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Experiência profissional e processo
de trabalho em gestão em saúde
Trabalho em Equipe
Aspectos históricos
• Surge no contexto de emergência da Medicina Preventiva, que
se dá nos Estados Unidos, nos anos 50.
• Reformulação do papel do médico no sentido de passar a ter
não mais exclusivamente a responsabilidade pelos cuidados
em saúde, mas o de liderar o trabalho realizado por uma
equipe multiprofissional.
• Compreensão ampliada do conceito de saúde que
considerava, além dos aspectos biológicos, os aspectos
psíquicos e sociais.
• Outras vertentes explicativas do surgimento do trabalho em
equipe: busca pela reorientação do modelo assistencial e
reorganização do trabalho para fazer frente aos crescentes
custos da atenção médica (Peduzzi, 2006).
Aspectos conceituais
• Os conceitos de interdisciplinaridade e transdiciplinaridade
foram importantes para a formulação da definição do
trabalho em equipe, compreendido como trabalho de um
coletivo, tal como se apresenta nas definições atuais.
• Segundo Peduzzi (2006) o trabalho em equipe é,
Uma modalidade de trabalho coletivo que é construído
por meio da relação recíproca, de dupla mão, entre as
múltiplas intervenções técnicas e a interação dos
profissionais de diferentes áreas, configurando, através da
comunicação, a articulação das ações e a cooperação
(Peduzzi, 2006: 273).
Tipologia do Trabalho em Equipe
Peduzzi (2001)
• Equipe agrupamento
• Equipe integração
Justaposição das ações
Agrupamento dos agentes
Articulação das ações
Interação dos agentes
Tipologia do Trabalho em Equipe
Peduzzi (2001)
• Nas duas modalidades de equipe existem “diferenças técnicas dos
trabalhos especializados e a desigualdade do valor atribuído a esses
distintos trabalhos, operando a passagem da especialidade técnica
para a hierarquia de trabalhos, o que torna a recomposição e a
integração diversas do somatório técnico” (Peduzzi, 2001:106).
Outros aspectos em comum consideram as tensões entre as
diversas formas de conceber e exercer a autonomia técnica e de
organização dos trabalhos especializados.
• O processo de trabalho em saúde envolve profissionais que
exercem autonomia técnica, esta concebida como a possibilidade
de julgamento e tomada de decisão frente às necessidades de
saúde dos usuários. O grau de autonomia, entretanto, está
condicionado pela maior ou menor autoridade técnica e por
dimensões políticas e ideológicas, relativas às diferentes inserções
sociais dos mesmos.
Autonomia e alienação
• Segundo Campos (2002), deve-se considerar os
trabalhadores de saúde em uma dupla dimensão. Uma que
se refere à sua capacidade de produção do sistema, como
sujeito, e outra pela sua condição de objeto produzido por
fatores culturais, pelo conhecimento disciplinar, pelo
mercado, entre outros. Nesse sentido, estabelece que
os trabalhadores de saúde operam com relativo grau de
autonomia, apesar dos constrangimentos a que estão sempre
submetidos. Em conseqüência, o grau de alienação dos
trabalhadores em relação ao objetivo (missão), objeto e meios
de trabalho dos sistemas de saúde pode variar conforme a
conjuntura e conforme a sua própria atuação como atores
sociais que são. A alienação não é um dado exclusivamente
estrutural, portanto (Campos, 2002:242).
Autonomia e alienação
• Para Campos (2002) a alienação dos trabalhadores de saúde
pode ser verificada pelo grau de afastamento dos mesmos ao
movimento de defesa da vida.
• Considerada como princípio ético, a defesa da vida contrapõe-
se a práticas cada vez mais freqüentes na atualidade norteada
pelos interesses mercadológicos, pelas normas burocráticas,
pelo corporativismo e pela organização parcelar do trabalho
em saúde. Em relação ao último, o autor estabelece que a
fixação do profissional a determinada etapa de certo projeto
terapêutico produz alienação.
• Tema da Obra – reconhecimento por parte tanto do
trabalhador, quanto do cliente e da sociedade a respeito do
resultado do seu trabalho. Leva a um reconhecimento,
valorização, desalienação e maior satisfação profissional.
Autonomia e alienação
• Campos (2002) prevê maneiras de implementar a
diretriz da Obra, entre elas,
a criação de mecanismos que permitam o envolvimento de
todos os participantes de uma equipe com a elaboração de
novas maneiras de se fazer uma instituição funcionar.
Tornar a reinvenção uma possibilidade cotidiana e garantir
a participação da maioria nesses processos são maneiras
de implicar trabalhadores com as instituições e com os
pacientes. Neste sentido, a Gestão Colegiada de serviços
de saúde pode servir como um dispositivo desalienante.
Um modo de comprometer trabalhadores com a missão e
com os projetos institucionais (Campos, 2002:235).
Polivalência e especialização
• Outro desafio apontado à gestão corresponde a lidar com a
especialização do trabalho sem, contudo, conduzi-lo a ações
fragmentadas entre os profissionais de saúde.
• Conceitos de Campo e de Núcleo.
• Núcleo - corresponde ao conjunto de conhecimentos e
responsabilidades referentes a uma profissão ou
especialidade e o que diferenciaria os membros de uma
equipe
• Campo – corresponde ao conjunto de saberes e
responsabilidades compartilhados.
Composição da equipe
• Percepção de que a equipe é a equipe do setor de
trabalho
Ali onde eu trabalho, no setor de RH, são só três
administrativos mesmo.O Dr. Z. é o chefe do setor,
o enfermeiro Y., temos aqui uma equipe que se
compõe de dois médicos, um enfermeiro, um
sanitarista que é a X. E tem a W., hoje não é
plantão dela, a Dra. X. que está de férias, e tem eu
e tem a K. que está de licença de saúde.
Composição da equipe
• Equipe caracterizada pela diversidade quanto à escolaridade,
vínculo, cargo e regime de trabalho
A gente é bem misturado porque a maioria inclusive tem 3º
grau, mas a função toda é 2º grau e essa parte do arquivo
inclusive é de 1º grau e também de 2º . Então a gente tem
misturado, porque a gente tem uma pessoa lá que é formada
em psicologia, a outra também é formada em direito, outra
também que é em direito, tem dois que são nível médio
mesmo, 2º grau, e a X. também que é a que a gente tem de 1º
grau, que ela na verdade é copeira e está readaptada para lá.
Então basicamente são esses.
Uma agente de documentação médica... tem uma outra
agente administrativo. O primeiro é da Prefeitura, a segunda é
federal.
Composição da equipe
• Percepção da equipe envolvendo outros setores da Unidade
Bom, nós somos uma equipe multidisciplinar, a direção hoje...Como
eu sou da direção também, nos trabalhamos juntos à divisão médica,
coordenação de emergência e direção geral. (...) Então a
gente...hoje...tudo...eu dependo...hoje eu acho que uma equipe é
formada... porquê você depende desde aquele que faz a ficha,
daquele que tria o paciente na emergência até a direção, ninguém dá
um passo acima se... você depende das outras pessoas para que você
possa desenvolver um trabalho. Nós trabalhamos em conjunto, eu
dependo da documentação médica, que me forneça um CAT - que a
família está me pedindo: “que eu preciso comunicar no trabalho..”
então eu hoje... Qual é a minha equipe? A minha equipe é a equipe
médica, de enfermagem e administrativa. (...) não existe a figura do
eu, você não.. você vai parar, você não vai desenvolver trabalho
nenhum... a figura de hoje de equipe é tudo. É tudo.
Relacionamento interpessoal
• Percepção da influência da relação pessoal sobre o trabalho
Ele (o trabalho) não está muito bom, assim por questões
pessoais... não profissionais, mas questões pessoais ou de
personalidade de algumas pessoas que acabam atrasando,
atrapalhando o trabalho.
Não, profissionais não. Até porque o trabalho é muito fácil, é muito
simples então não tem nem como ter dificuldade profissional.
Problemas pessoais estão sendo trazidos para o trabalho
atrapalhando até uma coisa que é simples. Agora, profissionais não
até pela simplicidade do trabalho.
• Relação com profissionais médicos
Eu acho que de uma maneira geral sim (boa relação entre os
profissionais). Claro que você pode tirar o que seja um pouquinho
mais metidinho, porque é médico e tem um pouquinho mais de
coisa...
Relacionamento interpessoal
• Percepção do processo comunicacional
Você não tem diálogo, você não tem conversa, você não
tem muito a oferecer. Tem a oferecer? Não tem.
• Percepção da interação da equipe como fonte de
satisfação no trabalho
É positivo, assim, a nossa equipe é muito...assim, interage
muito bem. E no que nós conseguimos ter um certo prazer
no trabalho é a própria equipe que interage muito bem,
nos relacionamos muito bem assim, a equipe de trabalho.
(...) assim pessoalmente, superficialmente nos
relacionamos bem assim, conversamos e tal. Isso
descontrai a tensão que o trabalho nos passa.
Divisão do trabalho na equipe
• Polivalência
Todo mundo mete a mão em tudo. Porque na hora em que faltar um,
todo mundo sabe trabalhar. Não tem esse problema de ficar eu como
chefe, ficar atrás da cadeira. Eu não, eu vou lá, meto a mão, vou
trabalhar.
• Especialização
Bom, lá nós dividimos o trabalho, a parte do almoxarifado geralmente
fica comigo. As medicações chegam, eu confiro, eles assinam as notas
fiscais, eu arrumo, organizo. A Y. e o Z. ficam na dispensação; o W. fica
na parte da informática com um sistema que a Prefeitura tem, o
SIGMA, as entradas e saídas de medicações, não é? E a M. terças e
quintas faz as coisas de farmacêutica, livro, essas coisas, e o chefe só
verifica, não é? (risos).
Processo decisório na equipe
• Percepção da decisão como atributo da chefia
Geralmente é o Dr. X que distribui as tarefas: “Olha, você faz isso, faz isso e
isso...” (rindo) Ele que é o coordenador por ser chefe.
• Percepção da decisão pela equipe a partir de problemas
Chegamos a conversar. Sempre quando vem um caso mais.. um quadro
assim a gente conversa. E: E vocês decidem juntos o que fazer? Ou não, ou
é a pessoa que atendeu quem decide? R: Não, não... Isso nós decidimos
junto. Isso nós decidimos em equipe.
• Decisão tomada em equipe
Reunião, nós fazemos sempre uma reunião interna entre a gente. E: Pra
todas as gestões? R: Pra todas as gestões. Sempre trabalhamos em equipe.
Processo decisório na equipe
2%
15%
23%
55%
5%
Freqüência da relação de
trabalho do setor com a equipe
da direção
Nunca Pouca Freqüente
Muita em branco
40%
55%
5%
Participação nas decisões
relacionadas à Instituição
sim
não
s/inf
80%
17%
3%
Participação nas decisões
relacionadas ao setor de trabalho
sim
não
às vezes
42%
37%
15%
3% 3%
Importância da participação nas
decisões relacionadas ao
trabalho e à Instituição
Extremamente importante
Muito Importante
Importante
Mais ou menos
s/inf
CAMPOS, G. W. S. Subjetividade e administração de pessoal: Considerações
sobre modos de gerenciar trabalho em equipes de saúde
In: MERHY, Emerson Elias., ONOCKO, R.(ORG.). Agir em Saúde: um desafio para o
público. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 2002
PEDUZZI, M. “Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia”
MERHY,E.E. & FRANCO,T. “Trabalho em Saúde”. In: Dicionário da educação
profissional em saúde. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, org.). Rio
de Janeiro: FIOCRUZ, 2006.
PEDUZZI, M. “Trabalho em Equipe”. In: Dicionário da educação profissional em
saúde. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, org.). Rio de Janeiro:
FIOCRUZ, 2006.
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  • 1. Experiência profissional e processo de trabalho em gestão em saúde Trabalho em Equipe
  • 2. Aspectos históricos • Surge no contexto de emergência da Medicina Preventiva, que se dá nos Estados Unidos, nos anos 50. • Reformulação do papel do médico no sentido de passar a ter não mais exclusivamente a responsabilidade pelos cuidados em saúde, mas o de liderar o trabalho realizado por uma equipe multiprofissional. • Compreensão ampliada do conceito de saúde que considerava, além dos aspectos biológicos, os aspectos psíquicos e sociais. • Outras vertentes explicativas do surgimento do trabalho em equipe: busca pela reorientação do modelo assistencial e reorganização do trabalho para fazer frente aos crescentes custos da atenção médica (Peduzzi, 2006).
  • 3. Aspectos conceituais • Os conceitos de interdisciplinaridade e transdiciplinaridade foram importantes para a formulação da definição do trabalho em equipe, compreendido como trabalho de um coletivo, tal como se apresenta nas definições atuais. • Segundo Peduzzi (2006) o trabalho em equipe é, Uma modalidade de trabalho coletivo que é construído por meio da relação recíproca, de dupla mão, entre as múltiplas intervenções técnicas e a interação dos profissionais de diferentes áreas, configurando, através da comunicação, a articulação das ações e a cooperação (Peduzzi, 2006: 273).
  • 4. Tipologia do Trabalho em Equipe Peduzzi (2001) • Equipe agrupamento • Equipe integração Justaposição das ações Agrupamento dos agentes Articulação das ações Interação dos agentes
  • 5. Tipologia do Trabalho em Equipe Peduzzi (2001) • Nas duas modalidades de equipe existem “diferenças técnicas dos trabalhos especializados e a desigualdade do valor atribuído a esses distintos trabalhos, operando a passagem da especialidade técnica para a hierarquia de trabalhos, o que torna a recomposição e a integração diversas do somatório técnico” (Peduzzi, 2001:106). Outros aspectos em comum consideram as tensões entre as diversas formas de conceber e exercer a autonomia técnica e de organização dos trabalhos especializados. • O processo de trabalho em saúde envolve profissionais que exercem autonomia técnica, esta concebida como a possibilidade de julgamento e tomada de decisão frente às necessidades de saúde dos usuários. O grau de autonomia, entretanto, está condicionado pela maior ou menor autoridade técnica e por dimensões políticas e ideológicas, relativas às diferentes inserções sociais dos mesmos.
  • 6. Autonomia e alienação • Segundo Campos (2002), deve-se considerar os trabalhadores de saúde em uma dupla dimensão. Uma que se refere à sua capacidade de produção do sistema, como sujeito, e outra pela sua condição de objeto produzido por fatores culturais, pelo conhecimento disciplinar, pelo mercado, entre outros. Nesse sentido, estabelece que os trabalhadores de saúde operam com relativo grau de autonomia, apesar dos constrangimentos a que estão sempre submetidos. Em conseqüência, o grau de alienação dos trabalhadores em relação ao objetivo (missão), objeto e meios de trabalho dos sistemas de saúde pode variar conforme a conjuntura e conforme a sua própria atuação como atores sociais que são. A alienação não é um dado exclusivamente estrutural, portanto (Campos, 2002:242).
  • 7. Autonomia e alienação • Para Campos (2002) a alienação dos trabalhadores de saúde pode ser verificada pelo grau de afastamento dos mesmos ao movimento de defesa da vida. • Considerada como princípio ético, a defesa da vida contrapõe- se a práticas cada vez mais freqüentes na atualidade norteada pelos interesses mercadológicos, pelas normas burocráticas, pelo corporativismo e pela organização parcelar do trabalho em saúde. Em relação ao último, o autor estabelece que a fixação do profissional a determinada etapa de certo projeto terapêutico produz alienação. • Tema da Obra – reconhecimento por parte tanto do trabalhador, quanto do cliente e da sociedade a respeito do resultado do seu trabalho. Leva a um reconhecimento, valorização, desalienação e maior satisfação profissional.
  • 8. Autonomia e alienação • Campos (2002) prevê maneiras de implementar a diretriz da Obra, entre elas, a criação de mecanismos que permitam o envolvimento de todos os participantes de uma equipe com a elaboração de novas maneiras de se fazer uma instituição funcionar. Tornar a reinvenção uma possibilidade cotidiana e garantir a participação da maioria nesses processos são maneiras de implicar trabalhadores com as instituições e com os pacientes. Neste sentido, a Gestão Colegiada de serviços de saúde pode servir como um dispositivo desalienante. Um modo de comprometer trabalhadores com a missão e com os projetos institucionais (Campos, 2002:235).
  • 9. Polivalência e especialização • Outro desafio apontado à gestão corresponde a lidar com a especialização do trabalho sem, contudo, conduzi-lo a ações fragmentadas entre os profissionais de saúde. • Conceitos de Campo e de Núcleo. • Núcleo - corresponde ao conjunto de conhecimentos e responsabilidades referentes a uma profissão ou especialidade e o que diferenciaria os membros de uma equipe • Campo – corresponde ao conjunto de saberes e responsabilidades compartilhados.
  • 10. Composição da equipe • Percepção de que a equipe é a equipe do setor de trabalho Ali onde eu trabalho, no setor de RH, são só três administrativos mesmo.O Dr. Z. é o chefe do setor, o enfermeiro Y., temos aqui uma equipe que se compõe de dois médicos, um enfermeiro, um sanitarista que é a X. E tem a W., hoje não é plantão dela, a Dra. X. que está de férias, e tem eu e tem a K. que está de licença de saúde.
  • 11. Composição da equipe • Equipe caracterizada pela diversidade quanto à escolaridade, vínculo, cargo e regime de trabalho A gente é bem misturado porque a maioria inclusive tem 3º grau, mas a função toda é 2º grau e essa parte do arquivo inclusive é de 1º grau e também de 2º . Então a gente tem misturado, porque a gente tem uma pessoa lá que é formada em psicologia, a outra também é formada em direito, outra também que é em direito, tem dois que são nível médio mesmo, 2º grau, e a X. também que é a que a gente tem de 1º grau, que ela na verdade é copeira e está readaptada para lá. Então basicamente são esses. Uma agente de documentação médica... tem uma outra agente administrativo. O primeiro é da Prefeitura, a segunda é federal.
  • 12. Composição da equipe • Percepção da equipe envolvendo outros setores da Unidade Bom, nós somos uma equipe multidisciplinar, a direção hoje...Como eu sou da direção também, nos trabalhamos juntos à divisão médica, coordenação de emergência e direção geral. (...) Então a gente...hoje...tudo...eu dependo...hoje eu acho que uma equipe é formada... porquê você depende desde aquele que faz a ficha, daquele que tria o paciente na emergência até a direção, ninguém dá um passo acima se... você depende das outras pessoas para que você possa desenvolver um trabalho. Nós trabalhamos em conjunto, eu dependo da documentação médica, que me forneça um CAT - que a família está me pedindo: “que eu preciso comunicar no trabalho..” então eu hoje... Qual é a minha equipe? A minha equipe é a equipe médica, de enfermagem e administrativa. (...) não existe a figura do eu, você não.. você vai parar, você não vai desenvolver trabalho nenhum... a figura de hoje de equipe é tudo. É tudo.
  • 13. Relacionamento interpessoal • Percepção da influência da relação pessoal sobre o trabalho Ele (o trabalho) não está muito bom, assim por questões pessoais... não profissionais, mas questões pessoais ou de personalidade de algumas pessoas que acabam atrasando, atrapalhando o trabalho. Não, profissionais não. Até porque o trabalho é muito fácil, é muito simples então não tem nem como ter dificuldade profissional. Problemas pessoais estão sendo trazidos para o trabalho atrapalhando até uma coisa que é simples. Agora, profissionais não até pela simplicidade do trabalho. • Relação com profissionais médicos Eu acho que de uma maneira geral sim (boa relação entre os profissionais). Claro que você pode tirar o que seja um pouquinho mais metidinho, porque é médico e tem um pouquinho mais de coisa...
  • 14. Relacionamento interpessoal • Percepção do processo comunicacional Você não tem diálogo, você não tem conversa, você não tem muito a oferecer. Tem a oferecer? Não tem. • Percepção da interação da equipe como fonte de satisfação no trabalho É positivo, assim, a nossa equipe é muito...assim, interage muito bem. E no que nós conseguimos ter um certo prazer no trabalho é a própria equipe que interage muito bem, nos relacionamos muito bem assim, a equipe de trabalho. (...) assim pessoalmente, superficialmente nos relacionamos bem assim, conversamos e tal. Isso descontrai a tensão que o trabalho nos passa.
  • 15. Divisão do trabalho na equipe • Polivalência Todo mundo mete a mão em tudo. Porque na hora em que faltar um, todo mundo sabe trabalhar. Não tem esse problema de ficar eu como chefe, ficar atrás da cadeira. Eu não, eu vou lá, meto a mão, vou trabalhar. • Especialização Bom, lá nós dividimos o trabalho, a parte do almoxarifado geralmente fica comigo. As medicações chegam, eu confiro, eles assinam as notas fiscais, eu arrumo, organizo. A Y. e o Z. ficam na dispensação; o W. fica na parte da informática com um sistema que a Prefeitura tem, o SIGMA, as entradas e saídas de medicações, não é? E a M. terças e quintas faz as coisas de farmacêutica, livro, essas coisas, e o chefe só verifica, não é? (risos).
  • 16. Processo decisório na equipe • Percepção da decisão como atributo da chefia Geralmente é o Dr. X que distribui as tarefas: “Olha, você faz isso, faz isso e isso...” (rindo) Ele que é o coordenador por ser chefe. • Percepção da decisão pela equipe a partir de problemas Chegamos a conversar. Sempre quando vem um caso mais.. um quadro assim a gente conversa. E: E vocês decidem juntos o que fazer? Ou não, ou é a pessoa que atendeu quem decide? R: Não, não... Isso nós decidimos junto. Isso nós decidimos em equipe. • Decisão tomada em equipe Reunião, nós fazemos sempre uma reunião interna entre a gente. E: Pra todas as gestões? R: Pra todas as gestões. Sempre trabalhamos em equipe.
  • 17. Processo decisório na equipe 2% 15% 23% 55% 5% Freqüência da relação de trabalho do setor com a equipe da direção Nunca Pouca Freqüente Muita em branco 40% 55% 5% Participação nas decisões relacionadas à Instituição sim não s/inf 80% 17% 3% Participação nas decisões relacionadas ao setor de trabalho sim não às vezes
  • 18. 42% 37% 15% 3% 3% Importância da participação nas decisões relacionadas ao trabalho e à Instituição Extremamente importante Muito Importante Importante Mais ou menos s/inf
  • 19. CAMPOS, G. W. S. Subjetividade e administração de pessoal: Considerações sobre modos de gerenciar trabalho em equipes de saúde In: MERHY, Emerson Elias., ONOCKO, R.(ORG.). Agir em Saúde: um desafio para o público. 2.ed. São Paulo: Hucitec, 2002 PEDUZZI, M. “Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia” MERHY,E.E. & FRANCO,T. “Trabalho em Saúde”. In: Dicionário da educação profissional em saúde. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, org.). Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006. PEDUZZI, M. “Trabalho em Equipe”. In: Dicionário da educação profissional em saúde. (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, org.). Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2006. Referências Bibliográficas