA
• A Guerra dos Camponeses, fomentada pelas idéias
anabatistas de Thomas Müntzer, tinha por base a idéia
de que “os pobres são demasiado infelizes para ter
tempo de conhecer a Bíblia e rezar. Nenhuma reforma
religiosa é possível sem revolução social”.
• Müntzer e seus discípulos compuseram os 12 Artigos
e defendiam entre outras coisas: a livre escolha dos
pastores, a abolição da corvéia e dos pequenos
dízimos, que os grandes dízimos fossem usados em
benefício da comunidade, e que a servidão fosse
abolida.
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12. GUERRA DOS CAMPONESES
• Se estendeu de 1524 até 1525 fomentada pelas idéias
anabatistas de Thomas Müntzer os camponeses se
revoltaram em várias partes da Alemanha → Houve
saques de castelos e cidades, destruição de imagens
religiosas (iconoclastia) e confrontos com tropas da
nobreza.
• Lutero assumiu uma postura cuidadosa no início do
levante, conclamando os camponeses à submissão e
os senhores a tratá-los de forma cristã, mais tarde,
autorizou a nobreza a usar de todos os meios
possíveis para conter a revolta.
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13. OS ANABATISTAS
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• Chamados de reformadores
radicais em alguns livros.
• Defendiam que somente os adultos
fossem batizados, enquanto todos
os protestantes ainda praticavam o
batismo infantil.
• Alguns eram pacifistas.
• Com o aumento das perseguições
de católicos e protestantes,
assumiram posturas milenaristas e
participaram de revoltas populares.
• Seus descendentes são os atuais
menonitas.
Anabatista recebendo
o “terceiro” batismo.
14. GUERRA DOS CAMPONESES
• Ao lado, as batalhas mais
importantes.
• Ao longo do conflito, Müntzer
foi capturado e morto, os
camponeses massacrados e
os anabatistas passaram a
ser duramente perseguidos
por católicos e luteranos.
• O resultado da guerra foi o
retrocesso da reforma no sul
da Alemanha, com o retorno
de muitos camponeses ao
catolicismo.
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15. REFORMA LUTERANA
• Lutero termina por defender:
Salvação pela graça mediante a fé.
A Bíblia na língua do povo → alemão.
Comunhão nas duas espécies → pão e vinho.
Cabia ao príncipe escolher os pastores.
Sacerdócio universal.
Fim do celibato obrigatório.
A veneração aos santos não foi abolida.
Manteve o batismo infantil.
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16. REFORMA LUTERANA
• Philipp Melanchthon (1497-1560),
filólogo e teólogo redigiu a Confissão
de Augsburg (1530) e tornou-se o
principal líder do luteranismo após a
morte de seu fundador. Conhecido
como o "educador da Alemanha"
(Praeceptor Germaniae) por reformar
o ensino em território alemão e ser o
autor da primeira gramática dessa
língua.
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Braço direito de Lutero
e seu herdeiro.
17. REFORMA NA SUÍÇA
• A Reforma religiosa começou na
Suíça quase ao mesmo tempo que
na Alemanha.
• A região também não tinha uma
unidade nacional e estava obrigada
a enviar soldados para os exércitos
de vários países.
• O padre Ulrich Zwinglio começa a
pregar em Zurique o chamado
“evangelho puro” em 1519 e se
coloca contra as indulgências.
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Zwinglio
(1484-1531) 17
18. REFORMA NA SUÍÇA
• Se a pergunta de Lutero era “como eu posso ser
salvo?”, a de Zwinglio era “como salvar o meu povo?”.
• Zwinglio era humanista, admirador de Erasmo de
Roterdã e pregava que a Bíblia deveria pautar todas as
ações das pessoas.
• Discordava de Lutero em vários pontos, especialmente
em relação à Eucaristia (Ceia do Senhor).
• Zwinglio era contra o envio de soldados suíços para
guerras que não eram suas. Isso fez com que Zurique
fosse atacada e o reformador morreu em batalha.
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19. PIONEIRO DO ECUMENISMO
• Martinho Bucero (1491-1551) não tem uma igreja
com seu nome, mas foi um dos reformadores mais
importantes de sua época, atuando principalmente
na cidade de Estrasburgo. Dominicano, tornou-se
protestante depois de ouvir uma pregação de
Lutero. Tentou conciliar o reformador alemão e
Zwinglio, mas fracassou. Muito próximo de
Melanchthon, negociou com Carlos V um acordo
entre protestantes e católicos no Sacro Império e
fracassou. Terminou obrigado a se exilar na
Inglaterra, em 1549, onde, sob a proteção de
Eduardo VI, ajudou na segunda revisão do Livro de
Oração Comum.
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20. JOÃO CALVINO
• Calvino nasceu na França (1509) e
recebeu uma sólida formação
humanista.
• Sua educação foi patrocinada pelo
bispo de sua cidade (Noyon), patrão
de seu pai.
• A Reforma na França já estava em
andamento quando Calvino nasceu e
o reformador teve contato com ideias
luteranas e de outros reformadores.
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João Calvino
(1509-1564)
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21. JOÃO CALVINO
• Diferentemente de Lutero, não se sabe quando Calvino
rompeu com a Igreja Católica, mas em 1534, ele
voltou a sua cidade e abriu mão do dinheiro dado pelo
bispo para patrocinar-lhe os estudos.
• A Reforma na França estava condicionada pela
vontade do Rei → Se o monarca se sentisse ameaçado
em seu poder, haveria perseguição.
• Não havia um “perfil” protestante na França →
Nobres, burgueses (*como Calvino*), camponeses,
todos aderiram à Reforma e eram chamados de
huguenotes.
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22. SIGNIFICADO DA PALAVRA
HUGUENOTE
A origem da palavra não é clara. Há quem defenda que o
termo vem do nome de Besançon Hugues, líder da revolta
protestante de Genebra. Bernard Cottret diz que o termo vem
de “confederados”, em francês "eidguenot", derivado
do suíço-alemão “eidgenossen”, ou “partidário da Reforma”.
Já Owen I.A. Roche diz que “huguenote” era uma combinação
de dois termos, um flamengo e outro alemão, “eid Genossen”
(colegas de juramento), já que as reuniões protestantes eram
secretas. Outros afirmam que o termo derive do nome de um
lugar no qual os protestantes franceses celebravam o próprio
culto; esse lugar era chamado "Torre de Hugon" e se encontra
em Tours.
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23. JOÃO CALVINO
• Em março de 1536, Calvino publica a 1ª versão da
sua obra mais importante Institutas da Religião
Cristã em latim, com dedicatória ao rei da França.
• Com a perseguição, Calvino parte para Estrasbugo,
cidade de língua francesa reformada e liderada por
Bucero. Chegando em Genebra, é instado por
Guilherme Farel a permanecer.
• Genebra nem sempre foi acolhedora para com
Calvino, mas foi ali que ele desenvolveu sua reforma
religiosa e a cidade passou a ser conhecida como a
Jerusalém ou Roma do Protestantismo.
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24. MURO DA REFORMA
Calvino fundou a Universidade de Genebra quee o homenageou no Muro
da Reforma junto com Theodore Beza, Guilherme Farel e John Knox.
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25. JOÃO CALVINO
• “Por decreto de Deus, para manifestação de sua glória,
alguns homens são predestinados à vida eterna e
outros são predestinados à morte eterna.” → A
predestinação é fundamental ao Calvinismo.
• Justificação do trabalho e do lucro; ênfase na
austeridade e na disciplina; preocupação com a
educação → a riqueza fruto do trabalho honesto era
sinal da predestinação.
• A burguesia adere mais ao calvinismo → identificação
de classe X identificação nacional.
• Puritanos, presbiterianos, reformados etc. são todos
calvinistas.
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26. • Na Idade Média e na Idade
Moderna, o trabalho era
estigmatizado a partir de uma
leitura de textos gregos e da
tradição católica.
• Para os filósofos gregos, o
trabalho manual era uma
tividade inferior e degradante.
• Na tradição católica, o trabalho
era associado ao castigo de
Adão ao se expulso do Paraíso,
os calvinistas deslocam o
trabalho para antes da Queda,
quando Deus ordena que o
primeiro homem tome conta do
Jardim.Prof.ª Valéria Fernandes 26
27. REFORMA NA ESCÓCIA
• Na Escócia, o avanço da reforma se
deveu a John Knox (1505-1572),
discípulo de Calvino. Perseguido, foi
condenado às galés, refugiou-se depois
em Genebra. Seu texto “Primeiro Toque
da Trombeta contra o Monstruoso
Governo de Mulheres”, o indispôs com a
rainha Elizabeth I da Inglaterra.
• De volta à Escócia, entrou em conflito
com a Rainha Mary, que era católica e
venceu.
• O parlamento escocês abraçou a
reforma em 1560, estabelecendo
oficialmente o presbiterianismo.
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John Knox
(1505-1572)
28. REFORMA NA FRANÇA
• Houve 8 guerras de religião entre 1562 e 1598.
• O Massacre de São Bartolomeu foi somente o maior
(*entre 30 mil e 100 mil mortos*) de vários.
• A nobreza protestante e católica disputava o poder e
o apoio do rei, que oscilava entre os dois lados.
• Após se converter ao catolicismo, Henrique de
Navarra tornou-se rei da França e baixou o Edito de
Nantes (1598) que colocou fim ao conflito religioso.
• Mais tarde, o Cardeal Richelieu fez guerra aos
protestantes e diminuiu-lhes os direitos como forma
de fortalecer o poder do rei.
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29. REFORMA NA FRANÇA
• Durante a regência de Catarina de Médicis e o
governo de seus filhos (Francisco II, Carlos IX
e Henrique III) explodiu a violência religiosa
na França.
• Os Bourbon (huguenotes) e os Guise
(católicos) disputavam a influência sobre o
rei.
• Catarina tentou a conciliação entre as partes,
mas a Liga Católica via esses movimentos
como inaceitáveis.
• Durante o seu governo foi fundada a França
Antártica (1555), no atual Rio de Janeiro, uma
tentativa de colonização francesa no
território brasileiro, um local de abrigo para
os huguenotes fora da França.
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Catarina de Médicis (1519-
1559), de família burguesa,
foi mãe de três reis da
França.
30. Massacre da Noite de São Bartolomeu em 23 e 24 de
agosto de 1572.
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31. REFORMA NA FRANÇA
• O Edito de Nantes colocou fim às
guerras de religião → dando aos
protestantes liberdade de culto
limitada e controle de algumas
cidades fortificadas.
• Em 1685, Luís XIV revogou o Edito
de Nantes com o Edito de
Fontainebleau → a França deveria
ter uma só Igreja → Os huguenotes
voltaram a ser perseguidos e
muitos saíram do país → A
migração dos huguenotes causou
problemas econômicos ao país.
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32. REFORMA NA INGLATERRA
• Henrique VIII era um dos reis mais
católicos da Europa.
• Em 1521, publicou um livro em que
atacava as idéias de Lutero, recebendo
do papa o título de Defensor Fidei.
• Por questões pessoais (relação com
Ana Bolena, a esperança de um
herdeiro do sexo masculino), o rei
pleiteou junto à Roma a anulação de
seu casamento com Catarina de
Aragão.
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Evangelho de João
traduzido por William
Tyndale.
33. REFORMA NA INGLATERRA
• O rompimento com Roma foi um
processo que se estendeu de 1525 até
1534.
• No continente, a ruptura com o
catolicismo foi feita por razões
teológicas e levada adiante por
homens comuns.
• Na Inglaterra, a Reforma esteve
condicionada a motivos pessoais e
políticos e foi forçada de cima para
baixo pelo rei que queria se divorciar e
casar novamente.
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34. Prof.ª Valéria Fernandes 34
Henrique
VIII se
casou seis
vezes,
divorciou-se
duas vezes,
mandou
executar
duas
esposas e
teve três
filhos
legítimos.
35. REFORMA NA INGLATERRA
• Em 1531, Henrique VIII exigiu ser reconhecido pela
Igreja como Protetor e único chefe supremo da Igreja
e do clero da Inglaterra.
• Pelo Ato de Supremacia, novembro de 1534, o
Parlamento reconheceu Henrique VIII como "o único
chefe supremo na Terra da Igreja na Inglaterra".
• Durante o governo de Henrique VIII, mosteiros foram
destruídos e os bens da Igreja Católica confiscados.
Já em termos de teologia e doutrina, a Igreja
permaneceu próxima do Catolicismo.
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36. Prof.ª Valéria Fernandes 36
Eduardo VI (1537-1553)sucedeu o pai e expandiu a reforma protestante,
já sua irmã e sucessora, Maria I (1516-1558), tentou levar a Inglaterra de
volta ao catolicismo.
37. REFORMA NA INGLATERRA
• Eduardo VI (1537-1553) consolidou aproximou a Igreja
da Inglaterra do Calvinismo → Promoveu a revisão do
Livro de Oração Comum (1549).
• Mary I (1553-1558) forçou o retorno ao Catolicismo e a
Inquisição se estabeleceu na Inglaterra.
• Elizabeth I (1558 -1603) governou como protestante,
mas levou adiante uma política de conciliação,
excluindo somente católicos radicais e puritanos. Em
1559, foi reconhecida como Governante Suprema da
Igreja e em 1552 foi publicado um novo Livro de
Oração Comum.
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38. Mary Stuart (1542-1587), rainha da Escócia, era considerada pelos católicos legítima
herdeira do trono inglês. Derrotada pelos protestantes em seu país, pediu asilo a sua
prima Elizabeth I. Passou 19 anos presa. Uma conspiração frustrada colocá-la no
trono, fez com que fosse condenada à morte e decapitada.
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39. A Invencível Armada foi lançada sobre a Inglaterra por Filipe II, rei da Espanha,
em 1588, em retaliação à execução de Mary.
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40. PONTOS COMUNS A TODOS
OS PROTESTANTES
• Sola fide (somente a fé);
• Sola scriptura (somente a
Escritura);
• Solus Christus (somente
Cristo);
• Sola gratia (somente a graça);
• Soli Deo gloria (glória somente
a Deus).
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41. REFORMA CATÓLICA
• Convocado por Paulo III, o Concílio de Trento (1545-
1563) teve existência tumultuada e foi interrompido
diversas vezes.
• Os protestantes participaram de parte do Concílio,
pois havia o desejo de conciliação.
• Nem todos o aceitaram → Foi aceito em parte da
Itália, em Sabóia, na Polônia, em Portugal, na
Espanha, nos Países-Baixos, e na Suíça católica,
depois, com reticências, em Veneza. Só foi aceito na
França em 1615. Na Alemanha, o imperador,
subordinado às decisões da dieta de Augsburgo, só
ratifica os decretos sobre a fé e o culto.
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42. REFORMA CATÓLICA
• Reconhecidos pelo papa em 1528, dedicaram-se a zelar
pelos mais pobres, buscando impedir o avanço do
protestantismo, e eram também pregadores famosos
por seu poder de persuasão.
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• Durante a Contrarreforma, foram
fundadas ordens e comunidades
religiosas com o intuito de conter o
avanço protestante na Europa. As duas
mais importantes são os jesuítas e os
capuchinhos.
• Surgidos em 1525, os capuchinhos são
franciscanos e defendiam que a regra
da ordem não estava sendo seguida da
forma correta. Matteo Bassi
(1495–1552)
43. REFORMA CATÓLICA
• Depois de alguma resistência por parte dos cardeais e
suspeitas da Inquisição, a nova ordem foi reconhecida
pelo papa em 1540.
• Combateram a reforma protestante dentro da Europa,
destacaram-se na área da educação no e trabalho
missionário pelo mundo.
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• O militar Inácio de Loyola fundou
em 1534, a Sociedade de Jesus.
• O lema da ordem é "Ad maiorem
Dei gloriam" ("Para a maior glória
de Deus"). A ordem, além dos três
votos monásticos tradicionais,
pobreza, castidade e obediência,
inclui, também, a total obediência
ao papa. Inácio de Loyola (1491-1556)
45. REFORMA CATÓLICA
• Decisões do Concílio de Trento:
Salvação pela fé e pelas obras.
Tradição tinha o mesmo peso da Bíblia.
Bíblia e Missa deveriam permanecer em Latim.
Criação do Index → Lista dos livros proibidos.
Manutenção do celibato dos padres.
Somente os sacerdotes poderiam interpretar a Bíblia,
rezar a missa e ministrar os sacramentos.
Proibida a comunhão nas duas espécies.
Criação de seminários para a formação de padres.
Bispos deveriam residir nas dioceses e padres nas
suas paróquias.
Reativação da Inquisição.
Proibição da venda de indulgências.
Prof.ª Valéria Fernandes 45