Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Taxa fecundidade regiões Brasil
1. Chuck Baird
ENSINO DE PORTUGUÊS PARA SURDOS
EM CONTEXTOS BILÍNGUES
Profa. Dra. Sueli Fernandes - UFPR
2. • Professora da Educação Básica – Educação de Surdos (1990).
• Professora do Setor de Educação - UFPR
• Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional – SEED-PR
• Coordenadora do Curso de Letras Libras – Pólo UFPR (2008-2012)
• Colaboradora da Feneis - PR
• Autora de publicações na área da educação especial e educação de
surdos
3. Educação bilíngue para surdos?
Ausência de uma política linguística nacional que contribua para a formação e
consolidação de comunidades de línguas de sinais, potencializando a Libras como
língua de cultura.
Ausência de comunidades linguísticas que se constituam espaços de
interlocução e produção cultural em LSB.
Programas assimilacionistas de bilinguismo (CAVALCANTI, 2003), que
secundarizam a Libras como língua de instrução e interação das crianças surdas
no contexto escolar, relativamente ao português.
Precarização na formação e contratação de profissionais bilíngues (docentes,
TILS, instrutores).
Pressão das políticas de inclusão que ignoram as diferenças linguísticas dos
alunos surdos e acabam por reforçar o monolinguismo no contexto escolar.
Apreensão política dos surdos no território discursivo da educação especial e da
deficiência.
(SOUZA, 1998; FERNANDES, 2003)
4. O direito à língua materna é ignorado...
Os surdos, em mais de 95% dos casos, são filhos de pais não-surdos e
não se apropriam da Libras como língua materna.
Diferente das demais crianças , a “aquisição” da primeira língua pelos
surdos dependerá da política linguística adotada no contexto escolar:
Oralismo monolinguismo
Comunicação Total bilinguismo de transição (bimodalismo)
Políticas inclusivas na escola regular: os interlocutores (professores e
colegas ouvintes) não são fluentes em Libras e são modelos precários
para identificação linguística e cultural das crianças surdas. Inexiste um
território linguístico compartilhado (GÓES e TARTUCI, 1998)
5. PORTUGUÊS E ESTIGMATIZAÇÃO DOS SURDOS
ESTIGMA DE
SURDEZ E
INCAPACIDADE E
DEFICIÊNCIA
LIMITAÇÃO NA
LINGUÍSTICA
LINGUAGEM
ATRASO NOS
BAIXAS
PROCESSOS DE
EXPECTATIVAS
DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAIS
E APRENDIZGEM
DADOS
PATOLÓGICOS DE
LINGUAGEM
6. Equívocos teóricos
Limitação das concepções de língua/linguagem
(codificação e decodificação).
O domínio da oralidade é pressuposto para o
aprendizado da escrita.
Encaminhamentos metodológicos voltados ao
ensino de língua materna (enfoque lexical)
Práticas bimodais na leitura: busca de
correspondência isomórfica entre palavras faladas
e sinais.
7. Ensino de português como L2 em contextos
bilíngues
O aprendizado da segunda língua é dependente da
constituição de sentidos em uma primeira língua, com a
qual nos identificamos culturalmente e constituímos nossa
subjetividade/consciência.
Para a comunidade surda, essa língua é a Libras – Língua
Brasileira de Sinais.
8. PRINCÍPIOS FUNDANTES
Estudantes surdos estabelecem com a língua portuguesa uma
relação de natureza visual, cuja apropriação é dependente da
mediação da Libras (L1-L2).
Língua e escrita fundem-se em um único conhecimento apropriado
por meio da leitura nas práticas de letramento (A língua portuguesa
é uma construção imagética; é o que o surdo “vê”).
Práticas de letramento e não de alfabetização (ensino de L1).
O processo de letramento dos surdos tem um caráter ideogrâmico,
e não fonológico: passagem de uma língua não-alfabética (Libras)
para uma língua alfabética (português). .
9. oralidade
LEÃO
OUVINTES
Modalidade oral-auditiva
simbolismo de 1ª ordem simbolismo de 2ª ordem
SURDOS
língua de sinais LEÃO
Modalidade visual-espacial
ESCRITA
Modalidade visual-gráfica
10. A ALFABETIZAÇÃO PRESSUPÕE UMA LÍNGUA
MATERNA
CRIANÇAS NÃO-SURDAS CRIANÇAS SURDAS
ambiente familiar ambiente familiar
LÍNGUA Linguagem não-verbal
PORTUGUESA (L 1) (gestos, apontações, sinais
caseiros) .
NÃO TEM L1
ambiente escolar ambiente escolar
Aprendem a ler e escrever a São“ensinadas”alerea
língua materna escrever uma língua que
Princípio alfabético desconhecem.
/a/ a COPIAM
/ch/ ch ou x
/R/ r ou rr Aprendizado de
/s/ s, ss, c, ç, sc, x, xc, xs, x,ç segunda língua (L2)
É obrigatório na forma
Escrita.
Obrigatória para acesso aos
Aprendizado de conteúdos.
segunda língua (L2)
Opcional
11.
12.
13.
14. Quantas vezes abro a Quantas letras?
boca para dizer?
•Circule a sílaba tônica.
•Acentue as palavras oxítonas.
•Cite duas palavras monossílabas e uma trissílaba.
•Coloque o acento agudo nas palavras abaixo.
•Qual o sinal de pontuação deve ser utilizado nas frases abaixo?
15. POR QUE NÃO “ALFABETIZAR” ?
Procedimentos adotados na Implicações para a
alfabetização aprendizagem de alunos
surdos
Parte-se do conhecimento prévio Não há conhecimento prévio sobre a
sobre a oralidade. cultura da oralidade.
O sistema alfabético e as relações Impossibilidade de estabelecer
entre fonemas/grafemas constituem a relações letra x som.
base do processo de leitura/escrita. A criança não possui repertório lexical
na língua portuguesa.
A consciência fonológica é a base A apropriação da palavra se dá por
para a percepção da reorganização propriedades ortográficas (visuais) e
interna da palavra(letras e sílabas). não fonológicas (auditivas).
Leitura linear e sintética Leitura simultânea e analítica.
Fonemas > imagens acústicas >
palavras > significado. Palavra > significado.
16. Aprender a escrita sem o apoio da
oralidade
Essa condição diferenciada dos surdos que
aprendem a ler e escrever o português, sem o apoio
da oralidade (alfabetização) é caracterizada como a
de “leitores não alfabetizados”, ou seja, leitores
competentes em uma primeira língua não-alfabética
(nesse caso, a Libras) que chegam a dominar a
forma escrita de uma segunda língua alfabética, sem
conhecer os sons de suas grafias.
SÁNCHEZ (2002)
17. LEITURA
OUVINTES SURDOS
ROTA FONOLÓGICA
ROTA LEXICAL ROTA LEXICAL
(memória auditiva) (memória visual)
Apreensão da palavra em suas Apreensão da palavra apenas em
propriedades sonoras e ortográficas. suas propriedades ortográficas.
18. De aorcdo com uma pqsieusa de uma
uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul
odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia
csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia
lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser
uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler
sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos
cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um
tdoo.
19. Rota lexical ou ortográfica
É o percurso cognitivo utilizado para a leitura pelos surdos.
A identificação da palavra ocorre sem a sua pronúncia (rota
fonológica) mas por meio de seu reconhecimento visual .
As palavras são lidas com base em sua ortografia.
A palavra lida é associada a um conceito, sem que seja
necessário fazer relações entre letras e sons.
Quanto mais significativos forem os contextos de uso social da
língua, maiores as possibilidades de apropriação dos sentidos.
20. TEXTO: TAXA DE FECUNDIDADE NAS REGIÕES 12
1 11 3 6
14 17
O filhos sou mais filhos cidade é Norte, 29,6%
Sudeste é maior 66,3% filhos 2,1 a 4,9 milhões
Sul tem que pessoas filhos 2,1 a 64,0%
Era 2000
Filhos 1 em cidade centro-oeste
Quantos Era há anos 200 tem que quantos numero
filhos mulher mais é maior é cidade sul quantos 18
número 64,0%
Quantos estado número 6 norte, Nordeste, centro-
oeste, sudeste, sul.
Antiga 1991 e 2000 igual número filhos 46,7% filhos 9 9
9 9 9
46,7% filhos 15
2
cidade é Norte 40% 5
10
(J, 3ª.EM) 16
7
4 8
13
O gráfico abaixo mostra as taxas de fecundidade (número de filhos por mulher) distribuídas por região
brasileira entre os anos de 1991 e 2000. Em um parágrafo de no máximo 10 linhas, compare os
índices entre as regiões.
21. O português é para o aluno o que ele
pode ver.
Se os textos trouxerem apenas informações escritas,
se apresentarão como grandes cartas enigmáticas,
como a leitura desse texto em língua estrangeira nos
pareceria.
22. Contextualização
吸煙會導致 visual do texto
陽痿
Associação entre
linguagens verbal e
não-verbal para a
constituição dos
sentidos da escrita.
23. Quais são os conhecimentos prévios necessários à compreensão
do sentido humorístico da charge?
26. VARIEDADES DE GRAUS DE FORMALISMO
Língua falada Língua escrita
Pronunciamentos de juízes e F Poemas épicos.
advogados em audiências. O Romances clássicos (Machado de
R Hiperformal Assis, José de Alencar)
Discursos estruturados de
oradores religiosos e políticos. M
A
Conferências científicas. Correspondências oficiais.
L
Formal Textos jornalísticos especializados.
Defesas de tese. Artigos científicos.
Diálogo cotidiano (trabalho, I Cartas comerciais e de
escola, sociedade). N recomendações.
F Semiformal Declarações na mídia.
Reportagens para locução em rádio e
O TV.
R
Diálogos em grupos fechados de Correspondência entre familiares ou
M Informal
amigos. amigos íntimos.
A
Língua da intimidade, L Notas para uso próprio, recado ao
particularidades familiares, telefone, lista de compras, bilhete.
Pessoal
(função emotiva).
(Adaptado de BOWEN apud TRAVAGLIA, 2000, p. 54)
27. ASPECTOS INTERTEXTUAIS
ASPECTOS PARATEXTUAIS
ASPECTOS TEXTUAIS
Aids e DST - Doenças
Sexualmente Transmissíveis
gays, homossexuais e travestis
heterossexuais - bissexuais
orientação sexual
comportamento sexual
prevenção da Aids
uso correto do preservativo
infectados pelo vírus do HIV
Campanha de conscientização
Cartaz
Secretarias Estadual de Saúde
Secretaria Municipal de Saúde
Ministério da Saúde – SUS
28.
29. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
O PLANEJAMENTO DO PROFESSOR
SELEÇÃO DE TEXTOS:
Textos originais, tais como circulam na sociedade (GÊNEROS VARIADOS).
PRÉ-LEITURA (contextualização visual do texto).
Mediação das hipóteses de leitura:
ASPECTOS INTERTEXTUAIS (conhecimentos externos ao texto);
ASPECTOS PARATEXTUAIS (conhecimentos externos/internos ao texto)
ASPECTOS TEXTUAIS (conhecimentos internos aos texto).
LEITURA
Práticas de leitura e escrita complementares, com sistematização de conteúdos em
L2.