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Carlos Pinheiro
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Conteúdo

Introdução ................................................................................. 3
Gustave Courbet (1819-1877) ..................................................... 4
Honoré Daumier (1808-1879) ..................................................... 8
Jean-François Millet (1814-1875) .............................................. 10
Introdução
Gustave Courbet (1819-1877)
Jean-Desiré Gustave Courbet nasceu em Ornans, França, no dia 10 de junho de 1819,
no seio de uma abastada família de proprietários rurais. Interessou-se desde cedo pelo
desenho e pela política e, em 1840, mudou-se para Paris, onde opta por não frequentar a tradicional Academia de Arte, preferindo cursos livres como os da Académie Suisse.
Frequentador assíduo do Louvre, entusiasma-se pelos mestres holandeses (sobretudo
Hals e Rembrandt), venezianos e espanhóis, e especial pelos pintores que retratavam
a realidade simples da vida quotidiana, como Chardin e os irmãos Le Nain.
Depois de algumas tentativas infrutíferas, o seu nome aparece pela primeira vez no
Salon de 1844, ao ser-lhe aceite o seu Autorretrato com Cão Negro, que faz parte de
uma série de autorretratos juvenis que revelam o encantamento do artista pela sua
própria pessoa.

Autorretrato com Cão Negro. 1841. Óleo sobre tela. 44 × 54 cm
As Peneiradoras do Trigo. 1855. Óleo sobre tela. 131 × 167 cm.

Os Britadores de Pedra. 1849. Óleo sobre tela. 165 × 257 cm .
Com Os Britadores de Pedra (1949), Courbet capta o duro labor dos pedreiros, chamando a atenção para a deplorável situação social desta classe. As duas personagens,
um velho e um rapaz, são completamente anódinos, e os seus rostos estão ocultos,
pelo que não expressam qualquer ideia ou emoção. Mas todo o quadro sugere a ideia
de trabalho de duro, fadiga e embrutecimento. A própria paisagem não oferece qualquer ideia redentora ou reparadora: Courbet pinta apenas uma escura colina que desce até muito perto dos pedreiros e que «empurra» as suas figuras para o espectador,
acentuando assim o argumento da tela.

Enterro em Ornans. 1849-50. Óleo sobre tela. 315 × 668 cm .
Abordando o tema da morte de forma totalmente
oposta ao pathos romântico, com Enterro em Ornans
Courbet suscita críticas ainda mais violentas do que
com Os Britadores de Pedra.
Para pintar esta enorme tela de quase sete metros, em
tamanho real, Courbet recorreu a 50 modelos, habitantes de diferentes classes sociais da sua terra natal,
Ornans. Contrariando os cânones da pintura religiosa
sobre o tema, Courbet recusa a solenidade e a transcendência habituais, preferindo contenção e mesmo
uma certa banalidade, reproduzindo um ambiente calmo e íntimo. O artista alcança com esta obra a definição daquilo que entende como Realismo: a representação da cena tal como é, objetiva e empiricamente. As
personagens estão dispostas horizontalmente, num
único plano, com as suas linhas verticais contrastando
fortemente com as linhas horizontais da paisagem,
numa tela que revela clara influência dos mestres
holandeses (Rembrandt, Hals).
O Ateliê. 1855. Óleo sobre tela. 359 × 598 cm
O Ateliê é a obra mais ambiciosa de Courbet e também a mais ambígua. Foi recusada
pelo Salão de 1855.
Intitulada pelo artista de O Meu Ateliê – Uma Alegoria Real, ou ainda Resumo de Sete
Anos da Minha Vida, esta obra representa o pintor em frente da tela, pintando uma
paisagem da sua terra natal, Ornans, rodeado por personagens da sociedade parisiense do seu tempo.
À direita, estão os seus amigos e protetores, pessoas «amantes da arte» que «têm
ideias realistas», o que, na linguagem do pintor, equivale a dizer progressistas, democratas, socialistas. Reconhece-se Baudelaire (poeta e crítico de arte), os seus pais, um
casal de amantes, Champfleury (escritor), Promayet (músico), Max Bouchon (poeta
realista), Bruyas (o seu mecenas) e Proudhon (filósofo).
À esquerda, Courbet retrata figuras da política e da vida mundana: um sacerdote, um
judeu, um caçador, um operário. Acredita-se que possa haver um retrato disfarçado
de Napoleão III, vestido de caçador. O chapéu, a guitarra e a faca no chão podem ser
considerados como símbolos do Romantismo já decadente.
Paradoxalmente, esta multidão, que deveria estar no ateliê para ver a obra do artista,
parece distraída ou demasiado absorta nos seus pensamentos. A única figura que verdadeiramente olha o quadro é criança a junto ao pintor e a mulher nua. Pensa-se que
esta mulher possa representar aquela verdade sem disfarce que Courbet tanto proclamara como o princípio orientador da sua arte.
Honoré Daumier (1808-1879)
Conhecido no seu tempo como o "Miguel Ângelo da caricatura", foi sobretudo na ilustração que Honoré Daumier conheceu a notoriedade no seu tempo. A sua iniciação na
pintura ocorreu precisamente na prisão, onde cumpria pena de 6 meses pela publicação de uma caricatura do rei Luís Filipe como Gargântua.
Os temas da pintura de Daumier são variadíssimos, mas versam sobretudo cenas e
personagens da vida do seu tempo, como por exemplo o tema dos saltimbancos, com
quem o artista se mostrava solidário, acusados de cantar canções socialista e vender
panfletos e que uma lei de 1853 equiparava a meliantes e vagabundos.

O Vagão de Terceira Classe. 1862. Óleo sobre tela. 67 × 93 cm.
Daumier foi mais longe do que a superfície tangível da realidade preconizada pelos
realistas: interessava-o também a significação emocional que se esconde sob essa
superfície. É o que podemos observar, por exemplo, em O Vagão de Terceira Classe.
Pintado de maneira muito livre, o quadro deve ter parecido, à época, tosco e inacabado. Nele, o espetador é confrontado com a imagem de uma mulher humilde, com as
mãos pacientemente cruzadas sobre um cesto de vime, que tem à direita uma jovem
mãe amamentando o filho com olhar atento e, à esquerda, a figura adormecida de um
rapaz. Embora estejam fisicamente juntas, as personagens não prestam atenção
umas às outras – cada uma está só com os seus pensamentos. Daumier consegue
assim captar esse estado peculiar da condição humana contemporânea, a «multidão
solitária», mas com uma sensibilidade reveladora da dignidade com que os realistas
retratavam as classes trabalhadoras.
O mesmo é válido para A Lavadeira, em especial no gesto terno com que esta estende a mão para a criança, que, ainda muito pequena, sobe as escadas com dificuldade.

A Lavadeira. 1863. Óleo sobre madeira. 49 × 33 cm .
Jean-François Millet (1814-1875)
Millet nasceu perto de Cherburgo, de uma família de camponeses abastados, e o seu
percurso artístico começa com a pintura de retratos, nus e cenas idílicas ao gosto do
século XVIII, Será já em Paris, após encontros com Rousseau, Daumier e o grupo de
Barbizon que a sua estética envereda pelo gosto realista. Em 1849 estabelece-se definitivamente em Barbizon, na França rural, próximo de Paris. Esta ruralidade transparece em quase todas as suas obras, nas quais Millet procura mostrar ao mesmo tempo
a rudeza e a nobreza do trabalho no campo.
O Semeador, exposto no salão de 1850, provoca polémica idêntica a Os Britadores de
Pedra e o Enterro de Courbet, desse mesmo ano. Na tela, procurando mostrar o
homem simples, o pintor representou uma figura grandiosa de intensa dignidade,
contra a vastidão do campo.

.
O Semeador. 1850. Óleo sobre tela. 82 x 101 cm.
Em As Respigadoras do Trigo, Millet retrata três camponesas recolhendo os restos da
colheita, envoltas numa atmosfera dourada. Aqui a vida rural assumiu uma rara
nobreza na síntese perfeita entre cultura e ordem natural. Mais uma vez, a sua tela é
alvo de críticas violentas da parte dos que receiam lutas sociais.
Em primeiro plano, destacam-se as três personagens, tendo como fundo uma iluminada paisagem de campo. Duas respigadoras, curvadas para o chão, apanham as
espigas que os ceifeiros deixaram para trás, e a terceira amarra o seu feixe. À maneira
realista, os rostos das camponesas encontram-se obscurecidos; só se vê o perfil da
última, percebendo-se um rosto escurecido pelo sol e de traços grosseiros. As mãos
são rudes. Com a sua pincelada realista, o artista evita idealizar o tema. Chama a
atenção para a grandeza e dignidade da tarefa executada por pessoas simples e resignadas diante de uma realidade existencial que não conseguem mudar.

As Respigadoras do Trigo. 1857. Óleo sobre tela. 83,5 × 110 cm.
Angelus (1857-9) é o quadro mais famoso de Millet e o que melhor exprime seu compromisso com realismo. Mostra dois camponeses, um homem e uma mulher, em pé,
numa postura de reverência, na hora do Angelus, orando, presumivelmente dando
graças a Deus pela colheita obtida através do suor e do esforço de muitos dias. Ele de
cabeça baixa, segurando o chapéu, ela com as mãos no peito num sinal de devoção.
Mais do que a religiosidade do tema, o que transparece, mais uma vez, é o tema do
trabalho no campo, retratado com simplicidade com uma dignidade bíblica.
O Angelus é ainda hoje uma das obras de arte mais reproduzidas, e fascinou mestres
da pintura de épocas posteriores, como Van Gogh e Salvador Dali, que realizaram versões do mesmo.

Angelus. 1857-59. Óleo sobre tela. 55,5 × 66 cm.

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O realismo na pintura

  • 2. Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição-Uso NãoComercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 3.0 Unported. Conteúdo Introdução ................................................................................. 3 Gustave Courbet (1819-1877) ..................................................... 4 Honoré Daumier (1808-1879) ..................................................... 8 Jean-François Millet (1814-1875) .............................................. 10
  • 4. Gustave Courbet (1819-1877) Jean-Desiré Gustave Courbet nasceu em Ornans, França, no dia 10 de junho de 1819, no seio de uma abastada família de proprietários rurais. Interessou-se desde cedo pelo desenho e pela política e, em 1840, mudou-se para Paris, onde opta por não frequentar a tradicional Academia de Arte, preferindo cursos livres como os da Académie Suisse. Frequentador assíduo do Louvre, entusiasma-se pelos mestres holandeses (sobretudo Hals e Rembrandt), venezianos e espanhóis, e especial pelos pintores que retratavam a realidade simples da vida quotidiana, como Chardin e os irmãos Le Nain. Depois de algumas tentativas infrutíferas, o seu nome aparece pela primeira vez no Salon de 1844, ao ser-lhe aceite o seu Autorretrato com Cão Negro, que faz parte de uma série de autorretratos juvenis que revelam o encantamento do artista pela sua própria pessoa. Autorretrato com Cão Negro. 1841. Óleo sobre tela. 44 × 54 cm
  • 5. As Peneiradoras do Trigo. 1855. Óleo sobre tela. 131 × 167 cm. Os Britadores de Pedra. 1849. Óleo sobre tela. 165 × 257 cm . Com Os Britadores de Pedra (1949), Courbet capta o duro labor dos pedreiros, chamando a atenção para a deplorável situação social desta classe. As duas personagens,
  • 6. um velho e um rapaz, são completamente anódinos, e os seus rostos estão ocultos, pelo que não expressam qualquer ideia ou emoção. Mas todo o quadro sugere a ideia de trabalho de duro, fadiga e embrutecimento. A própria paisagem não oferece qualquer ideia redentora ou reparadora: Courbet pinta apenas uma escura colina que desce até muito perto dos pedreiros e que «empurra» as suas figuras para o espectador, acentuando assim o argumento da tela. Enterro em Ornans. 1849-50. Óleo sobre tela. 315 × 668 cm . Abordando o tema da morte de forma totalmente oposta ao pathos romântico, com Enterro em Ornans Courbet suscita críticas ainda mais violentas do que com Os Britadores de Pedra. Para pintar esta enorme tela de quase sete metros, em tamanho real, Courbet recorreu a 50 modelos, habitantes de diferentes classes sociais da sua terra natal, Ornans. Contrariando os cânones da pintura religiosa sobre o tema, Courbet recusa a solenidade e a transcendência habituais, preferindo contenção e mesmo uma certa banalidade, reproduzindo um ambiente calmo e íntimo. O artista alcança com esta obra a definição daquilo que entende como Realismo: a representação da cena tal como é, objetiva e empiricamente. As personagens estão dispostas horizontalmente, num único plano, com as suas linhas verticais contrastando fortemente com as linhas horizontais da paisagem, numa tela que revela clara influência dos mestres holandeses (Rembrandt, Hals).
  • 7. O Ateliê. 1855. Óleo sobre tela. 359 × 598 cm O Ateliê é a obra mais ambiciosa de Courbet e também a mais ambígua. Foi recusada pelo Salão de 1855. Intitulada pelo artista de O Meu Ateliê – Uma Alegoria Real, ou ainda Resumo de Sete Anos da Minha Vida, esta obra representa o pintor em frente da tela, pintando uma paisagem da sua terra natal, Ornans, rodeado por personagens da sociedade parisiense do seu tempo. À direita, estão os seus amigos e protetores, pessoas «amantes da arte» que «têm ideias realistas», o que, na linguagem do pintor, equivale a dizer progressistas, democratas, socialistas. Reconhece-se Baudelaire (poeta e crítico de arte), os seus pais, um casal de amantes, Champfleury (escritor), Promayet (músico), Max Bouchon (poeta realista), Bruyas (o seu mecenas) e Proudhon (filósofo). À esquerda, Courbet retrata figuras da política e da vida mundana: um sacerdote, um judeu, um caçador, um operário. Acredita-se que possa haver um retrato disfarçado de Napoleão III, vestido de caçador. O chapéu, a guitarra e a faca no chão podem ser considerados como símbolos do Romantismo já decadente. Paradoxalmente, esta multidão, que deveria estar no ateliê para ver a obra do artista, parece distraída ou demasiado absorta nos seus pensamentos. A única figura que verdadeiramente olha o quadro é criança a junto ao pintor e a mulher nua. Pensa-se que esta mulher possa representar aquela verdade sem disfarce que Courbet tanto proclamara como o princípio orientador da sua arte.
  • 8. Honoré Daumier (1808-1879) Conhecido no seu tempo como o "Miguel Ângelo da caricatura", foi sobretudo na ilustração que Honoré Daumier conheceu a notoriedade no seu tempo. A sua iniciação na pintura ocorreu precisamente na prisão, onde cumpria pena de 6 meses pela publicação de uma caricatura do rei Luís Filipe como Gargântua. Os temas da pintura de Daumier são variadíssimos, mas versam sobretudo cenas e personagens da vida do seu tempo, como por exemplo o tema dos saltimbancos, com quem o artista se mostrava solidário, acusados de cantar canções socialista e vender panfletos e que uma lei de 1853 equiparava a meliantes e vagabundos. O Vagão de Terceira Classe. 1862. Óleo sobre tela. 67 × 93 cm. Daumier foi mais longe do que a superfície tangível da realidade preconizada pelos realistas: interessava-o também a significação emocional que se esconde sob essa superfície. É o que podemos observar, por exemplo, em O Vagão de Terceira Classe. Pintado de maneira muito livre, o quadro deve ter parecido, à época, tosco e inacabado. Nele, o espetador é confrontado com a imagem de uma mulher humilde, com as mãos pacientemente cruzadas sobre um cesto de vime, que tem à direita uma jovem mãe amamentando o filho com olhar atento e, à esquerda, a figura adormecida de um rapaz. Embora estejam fisicamente juntas, as personagens não prestam atenção
  • 9. umas às outras – cada uma está só com os seus pensamentos. Daumier consegue assim captar esse estado peculiar da condição humana contemporânea, a «multidão solitária», mas com uma sensibilidade reveladora da dignidade com que os realistas retratavam as classes trabalhadoras. O mesmo é válido para A Lavadeira, em especial no gesto terno com que esta estende a mão para a criança, que, ainda muito pequena, sobe as escadas com dificuldade. A Lavadeira. 1863. Óleo sobre madeira. 49 × 33 cm .
  • 10. Jean-François Millet (1814-1875) Millet nasceu perto de Cherburgo, de uma família de camponeses abastados, e o seu percurso artístico começa com a pintura de retratos, nus e cenas idílicas ao gosto do século XVIII, Será já em Paris, após encontros com Rousseau, Daumier e o grupo de Barbizon que a sua estética envereda pelo gosto realista. Em 1849 estabelece-se definitivamente em Barbizon, na França rural, próximo de Paris. Esta ruralidade transparece em quase todas as suas obras, nas quais Millet procura mostrar ao mesmo tempo a rudeza e a nobreza do trabalho no campo. O Semeador, exposto no salão de 1850, provoca polémica idêntica a Os Britadores de Pedra e o Enterro de Courbet, desse mesmo ano. Na tela, procurando mostrar o homem simples, o pintor representou uma figura grandiosa de intensa dignidade, contra a vastidão do campo. .
  • 11. O Semeador. 1850. Óleo sobre tela. 82 x 101 cm. Em As Respigadoras do Trigo, Millet retrata três camponesas recolhendo os restos da colheita, envoltas numa atmosfera dourada. Aqui a vida rural assumiu uma rara nobreza na síntese perfeita entre cultura e ordem natural. Mais uma vez, a sua tela é alvo de críticas violentas da parte dos que receiam lutas sociais. Em primeiro plano, destacam-se as três personagens, tendo como fundo uma iluminada paisagem de campo. Duas respigadoras, curvadas para o chão, apanham as espigas que os ceifeiros deixaram para trás, e a terceira amarra o seu feixe. À maneira realista, os rostos das camponesas encontram-se obscurecidos; só se vê o perfil da última, percebendo-se um rosto escurecido pelo sol e de traços grosseiros. As mãos são rudes. Com a sua pincelada realista, o artista evita idealizar o tema. Chama a atenção para a grandeza e dignidade da tarefa executada por pessoas simples e resignadas diante de uma realidade existencial que não conseguem mudar. As Respigadoras do Trigo. 1857. Óleo sobre tela. 83,5 × 110 cm. Angelus (1857-9) é o quadro mais famoso de Millet e o que melhor exprime seu compromisso com realismo. Mostra dois camponeses, um homem e uma mulher, em pé, numa postura de reverência, na hora do Angelus, orando, presumivelmente dando graças a Deus pela colheita obtida através do suor e do esforço de muitos dias. Ele de cabeça baixa, segurando o chapéu, ela com as mãos no peito num sinal de devoção.
  • 12. Mais do que a religiosidade do tema, o que transparece, mais uma vez, é o tema do trabalho no campo, retratado com simplicidade com uma dignidade bíblica. O Angelus é ainda hoje uma das obras de arte mais reproduzidas, e fascinou mestres da pintura de épocas posteriores, como Van Gogh e Salvador Dali, que realizaram versões do mesmo. Angelus. 1857-59. Óleo sobre tela. 55,5 × 66 cm.