Medidas de isolamento adotadas na Europa devido ao coronavírus estão resultando em diminuições nas concentrações de dióxido de azoto em grandes cidades, como mostram dados de satélite. Lisboa e Porto também apresentaram reduções. Cientistas continuarão analisando os dados para quantificar o impacto nas emissões de transporte e indústria.

1. Imagens espaciais mostram como a poluição já é
menor pela Europa – em Portugal também
Dados de um satélite da Agência Espacial Europeia mostram diminuição nas
concentrações de dióxido de azoto em cidades da Europa desde Paris e Madrid
até Lisboa e Porto.
Teresa Sofia Serafim
27 de Março de 2020, 13:43
Concentrações médias de dióxido de azoto
entre 14 e 25 de Março em Portugal e Espanha, comparativamente com a média
mensal de concentrações em 2019 ESA
Para conter a disseminação do novo coronavírus, por toda a Europa têm tomado
medidas rigorosas, colocando cidades e países inteiros em isolamento. Novos
dados recolhidos pelo satélite Sentinela-5P, do programa Copérnico da Comissão
Europeia e da Agência Espacial Europeia (ESA), mostram “fortes” reduções nas
concentrações de dióxido de azoto em várias cidades da Europa, incluindo
Lisboa e Porto, que já são uma consequência dessas medidas de isolamento.
Já tínhamos visto imagens da diminuição de dióxido de azoto em Itália ou na
China. As imagens divulgadas esta sexta-feira pela ESA mostram “uma forte
redução” das concentrações de dióxido de azoto em grandes cidades da Europa,
como Paris e Madrid. Estas imagens mostram as concentrações de dióxido de
azoto entre 14 e 25 de Março de 2020, comparativamente com a média mensal
de concentrações em 2019.
Concentrações médias de dióxido de azoto entre 14 e 25 de Março em França,
comparativamente com a média mensal de concentrações em 2019 ESA

2. “As concentrações de dióxido de azoto variam de dia para dia devido a
mudanças no clima. Não é possível tirar conclusões com base apenas num dia de
dados”, começa por explicar Henk Eskes, investigador do Instituto
Meteorológico Real da Holanda, que tem vindo usar dados do Sentinela-5P para
monitorizar as condições meteorológicas e a poluição na Europa. “Ao combinar
dados por um período específico de tempo, dez dias neste caso, a variabilidade
meteorológica ainda é uma média parcial e começamos a ver o impacto das
mudanças devido à atividade humana.”
Concentrações médias
de dióxido de azoto entre 14 e 25 de Março em Itália, comparativamente com a
média mensal de concentrações em 2019 ESA
A equipa de Henk Eskes já trabalha com cientistas de todo o mundo para
analisar dados a partir do solo para que assim se interpretarem as concentrações
observadas e estimar a influência das medidas tomadas a propósito da
pandemia. “Para estimativas quantitativas das mudanças nas emissões devido ao
transporte e à indústria, precisamos de combinar os dados do Sentinela-5P com
modelos de química atmosférica. Estes estudos já começaram, mas levarão
algum tempo para serem concluídos”, avisa.
(Fonte: https://www.publico.pt/2020/03/27/ciencia/noticia/imagens-espaciais-mostram-
poluicao-ja-menor-europa-portugal-tambem-1909788)
Responde as perguntas.
1. Que razão está a fazer que os países da Europa tenham menos poluição?
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2. Que medida foi adotada para combater o coronavirus?
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3. Que é o que está a diminuir nas principais cidades europeias?
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4. Quem é Henks Eskes?
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3. 5. Quem disse a seguinte frase: “As concentrações de dióxido de azoto
variam de dia para dia devido a mudanças no clima. Não é possível tirar
conclusões com base apenas num dia de dados”?
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Escreve Verdadeiro (V) ou Falso (F).
a) A primeira imagem mostra os dados de poluição de Espanha e Portugal
do ano 2019. _____
b) O Sentinela 5-P é um satélite do programa Copérnico da Comissão
Europeia e da Agência Espacial Europeia (ESA). _____
c) A China e Italia já tinham diminuído as concentrações do dióxido de azoto
antes que Espanha e Portugal. _____
d) Henk Eskes trabalha para uma equipa de cientistas de todo o mundo.
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e) Hen Eskes é um cientista Polaco. ______