O documento discute as possibilidades e desafios da educação híbrida na formação contemporânea, abordando temas como ciberdemocracia, hibridismo, ambientes virtuais de aprendizagem e sua aplicação na formação docente.
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Educação híbrida, práticas sociais e cibercultura
1. Educação híbrida, práticas sociais e cibercultura:
possibilidades e desafios na formação
contemporânea
PROFA. DRA. ADRIANA ROCHA BRUNO - UFJF - ADRIANA.BRUNO@EDUCACAO.UFJF.BR
PROFA. DRA. ANA MARIA DI GRADO HESSEL - PUC/SP - DIGRADO@UOL.COM.BR
PROFA. DRA. LUCILA PESCE - UNIFESP - LUCILAPESCE@GMAIL.COM
XII SEMINARIO INTERNACIONAL DE LA RED ESTRADO
2. Ciberdemocracia
1. Primeiros passos da Ciberdemocracia: comunidades inteligentes, governança eletrônica,
informação e diálogo democrático pela rede, voto pela internet, luta contra a fractura numérica
e internet ao serviço do desenvolvimento (Lévy, 2002).
2. Papel do ciberespaço, para o alcance de uma esfera pública, com novos contornos e com maior
participação dos cidadãos.
3. Educação híbrida, no imbricar entre presencial e virtual.
4. Educação híbrida: elemento potente, para o repensar das práticas curriculares, no espaço da
sala de aula e nos projetos pedagógicos das instituições de ensino (Canatá, 2015).
3. Hibridismo
Gêneros do discurso são práticas sociais situadas (Bakhtin, 1997).
Híbrido: conceito polissêmico.
“[..] um ser híbrido, para os estudos da biologia, diz respeito ao cruzamento de duas espécies distintas, resultando seres cuja
incompatibilidade genética não permite, na maioria das vezes, sua reprodução; são seres estéreis“ (Bruno, 2017, p. 154) . Ex:
mula, nascida do cruzamento entre o cavalo e a jumenta ou entre a égua e o jumento.
Hibridismo e língua imbricam-se, na acepção bakhtiniana, como sinaliza Vaz (2017).
Esta acepção de hibridismo revela a pujança do ensino híbrido para o repensar das práticas educativas, na atualidade.
4. AVA – Ambientes Virtuais de Aprendizagem
1. Popularização dos dispositivos móveis (tablets, smartphones etc.) e seus aplicativos:
2. Ensino híbrido erguido em meio à utilização dos dispositivos digitais: videoconferência,
webconferência, Redes Sociais (ex: Facebook) e dispositivos de comunicação instantânea
(ex: Skype e WhattsApp).
3. Ampliação do hibridismo, ao longo de 18 anos de docência superior:
ampliação da perspectiva de alteridade
alargamento dos tempos e dos espaços dos processos educativos.
5. Hibridismo na formação docente
Experiências em dois contextos de cursos presenciais:
I – Facebook e WhatsApp:
Incorporação de interfaces digitais e em rede, nas aulas presenciais.
Práticas de ensino para formar docentes para uma educação contemporânea, hodierna.
6. Hibridismo na formação docente
II – Webconferência e videoconferência
Linguagens hipermidiáticas nas práticas de ensino e pesquisa: imbricar de texto, áudio,
imagem e vídeo na construção colaborativa de conhecimento.
Relato de experiência com o Flash Meeting (Knowledge Media, Open University, UK):
contribuição da ação mediadora para estimular a participação e a aprendizagem significativa,
no ensino e na pesquisa (Hessel, 2009).
7. Discussão
1. Práxis formativa: histórico aumento de adesão, por parte dos professores, à utilização de
AVA e de outros dispositivos midiáticos, como apoio à educação presencial.
2. Atribuímos a esta adesão fatores ecológicos (economia de papel), econômicos (não onerar
os estudantes com gastos com copia impressa) e pedagógicos: contribuição do registro do
processo educativo, nos dispositivos transmidiáticos.
8. Discussão
1. Não podemos fetichizar a cultura transmídia, demonizando-a
ou a entronizando como panaceia da educação.
2. Atenção às suas contradições, como todo e qualquer aparato
simbólico cooptado pelo capital.
9. Discussão
1. Ampliação dos tempos e dos espaços, por meio da cultura transmídia, com tudo o que isso
implica de positivo e de controverso:
Para a constituição das subjetividades
Para a constituição das organizações societárias
(Pesce, 2007; 2014).
10. Cultura transmídia - algumas contradições...
RACIONALIDADE INSTRUMENTAL RACIONALIDADE COMUNICATIVA
Promove coisificação Promove humanização e emancipação
Algoritmos e bolhas Ampliação da perspectiva de alteridade
Mapeamento e controle Empoderamento (freireano)
Face perversa da EaD
(economia de custo / precarização do trabalho docente)
Novas práticas sociais na Cibercultura
Discurso do ódio Ciberdemocracia
Mensagens de pedofilia Net-ativismo
11. Discussão
1. Gradual inserção das práticas híbridas às ações educativas.
2. Convite aos contextos formativos (escola, universidades e programas de formação docente
continuada): inserção e consolidação da educação híbrida.
OBRIGADA!
Profa. Dra. Adriana Rocha Bruno - UFJF - adriana.bruno@educacao.ufjf.br
Profa. Dra. Ana Maria Di Grado Hessel - PUCSP - digrado@uol.com.br
Profa. Dra. Lucila Pesce - UNIFESP - lucilapesce@gmail.com
12. ReferênciasBAKHTIN, M. Estética da criação verbal. Trad. M. E. Pereira. São Paulo: Martins fontes, 1997 [1979].
______. Questões de literatura e de estética: a teoria do romance. 4ª ed. Trad. A. F. Bernadini et al. São Paulo: Hucitec / UNESP, 1998 [1975].
BRUNO, A. R. POMAR. Por uma prática da autonomia e da partilha. In: MOREIRA, José António; VIEIRA, Cristina Pereira. eLearning no Ensino Superior. Coleção Estratégias de Ensino e Sucesso
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CANATÁ, V. Quando a inovação na sala de aula passa a ser um projeto de escola. In: BACICH, Lilian; TANZI Neto, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Melo (orgs.). Ensino híbrido: personalização e
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DI FELICE, M.; Pereira, E.; ROZA, E. (orgs.). Net-ativismo: redes digitais e novas práticas de participação. Campinas: Papirus, 2017.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
HABERMAS, H. Agir comunicativo e razão descentralizada. Trad. L. Aragão. Revisão D. C. da Silva. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002.
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LÉVY, P. Cibercultura. Trad. C. I. Costa. São Paulo: Ediora 34, 1999.
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https://www.revistas.usp.br/rus/article/download/129022/131478
13. O progresso científico e tecnológico que não
responde fundamentalmente aos interesses
humanos, às necessidades de nossa existência,
perdem, para mim, sua significação.
Paulo Freire (1997)