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O PODER DA COLABORAÇÃO E SUAS FERRAMENTAS

Daiana Lindaura Conti
Maria Carolina Carlos Pinto

Resumo
Apresenta como surgiu a nova economia colaborativa e como está acontecendo seu
desenvolvimento. Traz as mais utilizadas ferramentas, em suas respectivas categorias. Como
categorias podemos considerar: blogs, wikis, redes sociais, bookmarks, entre outras tantas.

Palavras-chave
Ferramentas colaborativas. Web 2.0. Redes sociais. Wiki. Blog.

1 INTRODUÇÃO
       Vive-se em um século onde não cabe mais inciar um texto com a frase 'Com o advento
da tecnologia...', agora é um tempo em que se incia textos com 'Devido as profundas mudanças
da tecnologia...'. Isso porque a tecnologia não é mais novidade no presente século e a internet se
tornou um dos mais poderosos meios de comunicação. Hoje, crianças de 4 anos ganham
computadores de presente e criam Orkut, sendo assim, não se pode dizer que isso é novidade.
       Dentro de uma empresa, para que as coisas funcionem bem é preciso que seus
colaboradores compartilhem suas informações, para exercerem suas funções com maior
eficiência e eficácia. Assim, a informação e o conhecimento compartilhados entre todos os
membros da organização passaram a ser um diferencial, tornando-se uma vantagem competitiva
perante seus concorrentes que não o fazem.
       Todavia o compartilhamento de informações não se restringe ao âmbito organizacional
ou acadêmico, ele tomou conta do mundo. A internet passou a ser o maior espaço para
compartilhamento de informações, devido ao seu fácil acesso e a sua ágil atualização. Pessoas
participam da economia como nunca antes, elas estão influenciando na maneira como os bens e
os serviços são inventados, produzidos, comercializados e distribuídos mundialmente.
       As novas ferramentas informacionais criadas para a World Wide Web (WWW) colocam
a disposição de seus usuários a possibilidade de compartilhar, colaborar, criar valor e competir.
Isso faz com que as pessoas possam participar da inovação e da criação de riqueza em cada
setor da economia. Esse novo modelo de inovação e criação de valor é chamado por peer
production ou peering, que acontece quando grupos de pessoas e empresas colaboram de forma
aberta para impulsionar a inovação e o crescimento de seus ramos. Alguns exemplos de peering
tornaram-se mundialmente conhecidos, como MySpace, YouTube, Linux e Wikipédia.
(TAPSCOTT, 2007)
Novas infra-estruturas colaborativas, as chamadas “armas de colaboração em massa”,
que vão desde telefonia grátis via internet até software de código aberto, estão permitindo que
milhares de indivíduos e pequenos produtores criem em conjunto produtos, acessem mercado e
ganhem clientes. Vive-se num momento de 'rebelião' na mídia e na indústria do entretenimento,
onde grandes produtores estão tendo que dividir o palco com criadores 'amadores'.

                       Os indivíduos agora compartilham conhecimento, capacidade computacional,
                       largura de banda e outros recursos para criar uma vasta gama de bens e serviços
                       gratuitos e de código aberto que qualquer um pode usar ou modificar. [...] De fato, o
                       peering é uma atividade bastante social. Tudo o que um pessoa precisa é um
                       computador, uma conexão de rede e uma faísca de iniciativa e criatividade para se
                       juntar à economia. (TAPSCOTT, 2007, p. 22)


       Assim, para as pessoas e para os pequenos produtores agora pode ser o início de uma
nova era. Pode-se produzir através de peering um sistema operacional, uma enciclopédia, uma
mídia e até produtos. Isto é a economia do “nós”.
2COLABORAÇÃO
       A colaboração é algo de grande importância no atual contexto tecnológico em que
estamos vivendo, e com a competitividade em que se encontra o mercado. Nas organizações as
pessoas devem saber trabalhar em conjunto, interagindo para que sejam criados novos
conhecimentos e habilidades. Pois com afirma Schons (2008, p.83), “as organizações visando
intensificar sua produção de conhecimento buscam estimular a colaboração envolvendo
empregados, fornecedores, parceiros de negócios, clientes e em alguns casos até concorrentes”.
E são as ferramentas para colaboração na web no meio empresarial, que fazem com que seja
favorecido a criação de espaços para agrupar “[...] os diferentes níveis de informação e
conhecimento de cada um, favorecendo a prática do diálogo, da discussão, do contato, da
interação” (SCHONS, 2008, p.83)
       Com o surgimento das novas TICs, houve conseqüentemente um aumento dos tipos de
ferramentas para colaboração na web. Esse desenvolvimento de novas tecnologias permitiu de
acordo com Schons (2008, p.80), “maior colaboração, interatividade e dinamização quanto ao
fluxo de conhecimento no meio organizacional, seja no âmbito interno e externo, ampliando o
potencial coletivo.” Essas ferramentas tecnológicas emergentes focadas em ambientes
empresariais, tem permitido “[...] as organizações alavancarem os processos ligados ao
conhecimento [...]” (SCHONS, 2008, p. 80).
       No contexto da rápida mudança das tecnologias, onde quem tem a informação detém o
poder, a Internet colaborativa é algo de grande valor, pois é um local em que podemos produzir
informações e compartilhar conhecimentos, tendo em vista que,


                        a existência de uma Internet colaborativa possibilita a disseminação da inteligência
                        coletiva [...]trata-se de um espaço interativo, de trocas, de criação e geração, além de
                        armazenamento de informações, tornando-se uma importante ferramenta de
                        colaboração entre os participantes do mundo digital on-line e repercute na vida de
                        bits e átomos ( BLATTMANN; SILVA, 2007, p.191)


       Com a rápida evolução da web, hoje é possível “a criação de espaços cada vez mais
interativos, nos quais os usuários possam modificar conteúdos e criar novos ambientes
hipertextuais. Estes recursos são possíveis devido a uma nova concepção de Internet, chamada
Internet 2.0, Web 2.0 ou Web Social.” ( BLATTMANN; SILVA, 2007, p.192)
3WEB E BIBLIOTECA 2.0
       A primeira vez em que se ouviu falar em Web 2.0 foi no ano de 2004 na MediaLive e
O’Reilly Media, realizada em São Francisco (http://web2con.com). Na conferência discutiu-se a
idéia de tornar a web mais dinâmica e interativa, de modo que os internautas pudessem
colaborar com a criação de conteúdos. Foi assim que começou a surgir a segunda geração de
serviços on-line e o conceito da Web 2.0, criando um nível de interação em que as pessoas
possam colaborar para a qualidade do conteúdo disponível, produzindo, classificando e
reformulando o que já estava disponível. (SILVA, 2007)
       Segundo Primo (2006),

                        a Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar
                        as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de
                        ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo. A Web 2.0
                        refere-se não apenas a uma combinação de técnicas informáticas (serviços Web,
                        linguagem Ajax, Web syndication, etc.), mas também a um determinado período
                        tecnológico, a um conjunto de novas estratégias mercadológicas e a processos de
                        comunicação mediados pelo computador.


       As Unidades de Informação foram se modificando e modificando seus serviços
conforme o surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Na era da
web tradicional, ou web 1.0, as bibliotecas se adaptaram implantando serviços e produtos como:
correio eletrônico, páginas web, lista de questões mais freqüentes (FAQ), tutorial baseado em
texto, listas de correio eletrônico, web masters, esquemas de classificação controlada, catálogo
impresso, etc.
       Com a web 2.0 chegou a hora das bibliotecas implantarem, se lhe for conveniente e aos
seus usuários, serviços e produtos atualizados, como: serviço de referência via bate-papo (chat),
mídia interativa (streaming media) em base de dados, blogs, wikis, leitoras de RSS e indexação
com base em taxonomias.
       Assim passam a surgir as Bibliotecas 2.0, que Maness (2007) define como “a aplicação
de interação, colaboração, e tecnologias multimídia baseadas em web para serviços e coleções
de bibliotecas baseados em web”. Além da definição, Maness, cita que a Biblioteca 2.0 deve ter
quatro elementos fundamentais, que são:
           Ser centrada no usuário: usuários participam na criação de conteúdos e serviços que
       •

           eles vêem na presença da biblioteca na web. O consumo e a criação do conteúdo é
           dinâmica, e por isso as funções do bibliotecário e do usuário nem sempre são claras.
           Oferecer uma experiência multimídia: coleções e serviços contêm componentes de
       •

           áudio e vídeo.
           Ser socialmente rica: a presença da biblioteca na web inclui a presença dos usuários.
       •

           Há tanto formas síncronas (ex. MI) e assíncrona (ex. Wikis) para os usuários se
           comunicarem entre si e com os bibliotecários.
           Ser comunitariamente inovadora: este é talvez o aspecto mais importante e singular
       •

           da Biblioteca 2.0. Baseia-se no fundamento das bibliotecas como serviço
           comunitário, mas entende que as comunidades mudam, e as bibliotecas não devem
           apenas mudar com elas, elas devem permitir que os usuários mudem a biblioteca. Ela
           busca continuamente mudar seus serviços, achar novas formas de permitir que as
           comunidades, não somente indivíduos, busquem, achem e utilizem informação.
       Para atuar nesse tipo de biblioteca é necessário que seus bibliotecários estejam
preparados e abertos para as mudança e novas experiências. Ele deverá atuar como um
mediador, facilitador, e promover o suporte aos seus usuários, mas entender que nem sempre
será o primeiro responsável pela criação do conteúdo. Os usuários vão interagir e criar
conteúdos uns com os outros e também com os bibliotecários.
4REDES SOCIAIS NA INTERNET
       Redes sociais são espaços, sites, na web onde os usuários criam perfis pessoais,
compartilham essas informações e os demais recursos que este site disponibilizar, como vídeos,
fotos, mapas e catalogação de livros, além disso participam de comunicações instantâneas,
fóruns, listas de discussões.
       Segundo a Wikipédia, as redes sociais na internet

                         São as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador. Esses
                         sistemas funcionam através da interação social, buscando conectar pessoas e
                         proporcionar sua comunicação. As pessoas levam em conta diversos fatores ao
escolher conectar-se ou não a alguém. As organizações sociais geradas pela
                        comunicação mediada por computador podem atuar também de forma a manter
                        comunidades de suporte que, sem a mediação da máquina, não seriam possíveis
                        porque são socialmente não-aceitas.


       Nessa categoria de ferramentas de colaboração, redes sociais, discorreremos sobre
algumas das mais conhecidas e utilizadas, como: Orkut, MySpacce, Flickr, FaceBook,
Del.icio.us e LibraryThing.
4.1 MySpace
       O MySpace é um serviço de rede social que utiliza a Internet para comunicação on-line
através de uma rede interativa de fotos, blogs e perfis de usuário. Atualmente ela é a maior rede
social do Estados Unidos e do mundo com mais de 110 milhões de usuários. Segundo a
Wikipédia, o MySpace é um site muito ativo, com novos membros entrando no serviço
diariamente e novos recursos adicionados com freqüência.
       Dentre os recursos oferecido pelo MySpace estão:
           Boletins: recados que são postados em um quot;quadro de boletinsquot; para qualquer amigo
       •

           do usuário de MySpace possa ver.
           Grupos: permissão para que um grupo de usuários compartilhe uma mesma página e
       •

           quadro de mensagens.
           MySpaceIM: mensageiro instantâneo.
       •

           MySpaceTV: é um serviço semelhante ao site de compartilhamento de vídeos
       •

           YouTube. Foi criado em 2007 e está em fase de desenvolvimento.
           Aplicações: foi criado uma interface de programação de aplicativos (API), onde os
       •

           usuários podem criar aplicativos para outros usuários e postar em seus perfis.
           MySpace Mobile: possibilita acessar o site pelo telefone celular;
       •

           MySpace News: serviço que permite que você mande feeds RSS e receba notícias;
       •

           MySpace Karaoke: permite ao usuário carregar gravações de áudio deles mesmos
       •

           cantando para suas páginas de perfil;
           MySpace Sports;
       •

           MySpace Books;
       •

           MySpace Horóscopo;
       •

           MySpace Emprego;
       •

           MySpace Filmes.
       •
Assim, com esse grande número de recursos para oferecer aos seu usuário, o MySpace
agrega cada vez mais participantes. Nele há 20 fóruns na página principal, com cerca de 300 mil
tópicos e mais de      3 milhões de postagens. São mais de 202 milhões de perfil, em
aproximadamente 200 mil grupos de usuários, com cerca de 60 milhões de postagens nos fóruns
dos grupos.
4.2 Orkut
       O Orkut é uma rede social, e foi “criada em 2004 por Orkut Büyükkokten, um
engenheiro turco da empresa americana Google. É uma comunidade on-line, cuja principal
característica é promover a interação entre pessoas e um 'ponto de encontro' de amigos”
(BEZERRA; ARAÚJO, 2008, p. 207). Em pouco tempo o Orkut fez um grande sucesso, isso
deve-se

                        [...] ao fato de que as pessoas encontram nele um canal, um espaço onde podem
                        expressar gostos, opiniões, identidades e interesses, manifestando seus pensamentos
                        e, ao mesmo tempo, sendo ouvidos (lidos) por outros. Portanto, o Orkut, configurado
                        como esse tipo de rede, responde afirmativamente à necessidade intrínseca dos
                        indivíduos de reproduzir simbolicamente suas experiências individuais,
                        transformando-as em discursos (os fóruns de participação das comunidades são
                        exemplos disso) com significação, em informações sobre seus mundos, as quais
                        podem e são comunicadas entre seus semelhantes (BEZERRA; ARAÚJO, 2008, p.
                        208)


4.3 Flickr
       O site do Flickr foi desenvolvido pela Ludicorp em fevereiro de 2004 no Canadá. Em
março de 2005, a Yahoo! Inc. adquiriu a Ludicorp e, conseqüentemente, o Flickr.
       O Flickr é um site da web de hospedagem e partilha de imagens fotográficas e outros
tipos de documentos gráficos, como desenhos e ilustrações, caracterizado também como rede
social. Ele permite que seus usuários criarem álbuns para armazenamento de suas fotografias e
entrem em contato com diversos fotógrafos de diferentes locais do mundo. Além disso, o site do
Flickr é considerado um dos componentes mais exemplares daquilo que ficou conhecido como
Web 2.0, devido ao nível de interatividade permitido aos usuários.
       Segundo a Wikipédia,

                        O Flickr organiza e classifica as fotos predominantemente por meio de categorias -
                        apelidadas de tags (ou etiquetas) no contexto do sítio. Tais tags (os quais são
                        considerados uma forma de metadata) são atribuídas às respectivas fotografias pelos
                        próprios usuários que as carregaram no sítio. Com isso, a busca de imagens se torna
                        um processo fácil e ágil. O Flickr também provê uma lista das quot;tagsquot; mais utilizadas
                        nas fotos. O Flickr também permite que os usuários organizem suas próprias fotos
                        através de álbuns (em inglês quot;setquot;), e os agrupe em coleções.
Embora seja muito conhecido e utilizado, o Flickr não está entre as redes sociais mais
utilizadas devido a quantidade de recursos. Ele é um ótimo organizador, indexador e
compartilhador, mas somente de imagens.
4.4 FaceBook
       Mark Zuckerberg fundou o “The Facebook” em fevereiro de 2004, enquanto
freqüentava a Universidade de Harvard, com o apoio de dois amigos. Até o final desse mês,
mais da metade dos estudantes não-graduados em Harvard se registraram no programa.
Naquela época, Zuckerberg se juntou a Dustin Moskovitz e Chris Hughes para a promoção do
site e o Facebook foi expandido à Universidade de Stanford, à Universidade Columbia e à
Universidade Yale. Esta expansão continuou em abril de 2004 com o restante das Ivy League,
entre outras escolas. Em setembro deste mesmo ano, o Facebook recebeu aproximadamente
$500 mil do co-fundador do PayPal, Peter Thiel e em dezembro a base de usuários ultrapassou 1
milhão. Em 11 de setembro o Facebook foi aberto para cadastro para todo o público.
       Dentre os recursos oferecidos pelo Facebook estão:
           The Wall: espaço na página de perfil do usuário que permite que amigos postem
       •

           mensagens;
           Gifts: amigos podem dar desenhos a outros, escolhendo um da Facebook's virtual
       •

           gift shop e adicionando uma mensagem;
           Marketplace: permite que os usuários publiquem classificados gratuitamente dentro
       •

           de categorias;
           Status: permite aos usuários informar a seus amigos e a membros de sua comunidade
       •

           seu paradeiro atual e suas ações.
           Events: são uma maneira para que os membros informem seus amigos sobre os
       •

           próximos eventos em sua comunidade e para organizar encontros sociais.
           Applications: framework para desenvolvedores criarem aplicações que interajam com
       •

           os recursos internos do Facebook.
           Facebook Video: local onde se pode partilhar vídeos dentro do Facebook.
       •

       Devido a todos esses recursos disponibilizados o Facebook conta com mais de 58
milhões de usuários e entram por dia cerca de 250 mil usuários novos (FACEBOOK
STATISTICS).
4.5 LibraryThing
       A LibraryThing foi desenvolvida por Tim Spalding e fundado em 29 de agosto de 2005.
Ela é uma rede social de grande notabilidade e permite que os usuários façam a catalogação de
seus livros e que vejam a catalogação dos outros usuários que compartilham desses livros.
(MANESS)
       Após o aniversário de um ano da LibraryThing, haviam mais de 73 mil usuários
registrados e eles catalogaram 5,1 milhões de livros, que representaram quase 1,2 milhão de
obras únicas. Em maio de 2008 chegou-se a mais de 400 mil usuários e mais 27 milhões de
livros registrados e catalogados. (WIKIPÉDIA)
       Ainda segundo a Wikipédia, “os usuários podem se inscrever de forma gratuita, e
registrar até 200 livros. Para além desse limite e/ou para uso comercial ou de grupo, uma taxa
de subscrição ou de um tempo de vida útil taxa é cobrada”.
       Redes sociais como o LibraryThing permitem o compartilhamento de informações e a
interação entre os usuários. Segundo Mannes (2007, p.48) não se,

                       [...] requer muita imaginação começar a ver uma biblioteca como uma rede social
                       em si. [...] Usuários podem criar vínculos com a rede da biblioteca, ver o que outros
                       usuários têm em comum com suas necessidades de informação, baseado em perfis
                       similares, demografias, fontes previamente acessadas, e um grande número de dados
                       que os usuários fornecem. E, é claro, essas redes permitiriam que os usuários
                       escolhessem o que é público e o que não é, uma noção que poderia ajudar a lograr os
                       pontos de privacidade que a Biblioteca 2.0 levanta.
5WEBLOG
       Um weblog, ou somente blog, é uma página na web que contém “notas colocadas em
ordem cronológica inversa, de forma que a anotação mais recente é a que primeiro aparece”
(GONZÁLEZ, p.3). O modo de organização dos posts, é o mesmo que o de um diário e
“costumam abordar a temática do blog, e podem ser escritos por um número variável de
pessoas, de acordo com a política do blog” (WIKIPÉDIA).
       É uma ferramenta de fácil criação, pois não requer conhecimento especializado para
utilizar o mesmo. Provoca compartilhamento de informações, experiências pessoais e/ou
profissionais, sobre assuntos que interessam pessoas, ou grupos de indivíduos, fazendo com que
aconteça a liberdade de expressão na web.
       Atualmente os blogs são ferramentas que podem ser as soluções para inserir as coleções
e serviços de biblioteca dentro da Web 2.0 (MANESS). O desenvolvimento da chamada
Biblioteca 2.0, tem como ponto importante fazer,

                       coleções e serviços mais interativos e mais centrados nos usuários, possibilita que os
                       consumidores de informação contatem com produtores de informação e tornem-se
                       eles mesmos co-produtores. Ou seja, a Biblioteca 2.0 borra a linha entre
                       bibliotecário e usuário, criador e consumidor, autoridade e novato. (MANESS, 2007,
p.47)


       Como os blogs se tratam de uma forma de publicação diferenciada, eles necessitam da,

                       coordenação editorial e da segurança que esta provê, mas alguns são ainda
                       produções integrais em um corpo de conhecimento, e a falta deles em uma coleção
                       de biblioteca poderia logo se tornar impensável. Isto irá, é claro, complicar
                       altamente o processo de desenvolvimento de coleções, e o bibliotecário necessitará
                       exercitar um grande trabalho de experiência e meticulosidade quando adicionar um
                       blog à coleção (ou, talvez, um sistema automatizado de desenvolvimento de
                       coleções de blogs). Ou, talvez as muitas noções de “autenticidade” e “autoridade”,
                       tão importantes para o desenvolvimento de coleções, necessitarão ser repensadas no
                       despertar dessa inovação. (MANESS, 2007, p.47)


6WIKI
       A primeira ferramenta Wiki foi criada no ano de 1995 por Ward Cunningham. Ele
buscava desenvolver uma ferramenta que qualquer usuário, mesmo sendo leigo em
desenvolvimento e programação computacional, pudesse inserir informações através da web e,
assim, alimentar uma base comum de informações relevantes de forma colaborativa.
       Segundo Goldman (2007), as wikis

                       [...] se baseiam num servidor que permite aos visitantes efetuarem pequenas
                       mudanças na página rapidamente por meio de uma interface web. Toda página
                       editável de um site wiki possui um link geralmente nomeado “Edite esta página” que
                       os visitantes podem usar para alterar o conteúdo da página. [...] Todas as alterações
                       são armazenadas em um “histórico” da página, com data, hora e autor da última
                       revisão, o que permite identificar possíveis usuários mal intencionados e até
                       bloqueá-los. Se alguma alteração tiver que ser desfeita também é possível, as últimas
                       revisões sempre ficam salvas para backup.


       Assim as wikis podem ser caracterizadas como páginas web, onde os usuários podem
criar, publicar, editar e gerenciar seus próprios conteúdos e os de outros também rapidamente,
se tornando assim uma das maiores ferramentas de colaboração já existente.
       Aliás, é devido a característica 'rápida' que a ferramenta foi denominada Wiki. Para a
primeira versão da ferramenta que Cunningham desenvolveu ele a nomeou de WikiWikiWeb.
Wiki que no idioma havaiano significa 'rápido'.
       No site da WikiMatrix é possível encontrar informações a respeito das mais de 98
aplicações de wiki e ainda fazer comparações entre elas, seja por usabilidade, segurança ou
estabilidade. Dentre algumas aplicações que utilizam o conceito wiki estão: MediaWiki,
DokuWiki, PhpWiki, TWiki e TikiWiki.
6.1 Wikipédia
       Foi graças a essa enciclopédia que a Wiki se popularizou. A Wikipédia é uma gigantesca
enciclopédia virtual livre e, como é baseada em wiki, é escrita e mantida por milhões de
usuários ao redor do mundo, basta que ele se cadastre.
       A Wikipédia foi lançada em 15 de janeiro de 2005, em plataforma MediaWiki, e nela,
hoje, é possível encontrar mais de dois bilhões de palavras, nos mais de 250 idiomas. Existem
mais de 75 mil colaboradores ativos trabalhando em mais de 10 milhões de artigos. A sua
versão em inglês têm mais de 609 milhões de palavras, isto é 15 vezes mais que a enciclopédia
Britânica, e mais de 2,5 milhões de artigos. O seu número visitantes é de pelo menos 684
milhões anuais.
       Além dos já conhecidos artigos sobre quase tudo que possa existir, a Wikipédia atende a
critérios considerados de qualidade para um enciclopédia, como agregar dicionário e mapas.
Além disso, a enciclopédia virtual criou a Wikiuniversidade, onde é possível encontrar
informações e apostilas de disciplinas de muitos cursos oferecidos por universidades. Em
alguns casos cursos de universidades 'reais' acabam 'adotando' artigos de suas áreas na
Wikiuniversidade.
       E é devido a esses fatores que a Wikipédia se tornou atualmente o maior site de
colaboração da web, proporcionando aos usuários da web informações rápidas e referenciais em
qualquer assunto que se imaginar.
7MENSAGENS SÍNCRONAS
       Mensagens síncronas são também chamadas de mensagens instantâneas, pois permitem
a comunicação, via textual ou verbal, em tempo real entre as pessoas.
       Na biblioteconomia começou a ser aplicada em serviços de referência feitos por meio de
chat, podendo deste modo acontecer a comunicação entre o bibliotecário e o usuário
(MANESS, 2007, p.45). Deste modo este tipo de serviço de referência, está ganhando um
espaço cada vez maior na biblioteca
       As mensagens instantâneas – MI, são consideradas tanto uma tecnologia Web 1.0 quanto
2.0. Web 1.0 pois sua origem é antes da quebra do mercado tecnológico e geralmente é
necessário download do software, já as aplicações 2.0 são inteiramente baseadas na web
(MANESS).
       Também é considerada Web 2.0, tendo em vista que:

                        na medida em que é consistente com os dogmas da Biblioteca 2.0: ela permite a
                        presença do usuário dentro da presença da biblioteca na web; ela permite
                        colaboração entre usuários e bibliotecários; e ela permite uma experiência mais
                        dinâmica que os serviços 1.0, fundamentalmente estáticos e de natureza de pronto-
                        consumo [...] ela ela está se tornando uma aplicação mais baseada em web, e o
software usado pelos serviços de referência por chat é usualmente muito mais
                       robusto que simples aplicações de MI que são bem populares (elas normalmente
                       permitem conavegação, compartilhamento de arquivos, captura de tela, e
                       compartilhamento e mineração de dados e logs prévios). (MANESS, 2007, p45).


       Essa ferramenta é de grande valia para os serviços de uma biblioteca, e com a
continuação no uso dessa tecnologia o bibliotecário poderá cada vez mais auxiliar no serviço de
referência, pois como afirma Mannes (2007, p.46),

                       é possível que um usuário deixe que, como um serviço, essa referência por chat
                       possa aparecer quando certos comportamentos de busca do usuário são detectados.
                       Por exemplo, quando um usuário navega em certos sites, repetindo passos e se
                       movendo ciclicamente através de um esquema de classificação ou de uma série de
                       recursos, um serviço de mensagem síncrona poderia aparecer para oferecer
                       assistência. O paralelo físico para isso é um usuário vagando entre as estantes de
                       livros, e um bibliotecário, sentindo que está perdido, oferece ajuda. Biblioteca 2.0
                       saberá quando os usuários estão perdidos, e oferecerão ajuda imediata, e assistência
                       em tempo real.


8STREAMING MEDIA
       É o fluxo da mídia de áudio e vídeo, ou seja, é uma forma para distribuir informação
multimídia em uma rede através de pacotes. É utilizada                  para se distribuir o conteúdo
multimídia através da Internet (WIKIPÉDIA).
       Segundo Maness (2007, p.46),

                       o oferecimento de instruções de biblioteca online tem incorporado mais
                       interatividade, mais facetas ricas em mídia. A explanação estática, baseada em texto
                       com uma ajuda para ser baixada está sendo suplantada por tutoriais mais
                       experimentais [...] Muitos desses tutoriais usam programação Flash, screen-cast
                       software, ou streaming Áudio ou vídeo, e une a apresentação de mídia com testes
                       interativos; usuários respondem a questões e o sistema responde brincando. Esses
                       tutoriais são talvez o primeiro dos serviços de biblioteca a migrar para uma Web 2.0
                       mais rica socialmente. Muitos, senão todos, entretanto, geralmente não fornecem
                       uma ferramenta pela qual os usuários possam interagir uns com os outros, nem
                       diretamente com bibliotecários. Este fato marca um possível potencial para o
                       desenvolvimento continuado desses tutoriais.


       A implicação da streaming media nas bibliotecas, de acordo com Maness (2007,p.46),

                       tem mais a ver com as linhas das coleções do que com os serviços. Conforme uma
                       mídia é criada, as bibliotecas serão inevitavelmente as instituições responsáveis por
                       arquivar e prover acesso a elas. Não será suficiente simplesmente criar “cópias-fiéis”
                       desses objetos e permitir o acesso dos usuários a eles dentro dos confins do espaço
                       físico da biblioteca, entretanto. Mídias criadas pela Web, na Web, originadas na Web,
                       e bibliotecas, estão ainda iniciando a explorar seu fornecimento através de
                       aplicações de repositório digital e tecnologias de gestão de aquisição digital. Já essas
                       aplicações são geralmente separadas do catálogo da biblioteca, e esta ruptura
                       necessitará ser consertada. A Biblioteca 2.0 não mostrará nenhuma distinção entre
                       formatos e os pontos pelos quais eles podem ser acessados.
9TAGGING
       O tagging de acordo com Maness (2007, p 48), “habilita os usuários a criarem
cabeçalhos de assunto para o objeto que tiverem em mãos”. Segundo Shanni (2006) apud
Maness (2007, p.48),

                        tagging é essencialmente Web 2.0 pois ela permite aos usuários adicionar e modificar
                        não somente conteúdo(dados), mas o conteúdo que descreve o
                        conteúdo(metadados). Tagging simplesmente faz a busca paralela mais fácil. O
                        exemplo quase sempre citado do cabeçalho de assunto da Biblioteca do Congresso
                        dos EUA, “cookery”, o qual ninguém que fale inglês usaria quando se refere a
                        “cookbooks”, ilustra o problema da classificação padronizada. Tagging transformaria
                        o menos usado “cookery” no mais usado “cookbooks” instantaneamente, e a busca
                        paralela seria grandemente facilitada.


10FEED-RSS
       Segundo a Wikipédia os RSS FEEDs são “usados para que um usuário de internet possa
acompanhar os novos artigos e demais conteúdo de um site ou blog sem que precise visitar o
site em si. Sempre que um novo conteúdo for publicado em determinado site, o quot;assinantequot; do
feed poderá ler imediatamente”.
       Os alimentadores RSS fornecem aos usuários um jeito de “ de organizar e republicar
conteúdo na Web. Usuários republicam conteúdo de outros sites ou blogs em seus próprios
sites, agregam conteúdo de outros sites em um único lugar, e destilam ostensivamente a Web
para seu uso pessoal” (MANESS, 2007, p.48).
       Atualmente as bibliotecas estão criando alimentadores RSS, “para os usuários
assinarem, incluindo atualizações sobre os novos itens na coleção, novos serviços, e novos
conteúdos nas bases de dados por assinatura” (MANESS, 2007, p.48). Elas também estão
republicando conteúdo em seus sites. Essa ferramenta é de grande valia para o usuário, pois o
mesmo sempre fica informado sobre as novidades na biblioteca e sobre assuntos que ser
relacionam com a mesma.
11SOCIAL BOOKMARKS
       O Social Bookmarking, ou só bookmarks (tradução: marcador de livros, favoritos) tem
por finalidade disponibilizar os favoritos dos usuários na internet, seja para o seu fácil acesso
ou para compartilhar com outros usuários deste tipo de serviço.
       Há diversos serviços de Social Bookmarks, como o Del.icio.us
11.1 Del.icio.us
       O Del.icio.us foi desenvolvido por Joshua Schachter e entrou no ar no final de 2003. Ele
permite que seus usuários adicionem e pesquisem bookmarks sobre qualquer assunto.

                        Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que quiser na web ele é uma
                        ferramenta para arquivar e catalogar seus sites preferidos para que você possa
                        acessá-los de qualquer lugar. Serviço similares, de compartilhamento de links
                        favoritos, costumam ser conhecidos pelo termo em inglês quot;social bookmarksquot;.
                        (WIKIPÉDIA)


       Nele também é possível compartilhar seus bookmarks com os amigos e visualizar os
favoritos públicos de vários membros da comunidade. Além disso, o Del.icio.us pode ser usado
para criar listas de presentes, acompanhar sites que tem conteúdo e links dinâmicos.
12MASHUPS
       É o nome que se dá ao uso conjunto de duas ou mais tecnologias ou serviços, onde há
uma combinação para criar-se algo novo (Maness, 2007, p.49). Um exemplo é o Retrivr que,

                        combina a base de dados do Flickr e um algorítimo de arquitetura informacional
                        experimental para possibilitar aos usuários procurar imagens não pelos metadados,
                        mas pelos dados em si. Usuários buscam por imagens esboçando as imagens. Em
                        alguns casos, muitas das tecnologias discutidas acima são mashups em sua própria
                        natureza. Outro exemplo é WikiBios, um site onde os usuários criam biografias
                        online de um outro, essencialmente misturando blogs com redes sociais.


       A biblioteca 2.0 também pode ser considerada um mashup pois ela engloba tanto os
serviços tradicionais como os serviços que tem mais novidade da Web 2.0. (MANESS)
13SECOND LIFE
       O Second Life (SL) é um ambiente virtual tridimensional, que simula algumas
características da vida real e social do ser humano. Ele foi desenvolvido em 2003 e é mantido
pela Linden Lab.
       Existem várias formas de se encaram essa ferramenta. Algumas pessoas utilizam o SL
como um jogo, pois embora não tenha objetivo nem fases proporciona uma competição
econômica e social. Há pessoas que o vêem como um mero simulador do comércio e da rede
social real (também conhecido como real life ou RL). Existem pessoas que utilizam o SL para a
Educação a Distância (EaD), caracterizando assim uma educação 3D. Alguns usuários o
acessam para realizar comércio virtual, pois o Linden Dólar (moeda do SL que pode ser
convertida em dólar americano). E por fim, existem as pessoas que encaram o SL como mais
uma rede social, onde ele poderá encontrar e interagir (interação que pode ser uma conversa
falada ou teclada) com outras pessoas.
       Segundo a Wikipédia, por ser uma rede social complexa o Second Life “sofreu críticas
da imprensa e opinião pública por não conseguir controlar crimes virtuais como racismo e
pedofilia”. Porém “a segunda vida 'encantou' ao ponto de até mesmo famosas comunidades
católicas fazerem da vinda do Papa Bento XVI ao Brasil, em 2007, um motivo para entrarem
no” SL.
        Segundo estatísticas do site oficial, no dia 24 de maio de 2007 o sistema contava com
6.657.169 usuários e computou a movimentação de U$ 1.428.250 nas últimas 24 horas. O
sistema também apontava que nos últimos 60 dias 1.737.273 pessoas quot;logaramquot;, ou seja,
entraram no sistema através de cadastro de cliente.
14CONSIDERAÇÕES FINAIS
        Pode- se observar que a cada dia surgem novas ferramentas colaborativas criadas para a
web. A internet, deste modo, abre um leque de oportunidades para que os indivíduos criem,
compartilhem e editem informações e produtos.
        Esta-se vivendo no mundo da colaboração, onde não há mais espaço para o 'eu', agora é
a vez do 'nós'. 'Nós' temos o poder de dizer como e quando deve ser feito, criado ou modificado
tais produtos e informações.
        É nessa wikinomics que a maior enciclopédia foi criada e é nela que o individualismo
perdeu seu espaço. A 'febre' das ferramentas colaborativas só tende a aumentar, até porque a
nova geração já nasce conectada na internet, cada vez mais surgem novas ferramentas e as
ferramentas que já existem precisam e estão criando novas funcionalidades para não ficarem
para trás.
REFERÊNCIAS
BEZERRA, Marcos Antonio Alexandre; ARAÚJO, Eliany Alvarenga de. Uma ética da
informação para pensar o orkut: reflexões sobre a informação e a liberdade no contexto da
Sociedade da Informação. Informação & Sociedade: João Pessoa, v.18, n.2, p. 207-218, maio/
ago. 2008.
BLATTMANN, Ursula; SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Colaboração e interação na web 2.0
e biblioteca 2.0. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.12, n.2, p.
191-215, jul./dez., 2007.
COP, Nicholas. Web 2.0: mitos e limites. In: Seminário sobre Informação na Internet, 2. 2008.
Anais... Brasília: IBICT, 2008. Diponível em: <http://si2008.ibict.br/anais.php> Acessado em:
04 out. 2008.
DEL.ICIO.US. Disponível em: <http://del.icio.us/>. Acessado em: 01 out. 2008.
FACEBOOK. Disponível em: <http://www.facebook.com/>. Acessado em: 02 out. 2008.
FLICKR. Disponível em: <http://www.flickr.com/> Acessado em: 01 out. 2008.
MANESS. Jack M. Teoria da biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas.
Informação & Sociedade: João Pessoa, v.17, n.1, p. 43-51, jan./abr., 2007.
GOLDMAN, Alfredo; et. al. O uso de ferramentas colaborativas on-line no ensino de
graduação. São Paulo: Universidade de São Paulo.
LOSS, Leandro. Um arcabouço para o aprendizado de redes colaborativas de
organizações: uma abordagem baseada em aprendizagem organizacional e gestão do
conhecimento. 2007. 245p. Tese julgada para a obtenção do título de Doutor (Doutor pelo
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina
– (UFSC), Florianópolis, 2007.
MYSPACE. Disponível em: <http://www.myspace.com/>. Acessado em: 30 ago. 2008.
SCHONS, Claudio Henrique. A contribuição dos wikis como ferramentas de colaboração no
suporte à gestão do conhecimento organizacional. Informação & Sociedade: João Pessoa, v.18,
n.2, p. 79-91, maio/ago. 2008.
SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina,
Florianópolis, v.12, n.2, p. 191-215, jul./dez., 2007.
TAPSCOTT, Don; WILLIAMS, Anthony D.; Marcello Lino (trad.). Wikinomics: como a
colaboração em massa pode mudar seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org>. Acessado em: 05
out. 2008.

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Poder Da Colaboração

  • 1. O PODER DA COLABORAÇÃO E SUAS FERRAMENTAS Daiana Lindaura Conti Maria Carolina Carlos Pinto Resumo Apresenta como surgiu a nova economia colaborativa e como está acontecendo seu desenvolvimento. Traz as mais utilizadas ferramentas, em suas respectivas categorias. Como categorias podemos considerar: blogs, wikis, redes sociais, bookmarks, entre outras tantas. Palavras-chave Ferramentas colaborativas. Web 2.0. Redes sociais. Wiki. Blog. 1 INTRODUÇÃO Vive-se em um século onde não cabe mais inciar um texto com a frase 'Com o advento da tecnologia...', agora é um tempo em que se incia textos com 'Devido as profundas mudanças da tecnologia...'. Isso porque a tecnologia não é mais novidade no presente século e a internet se tornou um dos mais poderosos meios de comunicação. Hoje, crianças de 4 anos ganham computadores de presente e criam Orkut, sendo assim, não se pode dizer que isso é novidade. Dentro de uma empresa, para que as coisas funcionem bem é preciso que seus colaboradores compartilhem suas informações, para exercerem suas funções com maior eficiência e eficácia. Assim, a informação e o conhecimento compartilhados entre todos os membros da organização passaram a ser um diferencial, tornando-se uma vantagem competitiva perante seus concorrentes que não o fazem. Todavia o compartilhamento de informações não se restringe ao âmbito organizacional ou acadêmico, ele tomou conta do mundo. A internet passou a ser o maior espaço para compartilhamento de informações, devido ao seu fácil acesso e a sua ágil atualização. Pessoas participam da economia como nunca antes, elas estão influenciando na maneira como os bens e os serviços são inventados, produzidos, comercializados e distribuídos mundialmente. As novas ferramentas informacionais criadas para a World Wide Web (WWW) colocam a disposição de seus usuários a possibilidade de compartilhar, colaborar, criar valor e competir. Isso faz com que as pessoas possam participar da inovação e da criação de riqueza em cada setor da economia. Esse novo modelo de inovação e criação de valor é chamado por peer production ou peering, que acontece quando grupos de pessoas e empresas colaboram de forma aberta para impulsionar a inovação e o crescimento de seus ramos. Alguns exemplos de peering tornaram-se mundialmente conhecidos, como MySpace, YouTube, Linux e Wikipédia. (TAPSCOTT, 2007)
  • 2. Novas infra-estruturas colaborativas, as chamadas “armas de colaboração em massa”, que vão desde telefonia grátis via internet até software de código aberto, estão permitindo que milhares de indivíduos e pequenos produtores criem em conjunto produtos, acessem mercado e ganhem clientes. Vive-se num momento de 'rebelião' na mídia e na indústria do entretenimento, onde grandes produtores estão tendo que dividir o palco com criadores 'amadores'. Os indivíduos agora compartilham conhecimento, capacidade computacional, largura de banda e outros recursos para criar uma vasta gama de bens e serviços gratuitos e de código aberto que qualquer um pode usar ou modificar. [...] De fato, o peering é uma atividade bastante social. Tudo o que um pessoa precisa é um computador, uma conexão de rede e uma faísca de iniciativa e criatividade para se juntar à economia. (TAPSCOTT, 2007, p. 22) Assim, para as pessoas e para os pequenos produtores agora pode ser o início de uma nova era. Pode-se produzir através de peering um sistema operacional, uma enciclopédia, uma mídia e até produtos. Isto é a economia do “nós”. 2COLABORAÇÃO A colaboração é algo de grande importância no atual contexto tecnológico em que estamos vivendo, e com a competitividade em que se encontra o mercado. Nas organizações as pessoas devem saber trabalhar em conjunto, interagindo para que sejam criados novos conhecimentos e habilidades. Pois com afirma Schons (2008, p.83), “as organizações visando intensificar sua produção de conhecimento buscam estimular a colaboração envolvendo empregados, fornecedores, parceiros de negócios, clientes e em alguns casos até concorrentes”. E são as ferramentas para colaboração na web no meio empresarial, que fazem com que seja favorecido a criação de espaços para agrupar “[...] os diferentes níveis de informação e conhecimento de cada um, favorecendo a prática do diálogo, da discussão, do contato, da interação” (SCHONS, 2008, p.83) Com o surgimento das novas TICs, houve conseqüentemente um aumento dos tipos de ferramentas para colaboração na web. Esse desenvolvimento de novas tecnologias permitiu de acordo com Schons (2008, p.80), “maior colaboração, interatividade e dinamização quanto ao fluxo de conhecimento no meio organizacional, seja no âmbito interno e externo, ampliando o potencial coletivo.” Essas ferramentas tecnológicas emergentes focadas em ambientes empresariais, tem permitido “[...] as organizações alavancarem os processos ligados ao conhecimento [...]” (SCHONS, 2008, p. 80). No contexto da rápida mudança das tecnologias, onde quem tem a informação detém o poder, a Internet colaborativa é algo de grande valor, pois é um local em que podemos produzir
  • 3. informações e compartilhar conhecimentos, tendo em vista que, a existência de uma Internet colaborativa possibilita a disseminação da inteligência coletiva [...]trata-se de um espaço interativo, de trocas, de criação e geração, além de armazenamento de informações, tornando-se uma importante ferramenta de colaboração entre os participantes do mundo digital on-line e repercute na vida de bits e átomos ( BLATTMANN; SILVA, 2007, p.191) Com a rápida evolução da web, hoje é possível “a criação de espaços cada vez mais interativos, nos quais os usuários possam modificar conteúdos e criar novos ambientes hipertextuais. Estes recursos são possíveis devido a uma nova concepção de Internet, chamada Internet 2.0, Web 2.0 ou Web Social.” ( BLATTMANN; SILVA, 2007, p.192) 3WEB E BIBLIOTECA 2.0 A primeira vez em que se ouviu falar em Web 2.0 foi no ano de 2004 na MediaLive e O’Reilly Media, realizada em São Francisco (http://web2con.com). Na conferência discutiu-se a idéia de tornar a web mais dinâmica e interativa, de modo que os internautas pudessem colaborar com a criação de conteúdos. Foi assim que começou a surgir a segunda geração de serviços on-line e o conceito da Web 2.0, criando um nível de interação em que as pessoas possam colaborar para a qualidade do conteúdo disponível, produzindo, classificando e reformulando o que já estava disponível. (SILVA, 2007) Segundo Primo (2006), a Web 2.0 é a segunda geração de serviços online e caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações, além de ampliar os espaços para a interação entre os participantes do processo. A Web 2.0 refere-se não apenas a uma combinação de técnicas informáticas (serviços Web, linguagem Ajax, Web syndication, etc.), mas também a um determinado período tecnológico, a um conjunto de novas estratégias mercadológicas e a processos de comunicação mediados pelo computador. As Unidades de Informação foram se modificando e modificando seus serviços conforme o surgimento de novas tecnologias de informação e comunicação (TICs). Na era da web tradicional, ou web 1.0, as bibliotecas se adaptaram implantando serviços e produtos como: correio eletrônico, páginas web, lista de questões mais freqüentes (FAQ), tutorial baseado em texto, listas de correio eletrônico, web masters, esquemas de classificação controlada, catálogo impresso, etc. Com a web 2.0 chegou a hora das bibliotecas implantarem, se lhe for conveniente e aos seus usuários, serviços e produtos atualizados, como: serviço de referência via bate-papo (chat), mídia interativa (streaming media) em base de dados, blogs, wikis, leitoras de RSS e indexação
  • 4. com base em taxonomias. Assim passam a surgir as Bibliotecas 2.0, que Maness (2007) define como “a aplicação de interação, colaboração, e tecnologias multimídia baseadas em web para serviços e coleções de bibliotecas baseados em web”. Além da definição, Maness, cita que a Biblioteca 2.0 deve ter quatro elementos fundamentais, que são: Ser centrada no usuário: usuários participam na criação de conteúdos e serviços que • eles vêem na presença da biblioteca na web. O consumo e a criação do conteúdo é dinâmica, e por isso as funções do bibliotecário e do usuário nem sempre são claras. Oferecer uma experiência multimídia: coleções e serviços contêm componentes de • áudio e vídeo. Ser socialmente rica: a presença da biblioteca na web inclui a presença dos usuários. • Há tanto formas síncronas (ex. MI) e assíncrona (ex. Wikis) para os usuários se comunicarem entre si e com os bibliotecários. Ser comunitariamente inovadora: este é talvez o aspecto mais importante e singular • da Biblioteca 2.0. Baseia-se no fundamento das bibliotecas como serviço comunitário, mas entende que as comunidades mudam, e as bibliotecas não devem apenas mudar com elas, elas devem permitir que os usuários mudem a biblioteca. Ela busca continuamente mudar seus serviços, achar novas formas de permitir que as comunidades, não somente indivíduos, busquem, achem e utilizem informação. Para atuar nesse tipo de biblioteca é necessário que seus bibliotecários estejam preparados e abertos para as mudança e novas experiências. Ele deverá atuar como um mediador, facilitador, e promover o suporte aos seus usuários, mas entender que nem sempre será o primeiro responsável pela criação do conteúdo. Os usuários vão interagir e criar conteúdos uns com os outros e também com os bibliotecários. 4REDES SOCIAIS NA INTERNET Redes sociais são espaços, sites, na web onde os usuários criam perfis pessoais, compartilham essas informações e os demais recursos que este site disponibilizar, como vídeos, fotos, mapas e catalogação de livros, além disso participam de comunicações instantâneas, fóruns, listas de discussões. Segundo a Wikipédia, as redes sociais na internet São as relações entre os indivíduos na comunicação mediada por computador. Esses sistemas funcionam através da interação social, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação. As pessoas levam em conta diversos fatores ao
  • 5. escolher conectar-se ou não a alguém. As organizações sociais geradas pela comunicação mediada por computador podem atuar também de forma a manter comunidades de suporte que, sem a mediação da máquina, não seriam possíveis porque são socialmente não-aceitas. Nessa categoria de ferramentas de colaboração, redes sociais, discorreremos sobre algumas das mais conhecidas e utilizadas, como: Orkut, MySpacce, Flickr, FaceBook, Del.icio.us e LibraryThing. 4.1 MySpace O MySpace é um serviço de rede social que utiliza a Internet para comunicação on-line através de uma rede interativa de fotos, blogs e perfis de usuário. Atualmente ela é a maior rede social do Estados Unidos e do mundo com mais de 110 milhões de usuários. Segundo a Wikipédia, o MySpace é um site muito ativo, com novos membros entrando no serviço diariamente e novos recursos adicionados com freqüência. Dentre os recursos oferecido pelo MySpace estão: Boletins: recados que são postados em um quot;quadro de boletinsquot; para qualquer amigo • do usuário de MySpace possa ver. Grupos: permissão para que um grupo de usuários compartilhe uma mesma página e • quadro de mensagens. MySpaceIM: mensageiro instantâneo. • MySpaceTV: é um serviço semelhante ao site de compartilhamento de vídeos • YouTube. Foi criado em 2007 e está em fase de desenvolvimento. Aplicações: foi criado uma interface de programação de aplicativos (API), onde os • usuários podem criar aplicativos para outros usuários e postar em seus perfis. MySpace Mobile: possibilita acessar o site pelo telefone celular; • MySpace News: serviço que permite que você mande feeds RSS e receba notícias; • MySpace Karaoke: permite ao usuário carregar gravações de áudio deles mesmos • cantando para suas páginas de perfil; MySpace Sports; • MySpace Books; • MySpace Horóscopo; • MySpace Emprego; • MySpace Filmes. •
  • 6. Assim, com esse grande número de recursos para oferecer aos seu usuário, o MySpace agrega cada vez mais participantes. Nele há 20 fóruns na página principal, com cerca de 300 mil tópicos e mais de 3 milhões de postagens. São mais de 202 milhões de perfil, em aproximadamente 200 mil grupos de usuários, com cerca de 60 milhões de postagens nos fóruns dos grupos. 4.2 Orkut O Orkut é uma rede social, e foi “criada em 2004 por Orkut Büyükkokten, um engenheiro turco da empresa americana Google. É uma comunidade on-line, cuja principal característica é promover a interação entre pessoas e um 'ponto de encontro' de amigos” (BEZERRA; ARAÚJO, 2008, p. 207). Em pouco tempo o Orkut fez um grande sucesso, isso deve-se [...] ao fato de que as pessoas encontram nele um canal, um espaço onde podem expressar gostos, opiniões, identidades e interesses, manifestando seus pensamentos e, ao mesmo tempo, sendo ouvidos (lidos) por outros. Portanto, o Orkut, configurado como esse tipo de rede, responde afirmativamente à necessidade intrínseca dos indivíduos de reproduzir simbolicamente suas experiências individuais, transformando-as em discursos (os fóruns de participação das comunidades são exemplos disso) com significação, em informações sobre seus mundos, as quais podem e são comunicadas entre seus semelhantes (BEZERRA; ARAÚJO, 2008, p. 208) 4.3 Flickr O site do Flickr foi desenvolvido pela Ludicorp em fevereiro de 2004 no Canadá. Em março de 2005, a Yahoo! Inc. adquiriu a Ludicorp e, conseqüentemente, o Flickr. O Flickr é um site da web de hospedagem e partilha de imagens fotográficas e outros tipos de documentos gráficos, como desenhos e ilustrações, caracterizado também como rede social. Ele permite que seus usuários criarem álbuns para armazenamento de suas fotografias e entrem em contato com diversos fotógrafos de diferentes locais do mundo. Além disso, o site do Flickr é considerado um dos componentes mais exemplares daquilo que ficou conhecido como Web 2.0, devido ao nível de interatividade permitido aos usuários. Segundo a Wikipédia, O Flickr organiza e classifica as fotos predominantemente por meio de categorias - apelidadas de tags (ou etiquetas) no contexto do sítio. Tais tags (os quais são considerados uma forma de metadata) são atribuídas às respectivas fotografias pelos próprios usuários que as carregaram no sítio. Com isso, a busca de imagens se torna um processo fácil e ágil. O Flickr também provê uma lista das quot;tagsquot; mais utilizadas nas fotos. O Flickr também permite que os usuários organizem suas próprias fotos através de álbuns (em inglês quot;setquot;), e os agrupe em coleções.
  • 7. Embora seja muito conhecido e utilizado, o Flickr não está entre as redes sociais mais utilizadas devido a quantidade de recursos. Ele é um ótimo organizador, indexador e compartilhador, mas somente de imagens. 4.4 FaceBook Mark Zuckerberg fundou o “The Facebook” em fevereiro de 2004, enquanto freqüentava a Universidade de Harvard, com o apoio de dois amigos. Até o final desse mês, mais da metade dos estudantes não-graduados em Harvard se registraram no programa. Naquela época, Zuckerberg se juntou a Dustin Moskovitz e Chris Hughes para a promoção do site e o Facebook foi expandido à Universidade de Stanford, à Universidade Columbia e à Universidade Yale. Esta expansão continuou em abril de 2004 com o restante das Ivy League, entre outras escolas. Em setembro deste mesmo ano, o Facebook recebeu aproximadamente $500 mil do co-fundador do PayPal, Peter Thiel e em dezembro a base de usuários ultrapassou 1 milhão. Em 11 de setembro o Facebook foi aberto para cadastro para todo o público. Dentre os recursos oferecidos pelo Facebook estão: The Wall: espaço na página de perfil do usuário que permite que amigos postem • mensagens; Gifts: amigos podem dar desenhos a outros, escolhendo um da Facebook's virtual • gift shop e adicionando uma mensagem; Marketplace: permite que os usuários publiquem classificados gratuitamente dentro • de categorias; Status: permite aos usuários informar a seus amigos e a membros de sua comunidade • seu paradeiro atual e suas ações. Events: são uma maneira para que os membros informem seus amigos sobre os • próximos eventos em sua comunidade e para organizar encontros sociais. Applications: framework para desenvolvedores criarem aplicações que interajam com • os recursos internos do Facebook. Facebook Video: local onde se pode partilhar vídeos dentro do Facebook. • Devido a todos esses recursos disponibilizados o Facebook conta com mais de 58 milhões de usuários e entram por dia cerca de 250 mil usuários novos (FACEBOOK STATISTICS). 4.5 LibraryThing A LibraryThing foi desenvolvida por Tim Spalding e fundado em 29 de agosto de 2005.
  • 8. Ela é uma rede social de grande notabilidade e permite que os usuários façam a catalogação de seus livros e que vejam a catalogação dos outros usuários que compartilham desses livros. (MANESS) Após o aniversário de um ano da LibraryThing, haviam mais de 73 mil usuários registrados e eles catalogaram 5,1 milhões de livros, que representaram quase 1,2 milhão de obras únicas. Em maio de 2008 chegou-se a mais de 400 mil usuários e mais 27 milhões de livros registrados e catalogados. (WIKIPÉDIA) Ainda segundo a Wikipédia, “os usuários podem se inscrever de forma gratuita, e registrar até 200 livros. Para além desse limite e/ou para uso comercial ou de grupo, uma taxa de subscrição ou de um tempo de vida útil taxa é cobrada”. Redes sociais como o LibraryThing permitem o compartilhamento de informações e a interação entre os usuários. Segundo Mannes (2007, p.48) não se, [...] requer muita imaginação começar a ver uma biblioteca como uma rede social em si. [...] Usuários podem criar vínculos com a rede da biblioteca, ver o que outros usuários têm em comum com suas necessidades de informação, baseado em perfis similares, demografias, fontes previamente acessadas, e um grande número de dados que os usuários fornecem. E, é claro, essas redes permitiriam que os usuários escolhessem o que é público e o que não é, uma noção que poderia ajudar a lograr os pontos de privacidade que a Biblioteca 2.0 levanta. 5WEBLOG Um weblog, ou somente blog, é uma página na web que contém “notas colocadas em ordem cronológica inversa, de forma que a anotação mais recente é a que primeiro aparece” (GONZÁLEZ, p.3). O modo de organização dos posts, é o mesmo que o de um diário e “costumam abordar a temática do blog, e podem ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog” (WIKIPÉDIA). É uma ferramenta de fácil criação, pois não requer conhecimento especializado para utilizar o mesmo. Provoca compartilhamento de informações, experiências pessoais e/ou profissionais, sobre assuntos que interessam pessoas, ou grupos de indivíduos, fazendo com que aconteça a liberdade de expressão na web. Atualmente os blogs são ferramentas que podem ser as soluções para inserir as coleções e serviços de biblioteca dentro da Web 2.0 (MANESS). O desenvolvimento da chamada Biblioteca 2.0, tem como ponto importante fazer, coleções e serviços mais interativos e mais centrados nos usuários, possibilita que os consumidores de informação contatem com produtores de informação e tornem-se eles mesmos co-produtores. Ou seja, a Biblioteca 2.0 borra a linha entre bibliotecário e usuário, criador e consumidor, autoridade e novato. (MANESS, 2007,
  • 9. p.47) Como os blogs se tratam de uma forma de publicação diferenciada, eles necessitam da, coordenação editorial e da segurança que esta provê, mas alguns são ainda produções integrais em um corpo de conhecimento, e a falta deles em uma coleção de biblioteca poderia logo se tornar impensável. Isto irá, é claro, complicar altamente o processo de desenvolvimento de coleções, e o bibliotecário necessitará exercitar um grande trabalho de experiência e meticulosidade quando adicionar um blog à coleção (ou, talvez, um sistema automatizado de desenvolvimento de coleções de blogs). Ou, talvez as muitas noções de “autenticidade” e “autoridade”, tão importantes para o desenvolvimento de coleções, necessitarão ser repensadas no despertar dessa inovação. (MANESS, 2007, p.47) 6WIKI A primeira ferramenta Wiki foi criada no ano de 1995 por Ward Cunningham. Ele buscava desenvolver uma ferramenta que qualquer usuário, mesmo sendo leigo em desenvolvimento e programação computacional, pudesse inserir informações através da web e, assim, alimentar uma base comum de informações relevantes de forma colaborativa. Segundo Goldman (2007), as wikis [...] se baseiam num servidor que permite aos visitantes efetuarem pequenas mudanças na página rapidamente por meio de uma interface web. Toda página editável de um site wiki possui um link geralmente nomeado “Edite esta página” que os visitantes podem usar para alterar o conteúdo da página. [...] Todas as alterações são armazenadas em um “histórico” da página, com data, hora e autor da última revisão, o que permite identificar possíveis usuários mal intencionados e até bloqueá-los. Se alguma alteração tiver que ser desfeita também é possível, as últimas revisões sempre ficam salvas para backup. Assim as wikis podem ser caracterizadas como páginas web, onde os usuários podem criar, publicar, editar e gerenciar seus próprios conteúdos e os de outros também rapidamente, se tornando assim uma das maiores ferramentas de colaboração já existente. Aliás, é devido a característica 'rápida' que a ferramenta foi denominada Wiki. Para a primeira versão da ferramenta que Cunningham desenvolveu ele a nomeou de WikiWikiWeb. Wiki que no idioma havaiano significa 'rápido'. No site da WikiMatrix é possível encontrar informações a respeito das mais de 98 aplicações de wiki e ainda fazer comparações entre elas, seja por usabilidade, segurança ou estabilidade. Dentre algumas aplicações que utilizam o conceito wiki estão: MediaWiki, DokuWiki, PhpWiki, TWiki e TikiWiki. 6.1 Wikipédia Foi graças a essa enciclopédia que a Wiki se popularizou. A Wikipédia é uma gigantesca
  • 10. enciclopédia virtual livre e, como é baseada em wiki, é escrita e mantida por milhões de usuários ao redor do mundo, basta que ele se cadastre. A Wikipédia foi lançada em 15 de janeiro de 2005, em plataforma MediaWiki, e nela, hoje, é possível encontrar mais de dois bilhões de palavras, nos mais de 250 idiomas. Existem mais de 75 mil colaboradores ativos trabalhando em mais de 10 milhões de artigos. A sua versão em inglês têm mais de 609 milhões de palavras, isto é 15 vezes mais que a enciclopédia Britânica, e mais de 2,5 milhões de artigos. O seu número visitantes é de pelo menos 684 milhões anuais. Além dos já conhecidos artigos sobre quase tudo que possa existir, a Wikipédia atende a critérios considerados de qualidade para um enciclopédia, como agregar dicionário e mapas. Além disso, a enciclopédia virtual criou a Wikiuniversidade, onde é possível encontrar informações e apostilas de disciplinas de muitos cursos oferecidos por universidades. Em alguns casos cursos de universidades 'reais' acabam 'adotando' artigos de suas áreas na Wikiuniversidade. E é devido a esses fatores que a Wikipédia se tornou atualmente o maior site de colaboração da web, proporcionando aos usuários da web informações rápidas e referenciais em qualquer assunto que se imaginar. 7MENSAGENS SÍNCRONAS Mensagens síncronas são também chamadas de mensagens instantâneas, pois permitem a comunicação, via textual ou verbal, em tempo real entre as pessoas. Na biblioteconomia começou a ser aplicada em serviços de referência feitos por meio de chat, podendo deste modo acontecer a comunicação entre o bibliotecário e o usuário (MANESS, 2007, p.45). Deste modo este tipo de serviço de referência, está ganhando um espaço cada vez maior na biblioteca As mensagens instantâneas – MI, são consideradas tanto uma tecnologia Web 1.0 quanto 2.0. Web 1.0 pois sua origem é antes da quebra do mercado tecnológico e geralmente é necessário download do software, já as aplicações 2.0 são inteiramente baseadas na web (MANESS). Também é considerada Web 2.0, tendo em vista que: na medida em que é consistente com os dogmas da Biblioteca 2.0: ela permite a presença do usuário dentro da presença da biblioteca na web; ela permite colaboração entre usuários e bibliotecários; e ela permite uma experiência mais dinâmica que os serviços 1.0, fundamentalmente estáticos e de natureza de pronto- consumo [...] ela ela está se tornando uma aplicação mais baseada em web, e o
  • 11. software usado pelos serviços de referência por chat é usualmente muito mais robusto que simples aplicações de MI que são bem populares (elas normalmente permitem conavegação, compartilhamento de arquivos, captura de tela, e compartilhamento e mineração de dados e logs prévios). (MANESS, 2007, p45). Essa ferramenta é de grande valia para os serviços de uma biblioteca, e com a continuação no uso dessa tecnologia o bibliotecário poderá cada vez mais auxiliar no serviço de referência, pois como afirma Mannes (2007, p.46), é possível que um usuário deixe que, como um serviço, essa referência por chat possa aparecer quando certos comportamentos de busca do usuário são detectados. Por exemplo, quando um usuário navega em certos sites, repetindo passos e se movendo ciclicamente através de um esquema de classificação ou de uma série de recursos, um serviço de mensagem síncrona poderia aparecer para oferecer assistência. O paralelo físico para isso é um usuário vagando entre as estantes de livros, e um bibliotecário, sentindo que está perdido, oferece ajuda. Biblioteca 2.0 saberá quando os usuários estão perdidos, e oferecerão ajuda imediata, e assistência em tempo real. 8STREAMING MEDIA É o fluxo da mídia de áudio e vídeo, ou seja, é uma forma para distribuir informação multimídia em uma rede através de pacotes. É utilizada para se distribuir o conteúdo multimídia através da Internet (WIKIPÉDIA). Segundo Maness (2007, p.46), o oferecimento de instruções de biblioteca online tem incorporado mais interatividade, mais facetas ricas em mídia. A explanação estática, baseada em texto com uma ajuda para ser baixada está sendo suplantada por tutoriais mais experimentais [...] Muitos desses tutoriais usam programação Flash, screen-cast software, ou streaming Áudio ou vídeo, e une a apresentação de mídia com testes interativos; usuários respondem a questões e o sistema responde brincando. Esses tutoriais são talvez o primeiro dos serviços de biblioteca a migrar para uma Web 2.0 mais rica socialmente. Muitos, senão todos, entretanto, geralmente não fornecem uma ferramenta pela qual os usuários possam interagir uns com os outros, nem diretamente com bibliotecários. Este fato marca um possível potencial para o desenvolvimento continuado desses tutoriais. A implicação da streaming media nas bibliotecas, de acordo com Maness (2007,p.46), tem mais a ver com as linhas das coleções do que com os serviços. Conforme uma mídia é criada, as bibliotecas serão inevitavelmente as instituições responsáveis por arquivar e prover acesso a elas. Não será suficiente simplesmente criar “cópias-fiéis” desses objetos e permitir o acesso dos usuários a eles dentro dos confins do espaço físico da biblioteca, entretanto. Mídias criadas pela Web, na Web, originadas na Web, e bibliotecas, estão ainda iniciando a explorar seu fornecimento através de aplicações de repositório digital e tecnologias de gestão de aquisição digital. Já essas aplicações são geralmente separadas do catálogo da biblioteca, e esta ruptura necessitará ser consertada. A Biblioteca 2.0 não mostrará nenhuma distinção entre formatos e os pontos pelos quais eles podem ser acessados.
  • 12. 9TAGGING O tagging de acordo com Maness (2007, p 48), “habilita os usuários a criarem cabeçalhos de assunto para o objeto que tiverem em mãos”. Segundo Shanni (2006) apud Maness (2007, p.48), tagging é essencialmente Web 2.0 pois ela permite aos usuários adicionar e modificar não somente conteúdo(dados), mas o conteúdo que descreve o conteúdo(metadados). Tagging simplesmente faz a busca paralela mais fácil. O exemplo quase sempre citado do cabeçalho de assunto da Biblioteca do Congresso dos EUA, “cookery”, o qual ninguém que fale inglês usaria quando se refere a “cookbooks”, ilustra o problema da classificação padronizada. Tagging transformaria o menos usado “cookery” no mais usado “cookbooks” instantaneamente, e a busca paralela seria grandemente facilitada. 10FEED-RSS Segundo a Wikipédia os RSS FEEDs são “usados para que um usuário de internet possa acompanhar os novos artigos e demais conteúdo de um site ou blog sem que precise visitar o site em si. Sempre que um novo conteúdo for publicado em determinado site, o quot;assinantequot; do feed poderá ler imediatamente”. Os alimentadores RSS fornecem aos usuários um jeito de “ de organizar e republicar conteúdo na Web. Usuários republicam conteúdo de outros sites ou blogs em seus próprios sites, agregam conteúdo de outros sites em um único lugar, e destilam ostensivamente a Web para seu uso pessoal” (MANESS, 2007, p.48). Atualmente as bibliotecas estão criando alimentadores RSS, “para os usuários assinarem, incluindo atualizações sobre os novos itens na coleção, novos serviços, e novos conteúdos nas bases de dados por assinatura” (MANESS, 2007, p.48). Elas também estão republicando conteúdo em seus sites. Essa ferramenta é de grande valia para o usuário, pois o mesmo sempre fica informado sobre as novidades na biblioteca e sobre assuntos que ser relacionam com a mesma. 11SOCIAL BOOKMARKS O Social Bookmarking, ou só bookmarks (tradução: marcador de livros, favoritos) tem por finalidade disponibilizar os favoritos dos usuários na internet, seja para o seu fácil acesso ou para compartilhar com outros usuários deste tipo de serviço. Há diversos serviços de Social Bookmarks, como o Del.icio.us 11.1 Del.icio.us O Del.icio.us foi desenvolvido por Joshua Schachter e entrou no ar no final de 2003. Ele
  • 13. permite que seus usuários adicionem e pesquisem bookmarks sobre qualquer assunto. Mais do que um mecanismo de buscas para encontrar o que quiser na web ele é uma ferramenta para arquivar e catalogar seus sites preferidos para que você possa acessá-los de qualquer lugar. Serviço similares, de compartilhamento de links favoritos, costumam ser conhecidos pelo termo em inglês quot;social bookmarksquot;. (WIKIPÉDIA) Nele também é possível compartilhar seus bookmarks com os amigos e visualizar os favoritos públicos de vários membros da comunidade. Além disso, o Del.icio.us pode ser usado para criar listas de presentes, acompanhar sites que tem conteúdo e links dinâmicos. 12MASHUPS É o nome que se dá ao uso conjunto de duas ou mais tecnologias ou serviços, onde há uma combinação para criar-se algo novo (Maness, 2007, p.49). Um exemplo é o Retrivr que, combina a base de dados do Flickr e um algorítimo de arquitetura informacional experimental para possibilitar aos usuários procurar imagens não pelos metadados, mas pelos dados em si. Usuários buscam por imagens esboçando as imagens. Em alguns casos, muitas das tecnologias discutidas acima são mashups em sua própria natureza. Outro exemplo é WikiBios, um site onde os usuários criam biografias online de um outro, essencialmente misturando blogs com redes sociais. A biblioteca 2.0 também pode ser considerada um mashup pois ela engloba tanto os serviços tradicionais como os serviços que tem mais novidade da Web 2.0. (MANESS) 13SECOND LIFE O Second Life (SL) é um ambiente virtual tridimensional, que simula algumas características da vida real e social do ser humano. Ele foi desenvolvido em 2003 e é mantido pela Linden Lab. Existem várias formas de se encaram essa ferramenta. Algumas pessoas utilizam o SL como um jogo, pois embora não tenha objetivo nem fases proporciona uma competição econômica e social. Há pessoas que o vêem como um mero simulador do comércio e da rede social real (também conhecido como real life ou RL). Existem pessoas que utilizam o SL para a Educação a Distância (EaD), caracterizando assim uma educação 3D. Alguns usuários o acessam para realizar comércio virtual, pois o Linden Dólar (moeda do SL que pode ser convertida em dólar americano). E por fim, existem as pessoas que encaram o SL como mais uma rede social, onde ele poderá encontrar e interagir (interação que pode ser uma conversa falada ou teclada) com outras pessoas. Segundo a Wikipédia, por ser uma rede social complexa o Second Life “sofreu críticas da imprensa e opinião pública por não conseguir controlar crimes virtuais como racismo e
  • 14. pedofilia”. Porém “a segunda vida 'encantou' ao ponto de até mesmo famosas comunidades católicas fazerem da vinda do Papa Bento XVI ao Brasil, em 2007, um motivo para entrarem no” SL. Segundo estatísticas do site oficial, no dia 24 de maio de 2007 o sistema contava com 6.657.169 usuários e computou a movimentação de U$ 1.428.250 nas últimas 24 horas. O sistema também apontava que nos últimos 60 dias 1.737.273 pessoas quot;logaramquot;, ou seja, entraram no sistema através de cadastro de cliente. 14CONSIDERAÇÕES FINAIS Pode- se observar que a cada dia surgem novas ferramentas colaborativas criadas para a web. A internet, deste modo, abre um leque de oportunidades para que os indivíduos criem, compartilhem e editem informações e produtos. Esta-se vivendo no mundo da colaboração, onde não há mais espaço para o 'eu', agora é a vez do 'nós'. 'Nós' temos o poder de dizer como e quando deve ser feito, criado ou modificado tais produtos e informações. É nessa wikinomics que a maior enciclopédia foi criada e é nela que o individualismo perdeu seu espaço. A 'febre' das ferramentas colaborativas só tende a aumentar, até porque a nova geração já nasce conectada na internet, cada vez mais surgem novas ferramentas e as ferramentas que já existem precisam e estão criando novas funcionalidades para não ficarem para trás. REFERÊNCIAS BEZERRA, Marcos Antonio Alexandre; ARAÚJO, Eliany Alvarenga de. Uma ética da informação para pensar o orkut: reflexões sobre a informação e a liberdade no contexto da Sociedade da Informação. Informação & Sociedade: João Pessoa, v.18, n.2, p. 207-218, maio/ ago. 2008. BLATTMANN, Ursula; SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Colaboração e interação na web 2.0 e biblioteca 2.0. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.12, n.2, p. 191-215, jul./dez., 2007. COP, Nicholas. Web 2.0: mitos e limites. In: Seminário sobre Informação na Internet, 2. 2008. Anais... Brasília: IBICT, 2008. Diponível em: <http://si2008.ibict.br/anais.php> Acessado em: 04 out. 2008. DEL.ICIO.US. Disponível em: <http://del.icio.us/>. Acessado em: 01 out. 2008. FACEBOOK. Disponível em: <http://www.facebook.com/>. Acessado em: 02 out. 2008. FLICKR. Disponível em: <http://www.flickr.com/> Acessado em: 01 out. 2008. MANESS. Jack M. Teoria da biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: João Pessoa, v.17, n.1, p. 43-51, jan./abr., 2007. GOLDMAN, Alfredo; et. al. O uso de ferramentas colaborativas on-line no ensino de
  • 15. graduação. São Paulo: Universidade de São Paulo. LOSS, Leandro. Um arcabouço para o aprendizado de redes colaborativas de organizações: uma abordagem baseada em aprendizagem organizacional e gestão do conhecimento. 2007. 245p. Tese julgada para a obtenção do título de Doutor (Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa Catarina – (UFSC), Florianópolis, 2007. MYSPACE. Disponível em: <http://www.myspace.com/>. Acessado em: 30 ago. 2008. SCHONS, Claudio Henrique. A contribuição dos wikis como ferramentas de colaboração no suporte à gestão do conhecimento organizacional. Informação & Sociedade: João Pessoa, v.18, n.2, p. 79-91, maio/ago. 2008. SILVA, Fabiano Couto Corrêa da. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, v.12, n.2, p. 191-215, jul./dez., 2007. TAPSCOTT, Don; WILLIAMS, Anthony D.; Marcello Lino (trad.). Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. WIKIPÉDIA: a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org>. Acessado em: 05 out. 2008.