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Pe. Luiz Lenta (Pia Sociedade de São Paulo, 1952)
“A Velha Aliança” para crianças
“O Apostolado de Jesus”
Dia 01 : A Criação do Mundo (Gn 1,1-25)
Era uma vez... assim começam todas as histórias. A
minha não. E, apesar disso, é uma história bela e muito
interessante. Velha é a minha história. É dos tempos passados
e começa assim: "Uma vez, não havia nada". Nada existia,
nem o formoso céu e as estrelas faiscantes, nem o Sol e a lua
de prata que brinca no céu. O nosso belo planeta, coberto de
flores e de rios que parecem fios de seda branca, ainda não
existia. Os mares, os montes, as aves, as plantas e todos os
seres da natureza deviam ainda vir. Nem a voz de uma
criança repercutia. A beleza do mundo devia ainda ser criada.
Fechando os olhos, eu nada vejo; em torno de mim há só
trevas. E uma vez havia só trevas. Mas nessas trevas imensas,
no silêncio profundo, pairava o espírito de Deus. Somente
Deus existia: eis o começo da minha história. E Deus, que é
todo poderoso, tirou do nada todas as coisas.
Crianças, dizei:
Meu Deus, eu vos pertenço, eu vos adoro.
1
A Grande Palavra
A voz criadora de Deus ecoou no silêncio do abismo
e pronunciou: -- Haja luz! E houve luz. Um raio luminoso
brilhou pela primeira vez nas trevas, dissipando a eterna
escuridão. Despontou o primeiro dia.
Deus viu que a luz era boa, e separou o dia da noite.
Depois disse: Apareça o firmamento. Logo as águas que
enchiam o espaço se dividiram. As nuvens ficaram no alto e a
água embaixo. No meio, a atmosfera. Deus deu o nome de céu
à abóbada celeste, e mandou que as águas se reunissem nos
lugares baixos e aparecesse a terra. Mas a terra era árida,
deserta e de aspecto desolador: — Brotem as ervas, árvores e
flores de todas as cores, disse o bom Deus. A terra, então,
cobriu-se de um magnífico tapete verde.
No céu, não havia estrelas. A voz criadora de Deus
falou e as estrelas brilharam no céu. O sol já iluminava a terra
e aquecia o mar; mas não havia ainda seres vivos nem na terra
nem no mar. Deus, portanto, disse: —Povoem-se o mar de
peixes e a terra de aves. Então, o ar perfumado encheu-se do
canto de amor dos passarinhos. Era o primeiro hino de
agradecimento a Deus.
Crianças, sede gratas ao bom Deus
pelas belezas da natureza.
2
Dia 02: A Criação dos Animais (Gn 1,26-31)
No meio das nuvens ecoou, de novo, a voz majestosa
de Deus. Desta vez, para criar os animais da terra. — Haja na
terra animais de todas as espécies, disse o Senhor. Aos milhares
os animais, grandes e pequenos, apareceram ao chamado de
Deus e, obedientes, ouviram a ordem do Criador: crescei e
multiplicai-vos. Mas eles não falavam e não tinham a razão.
Disse, então, Deus: — Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança, para que domine sobre todos os seres da terra.
Com o barro da terra, Deus formou a figura do homem com a
cabeça erguida, diferente da dos animais e, depois, soprando-
lhe no rosto, deu-lhe uma alma imortal. A vida entrou naquele
corpo, e logo começou a falar, andar, mexer-se, ver, comer.
Deus deu-lhe o nome de Adão. Assim foi criado o primeiro
homem. O bom Deus não quis que ele vivesse sozinho e deu-
lhe uma companheira.
Enquanto Adão dormia, Deus tirou-lhe uma das
costelas, e daí fez a companheira de Adão: Eva. Eva foi a
primeira mulher. Deus colocou Adão e Eva num lugar de
delícias chamado Paraíso terrestre. Nada aí faltava. Plantas
aromáticas e flores esplêndidas enfeitavam o ameno lugar.
Crianças, amai aos vossos pais.
3
Dia 03 : O Pecado de Adão e Eva (Gn 3, 1-19)
O perfume das flores suavizava as encantadoras manhãs e
as mornas tardes do Paraíso terrestre. Passarinhos de voz
maravilhosa esvoaçavam, cantando sobre as árvores. Entre luzes e
sombras, dois rios destilavam, refletindo o azul claro do céu e o
verde do arvoredo. Adão e Eva viviam felizes nesse recanto do céu.
Nenhuma melancolia turvava a sua alegria. Eles não morreriam:
vivos mesmos, Deus os levaria para o Céu. A fim de que pudessem ir
para o Céu, Deus lhes deu a graça santificante. A graça faz o homem
tornar-se filho de Deus. Os filhos têm direito de morar na Casa do
Pai, que é o Céu.
Um dia, Deus disse-lhes: Comereis o fruto das árvores do
Paraíso, menos o fruto da árvore que está no meio do jardim, porque
no dia em que dele comerdes, morrereis. Era a árvore da ciência do
bem e do mal. Uma vez, Eva passou sob a bela árvore e contemplava
os frutos cor de ouro. Nisso, do meio da folhagem, fez-se ouvir a voz
do maligno tentador:
—Por que não comes? - disse-lhe. O demônio invejava a
felicidade de Adão e Eva.
—Não posso! Deus proibiu-nos. Se o fizermos,
morreremos. — respondeu Eva.
—Nada disso... replicou o demônio. Não morrereis: antes,
comendo, chegareis a conhecer o bem e o mal. Sereis sábios como
Deus.
Eva hesitou um pouco. Depois, seduzida pela mentirosa
promessa, colheu o fruto, saboreou-o e ofereceu-o a Adão. Adão
comeu. Como pecaram, desobedeceram a Deus e foram castigados:
tinham de lutar e sofrer na vida, ficaram sujeitos à morte e – o pior de
tudo – perderam a graça divina. Sem a graça, já não eram mais filhos
de Deus, nem podiam entrar no Céu.
Crianças, não presteis fé aos maus conselheiros.
Depois do pecado, os olhos de Adão e Eva encheram-se de
lágrimas. As coisas não mais lhes pareciam tão lindas como no tempo
da inocência. Tendo medo e vergonha, esconderam-se debaixo das
árvores. Mas logo ouviram a voz do Senhor que chamava:
—Adão, onde estás?
Tomado de pânico, Adão, tremendo, respondeu:
—Escondi-me porque tive medo de ti.
E Deus:
—Infeliz Adão! Tens medo porque comeste o fruto
proibido.
—Senhor, desculpou-se Adão, a mulher que me deste
ofereceu-me o fruto e eu comi.
—Eva! - exclamou o Senhor, por quê desobedeceste?
—A serpente enganou-me, murmurou Eva, envergonhada.
Então, Deus amaldiçoou a serpente, e lhe disse:
—Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre teus filhos e
o filho dela.
Depois, expulsando Adão e Eva do paraíso, pôs anjos à
porta com espadas na mão para lhes impedir a entrada. Mas vejam
bem estas últimas palavras de Deus sobre a inimizade entre a
serpente e a mulher: elas prometem o Salvador. Um dia, nascerá o
Filho de uma Mulher, tão santo e tão poderoso que destruirá o poder
do demônio. Esta mulher admirável será a Mãe daquele que salvará
os homens do poder do demônio. Os homens não estavam, portanto,
inteiramente perdidos. Havia uma esperança. Por causa do pecado,
tinha-se perdido muita coisa, mas um dia o Salvador havia de vir. No
meio das tristezas, sofrimentos e desgraças, os homens pensavam
consigo: - Ah! Tudo isto acabará, quando o Salvador vier!
Crianças, o pecado despoja a alma da graça de Deus.
4
Dia 04 : A Arca de Noé (Gn 6-9)
A corrupção entrou no coração dos homens e tornou-se
um mal nas cidades e nas vilas. As leis do Senhor foram esquecidas
e violadas. O mal progredia dia a dia e os homens desciam sempre
mais no lodaçal da iniqüidade. Deus, desgostoso, afastava os olhos
de suas criaturas. Resolveu, pois, exterminar os homens da face da
terra. Havia porém um homem justo que o servia e amava. Deus
não quis que este perecesse no castigo dos maus, e disse-lhe: —
Noé, fabrica para ti e teus filhos uma arca de madeira, porque
quero mandar um dilúvio sobre a terra e matar todos os viventes.
Crianças, o pecado atrai os castigos de Deus.
Praticai as leis do Senhor.
Deus explicou a Noé como devia fabricar a arca. O bom
homem acreditou na palavra do Senhor e começou a construção da
arca da salvação, empregando madeira boa e resinosa. Os maus
observavam com curiosidade os trabalhos de Noé. Em vez de
fazerem penitências e viver conforme a lei de Deus, gastavam o
tempo nos pecados. O seu coração tornara-se insensível à voz de
Deus. Chegara a hora do castigo divino. A arca estava pronta. Bem
coberta de piche, não deixava passar uma gota de água. Disse,
então, Deus a Noé:
-Entra na arca com todos os teus. Toma contigo casais de
todos os animais da terra e provisões para o sustento das pessoas e
dos animais. Ainda sete dias, e depois farei chover durante
quarenta dias e quarenta noites.
Entraram. Deus fechou a arca, e logo o sol escureceu.
Abriram-se as cataratas do céu e a chuva caiu em torrentes.
Relâmpagos, raios, trovões sucediam-se ininterruptamente,
aumentando o pavor universal. Os homens fugiram das cidades
para as montanhas, mas em vão.
Crianças, cumpri conscienciosamente os vossos deveres.
O Arco da Paz
Durante 40 dias e 40 noites prolongou-se o dilúvio. O
nível da água subiu cobrindo as mais altas montanhas da terra.
Nessa imensa massa de água pereceram afogados todos os viventes.
Somente a arca de Noé boiava nas águas turvas. Afinal, fecharam-se
as cataratas do céu. As águas foram baixando e os rios voltaram ao
seu leito normal. Apareceu a terra seca. Noé abriu a janela da arca e,
com regozijo, observou que as águas tinham baixado. Em seguida,
soltou uma pombinha, a qual, não sabendo onde pousar, voltou, à
tarde, para Noé com um ramo verde no bico, símbolo da paz. Noé
esperou mais 7 dias e soltou novamente a pomba que desta vez não
voltou mais. A terra estava enxuta. Disse, portanto, Deus a Noé:
-Sai da arca.
Saíram todos. Noé fez um altar e ofereceu um sacrifício a
Deus. O Senhor o aceitou e disse a Noé:
-Crescei e multiplicai-vos. Faço aliança convosco e com a
vossa descendência. Nunca mais o dilúvio assolará a terra. O arco-
íris será o sinal da nossa aliança.
Não houve, pois, outro dilúvio.
Crianças, educai o vosso coração para a gratidão.
5
Dia 05 : A Torre de Babel
Pouco a pouco, se multiplicaram as famílias e os homens
povoaram de novo a terra. Entre os descendentes de Caim, havia um
rei muito ambicioso de nome Nemrod. Ouvindo falar do dilúvio que
assolara a terra, concebeu ele uma idéia audaz e soberba. Mandou
que os seus súditos construíssem, na cidade de Babel, uma torre que
tocasse o céu. Fazia isso em desafio ao Senhor. Cheio de orgulho,
Nemrod repetia:
-Venha, pois, o dilúvio e veremos se é capaz de extinguir os
viventes. Nessa torre, os homens achar-se-ão mais seguros que na
arca de Noé para escapar dos castigos de Deus.
Nemrod queria, também, deixar o monumento maior da
terra e perpetuar o seu nome nos séculos futuros. Esses sonhos eram,
porém, ambiciosos e egoístas. Por isso, o castigo de Deus não se fez
esperar. Quando as obras estavam bem adiantadas e a majestosa
torre elevava-se ao céu, Deus fez um grande prodígio para castigar a
ambição do rei. Confundiu a linguagem dos homens. Não mais se
entendiam os operários. Houve uma confusão geral. Então, a
construção foi suspensa e abandonada. Os homens dividiram-se
conforme a língua que falavam e foram habitar outras terras. A torre
ruiu, e a cidade foi denominada Babel.
Crianças, não sejais orgulhosas.
6
Dia 06 : O Prêmio de Abraão (Gn 12)
Abraão era homem justo e de bom coração. Vivia em paz
com todos e dava muita esmola, porque também era rico. Pela sua
justiça e piedade, Deus abençoou-o muito. Uma vez, seu sobrinho Lot
ficou prisioneiro nas mãos de reis estrangeiros que invadiram a região
em que habitava. Abraão correu com seus guerreiros, desbaratou os
invasores e libertou o sobrinho e todos habitantes de Sodoma. Estes lhe
foram muito gratos. O rei de Salem, Melquisedec, foi-lhe também ao
encontro e abençoou-o nestes termos:
—Seja bendito Abraão pelo Deus onipotente que criou o céu
e a terra! Exaltado seja Deus excelso que entregou o inimigo em tuas
mãos.
Uma vez, o Senhor falou a Abraão e disse-lhe que queria
abençoá-lo. Então, o Patriarca confiou-lhe as suas dúvidas e tristezas:
—Senhor, disse-lhe, como poderia desejar riquezas se não
tenho um filho a quem deixá-las?
Era de tarde. O Senhor conduziu-o fora da tenda e falou:
-Olha o céu, conta as estrelas se for possível; tão numerosa
será assim a tua descendência.
Outra vez, pelo meio dia, Abraão descansava à sombra duma
árvore. Levantando os olhos viu três pessoas. Deu-lhes hospitalidade e
alimento. Depois da refeição, um deles disse:
-Daqui a um ano voltarei; então, Sara, a tua esposa, terá um
filho.
O coração de Abraão encheu-se de alegria.
Crianças, confiai no coração de Jesus.
7
Dia 07: O Filho Esperado (Gn 21,1-7)
Sara, a esposa de Abraão, teve suas preces atendidas e
engravidou. Abraão teve o filho esperado, Isaac. O menino foi
recebido com grandes festas e como um dom do céu. Os carinhos
mais delicados e amorosos eram para ele. Abraão amava-o mais
que todas as riquezas do mundo, e por ele faria os maiores
sacrifícios. Isaac, gracioso e inteligente, crescia sadio e piedoso.
Reproduzia as virtudes de seu pai: caráter sincero e bom coração.
Crianças, sede modestas e simples.
8
Dia 08: O Sonho de Jacó (Gn 28, 12-22)
Isaac casou-se com a gentil Rebeca, que lhe deu dois
filhos, Esaú e Jacó. Jacó era gentil, manso e pacífico. Um dia, tendo
que partir, despediu-se do velho pai, Isaac, e com sua bênção
seguiu para a Mesopotâmia, deixando a custo a terra da doce
infância. Silencioso e meditativo, caminhava pela solitária estrada.
Ao cair da noite, sentado à beira do caminho, tomou uma
refeição simples; depois apoiou a cabeça sobre uma pedra e
dormiu. Viu em sonhos uma escada que da terra chegava às portas
do Céu e uma infinidade de anjos descendo e subindo. No alto da
escada estava o Senhor, que lhe disse daquela altura:
-Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão e Isaac. Eu darei a ti
e a teus descendentes a terra em que descansas. A tua posteridade
será numerosa como as areias do mar, num deles serão abençoadas
todas as nações da terra. Eu estarei contigo e serei a tua proteção
por onde fores; eu te reconduzirei a esta terra.
Despertando, Jacó exclamou deslumbrado:
-Nesta terra, na verdade, habita o Senhor, e eu não o
sabia. É realmente aqui a casa do Senhor e a Porta do Céu!
Depois, tomou a pedra sobre a qual descansara, ungiu-a
com óleo e levantou um monumento ao Senhor, fazendo um voto.
Crianças, a igreja é a casa de Deus.
Respeitai o lugar sagrado.
9
Dia 09 : José no Egito (Gn 41, 47-49)
José foi o filho mais amado de Jacó e Raquel. Ele
ganhou do pai uma túnica de diversas cores, mas acabou sendo
escravizado no Egito por culpa dos irmãos mais velhos. Uma
noite, o rei teve um sonho misterioso e ninguém da corte soube
dar-lhe uma explicação satisfatória. Afinal, o chefe dos copeiros,
a quem José explicara um sonho, lembrou-se dele. O rei chamou-
o e contou-lhe o sonho. José, iluminado por Deus, explicou:
— Rei, as sete vacas gordas significam que haverá sete
anos de abundância; as sete magras significam que seguirão sete
anos de carestia. Escolhe, pois, um homem que reúna muitos
alimentos para os anos de carestia. — Serás tu, respondeu o rei.
José foi nomeado vice-rei do Egito e governador do país.
Mandou construir grandes celeiros por todo o Egito e acumulou
trigo em quantidade. Quando chegaram os anos de crise, o povo
pedia pão ao rei, e ele respondia: Ide a José. Nesse tempo, os
irmãos de José vieram também ao Egito para comprar trigo. José
reconheceu-os e manifestou-se a eles. Humilhados e
envergonhados, os irmãos caíram a seus pés.
Crianças, Deus premia a inocência.
10
Dia 10: Uma Sentença Má (Êxodo)
Um novo rei, que ignorava os feitos de José e a gratidão
que o Egito lhe devia, disse ao povo:
-Os hebreus são mais poderosos que nós. Estejamos
alertas e oprimamo-los.
Mandou que eles fossem escravizados e empregados
nos trabalhos mais pesados, nas fábricas de tijolos e nos campos.
Porém, quanto mais os oprimia, mais se multiplicavam. Por isso
o rei andava seriamente preocupado. Um dia, fez o seguinte
decreto: “Lançai ao rio todos os meninos que nascerem dos
israelitas.”
Um grito de dor e de horror elevou-se dos lares dos
hebreus, por causa da sentença malvada que vinha feri-los no
que havia de mais precioso.
Justamente nesse tempo nasceu um menino hebreu, de
rara formosura. A mãe o escondeu por três meses, e não podendo
mais ocultá-lo, colocou-o num cesto de junco e deixou-o à beira
da praia. Maria, irmã do menino, ficou observando de longe o
que iria acontecer. Nessa hora, a filha do rei foi dar um passeio às
margens do grande rio e ouviu os gemidos do pequeno. Mandou
buscar a cestinha; viu o belo menino e teve compaixão dele.
Maria, entretanto, aproximou-se e propôs:
-Quereis que procure uma ama para o menino?
— Sim, vai — respondeu a princesa.
Maria partiu logo e deu a bela notícia à mãe, a quem a
filha do rei disse:
— Toma esse menino e cria-o. Eu te pagarei o serviço.
Crianças, não maltrateis os irmãozinhos.
No Mar Vermelho (Êxodo)
A filha do faraó chamou ao menino "MOISÉS“, que quer
dizer: "salvo das águas". Passou Moisés os primeiros anos entre os
carinhos dos seus; depois, foi levado à corte do rei, onde recebeu
educação de príncipe, como se fosse filho do rei.
Moisés podia ser feliz e rico na corte, mas não o era,
porque, no fundo de sua alma, sofria muito vendo seus patrícios
perseguidos e maltratados. Então, resolveu tomar a defesa deles,
foi ter com o Faraó e disse-lhe:
— Em nome do Deus vivo, deixa partir o povo hebreu!
—Quem é esse Deus? Por que devo obedecer às suas
ordens quando não o conheço? Assim respondeu o Faraó e
acrescentou: Não o deixarei partir; pelo contrário, o farei tratar
com mais impiedade.
Algum tempo depois, Moisés e Aarão compareceram
diante do Faraó, ameaçando graves castigos para o Egito. Mas o
coração do rei ficou endurecido. Aconselhado pelos magos, resistia
ao Senhor. Somente depois das dez pragas enviadas ao Egito e
muito sofrimento ao seu povo e a si mesmo, o Faraó deixou partir
os hebreus. Arrependendo-se depois, seguiu-os. Mas Deus fez
perecer o seu exército no Mar Vermelho.
Em honra do Senhor, que livrou os hebreus da
escravidão no Egito, os hebreus comemoram, todos os anos, o
sacrifício da Páscoa, o cordeiro imolado comido com pães sem
fermentos.
Crianças, segui os bons conselhos.
11
Dia 11: A Lei de Deus (Êxodo)
Quando os hebreus chegaram aos pés do Monte Sinai,
Moisés subiu ao cume e Deus encarregou-o de dizer ao povo:
-Vistes como vos trouxe até aqui? Agora, se guardardes
a minha aliança, sereis o meu povo escolhido.
Tomado de entusiasmo, o povo respondeu:
-Faremos tudo o que diz o Senhor.
No terceiro dia, o trovão começou a ecoar, os
relâmpagos sulcavam a atmosfera enegrecida e a montanha
soltava chamas. Do meio do fogo, o Senhor ditou ao povo a sua
lei, os dez mandamentos, dizendo: “Eu sou o teu Deus; não terás
outro. Não pronunciarás o nome do Senhor em vão. Santificarás
o sábado. Honrarás aos pais. Não matarás. Não cometerás
impurezas. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho. Não
cobiçarás a mulher do próximo. Nem as coisas alheias.”
As tábuas onde os mandamentos estavam escritos
foram guardadas na Arca da Aliança, que representava a aliança
entre Deus e o povo hebreu. A Arca ficava na Casa de Deus, em
um local menor chamado “Santo dos Santos”, onde somente os
Sacerdotes podiam entrar. Esse local era separado por uma
cortina de uma parte anterior e mais ampla chamada “o Santo”.
Crianças, observai os dez mandamentos.
12
Dia 12: A Tomada de Jericó (Josué 6,1-20)
No meio de campos floridos, surgia a cidade de Jericó. Os
hebreus deviam conquistá-la, mas era defendida por altas muralhas e
torres colossais. Pouco antes de tomar a cidade, Josué viu dirigir-se até
ele um homem com a espada desembainhada. Josué para e pergunta:
-És amigo ou inimigo?
O desconhecido responde:
-Sou o chefe do exército de Deus.
Josué pôs-se de joelhos, adorou-o e pronunciou:
-Aqui está o vosso servo, ordenai-lhe.
-Tira os teus sapatos, porque o lugar é santo.
Depois, disse-lhe:
-Faça todo o exército a volta pela cidade uma vez ao dia,
levando também a Arca da Aliança. No sétimo dia, enquanto fizerdes o
giro da cidade, os sacerdotes tocarão as trombetas, e quando o som for
mais intenso, então o povo prorromperá em altos clamores. Nessa hora,
as muralhas da cidade desabarão e a cidade cairá em vossas mãos.
Josué pôs em execução as ordens do Senhor. No sétimo dia,
quando os combatentes e o povo, precedidos pela Arca, terminavam de
fazer o sétimo giro, Josué ordenou a todos:
-Erguei o vosso brado de guerra, clamai para o Senhor com
as vossas trombetas.
O brado de guerra partiu do peito da multidão; um brado
retumbante. Impelidas por força misteriosa as muralhas caíram por
terra. Os soldados invadiram a cidade e tomaram-na.
Crianças, praticai fielmente os conselhos dos sacerdotes.
13
Dia 13: Gedeão (Juízes 7)
Extinguindo-se a geração introduzida na terra
prometida, veio a nova que não conhecia o Senhor e não vira os
prodígios de Deus. Pouco a pouco, foram esquecidas as boas
tradições e abandonados os conselhos dos avós. Os jovens faziam
coisas que Deus proibira. Por sua vez, o Senhor tirou a proteção do
seu povo e abandonou-o nas mãos dos seus inimigos.
Os medianitas venceram os hebreus e tomaram-lhes as
cidades. Os habitantes foram escravizados e arrasadas as suas
casas. Despojados de seus bens, amarrados e oprimidos, foram
vendidos nos mercados públicos. Sem pátria, sem liberdade,
profundamente humilhados, recorreram então a Deus, invocando-
o com lágrimas de aflição. E o anjo do Senhor apareceu a Gedeão,
dizendo-lhe:
-O Senhor está contigo, ó grande herói! Ele te destinou
para libertar o povo das mãos dos seus inimigos.
Gedeão não queria acreditar, mas o anjo o convenceu.
Gedeão logo reuniu 32 mil hebreus dispostos a lutar pela
independência da nação. Deus, porém, lhe fez entender que o
exército era muito numeroso; e quando ficou reduzido a 300
guerreiros, o Senhor lhe disse:
-É com esses 300 que vos libertarei.
Com os 300 soldados, Gedeão expulsou os invasores,
vencendo 120 mil inimigos.
Crianças, nas tentações invocai o Senhor.
14
Dia 14: Noemi e Rute (Rute 3, 4. 13)
A história destas mulheres é comovedora. Tem começo no
pranto e termina na alegria.
Vivia em terra de exílio uma senhora chamada Noemi. O
marido e dois filhos morreram em terra estrangeira, deixando viúvas
as noras: Orfa e Rute. Noemi resolveu voltar para Belém, sua terra
natal. As noras queriam acompanhá-la, e ela procurou dissuadi-las,
dizendo:
—Voltai, antes, para a casa de vossos pais. O Senhor seja
bom convosco, como fostes boas para com os meus filhos que
morreram. Orfa voltou, mas Rute respondeu:
— Não! Onde fordes, eu irei também; o vosso povo será o
meu povo; o vosso Deus o meu Deus. Seguiu-a.
Chegaram a Belém no tempo da ceifa. Eram muito pobres
e não tinham o que comer. Por isso, Rute teve que buscar espigas nos
campos ceifados. A Providência guiou-a a um campo que pertencia a
Booz, homem caridoso, que lhe deu toda a liberdade para seguir os
ceifadores. Booz ordenou que deixassem cair algumas espigas para
que Rute as colhesse sem rubor. Rute ia ao campo todos os dias. No
entanto, Booz observava que ela era trabalhadora e virtuosa. Por
isso, quando terminou a colheita, Booz desposou-a. O Senhor
abençoou o seu casamento e deu-lhe um filho chamado Obed. Da
descendência de Obed nasceu o Salvador. Rute e a velha Noemi não
sofreram mais fome.
Crianças, sede virtuosas. Deus vos premiará.
15
Dia 15: O Pastorzinho Davi (I Samuel 16)
Davi era o caçula dos irmãos. Os pais o amavam
carinhosamente. Louro, ágil, gracioso, falava e cantava como um
anjo. Era também forte. Uma vez, um leão pegou uma ovelhinha
do seu rebanho, ele invocou o Senhor e conseguiu matar a fera.
Nesse tempo, reinava o rei Saul, o qual, pelos seus pecados, se
tornara indigno da proteção divina. Disse, portanto, o Senhor ao
profeta Samuel:
— Vai a casa de Jessé e unge rei o pequeno Davi, porque
eu quero que reine em lugar de Saul.
Davi foi consagrado rei na presença dos seus pais e
irmãos. Abandonado por Deus, Saul ficou triste e furioso. Um dia,
disse aos servos: Procurai-me um homem que toque a harpa para
me distrair. Os servos apresentaram-lhe Davi. O rei gostou dele e
nomeou-o escudeiro. Davi tocava a harpa e restituía a alegria a
Saul. Uma vez, os filisteus invadiram o país. Dos seus
acampamentos, surgiu um gigante e propôs:
— Escolhei um vosso guerreiro que combata comigo. Se
ele me vencer, a vitória será vossa; se perder, sereis nossos.
Ninguém ousava enfrentar o gigante. Então, Davi disse
ao rei: “Vou eu”. O gigante Golias, logo que o viu, disse rindo:
— Sou um cão para que venhas com uma pedra na mão?
Nisso Davi apontou o estilingue e atingiu o gigante na
cabeça. Golias caiu por terra. Davi salvou, dessa forma, a pátria.
Crianças, tende um coração puro e Deus vos abençoará.
16
Dia 16: Rei Davi (II Samuel 5,1-5)
Saul morreu tragicamente numa batalha. Sem tardar, o
povo aclamou rei o jovem Davi, cujo valor era exaltado nas músicas
populares. Davi começou a governar com trinta anos. Não obstante,
foi muito prudente e sábio. Trouxe ao povo a paz e a virtude. Com
rápidas e valorosas batalhas, submeteu todos os seus inimigos e
engrandeceu o país. Tomou a cidade de Jerusalém e aí estabeleceu a
sua capital. Depois organizou o culto de Deus e fez o projeto da
casa do Senhor. Foi também um escritor ilustre.
Crianças, sede dóceis e submissas a vossos pais.
17
Dia 17: O Homem de Deus (I Reis 17, 1-16; 18, 17-46)
O profeta Elias era um homem conforme o espírito de
Deus. Governava naquele tempo o rei Acab, cruel, ímpio e
irreligioso. Introduziu no povo o culto dos ídolos e ergueu ao deus
Baal um grande templo, em que serviam 450 sacerdotes pagãos. Os
sacerdotes do Senhor foram todos trucidados. Deus se manifestou
então ao profeta Elias e ordenou:
— Dize ao rei Acab que não cairá chuva sobre o país até
que Eu não mande.
O rei irritou-se por causa dessas palavras e perseguiu o
profeta. Elias, avisado por Deus, foi esconder-se nas margens do
rio Carit e ali, todos os dias, o Senhor lhe mandava pão e carne por
meio dos corvos. O Senhor disse mais tarde a Elias:
— Vai a Sarepta, porque eu ordenei a uma mulher dessa
cidade que te sustente.
O profeta foi. À porta da cidade, encontrou a tal mulher e
lhe disse:
— Vai buscar-me um pouco de alimento.
— Senhor, respondeu, estou juntando estes gravetos para
preparar o último bocado e depois morrer. Sou pobre e tenho um
único filho.
— Vai, insistiu o profeta, pois Deus me disse que o teu
azeite e a tua farinha não acabarão até descer chuva à terra.
A mulher obedeceu e viu o grande milagre.
Algum tempo depois, o filho dessa mulher morreu.
Então, Elias rezou assim:
— Senhor, faze voltar a alma desse menino ao seu
corpo.
O Senhor ressuscitou o menino e sua mãe, vendo-o vivo,
disse a Elias:
— Agora sei que és homem de Deus.
Crianças, dizei sempre a verdade.
O Fogo do Céu
Uma seca de três anos queimara toda a vegetação e
extinguira as fontes dos rios. Os animais morriam de fome e de
sede. De novo, o Senhor falou a Elias:
— Vai, apresenta-te ao rei Acab e dize que vou mandar
chuva sobre a terra. Elias foi e propôs ao rei:
— Convoca os 450 sacerdotes de Baal e o povo sobre o
monte Carmelo.
Lá em cima, disse o profeta:
— Por que abandonastes o Senhor e seguistes os falsos
deuses? Dai-me dois bois; um será imolado por mim ao meu Deus
e outro pelos sacerdotes de Baal ao seu deus.
Os bois foram mortos e colocados sobre a lenha. Agora,
disse Elias aos sacerdotes de Baal:
— Vós invocareis os vossos deuses e eu o meu Senhor. O
que mandar o fogo, esse será o Deus verdadeiro.
Os sacerdotes de Baal, ora de pé, ora de joelhos, desde a
manhã até o meio-dia, invocaram os seus deuses com altas súplicas
e clamores. Mas os seus deuses não respondiam e, tampouco,
mandavam o fogo do céu. Elias, enquanto isso, zombava deles.
Quando os sacerdotes pagãos ficaram cansados de gritar, Elias,
seguido pelo povo, foi fazer o seu sacrifício e rezou:
— Senhor, mostrai hoje que sois o verdadeiro Deus, para
que o povo se converta.
Mal tinha acabado, um fogo impetuoso desceu do
céu e consumiu o holocausto e as pedras do altar. O povo
prostrou-se por terra e exclamou:
— O Senhor é Deus, o Senhor é Deus verdadeiro.
Depois choveu.
Crianças, repeli aqueles que falam mal da religião.
18
Dia 18: O Tronco de Jessé (Isaías 11, 1-10)
Sairá uma vara do tronco de Jessé, e uma flor brotará da
sua raiz. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, Espírito de
Sabedoria e de Entendimento, Espírito de Conselho e de Fortaleza,
Espírito de Ciência e de Piedade, e será cheio do Espírito do Temor
do Senhor. Não julgará pelo que se manifesta exteriormente à vista,
nem condenará somente pelo que ouve dizer; mas julgará os
pobres com justiça, tomará com equidade a defesa dos humildes da
terra, ferirá a terra com a vara da sua boca e matará o ímpio com o
sopro dos seus lábios. A justiça será o cinto dos seus lombos e a fé o
talabarte dos seus rins. O lobo habitará com o cordeiro; e o
leopardo se deitará ao pé do cabrito; o novilho, o leão e a ovelha
viverão juntos, e um menino pequeno os conduzirá. O novilho e o
urso irão comer às mesmas pastagens; as suas crias descansarão
umas com as outras; o leão comerá palha como o boi; a criança de
peito brincará sobre a toca da víbora; na caverna do basilisco porá
a sua mão a que estiver já desmamada. Eles não farão dano algum,
nem matarão em todo o meu santo monte, porque a terra estará
cheia da ciência do Senhor, assim como as águas do mar que a
cobrem. Naquele dia, o rebento da raiz de Jessé, que está posto por
estandarte dos povos, será invocado pelas nações, e será glorioso o
seu sepulcro.
Crianças, oferecei o vosso coração a Deus.
O vosso corpo é o templo do Espírito Santo.
19
Dia 19: Jonas
Uma vez, o Senhor enviou o profeta Jonas à cidade de
Nínive, capital da Assíria, dizendo-lhe:
— Prega a penitência àquele povo porque os seus
pecados chegaram ao máximo.
Mas Jonas não foi, por temor de ser morto. Fugiu, e
embarcou num navio que ia para a cidade de Tarsis. Em alto mar, o
navio foi surpreendido por violenta tempestade, correndo perigo
de ir a pique. Os marinheiros atiraram ao mar toda a carga, mas em
vão. A tempestade enfurecia violentamente. Espavoridos, os
tripulantes invocaram os deuses. Temendo que a tempestade fosse
um castigo do céu, conforme o costume, consultaram a sorte para
saber quem era o culpado. A sorte caiu sobre Jonas. O profeta
confessou o seu pecado, e disse:
— Lancei-me ao mar porque, bem o sei, esta tempestade
sobreveio por minha causa.
E atiraram-no ao mar. As ondas logo se acalmaram, mas
no meio delas apareceu um grande peixe que engoliu Jonas. O
profeta ficou três dias e três noites no ventre do cetáceo. Durante
esse tempo, pediu ao Senhor que o salvasse. Então, o peixe lançou-
o numa praia. Novamente, o Senhor disse a Jonas:
— Vai a Nínive.
Jonas foi. O povo tirou fruto da sua palavra e se
converteu ao Senhor.
Crianças, Deus vê tudo, premia o bem e castiga o mal.
20
Dia 20: Daniel na Cova dos Leões (Daniel 6, 2-29)
No templo de Babilônia, era venerado um ídolo que
representava o deus Baal. Homens, mulheres, crianças dobravam o
joelho quando passavam diante dele e invocavam-no dizendo:
— Baal, protege-nos.
Noutro templo havia um dragão, que era também
adorado. O jovem hebreu Daniel abominava tais monstruosidades,
e dizia aos pagãos que os seus deuses eram falsos e mentirosos. As
leis do país condenavam à morte aqueles que assim falassem.
Então, Daniel foi chamado pelo rei, que lhe perguntou:
— Por que não adoras o deus Baal?
— Eu adoro o Deus vivo, Criador do céu e da terra,
respondeu Daniel.
— Então Baal não é um deus vivo? Observou o rei.
— Não! é de metal. São os sacerdotes que comem e
roubam do templo as ofertas, esclareceu Daniel.
— Mas, acrescentou o rei, dizes ainda que o dragão não é
um deus vivo?
— Majestade! dá-me licença e eu matarei esse animal sem
espada, propôs Daniel.
O rei permitiu. Daniel fez um guisado com pêlos,
gordura e piche, e deu-o a comer ao dragão que veio a morrer.
Então, toda a cidade se pôs em alvoroço e correu ao palácio do rei,
pedindo a morte de Daniel.
A fim de evitar represálias contra a sua família, o rei
cedeu Daniel à ira popular, e o servo de Deus foi atirado
numa cova de leões. Mas estes se deitaram aos pés de Daniel,
e nem o tocaram.
Crianças, Deus defende aquele que confia n’Ele.
21
Dia 21: Reconstrução de Jerusalém
(Neemias 2, 17-20; 6,15-16)
O rei Ciro, da Pérsia, restituiu a liberdade aos hebreus
cativos e permitiu que voltassem ao seu país. A notícia foi recebida
em cantos e explosões de alegria. Depois de 40 anos de escravidão,
40 mil hebreus, felizes, voltaram à pátria amada e suspirada,
Jerusalém. Como Jerusalém estava destruída, os outros povos não
acreditavam que fosse possível reerguê-la, mas os hebreus
acabaram de reedificar os muros no dia 25 do mês de elul, em
cinquenta e dois dias. Aconteceu, pois, que, tendo ouvido isto os
inimigos dos hebreus, atemorizaram-se todos os povos
circunvizinhos, consternaram-se dentro de si mesmos e
reconheceram que esta obra era obra de Deus. O templo de Deus
foi reedificado e restabelecido o culto do Senhor.
Crianças, as virtudes sejam os ornamentos
da vossa alma.
22
Dia 22: João Batista (João 1, 5-24; 57-66)
Jesus devia vir ao mundo para salvar os homens. Mas
Deus enviou antes um homem, a fim de que preparasse o espírito
dos judeus para receberem o Redentor prometido. O homem
escolhido por Deus foi João Batista. Ciente desta grande missão,
João retirou-se desde moço para um deserto, e aí passou os seus
anos mais belos, meditando e rezando.
A vida de João foi muito mortificada. Longe do barulho
das cidades e das festas mundanas, João exercitava-se no jejum,
comendo gafanhotos e mel silvestre. Sua veste era uma pele de
camelo amarrada ao corpo por uma corda. Vivia como um
penitente.
O povo, sabendo que ele fazia tantas mortificações e era
justo, começou a estimá-lo grandemente. Muitos iam visitá-lo,
pedindo conselhos e conforto. Atendia-os João com boas palavras,
e exortava-os a serem bons, misericordiosos, mortificados e
caridosos. Falava-lhes, depois, da chegada próxima do Salvador do
mundo e pedia que se preparassem para receber o Messias com um
coração puro e alegre. Repreendia os maus e aqueles que não
queriam temer a Deus, anunciando os castigos do Céu e a Justiça
divina.
Crianças, fazei uma mortificação de gula.
João e Jesus
Tendo chegado o tempo de anunciar publicamente a
vinda de Jesus à terra, João saiu do deserto e foi pregar nas cidades
e nas aldeias. O povo acudia para ouvi-lo e recebia com entusiasmo
a sua palavra. Muitos homens quiseram também ser seus
discípulos. Estabeleceu-se, então, nas margens do rio Jordão, de
onde pregava às multidões e ensinava a penitência. Nos seus
discursos, João dizia palavras como estas:
— "Está para chegar Aquele que deve salvar o mundo.
Preparai-vos para recebê-lo, fazendo penitência pela expiação dos
vossos pecados.
— "Eu sou a voz daquele que clama no deserto; preparai
o caminho do Senhor. É agora que se aproxima o Reino dos Céus.
O dia da salvação começa a luzir".
Muitos julgavam que João talvez fosse o Cristo. Mas ele
declarou a todos:
— Há outro que virá depois de mim, maior do que eu, e
a Quem não sou digno de desatar as correias do sapato. “Toda a
árvore que não der fruto será lançada ao fogo".
E o povo, depois de ouvir a João, pedia-lhe o batismo da
penitência. Muitas outras exortações dirigia ao povo, preparando-o
para receber a palavra de Jesus.
Crianças, aceitai com humildade os avisos e as repreensões dos
professores e dos pais.
23
Dia 23: O Batismo de Jesus (Lucas 1,57-80; 3,15-18)
Enquanto João anunciava a vinda do Redentor, Jesus
vivia em Nazaré com Nossa Senhora e São José. Ficou na casa
paterna durante 30 anos, ajudando a São José na oficina de
carpinteiro. Ao completar esta idade, deixou as suas ferramentas,
despediu-se de Nossa Senhora e partiu, porque a sua missão era de
ensinar aos homens o caminho do Céu e oferecer-lhes o perdão de
Deus. Antes de pregar a doutrina de salvação, Jesus apresentou-se
a João Batista nas margens do Jordão e pediu o batismo da
penitência. Mas João, conhecendo-O, não queria batizá-lo, dizendo:
— Tu vens a mim, quando eu é que devo ser batizado
por ti?
Sabia o Batista que Jesus era Deus, e por isso, não
precisava ser batizado. Cedeu porém às insistências de Jesus e
batizou-O. Ao sair Jesus do rio, batizado, deram-se fenômenos
estranhos. Apareceu dentre as nuvens o Espírito Santo, sob a forma
de pomba e pousou sobre a sua cabeça. Nisto, uma voz misteriosa
fez-se ouvir.
— Este é o meu Filho querido, no qual pus a minha
complacência.
Era Deus que proclamava a missão divina de Jesus. O
povo que assistia à cerimônia ficou muito impressionado com o
prodígio. O que João anunciava aos judeus estava no meio deles.
Crianças, o batismo nos torna filhos de Deus.
Cumpri as promessas (do batismo).
24
Dia 24: A serva do Senhor (Lucas 1,26-38)
Na cidade de Nazaré, na Palestina, morava uma família
modesta, mas muito virtuosa. Joaquim e Ana, embora pobres, eram
parentes do rei Davi, um dos maiores e mais importantes dos reis
dos judeus. Tinham uma só filha: Maria. Desde pequenina, Maria
era uma privilegiada. Tinha sido concebida sem pecado original:
mas ninguém sabia disto. Era de uma beleza extraordinária,
porém, o que mais encantava todos era sua admirável bondade. Foi
educada no Templo, servindo a Deus, pedindo que se apressasse a
vinda do Salvador, do qual o mundo tanto precisava. Era uma filha
exemplar: nunca deu o menor desgosto a seus pais, e só lhes dava
prazer. Contratou casamento com um seu parente, chamando José,
moço muito bom e virtuoso, que era o carpinteiro da cidade. Um
dia, ela estava em casa, rezando, quando lhe apareceu o Anjo São
Gabriel e a cumprimentou, dizendo:
- Ave, cheia de graça! O Senhor é convosco.
Maria ficou muito espantada com aquela saudação. Que
queriam dizer aquelas palavras? Enquanto pensava, São Gabriel
lhe explicou:
- O Espírito Santo descerá sobre ti. Terás um filho que é o
próprio Filho do Altíssimo. Ele será poderoso, e o seu reino não
terá fim. Tu lhe porás o nome de JESUS.
Maria era muito instruída na religião.
Ela conhecia os livros sagrados e as profecias. Sabia que o
Salvador prometido havia de sair da família de Davi e que seria
Filho de Deus. Compreendeu tudo num instante. Deus queria que
ela fosse a Mãe do Salvador. Como era muito humilde, não se
achava digna. Mas, sendo a vontade de Deus, só lhe restava aceitar.
Então, se inclinou diante do Anjo e lhe disse:
- Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a
tua palavra.
Sim; o servo cumpre todas as ordens do Senhor. Maria
queria cumprir todas as ordens do Seu Senhor, transmitidas pelas
palavras do Anjo. E, naquele mesmo momento, o Filho de Deus se
fez homem e habitou entre nós.
Crianças, conservai escrupulosamente a vossa fé.
25
Dia 25: José e o Anjo do Senhor (Mateus 1,18-24)
A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria,
sua mãe, desposada com José, achou-se ter concebido por obra do
Espírito Santo, antes de coabitarem. José, seu esposo, sendo justo e
não a querendo difamar, resolveu repudiá-la secretamente.
Andando ele com isto no pensamento, eis que um anjo do Senhor
apareceu-lhe em sonhos, e lhe disse:
-José, filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria,
tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito
Santo. Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque
ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito
pelo Senhor por meio do profeta, que diz:
-“Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe
porão o nome de Emanuel”, que quer dizer “Deus conosco”.
Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado
o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa. Não a
conheceu até que deu à luz um filho, e pôs-lhe o nome de Jesus.
Crianças, sabei renunciar aos vossos gostos
e sede caridosas.
26
Dia 26: Simeão e Ana (Lucas 2, 25-26; 36-38)
Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão.
Este homem era justo e temente a Deus, e esperava a consolação de
Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo
Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro o Cristo
Senhor. Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de
Fanuel, da tribo de Aser; estava em idade muito avançada, tinha
vivido sete anos com seu marido, desde a sua virgindade, e tinha
permanecido viúva até os oitenta e quatro anos. Não se afastava do
templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Ela
também, sobrevindo na mesma ocasião, louvava a Deus, e falava a
todos os de Jerusalém que esperavam a redenção.
Crianças, quando estiverdes na Igreja, não deveis conversar,
pensai somente no vosso bom Jesus.
27
Dia 27: Indo a Belém (Lucas 2, 1-5)
O imperador romano quis saber quantos habitantes havia
nas terras em que ele dominava. Para isto, mandou fazer um
recenseamento. Todos tinham que dar os nomes, não no lugar onde
moravam, mas no lugar de sua família. São José e Nossa Senhora
moravam em Nazaré. Mas pertenciam à família de Davi, que era de
Belém. Não era perto, uns 3 dias de viagem. E já sabemos: a pé ou
nos jumentinhos. Além disso, Nossa Senhora estava esperando o
nascimento do menino Jesus para aqueles dias. Um bom patriota
cumpre as leis de sua Pátria.
Chegaram a Belém. A cidade era pequena e muitos
peregrinos enchiam as hospedarias e até as casas particulares. De
modo que não havia lugar para eles. Ali por perto da cidade
existiam muitas grutas, que serviam de abrigo aos animais, nos dias
de chuva e durante as noites. São José, vendo que era impossível
arranjar hospedagem, dirigiu-se para uma daquelas grutas,
arrumou-a do melhor modo que pôde. E se acomodaram. Na
barreira da gruta estava uma manjedoura, feita de pedra. Sendo
tempo de inverno, fazia muito frio. Maria fazia a arrumação para
dormirem, São José acendeu um fogo que os aquecesse um pouco.
Crianças, amai a Deus e respeitai a vossa pátria.
28
Dia 28: Natal (Lucas 2,6-7)
Foi ali, naquela gruta fria, entre restos de capim e sujeira
de animais, que nasceu o Salvador do Mundo. À meia noite, num
dia de dezembro, na gruta de Belém, Cristo nasceu. Maria tomou-o
nas mãos, envolveu-o nuns paninhos e deitou-o na manjedoura.
Aquele Menino era o Filho de Deus. Parecia um menino igual aos
outros, mas era o Rei dos reis e o Senhor de todos os homens.
Estava naquela manjedoura, mas reinava no céu. Aquela
madrugada de 25 de dezembro será para todo o mundo uma noite
de festa e alegria: Noite de Natal. O Salvador prometido por Deus
chegou. O Salvador esperado pelos homens veio. O mundo vai ser
salvo. Cristo nasceu!
Crianças, é a inocência que vos torna tão queridas ao
Coração de Jesus, sede sempre puras!

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A Criação do Mundo segundo a Bíblia

  • 1. Pe. Luiz Lenta (Pia Sociedade de São Paulo, 1952) “A Velha Aliança” para crianças “O Apostolado de Jesus”
  • 2. Dia 01 : A Criação do Mundo (Gn 1,1-25) Era uma vez... assim começam todas as histórias. A minha não. E, apesar disso, é uma história bela e muito interessante. Velha é a minha história. É dos tempos passados e começa assim: "Uma vez, não havia nada". Nada existia, nem o formoso céu e as estrelas faiscantes, nem o Sol e a lua de prata que brinca no céu. O nosso belo planeta, coberto de flores e de rios que parecem fios de seda branca, ainda não existia. Os mares, os montes, as aves, as plantas e todos os seres da natureza deviam ainda vir. Nem a voz de uma criança repercutia. A beleza do mundo devia ainda ser criada. Fechando os olhos, eu nada vejo; em torno de mim há só trevas. E uma vez havia só trevas. Mas nessas trevas imensas, no silêncio profundo, pairava o espírito de Deus. Somente Deus existia: eis o começo da minha história. E Deus, que é todo poderoso, tirou do nada todas as coisas. Crianças, dizei: Meu Deus, eu vos pertenço, eu vos adoro. 1
  • 3. A Grande Palavra A voz criadora de Deus ecoou no silêncio do abismo e pronunciou: -- Haja luz! E houve luz. Um raio luminoso brilhou pela primeira vez nas trevas, dissipando a eterna escuridão. Despontou o primeiro dia. Deus viu que a luz era boa, e separou o dia da noite. Depois disse: Apareça o firmamento. Logo as águas que enchiam o espaço se dividiram. As nuvens ficaram no alto e a água embaixo. No meio, a atmosfera. Deus deu o nome de céu à abóbada celeste, e mandou que as águas se reunissem nos lugares baixos e aparecesse a terra. Mas a terra era árida, deserta e de aspecto desolador: — Brotem as ervas, árvores e flores de todas as cores, disse o bom Deus. A terra, então, cobriu-se de um magnífico tapete verde. No céu, não havia estrelas. A voz criadora de Deus falou e as estrelas brilharam no céu. O sol já iluminava a terra e aquecia o mar; mas não havia ainda seres vivos nem na terra nem no mar. Deus, portanto, disse: —Povoem-se o mar de peixes e a terra de aves. Então, o ar perfumado encheu-se do canto de amor dos passarinhos. Era o primeiro hino de agradecimento a Deus. Crianças, sede gratas ao bom Deus pelas belezas da natureza.
  • 4. 2 Dia 02: A Criação dos Animais (Gn 1,26-31) No meio das nuvens ecoou, de novo, a voz majestosa de Deus. Desta vez, para criar os animais da terra. — Haja na terra animais de todas as espécies, disse o Senhor. Aos milhares os animais, grandes e pequenos, apareceram ao chamado de Deus e, obedientes, ouviram a ordem do Criador: crescei e multiplicai-vos. Mas eles não falavam e não tinham a razão. Disse, então, Deus: — Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, para que domine sobre todos os seres da terra. Com o barro da terra, Deus formou a figura do homem com a cabeça erguida, diferente da dos animais e, depois, soprando- lhe no rosto, deu-lhe uma alma imortal. A vida entrou naquele corpo, e logo começou a falar, andar, mexer-se, ver, comer. Deus deu-lhe o nome de Adão. Assim foi criado o primeiro homem. O bom Deus não quis que ele vivesse sozinho e deu- lhe uma companheira. Enquanto Adão dormia, Deus tirou-lhe uma das costelas, e daí fez a companheira de Adão: Eva. Eva foi a primeira mulher. Deus colocou Adão e Eva num lugar de delícias chamado Paraíso terrestre. Nada aí faltava. Plantas aromáticas e flores esplêndidas enfeitavam o ameno lugar. Crianças, amai aos vossos pais.
  • 5. 3 Dia 03 : O Pecado de Adão e Eva (Gn 3, 1-19) O perfume das flores suavizava as encantadoras manhãs e as mornas tardes do Paraíso terrestre. Passarinhos de voz maravilhosa esvoaçavam, cantando sobre as árvores. Entre luzes e sombras, dois rios destilavam, refletindo o azul claro do céu e o verde do arvoredo. Adão e Eva viviam felizes nesse recanto do céu. Nenhuma melancolia turvava a sua alegria. Eles não morreriam: vivos mesmos, Deus os levaria para o Céu. A fim de que pudessem ir para o Céu, Deus lhes deu a graça santificante. A graça faz o homem tornar-se filho de Deus. Os filhos têm direito de morar na Casa do Pai, que é o Céu. Um dia, Deus disse-lhes: Comereis o fruto das árvores do Paraíso, menos o fruto da árvore que está no meio do jardim, porque no dia em que dele comerdes, morrereis. Era a árvore da ciência do bem e do mal. Uma vez, Eva passou sob a bela árvore e contemplava os frutos cor de ouro. Nisso, do meio da folhagem, fez-se ouvir a voz do maligno tentador: —Por que não comes? - disse-lhe. O demônio invejava a felicidade de Adão e Eva. —Não posso! Deus proibiu-nos. Se o fizermos, morreremos. — respondeu Eva. —Nada disso... replicou o demônio. Não morrereis: antes, comendo, chegareis a conhecer o bem e o mal. Sereis sábios como Deus.
  • 6. Eva hesitou um pouco. Depois, seduzida pela mentirosa promessa, colheu o fruto, saboreou-o e ofereceu-o a Adão. Adão comeu. Como pecaram, desobedeceram a Deus e foram castigados: tinham de lutar e sofrer na vida, ficaram sujeitos à morte e – o pior de tudo – perderam a graça divina. Sem a graça, já não eram mais filhos de Deus, nem podiam entrar no Céu. Crianças, não presteis fé aos maus conselheiros. Depois do pecado, os olhos de Adão e Eva encheram-se de lágrimas. As coisas não mais lhes pareciam tão lindas como no tempo da inocência. Tendo medo e vergonha, esconderam-se debaixo das árvores. Mas logo ouviram a voz do Senhor que chamava: —Adão, onde estás? Tomado de pânico, Adão, tremendo, respondeu: —Escondi-me porque tive medo de ti. E Deus: —Infeliz Adão! Tens medo porque comeste o fruto proibido. —Senhor, desculpou-se Adão, a mulher que me deste ofereceu-me o fruto e eu comi. —Eva! - exclamou o Senhor, por quê desobedeceste? —A serpente enganou-me, murmurou Eva, envergonhada. Então, Deus amaldiçoou a serpente, e lhe disse: —Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre teus filhos e o filho dela. Depois, expulsando Adão e Eva do paraíso, pôs anjos à porta com espadas na mão para lhes impedir a entrada. Mas vejam bem estas últimas palavras de Deus sobre a inimizade entre a serpente e a mulher: elas prometem o Salvador. Um dia, nascerá o Filho de uma Mulher, tão santo e tão poderoso que destruirá o poder do demônio. Esta mulher admirável será a Mãe daquele que salvará os homens do poder do demônio. Os homens não estavam, portanto, inteiramente perdidos. Havia uma esperança. Por causa do pecado, tinha-se perdido muita coisa, mas um dia o Salvador havia de vir. No meio das tristezas, sofrimentos e desgraças, os homens pensavam consigo: - Ah! Tudo isto acabará, quando o Salvador vier! Crianças, o pecado despoja a alma da graça de Deus.
  • 7. 4 Dia 04 : A Arca de Noé (Gn 6-9) A corrupção entrou no coração dos homens e tornou-se um mal nas cidades e nas vilas. As leis do Senhor foram esquecidas e violadas. O mal progredia dia a dia e os homens desciam sempre mais no lodaçal da iniqüidade. Deus, desgostoso, afastava os olhos de suas criaturas. Resolveu, pois, exterminar os homens da face da terra. Havia porém um homem justo que o servia e amava. Deus não quis que este perecesse no castigo dos maus, e disse-lhe: — Noé, fabrica para ti e teus filhos uma arca de madeira, porque quero mandar um dilúvio sobre a terra e matar todos os viventes. Crianças, o pecado atrai os castigos de Deus. Praticai as leis do Senhor. Deus explicou a Noé como devia fabricar a arca. O bom homem acreditou na palavra do Senhor e começou a construção da arca da salvação, empregando madeira boa e resinosa. Os maus observavam com curiosidade os trabalhos de Noé. Em vez de fazerem penitências e viver conforme a lei de Deus, gastavam o tempo nos pecados. O seu coração tornara-se insensível à voz de Deus. Chegara a hora do castigo divino. A arca estava pronta. Bem coberta de piche, não deixava passar uma gota de água. Disse, então, Deus a Noé:
  • 8. -Entra na arca com todos os teus. Toma contigo casais de todos os animais da terra e provisões para o sustento das pessoas e dos animais. Ainda sete dias, e depois farei chover durante quarenta dias e quarenta noites. Entraram. Deus fechou a arca, e logo o sol escureceu. Abriram-se as cataratas do céu e a chuva caiu em torrentes. Relâmpagos, raios, trovões sucediam-se ininterruptamente, aumentando o pavor universal. Os homens fugiram das cidades para as montanhas, mas em vão. Crianças, cumpri conscienciosamente os vossos deveres. O Arco da Paz Durante 40 dias e 40 noites prolongou-se o dilúvio. O nível da água subiu cobrindo as mais altas montanhas da terra. Nessa imensa massa de água pereceram afogados todos os viventes. Somente a arca de Noé boiava nas águas turvas. Afinal, fecharam-se as cataratas do céu. As águas foram baixando e os rios voltaram ao seu leito normal. Apareceu a terra seca. Noé abriu a janela da arca e, com regozijo, observou que as águas tinham baixado. Em seguida, soltou uma pombinha, a qual, não sabendo onde pousar, voltou, à tarde, para Noé com um ramo verde no bico, símbolo da paz. Noé esperou mais 7 dias e soltou novamente a pomba que desta vez não voltou mais. A terra estava enxuta. Disse, portanto, Deus a Noé: -Sai da arca. Saíram todos. Noé fez um altar e ofereceu um sacrifício a Deus. O Senhor o aceitou e disse a Noé: -Crescei e multiplicai-vos. Faço aliança convosco e com a vossa descendência. Nunca mais o dilúvio assolará a terra. O arco- íris será o sinal da nossa aliança. Não houve, pois, outro dilúvio. Crianças, educai o vosso coração para a gratidão.
  • 9. 5 Dia 05 : A Torre de Babel Pouco a pouco, se multiplicaram as famílias e os homens povoaram de novo a terra. Entre os descendentes de Caim, havia um rei muito ambicioso de nome Nemrod. Ouvindo falar do dilúvio que assolara a terra, concebeu ele uma idéia audaz e soberba. Mandou que os seus súditos construíssem, na cidade de Babel, uma torre que tocasse o céu. Fazia isso em desafio ao Senhor. Cheio de orgulho, Nemrod repetia: -Venha, pois, o dilúvio e veremos se é capaz de extinguir os viventes. Nessa torre, os homens achar-se-ão mais seguros que na arca de Noé para escapar dos castigos de Deus. Nemrod queria, também, deixar o monumento maior da terra e perpetuar o seu nome nos séculos futuros. Esses sonhos eram, porém, ambiciosos e egoístas. Por isso, o castigo de Deus não se fez esperar. Quando as obras estavam bem adiantadas e a majestosa torre elevava-se ao céu, Deus fez um grande prodígio para castigar a ambição do rei. Confundiu a linguagem dos homens. Não mais se entendiam os operários. Houve uma confusão geral. Então, a construção foi suspensa e abandonada. Os homens dividiram-se conforme a língua que falavam e foram habitar outras terras. A torre ruiu, e a cidade foi denominada Babel. Crianças, não sejais orgulhosas.
  • 10. 6 Dia 06 : O Prêmio de Abraão (Gn 12) Abraão era homem justo e de bom coração. Vivia em paz com todos e dava muita esmola, porque também era rico. Pela sua justiça e piedade, Deus abençoou-o muito. Uma vez, seu sobrinho Lot ficou prisioneiro nas mãos de reis estrangeiros que invadiram a região em que habitava. Abraão correu com seus guerreiros, desbaratou os invasores e libertou o sobrinho e todos habitantes de Sodoma. Estes lhe foram muito gratos. O rei de Salem, Melquisedec, foi-lhe também ao encontro e abençoou-o nestes termos: —Seja bendito Abraão pelo Deus onipotente que criou o céu e a terra! Exaltado seja Deus excelso que entregou o inimigo em tuas mãos. Uma vez, o Senhor falou a Abraão e disse-lhe que queria abençoá-lo. Então, o Patriarca confiou-lhe as suas dúvidas e tristezas: —Senhor, disse-lhe, como poderia desejar riquezas se não tenho um filho a quem deixá-las? Era de tarde. O Senhor conduziu-o fora da tenda e falou: -Olha o céu, conta as estrelas se for possível; tão numerosa será assim a tua descendência. Outra vez, pelo meio dia, Abraão descansava à sombra duma árvore. Levantando os olhos viu três pessoas. Deu-lhes hospitalidade e alimento. Depois da refeição, um deles disse: -Daqui a um ano voltarei; então, Sara, a tua esposa, terá um filho. O coração de Abraão encheu-se de alegria. Crianças, confiai no coração de Jesus.
  • 11. 7 Dia 07: O Filho Esperado (Gn 21,1-7) Sara, a esposa de Abraão, teve suas preces atendidas e engravidou. Abraão teve o filho esperado, Isaac. O menino foi recebido com grandes festas e como um dom do céu. Os carinhos mais delicados e amorosos eram para ele. Abraão amava-o mais que todas as riquezas do mundo, e por ele faria os maiores sacrifícios. Isaac, gracioso e inteligente, crescia sadio e piedoso. Reproduzia as virtudes de seu pai: caráter sincero e bom coração. Crianças, sede modestas e simples.
  • 12. 8 Dia 08: O Sonho de Jacó (Gn 28, 12-22) Isaac casou-se com a gentil Rebeca, que lhe deu dois filhos, Esaú e Jacó. Jacó era gentil, manso e pacífico. Um dia, tendo que partir, despediu-se do velho pai, Isaac, e com sua bênção seguiu para a Mesopotâmia, deixando a custo a terra da doce infância. Silencioso e meditativo, caminhava pela solitária estrada. Ao cair da noite, sentado à beira do caminho, tomou uma refeição simples; depois apoiou a cabeça sobre uma pedra e dormiu. Viu em sonhos uma escada que da terra chegava às portas do Céu e uma infinidade de anjos descendo e subindo. No alto da escada estava o Senhor, que lhe disse daquela altura: -Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão e Isaac. Eu darei a ti e a teus descendentes a terra em que descansas. A tua posteridade será numerosa como as areias do mar, num deles serão abençoadas todas as nações da terra. Eu estarei contigo e serei a tua proteção por onde fores; eu te reconduzirei a esta terra. Despertando, Jacó exclamou deslumbrado: -Nesta terra, na verdade, habita o Senhor, e eu não o sabia. É realmente aqui a casa do Senhor e a Porta do Céu! Depois, tomou a pedra sobre a qual descansara, ungiu-a com óleo e levantou um monumento ao Senhor, fazendo um voto. Crianças, a igreja é a casa de Deus. Respeitai o lugar sagrado.
  • 13. 9 Dia 09 : José no Egito (Gn 41, 47-49) José foi o filho mais amado de Jacó e Raquel. Ele ganhou do pai uma túnica de diversas cores, mas acabou sendo escravizado no Egito por culpa dos irmãos mais velhos. Uma noite, o rei teve um sonho misterioso e ninguém da corte soube dar-lhe uma explicação satisfatória. Afinal, o chefe dos copeiros, a quem José explicara um sonho, lembrou-se dele. O rei chamou- o e contou-lhe o sonho. José, iluminado por Deus, explicou: — Rei, as sete vacas gordas significam que haverá sete anos de abundância; as sete magras significam que seguirão sete anos de carestia. Escolhe, pois, um homem que reúna muitos alimentos para os anos de carestia. — Serás tu, respondeu o rei. José foi nomeado vice-rei do Egito e governador do país. Mandou construir grandes celeiros por todo o Egito e acumulou trigo em quantidade. Quando chegaram os anos de crise, o povo pedia pão ao rei, e ele respondia: Ide a José. Nesse tempo, os irmãos de José vieram também ao Egito para comprar trigo. José reconheceu-os e manifestou-se a eles. Humilhados e envergonhados, os irmãos caíram a seus pés. Crianças, Deus premia a inocência.
  • 14. 10 Dia 10: Uma Sentença Má (Êxodo) Um novo rei, que ignorava os feitos de José e a gratidão que o Egito lhe devia, disse ao povo: -Os hebreus são mais poderosos que nós. Estejamos alertas e oprimamo-los. Mandou que eles fossem escravizados e empregados nos trabalhos mais pesados, nas fábricas de tijolos e nos campos. Porém, quanto mais os oprimia, mais se multiplicavam. Por isso o rei andava seriamente preocupado. Um dia, fez o seguinte decreto: “Lançai ao rio todos os meninos que nascerem dos israelitas.” Um grito de dor e de horror elevou-se dos lares dos hebreus, por causa da sentença malvada que vinha feri-los no que havia de mais precioso. Justamente nesse tempo nasceu um menino hebreu, de rara formosura. A mãe o escondeu por três meses, e não podendo mais ocultá-lo, colocou-o num cesto de junco e deixou-o à beira da praia. Maria, irmã do menino, ficou observando de longe o que iria acontecer. Nessa hora, a filha do rei foi dar um passeio às margens do grande rio e ouviu os gemidos do pequeno. Mandou buscar a cestinha; viu o belo menino e teve compaixão dele. Maria, entretanto, aproximou-se e propôs: -Quereis que procure uma ama para o menino?
  • 15. — Sim, vai — respondeu a princesa. Maria partiu logo e deu a bela notícia à mãe, a quem a filha do rei disse: — Toma esse menino e cria-o. Eu te pagarei o serviço. Crianças, não maltrateis os irmãozinhos. No Mar Vermelho (Êxodo) A filha do faraó chamou ao menino "MOISÉS“, que quer dizer: "salvo das águas". Passou Moisés os primeiros anos entre os carinhos dos seus; depois, foi levado à corte do rei, onde recebeu educação de príncipe, como se fosse filho do rei. Moisés podia ser feliz e rico na corte, mas não o era, porque, no fundo de sua alma, sofria muito vendo seus patrícios perseguidos e maltratados. Então, resolveu tomar a defesa deles, foi ter com o Faraó e disse-lhe: — Em nome do Deus vivo, deixa partir o povo hebreu! —Quem é esse Deus? Por que devo obedecer às suas ordens quando não o conheço? Assim respondeu o Faraó e acrescentou: Não o deixarei partir; pelo contrário, o farei tratar com mais impiedade. Algum tempo depois, Moisés e Aarão compareceram diante do Faraó, ameaçando graves castigos para o Egito. Mas o coração do rei ficou endurecido. Aconselhado pelos magos, resistia ao Senhor. Somente depois das dez pragas enviadas ao Egito e muito sofrimento ao seu povo e a si mesmo, o Faraó deixou partir os hebreus. Arrependendo-se depois, seguiu-os. Mas Deus fez perecer o seu exército no Mar Vermelho. Em honra do Senhor, que livrou os hebreus da escravidão no Egito, os hebreus comemoram, todos os anos, o sacrifício da Páscoa, o cordeiro imolado comido com pães sem fermentos. Crianças, segui os bons conselhos.
  • 16. 11 Dia 11: A Lei de Deus (Êxodo) Quando os hebreus chegaram aos pés do Monte Sinai, Moisés subiu ao cume e Deus encarregou-o de dizer ao povo: -Vistes como vos trouxe até aqui? Agora, se guardardes a minha aliança, sereis o meu povo escolhido. Tomado de entusiasmo, o povo respondeu: -Faremos tudo o que diz o Senhor. No terceiro dia, o trovão começou a ecoar, os relâmpagos sulcavam a atmosfera enegrecida e a montanha soltava chamas. Do meio do fogo, o Senhor ditou ao povo a sua lei, os dez mandamentos, dizendo: “Eu sou o teu Deus; não terás outro. Não pronunciarás o nome do Senhor em vão. Santificarás o sábado. Honrarás aos pais. Não matarás. Não cometerás impurezas. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho. Não cobiçarás a mulher do próximo. Nem as coisas alheias.” As tábuas onde os mandamentos estavam escritos foram guardadas na Arca da Aliança, que representava a aliança entre Deus e o povo hebreu. A Arca ficava na Casa de Deus, em um local menor chamado “Santo dos Santos”, onde somente os Sacerdotes podiam entrar. Esse local era separado por uma cortina de uma parte anterior e mais ampla chamada “o Santo”. Crianças, observai os dez mandamentos.
  • 17. 12 Dia 12: A Tomada de Jericó (Josué 6,1-20) No meio de campos floridos, surgia a cidade de Jericó. Os hebreus deviam conquistá-la, mas era defendida por altas muralhas e torres colossais. Pouco antes de tomar a cidade, Josué viu dirigir-se até ele um homem com a espada desembainhada. Josué para e pergunta: -És amigo ou inimigo? O desconhecido responde: -Sou o chefe do exército de Deus. Josué pôs-se de joelhos, adorou-o e pronunciou: -Aqui está o vosso servo, ordenai-lhe. -Tira os teus sapatos, porque o lugar é santo. Depois, disse-lhe: -Faça todo o exército a volta pela cidade uma vez ao dia, levando também a Arca da Aliança. No sétimo dia, enquanto fizerdes o giro da cidade, os sacerdotes tocarão as trombetas, e quando o som for mais intenso, então o povo prorromperá em altos clamores. Nessa hora, as muralhas da cidade desabarão e a cidade cairá em vossas mãos. Josué pôs em execução as ordens do Senhor. No sétimo dia, quando os combatentes e o povo, precedidos pela Arca, terminavam de fazer o sétimo giro, Josué ordenou a todos: -Erguei o vosso brado de guerra, clamai para o Senhor com as vossas trombetas. O brado de guerra partiu do peito da multidão; um brado retumbante. Impelidas por força misteriosa as muralhas caíram por terra. Os soldados invadiram a cidade e tomaram-na. Crianças, praticai fielmente os conselhos dos sacerdotes.
  • 18. 13 Dia 13: Gedeão (Juízes 7) Extinguindo-se a geração introduzida na terra prometida, veio a nova que não conhecia o Senhor e não vira os prodígios de Deus. Pouco a pouco, foram esquecidas as boas tradições e abandonados os conselhos dos avós. Os jovens faziam coisas que Deus proibira. Por sua vez, o Senhor tirou a proteção do seu povo e abandonou-o nas mãos dos seus inimigos. Os medianitas venceram os hebreus e tomaram-lhes as cidades. Os habitantes foram escravizados e arrasadas as suas casas. Despojados de seus bens, amarrados e oprimidos, foram vendidos nos mercados públicos. Sem pátria, sem liberdade, profundamente humilhados, recorreram então a Deus, invocando- o com lágrimas de aflição. E o anjo do Senhor apareceu a Gedeão, dizendo-lhe: -O Senhor está contigo, ó grande herói! Ele te destinou para libertar o povo das mãos dos seus inimigos. Gedeão não queria acreditar, mas o anjo o convenceu. Gedeão logo reuniu 32 mil hebreus dispostos a lutar pela independência da nação. Deus, porém, lhe fez entender que o exército era muito numeroso; e quando ficou reduzido a 300 guerreiros, o Senhor lhe disse: -É com esses 300 que vos libertarei. Com os 300 soldados, Gedeão expulsou os invasores, vencendo 120 mil inimigos. Crianças, nas tentações invocai o Senhor.
  • 19. 14 Dia 14: Noemi e Rute (Rute 3, 4. 13) A história destas mulheres é comovedora. Tem começo no pranto e termina na alegria. Vivia em terra de exílio uma senhora chamada Noemi. O marido e dois filhos morreram em terra estrangeira, deixando viúvas as noras: Orfa e Rute. Noemi resolveu voltar para Belém, sua terra natal. As noras queriam acompanhá-la, e ela procurou dissuadi-las, dizendo: —Voltai, antes, para a casa de vossos pais. O Senhor seja bom convosco, como fostes boas para com os meus filhos que morreram. Orfa voltou, mas Rute respondeu: — Não! Onde fordes, eu irei também; o vosso povo será o meu povo; o vosso Deus o meu Deus. Seguiu-a. Chegaram a Belém no tempo da ceifa. Eram muito pobres e não tinham o que comer. Por isso, Rute teve que buscar espigas nos campos ceifados. A Providência guiou-a a um campo que pertencia a Booz, homem caridoso, que lhe deu toda a liberdade para seguir os ceifadores. Booz ordenou que deixassem cair algumas espigas para que Rute as colhesse sem rubor. Rute ia ao campo todos os dias. No entanto, Booz observava que ela era trabalhadora e virtuosa. Por isso, quando terminou a colheita, Booz desposou-a. O Senhor abençoou o seu casamento e deu-lhe um filho chamado Obed. Da descendência de Obed nasceu o Salvador. Rute e a velha Noemi não sofreram mais fome. Crianças, sede virtuosas. Deus vos premiará.
  • 20. 15 Dia 15: O Pastorzinho Davi (I Samuel 16) Davi era o caçula dos irmãos. Os pais o amavam carinhosamente. Louro, ágil, gracioso, falava e cantava como um anjo. Era também forte. Uma vez, um leão pegou uma ovelhinha do seu rebanho, ele invocou o Senhor e conseguiu matar a fera. Nesse tempo, reinava o rei Saul, o qual, pelos seus pecados, se tornara indigno da proteção divina. Disse, portanto, o Senhor ao profeta Samuel: — Vai a casa de Jessé e unge rei o pequeno Davi, porque eu quero que reine em lugar de Saul. Davi foi consagrado rei na presença dos seus pais e irmãos. Abandonado por Deus, Saul ficou triste e furioso. Um dia, disse aos servos: Procurai-me um homem que toque a harpa para me distrair. Os servos apresentaram-lhe Davi. O rei gostou dele e nomeou-o escudeiro. Davi tocava a harpa e restituía a alegria a Saul. Uma vez, os filisteus invadiram o país. Dos seus acampamentos, surgiu um gigante e propôs: — Escolhei um vosso guerreiro que combata comigo. Se ele me vencer, a vitória será vossa; se perder, sereis nossos. Ninguém ousava enfrentar o gigante. Então, Davi disse ao rei: “Vou eu”. O gigante Golias, logo que o viu, disse rindo: — Sou um cão para que venhas com uma pedra na mão? Nisso Davi apontou o estilingue e atingiu o gigante na cabeça. Golias caiu por terra. Davi salvou, dessa forma, a pátria. Crianças, tende um coração puro e Deus vos abençoará.
  • 21. 16 Dia 16: Rei Davi (II Samuel 5,1-5) Saul morreu tragicamente numa batalha. Sem tardar, o povo aclamou rei o jovem Davi, cujo valor era exaltado nas músicas populares. Davi começou a governar com trinta anos. Não obstante, foi muito prudente e sábio. Trouxe ao povo a paz e a virtude. Com rápidas e valorosas batalhas, submeteu todos os seus inimigos e engrandeceu o país. Tomou a cidade de Jerusalém e aí estabeleceu a sua capital. Depois organizou o culto de Deus e fez o projeto da casa do Senhor. Foi também um escritor ilustre. Crianças, sede dóceis e submissas a vossos pais.
  • 22. 17 Dia 17: O Homem de Deus (I Reis 17, 1-16; 18, 17-46) O profeta Elias era um homem conforme o espírito de Deus. Governava naquele tempo o rei Acab, cruel, ímpio e irreligioso. Introduziu no povo o culto dos ídolos e ergueu ao deus Baal um grande templo, em que serviam 450 sacerdotes pagãos. Os sacerdotes do Senhor foram todos trucidados. Deus se manifestou então ao profeta Elias e ordenou: — Dize ao rei Acab que não cairá chuva sobre o país até que Eu não mande. O rei irritou-se por causa dessas palavras e perseguiu o profeta. Elias, avisado por Deus, foi esconder-se nas margens do rio Carit e ali, todos os dias, o Senhor lhe mandava pão e carne por meio dos corvos. O Senhor disse mais tarde a Elias: — Vai a Sarepta, porque eu ordenei a uma mulher dessa cidade que te sustente. O profeta foi. À porta da cidade, encontrou a tal mulher e lhe disse: — Vai buscar-me um pouco de alimento. — Senhor, respondeu, estou juntando estes gravetos para preparar o último bocado e depois morrer. Sou pobre e tenho um único filho. — Vai, insistiu o profeta, pois Deus me disse que o teu azeite e a tua farinha não acabarão até descer chuva à terra. A mulher obedeceu e viu o grande milagre.
  • 23. Algum tempo depois, o filho dessa mulher morreu. Então, Elias rezou assim: — Senhor, faze voltar a alma desse menino ao seu corpo. O Senhor ressuscitou o menino e sua mãe, vendo-o vivo, disse a Elias: — Agora sei que és homem de Deus. Crianças, dizei sempre a verdade. O Fogo do Céu Uma seca de três anos queimara toda a vegetação e extinguira as fontes dos rios. Os animais morriam de fome e de sede. De novo, o Senhor falou a Elias: — Vai, apresenta-te ao rei Acab e dize que vou mandar chuva sobre a terra. Elias foi e propôs ao rei: — Convoca os 450 sacerdotes de Baal e o povo sobre o monte Carmelo. Lá em cima, disse o profeta: — Por que abandonastes o Senhor e seguistes os falsos deuses? Dai-me dois bois; um será imolado por mim ao meu Deus e outro pelos sacerdotes de Baal ao seu deus. Os bois foram mortos e colocados sobre a lenha. Agora, disse Elias aos sacerdotes de Baal: — Vós invocareis os vossos deuses e eu o meu Senhor. O que mandar o fogo, esse será o Deus verdadeiro. Os sacerdotes de Baal, ora de pé, ora de joelhos, desde a manhã até o meio-dia, invocaram os seus deuses com altas súplicas e clamores. Mas os seus deuses não respondiam e, tampouco, mandavam o fogo do céu. Elias, enquanto isso, zombava deles. Quando os sacerdotes pagãos ficaram cansados de gritar, Elias, seguido pelo povo, foi fazer o seu sacrifício e rezou: — Senhor, mostrai hoje que sois o verdadeiro Deus, para que o povo se converta.
  • 24. Mal tinha acabado, um fogo impetuoso desceu do céu e consumiu o holocausto e as pedras do altar. O povo prostrou-se por terra e exclamou: — O Senhor é Deus, o Senhor é Deus verdadeiro. Depois choveu. Crianças, repeli aqueles que falam mal da religião.
  • 25. 18 Dia 18: O Tronco de Jessé (Isaías 11, 1-10) Sairá uma vara do tronco de Jessé, e uma flor brotará da sua raiz. Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, Espírito de Sabedoria e de Entendimento, Espírito de Conselho e de Fortaleza, Espírito de Ciência e de Piedade, e será cheio do Espírito do Temor do Senhor. Não julgará pelo que se manifesta exteriormente à vista, nem condenará somente pelo que ouve dizer; mas julgará os pobres com justiça, tomará com equidade a defesa dos humildes da terra, ferirá a terra com a vara da sua boca e matará o ímpio com o sopro dos seus lábios. A justiça será o cinto dos seus lombos e a fé o talabarte dos seus rins. O lobo habitará com o cordeiro; e o leopardo se deitará ao pé do cabrito; o novilho, o leão e a ovelha viverão juntos, e um menino pequeno os conduzirá. O novilho e o urso irão comer às mesmas pastagens; as suas crias descansarão umas com as outras; o leão comerá palha como o boi; a criança de peito brincará sobre a toca da víbora; na caverna do basilisco porá a sua mão a que estiver já desmamada. Eles não farão dano algum, nem matarão em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia da ciência do Senhor, assim como as águas do mar que a cobrem. Naquele dia, o rebento da raiz de Jessé, que está posto por estandarte dos povos, será invocado pelas nações, e será glorioso o seu sepulcro. Crianças, oferecei o vosso coração a Deus. O vosso corpo é o templo do Espírito Santo.
  • 26. 19 Dia 19: Jonas Uma vez, o Senhor enviou o profeta Jonas à cidade de Nínive, capital da Assíria, dizendo-lhe: — Prega a penitência àquele povo porque os seus pecados chegaram ao máximo. Mas Jonas não foi, por temor de ser morto. Fugiu, e embarcou num navio que ia para a cidade de Tarsis. Em alto mar, o navio foi surpreendido por violenta tempestade, correndo perigo de ir a pique. Os marinheiros atiraram ao mar toda a carga, mas em vão. A tempestade enfurecia violentamente. Espavoridos, os tripulantes invocaram os deuses. Temendo que a tempestade fosse um castigo do céu, conforme o costume, consultaram a sorte para saber quem era o culpado. A sorte caiu sobre Jonas. O profeta confessou o seu pecado, e disse: — Lancei-me ao mar porque, bem o sei, esta tempestade sobreveio por minha causa. E atiraram-no ao mar. As ondas logo se acalmaram, mas no meio delas apareceu um grande peixe que engoliu Jonas. O profeta ficou três dias e três noites no ventre do cetáceo. Durante esse tempo, pediu ao Senhor que o salvasse. Então, o peixe lançou- o numa praia. Novamente, o Senhor disse a Jonas: — Vai a Nínive. Jonas foi. O povo tirou fruto da sua palavra e se converteu ao Senhor. Crianças, Deus vê tudo, premia o bem e castiga o mal.
  • 27. 20 Dia 20: Daniel na Cova dos Leões (Daniel 6, 2-29) No templo de Babilônia, era venerado um ídolo que representava o deus Baal. Homens, mulheres, crianças dobravam o joelho quando passavam diante dele e invocavam-no dizendo: — Baal, protege-nos. Noutro templo havia um dragão, que era também adorado. O jovem hebreu Daniel abominava tais monstruosidades, e dizia aos pagãos que os seus deuses eram falsos e mentirosos. As leis do país condenavam à morte aqueles que assim falassem. Então, Daniel foi chamado pelo rei, que lhe perguntou: — Por que não adoras o deus Baal? — Eu adoro o Deus vivo, Criador do céu e da terra, respondeu Daniel. — Então Baal não é um deus vivo? Observou o rei. — Não! é de metal. São os sacerdotes que comem e roubam do templo as ofertas, esclareceu Daniel. — Mas, acrescentou o rei, dizes ainda que o dragão não é um deus vivo? — Majestade! dá-me licença e eu matarei esse animal sem espada, propôs Daniel. O rei permitiu. Daniel fez um guisado com pêlos, gordura e piche, e deu-o a comer ao dragão que veio a morrer. Então, toda a cidade se pôs em alvoroço e correu ao palácio do rei, pedindo a morte de Daniel.
  • 28. A fim de evitar represálias contra a sua família, o rei cedeu Daniel à ira popular, e o servo de Deus foi atirado numa cova de leões. Mas estes se deitaram aos pés de Daniel, e nem o tocaram. Crianças, Deus defende aquele que confia n’Ele.
  • 29. 21 Dia 21: Reconstrução de Jerusalém (Neemias 2, 17-20; 6,15-16) O rei Ciro, da Pérsia, restituiu a liberdade aos hebreus cativos e permitiu que voltassem ao seu país. A notícia foi recebida em cantos e explosões de alegria. Depois de 40 anos de escravidão, 40 mil hebreus, felizes, voltaram à pátria amada e suspirada, Jerusalém. Como Jerusalém estava destruída, os outros povos não acreditavam que fosse possível reerguê-la, mas os hebreus acabaram de reedificar os muros no dia 25 do mês de elul, em cinquenta e dois dias. Aconteceu, pois, que, tendo ouvido isto os inimigos dos hebreus, atemorizaram-se todos os povos circunvizinhos, consternaram-se dentro de si mesmos e reconheceram que esta obra era obra de Deus. O templo de Deus foi reedificado e restabelecido o culto do Senhor. Crianças, as virtudes sejam os ornamentos da vossa alma.
  • 30. 22 Dia 22: João Batista (João 1, 5-24; 57-66) Jesus devia vir ao mundo para salvar os homens. Mas Deus enviou antes um homem, a fim de que preparasse o espírito dos judeus para receberem o Redentor prometido. O homem escolhido por Deus foi João Batista. Ciente desta grande missão, João retirou-se desde moço para um deserto, e aí passou os seus anos mais belos, meditando e rezando. A vida de João foi muito mortificada. Longe do barulho das cidades e das festas mundanas, João exercitava-se no jejum, comendo gafanhotos e mel silvestre. Sua veste era uma pele de camelo amarrada ao corpo por uma corda. Vivia como um penitente. O povo, sabendo que ele fazia tantas mortificações e era justo, começou a estimá-lo grandemente. Muitos iam visitá-lo, pedindo conselhos e conforto. Atendia-os João com boas palavras, e exortava-os a serem bons, misericordiosos, mortificados e caridosos. Falava-lhes, depois, da chegada próxima do Salvador do mundo e pedia que se preparassem para receber o Messias com um coração puro e alegre. Repreendia os maus e aqueles que não queriam temer a Deus, anunciando os castigos do Céu e a Justiça divina. Crianças, fazei uma mortificação de gula.
  • 31. João e Jesus Tendo chegado o tempo de anunciar publicamente a vinda de Jesus à terra, João saiu do deserto e foi pregar nas cidades e nas aldeias. O povo acudia para ouvi-lo e recebia com entusiasmo a sua palavra. Muitos homens quiseram também ser seus discípulos. Estabeleceu-se, então, nas margens do rio Jordão, de onde pregava às multidões e ensinava a penitência. Nos seus discursos, João dizia palavras como estas: — "Está para chegar Aquele que deve salvar o mundo. Preparai-vos para recebê-lo, fazendo penitência pela expiação dos vossos pecados. — "Eu sou a voz daquele que clama no deserto; preparai o caminho do Senhor. É agora que se aproxima o Reino dos Céus. O dia da salvação começa a luzir". Muitos julgavam que João talvez fosse o Cristo. Mas ele declarou a todos: — Há outro que virá depois de mim, maior do que eu, e a Quem não sou digno de desatar as correias do sapato. “Toda a árvore que não der fruto será lançada ao fogo". E o povo, depois de ouvir a João, pedia-lhe o batismo da penitência. Muitas outras exortações dirigia ao povo, preparando-o para receber a palavra de Jesus. Crianças, aceitai com humildade os avisos e as repreensões dos professores e dos pais.
  • 32. 23 Dia 23: O Batismo de Jesus (Lucas 1,57-80; 3,15-18) Enquanto João anunciava a vinda do Redentor, Jesus vivia em Nazaré com Nossa Senhora e São José. Ficou na casa paterna durante 30 anos, ajudando a São José na oficina de carpinteiro. Ao completar esta idade, deixou as suas ferramentas, despediu-se de Nossa Senhora e partiu, porque a sua missão era de ensinar aos homens o caminho do Céu e oferecer-lhes o perdão de Deus. Antes de pregar a doutrina de salvação, Jesus apresentou-se a João Batista nas margens do Jordão e pediu o batismo da penitência. Mas João, conhecendo-O, não queria batizá-lo, dizendo: — Tu vens a mim, quando eu é que devo ser batizado por ti? Sabia o Batista que Jesus era Deus, e por isso, não precisava ser batizado. Cedeu porém às insistências de Jesus e batizou-O. Ao sair Jesus do rio, batizado, deram-se fenômenos estranhos. Apareceu dentre as nuvens o Espírito Santo, sob a forma de pomba e pousou sobre a sua cabeça. Nisto, uma voz misteriosa fez-se ouvir. — Este é o meu Filho querido, no qual pus a minha complacência. Era Deus que proclamava a missão divina de Jesus. O povo que assistia à cerimônia ficou muito impressionado com o prodígio. O que João anunciava aos judeus estava no meio deles. Crianças, o batismo nos torna filhos de Deus. Cumpri as promessas (do batismo).
  • 33. 24 Dia 24: A serva do Senhor (Lucas 1,26-38) Na cidade de Nazaré, na Palestina, morava uma família modesta, mas muito virtuosa. Joaquim e Ana, embora pobres, eram parentes do rei Davi, um dos maiores e mais importantes dos reis dos judeus. Tinham uma só filha: Maria. Desde pequenina, Maria era uma privilegiada. Tinha sido concebida sem pecado original: mas ninguém sabia disto. Era de uma beleza extraordinária, porém, o que mais encantava todos era sua admirável bondade. Foi educada no Templo, servindo a Deus, pedindo que se apressasse a vinda do Salvador, do qual o mundo tanto precisava. Era uma filha exemplar: nunca deu o menor desgosto a seus pais, e só lhes dava prazer. Contratou casamento com um seu parente, chamando José, moço muito bom e virtuoso, que era o carpinteiro da cidade. Um dia, ela estava em casa, rezando, quando lhe apareceu o Anjo São Gabriel e a cumprimentou, dizendo: - Ave, cheia de graça! O Senhor é convosco. Maria ficou muito espantada com aquela saudação. Que queriam dizer aquelas palavras? Enquanto pensava, São Gabriel lhe explicou: - O Espírito Santo descerá sobre ti. Terás um filho que é o próprio Filho do Altíssimo. Ele será poderoso, e o seu reino não terá fim. Tu lhe porás o nome de JESUS. Maria era muito instruída na religião.
  • 34. Ela conhecia os livros sagrados e as profecias. Sabia que o Salvador prometido havia de sair da família de Davi e que seria Filho de Deus. Compreendeu tudo num instante. Deus queria que ela fosse a Mãe do Salvador. Como era muito humilde, não se achava digna. Mas, sendo a vontade de Deus, só lhe restava aceitar. Então, se inclinou diante do Anjo e lhe disse: - Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra. Sim; o servo cumpre todas as ordens do Senhor. Maria queria cumprir todas as ordens do Seu Senhor, transmitidas pelas palavras do Anjo. E, naquele mesmo momento, o Filho de Deus se fez homem e habitou entre nós. Crianças, conservai escrupulosamente a vossa fé.
  • 35. 25 Dia 25: José e o Anjo do Senhor (Mateus 1,18-24) A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo, antes de coabitarem. José, seu esposo, sendo justo e não a querendo difamar, resolveu repudiá-la secretamente. Andando ele com isto no pensamento, eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonhos, e lhe disse: -José, filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta, que diz: -“Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porão o nome de Emanuel”, que quer dizer “Deus conosco”. Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa. Não a conheceu até que deu à luz um filho, e pôs-lhe o nome de Jesus. Crianças, sabei renunciar aos vossos gostos e sede caridosas.
  • 36. 26 Dia 26: Simeão e Ana (Lucas 2, 25-26; 36-38) Havia então em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem era justo e temente a Deus, e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte, sem ver primeiro o Cristo Senhor. Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; estava em idade muito avançada, tinha vivido sete anos com seu marido, desde a sua virgindade, e tinha permanecido viúva até os oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Ela também, sobrevindo na mesma ocasião, louvava a Deus, e falava a todos os de Jerusalém que esperavam a redenção. Crianças, quando estiverdes na Igreja, não deveis conversar, pensai somente no vosso bom Jesus.
  • 37. 27 Dia 27: Indo a Belém (Lucas 2, 1-5) O imperador romano quis saber quantos habitantes havia nas terras em que ele dominava. Para isto, mandou fazer um recenseamento. Todos tinham que dar os nomes, não no lugar onde moravam, mas no lugar de sua família. São José e Nossa Senhora moravam em Nazaré. Mas pertenciam à família de Davi, que era de Belém. Não era perto, uns 3 dias de viagem. E já sabemos: a pé ou nos jumentinhos. Além disso, Nossa Senhora estava esperando o nascimento do menino Jesus para aqueles dias. Um bom patriota cumpre as leis de sua Pátria. Chegaram a Belém. A cidade era pequena e muitos peregrinos enchiam as hospedarias e até as casas particulares. De modo que não havia lugar para eles. Ali por perto da cidade existiam muitas grutas, que serviam de abrigo aos animais, nos dias de chuva e durante as noites. São José, vendo que era impossível arranjar hospedagem, dirigiu-se para uma daquelas grutas, arrumou-a do melhor modo que pôde. E se acomodaram. Na barreira da gruta estava uma manjedoura, feita de pedra. Sendo tempo de inverno, fazia muito frio. Maria fazia a arrumação para dormirem, São José acendeu um fogo que os aquecesse um pouco. Crianças, amai a Deus e respeitai a vossa pátria.
  • 38. 28 Dia 28: Natal (Lucas 2,6-7) Foi ali, naquela gruta fria, entre restos de capim e sujeira de animais, que nasceu o Salvador do Mundo. À meia noite, num dia de dezembro, na gruta de Belém, Cristo nasceu. Maria tomou-o nas mãos, envolveu-o nuns paninhos e deitou-o na manjedoura. Aquele Menino era o Filho de Deus. Parecia um menino igual aos outros, mas era o Rei dos reis e o Senhor de todos os homens. Estava naquela manjedoura, mas reinava no céu. Aquela madrugada de 25 de dezembro será para todo o mundo uma noite de festa e alegria: Noite de Natal. O Salvador prometido por Deus chegou. O Salvador esperado pelos homens veio. O mundo vai ser salvo. Cristo nasceu! Crianças, é a inocência que vos torna tão queridas ao Coração de Jesus, sede sempre puras!