alcool na adolecencia é um grande problema social, afeta diariamente pais e toda a familia.
Além de diversos problemas de saúde provocados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o alcoolismo também causa problemas sociais graves que está diretamente relacionado à violência no trânsito, violência doméstica, abandono escolar e abandono do emprego
3. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de
bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um
problema para o alcoolista e para quem o cerca.
O álcool, presente nas bebidas alcoólicas, é
uma substância depressora do Sistema Nervoso
Central, que provoca mudança no
comportamento de quem o consome.
Por ser uma substância lícita, está presente em quase
todas as culturas e participa do cotidiano e de vários
rituais da humanidade, desde meados de 6.000 a 8.000
a.C.
O termo alcoolista foi proposto por alguns pesquisadores
como uma alternativa menos carregada de valoração do
que o termo alcoólatra:
Alcoólatra
O termo alcoólatra confere uma identidade e impõe um estigma,
que anula todas as outras identidades do sujeito. Em outros termos,
não é a bebida em si, mas aquela pessoa que bebe de modo
abusivo, desregrado, que a leva à condição de ser socialmente
identificada como "alcoólatra", quem "idolatra", "adora" e se
tornou dependente do álcool.
Alcoolista
O termos alcoolista não reduz a pessoa a uma condição, como
a de alcoólatra, mas o identifica como uma pessoa que tem como
característica uma afinidade com alguma coisa. Por exemplo, uma
pessoa que torce pelo Flamengo é flamenguista. É uma
característica, mas não reduz o indivíduo a ela, como uma
identidade única e dominante.
Alinhamento de Conceitos
Sobre o Álcool
4. Drogas Psicotrópicas
Alinhamento de Conceitos
São aquelas que atuam sobre o nosso cérebro, alterando de alguma maneira o nosso psiquismo. São
classificadas em três grupos, de acordo com a atividade que exercem junto ao nosso cérebro:
1- Depressores da Atividade do SNC:
- Álcool
- Soníferos ou hipnóticos (drogas que promovem o sono);
- Ansiolíticos (acalmam; inibem a ansiedade). As principais drogas pertencentes a essa classificação são os
benzodiazepínicos. Ex. : diazepam, lorazepam, etc
- Opiáceos ou narcóticos (aliviam a dor e dão sonolência). Ex.: morfina, heroína, codeína, meperidina, etc
- Inalantes ou solventes (colas,tintas, removedores, etc)
2- Estimulantes da Atividade do SNC
- Anorexígenos (diminuem a fome). principais drogas pertencentes a essa classificação são as anfetaminas. Ex.:
dietilpropriona, femproporex, etc
- Cocaína
3- Perturbadores da Atividade do SNC
- De origem vegetal:
Mescalina (do cacto mexicano)
THC (da maconha);
Psilocibina (de certos cogumelos)
Lírio (trombeteira, zabumba ou saia branca)
Fonte: CEBRID
- De origem sintética:
LSD-25;
“Ectasy"
Anticolinérgicos (Artane® , Bentyl®)
Drogas
que
são
usadas
de
maneira
abusiva
5. Métricas para mensuração do uso de drogas
Alinhamento de Conceitos
Uso na vida: quando a pessoa fez uso de qualquer droga pelo menos uma vez na vida;
Uso no ano: quando a pessoa utilizou droga pelo menos uma vez nos doze meses que antecederam a pesquisa;
Uso no mês: quando a pessoa utilizou droga pelo menos uma vez nos trinta dias que antecederam a pesquisa;
Uso frequente: quando a pessoa utilizou droga seis ou mais vezes nos trinta dias que antecederam a pesquisa;
Uso pesado: quando a pessoa utilizou droga vinte ou mais vezes nos trinta dias que antecederam a pesquisa.
Fonte: Relatório Brasileiro sobre Drogas
6. Sobre o Relatório
Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
O Relatório Brasileiro sobre Drogas 2010
constitui-se na primeira fonte unificada de
informações sobre drogas no país, facilitando o
acesso aos dados mais relevantes sobre a
situação nacional do consumo de drogas e suas
consequências.
A meta final do relatório é subsidiar o
planejamento e a execução de políticas públicas
setoriais.
Além da apresentação dos diversos indicadores
foi priorizada a análise da sua variação ao longo
do tempo, de modo a detectar possíveis
tendências. Para a consecução desse último
objetivo foi necessário, então, restringir o
período aos anos de 2001 a 2007.
Fonte: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - 2010
7. Prevalência de Uso de Drogas
Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
No Brasil, o uso na vida para qualquer droga
(exceto tabaco e álcool) foi de 22,8%.
Esta porcentagem é, por exemplo, próxima à do
Chile (23,4%) e quase metade da dos EUA
(45,8%).
A prevalência de uso na vida de qualquer droga,
exceto tabaco e álcool, foi maior na Região
Nordeste, onde 27,6% dos entrevistados já
fizeram uso de alguma droga. A região que
apresentou menor uso na vida foi a Norte com
14,4%.
População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de
12 a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades. Pelo
planejamento amostral só foi possível conclusões por região.
8. Prevalência de Uso de Drogas
Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
O uso na vida de Álcool, foi de 74,6% porcentagem
inferior a de outros países (Chile com 86,5% e EUA com
82,4%).
Tabaco foi de 44,0% no total, porcentagem inferior à do
Chile (72,0%) e EUA (67,3%).
Maconha foi de 8,8%, resultado próximo aos da Grécia
(8,9%) e Polônia (7,7%), porém abaixo dos apresentados
nos EUA (40,2%) e Reino Unido (30,8%).
Cocaína foi de 2,9%, sendo próxima à da Alemanha
(3,2%), porém bem inferior à dos EUA, com 14,2%, e Chile,
com 5,3%.
Crack foi de 0,7%, cerca da metade do valor apresentado
no estudo americano.
A heroína, droga tão citada na mídia, teve uso na vida por sete entrevistados, sendo seis
homens. Porcentagens muito abaixo da americana e da colombiana (1,3%) .
9. Prevalência de Uso e Dependência
Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
A faixa etária que apresenta maior
dependência é a de 18 a 24 anos anos,
seguida da de 25 a 34 anos. Essas
observações valem para ambos os
sexos.
A estimativa de dependentes de álcool foi de 12,3% para o
Brasil;
O gênero masculino apresenta maior uso na vida e maior dependência
de álcool do que o gênero feminino, em todas as faixas etárias.
10. Uso de Álcool por Região e Faixa Etária
Panorama sobre Consumo de Álcool no Brasil
O menor uso de álcool ocorreu na
Região Norte (53,9%) e o maior na
Sudeste (80,4%).
A estimativa de dependentes de álcool
no Nordeste atingiu quase 14%.
Em todas as regiões observaram-se
mais dependentes de álcool para o
gênero masculino.
População estudada em 2001 foi 8.589 e 2005 foi de 7.939 pessoas de 12
a 65 anos . A pesquisa foi realizada em 108 cidades. Pelo planejamento
amostral só foi possível conclusões por região.
11. Consumo de Álcool no Brasil
Para avaliar como os brasileiros bebem, foram utilizadas duas variáveis importantes: “frequência e a
quantidade de beber”, uma forma consagrada na literatura internacional.
As frequências e quantidades de consumo foram combinadas em cinco categorias de intensidade do beber:
Bebedor pesado frequente : bebe 1 vez ou mais por semana e consome 5 ou mais doses por ocasião;
Beber em binge: é definido como o consumo, em uma só ocasião, de 5 doses ou mais para homens e 4 doses ou
mais para mulheres;
Bebedor frequente: bebe 1 vez por semana ou mais e pode ou não consumir 5 ou mais doses por ocasião pelo
menos 1 vez na semana, mas mais de uma vez por ano;
Bebedor menos frequente: bebe de 1 a 3 vezes por mês e pode ou não beber 5 doses ou mais, ao menos 1 vez por
ano;
Bebedor não frequente: bebe menos de uma vez por mês, mas ao menos 1 vez por ano e não bebe 5 doses
ou mais em uma única ocasião;
Abstêmio: bebe menos de uma vez por ano ou nunca bebeu na vida.
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
12. Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
Fica claro nos estudos epidemiológicos
realizados até o momento que o consumo de
bebidas alcoólicas no Brasil, particularmente
entre os jovens, é um importante problema de
saúde pública.
Levantamentos entre crianças e
adolescentes em situação de rua
Os cinco levantamentos realizados
apontam que o consumo de drogas,
incluindo o álcool, é bastante alto entre
crianças e adolescentes de 9 a 18 anos.
Para esses jovens, o álcool não apareceu
como a droga favorita, mas seu consumo
recente (últimos 30 dias) ainda se
encontrava no patamar de 43% nas cidades
pesquisadas e o consumo semanal ou
diário chegava a 22% no último ano
pesquisado.
Levantamentos entre estudantes de
Ensino Médio e Ensino Fundamental
Foram realizados cinco levantamentos mais
amplos com essa população.
O Que a Literatura Nacional Aponta até o Momento
13. Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
Principais Conclusões do I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool
na População Brasileira - 2007
Metade da população não bebe. Constatou-se que 48%
da população adulta é abstinente (35% dos homens
e 59% das mulheres).
9% bebe em um padrão perigoso;
15% bebe em padrão potencialmente perigoso;
29% bebe em um padrão relativamente seguro;
Homens bebem mais intensamente que as mulheres
e os mais jovens superam os mais velhos
Este resumo afasta a visão simplista de que todo mundo bebe um pouco.
Quanto e Como Bebe o Brasileiro Adulto
14. Intensidade do Beber, em Adultos, por Região
Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
A região Sul apresenta a menor taxa de
abstinência entre todas as regiões
brasileiras.
Uma hipótese plausível é que fatores
como a boa renda per capita, aliada a
influências culturais principalmente de
origem europeia, acabem por valorizar o
consumo de bebidas alcoólicas.
No entanto, inúmeros outros fatores
devem contribuir para esta configuração,
sendo leviana qualquer tentativa de
explicação que leve em conta apenas os
dados ora apresentados.
15. tensidade do Beber, em Adultos, por Classes
Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
Nota-se que a maior prevalência do
bebedor frequente foi de 22%,
observada na classe A.
A menor prevalência do bebedor
frequente foi de 9%, observada na
classe E. Esta classe socioeconômica é
a que apresenta também a maior taxa
de abstêmios, demonstrando talvez a
influência da renda no
consumo de bebidas alcoólicas.
16. Tipos de bebida mais consumidos
Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
Foi perguntado, aos adultos entrevistados,
com que frequência eles consumiam cada
uma das bebidas: vinho, cerveja, bebidas ice
ou destilados e qual a quantidade que cada
uma foi consumida nos últimos 12 meses.
A categoria cerveja incluía cerveja
e chope, na de bebidas ice foram incluídos
destilados misturados com refrigerantes ou
sucos industrializados; e na de destilados
foram incluídos cachaça, uísque, vodca,
conhaque e rum. A cerveja ou chope é a bebida mais consumida pelos brasileiros
quando se comparam bebidas pelo número de doses consumidas
anualmente.
As porcentagens de doses consumidas de cerveja e de destilados não
são iguais em todas as classes , ou seja, o consumo dessas bebidas
depende da classe social do indivíduo.
17. Tipos de bebida mais consumidos
Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
O vinho é bebido mais frequentemente
pelas mulheres e os destilados pelos
homens.
Não há diferença significativa entre os
consumos de cerveja e de bebidas ice
nos gêneros.
18. Consumo de Álcool no Brasil
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira - 2007
Pode-se observar que o consumo de
vinho na Região Sul é maior que na
Região Nordeste.
O consumo de destilados é mais alto
nas Regiões Norte e Nordeste.
As porcentagens de doses consumidas
de cerveja são semelhantes em todas
as regiões, o mesmo ocorrendo com as
bebidas ice.
Tipos de bebida mais consumidos
20. “Adolescer” vem do latim e significa crescer, engrossar, tornar-se maior, atingir a
maioridade; construindo-se em uma etapa de muitos eventos relevantes e de tomada de
decisões que repercutirão por toda a existência.
Cronologicamente, a adolescência corresponde à segunda
década da existência humana, quando se elege o conceito
pertinente ao campo da saúde. Talvez seja a fase mais
turbulenta da vida, pela sua relevância. O crescimento e
desenvolvimento humano ocorrem em maior intensidade
nessas etapas da vida.
É na fase adolescente que o hábito de beber se instala,
sendo, portanto, o momento m que a prevenção
também deve ocorrer, para evitar problemas no futuro.
Fonte: Compreendendo o consumo de bebidas alcoólicas através do olhar do adolescente. Tese
Alinhamento de Conceitos
21. Hábitos de Consumo
Padrão de Consumo do Adolescente
Principais Conclusões do I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de
Álcool na População Brasileira – 2007
Pesquisa mostrou que 66% dos adolescentes não bebem (64% dos meninos, 68% das
meninas).
A média das idades do início de consumo foi 13,9 anos para os adolescentes e 15,3
anos para os jovens adultos.
Quanto ao início do consumo regular, a média das idades dos adolescentes foi 14,6
anos e dos adultos jovens, 17,3 anos. Isto sugere que os adolescentes estão iniciando
o consumo de álcool cada vez mais cedo.
Amostra da pesquisa: Foram entrevistados 3.007 pessoas, sendo 2.346 adultas com mais
de 18 anos e 661 adolescentes entre 14 e 17 anos em 143 municípios brasileiros
22. Hábitos de Consumo
muito frequente: todos os dias
frequente: 1-4 vezes/semana
ocasional: 1-3 vezes /mês
raramente: menos de 1 vez/mês
abstinente: menos de 1 vez/ano ou
nunca bebeu
A maioria dos adolescentes de ambos
os gêneros (cerca de 66%) são
abstinentes.
Embora no Brasil seja proibida a venda
de bebidas alcoólicas para menores de
18 anos, quase 35% dos adolescentes
consomem bebidas alcoólicas pelo
menos uma vez por ano.
Não há diferença significativa entre as
distribuições da frequência de consumo
nos dois gêneros (p>0,05).
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007
Padrão de Consumo do Adolescente
23. Hábitos de Consumo
Observa-se que 13% dos
adolescentes têm padrão intenso de
consumo de álcool, e outros 10%
consomem álcool de 1 a 3 vezes por
mês, podendo chegar a consumir
quantidades arriscadas.
Não há diferença significativa
entre as distribuições da intensidade
do beber nos dois gêneros (p>0,05).
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007
As categorias da intensidade foram
as mesmas consideradas
para os adultos.
Intensidade do beber do Adolescente
24. Hábitos de Consumo
Foi perguntado aos adolescentes
com que frequência consumiram
cerveja, vinho, destilados ou
bebidas ice nos últimos 12 meses.
Observa-se que aproximadamente
metade das doses consumidas é de
cerveja ou chope.
Não há diferença significativa entre
os gêneros quanto às porcentagens
de doses dos tipos de bebida
(p>0,05).
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira – 2007
As Bebidas Mais Consumidas
25. Hábitos de Consumo
Hábitos de Consumo
(SENAD/UNIFESP, Pesquisa Nacional, 2006)
O Beber em Binge
Considerando os adolescentes que
beberam com maior risco nos
últimos 12 meses, observa-se que
45% dos adolescentes o fizeram
com regularidade.
O beber com maior risco em um curto espaço de tempo, ou o beber em
binge, é definido como o consumo, em uma só ocasião, de 5 doses ou mais
para homens e 4 doses ou mais para mulheres.
Esta prática deixa o adolescente exposto a uma série de problemas sociais e
de saúde. O problema mais comum é o de acidente de trânsito, que pode ter
consequências graves. Outros problemas ocasionados são: o envolvimento
em brigas, vandalismo e prática de sexo sem camisinha.
27. Família
Motivações para o Consumo
Segundo dados do Cratod (Centro de Referência de Álcool,
Tabaco e Outras Drogas) , 39% dos jovens analisados tinham
pais que bebiam e 19% tinham mães que repetiam o
comportamento.
Especialistas afirmam que os filhos aprendem com o exemplo dos pais e tendem a repetir o mesmo
comportamento, seja ele bom ou ruim acrescenta.
Essas crianças tinham o consentimento da família para
beber, porque o pai ou a mãe bebiam.
Eles começaram a ingerir bebidas sem culpa e não se
deram conta de que estavam se viciando.
“Um paciente chegou a dizer que havia nascido dentro
do álcool", diz a diretora do Cratod.
Os estudos já feitos afirmam que 70% dos menores que têm pais alcoolistas acabam
desenvolvendo o mesmo distúrbio.
(ABEAD, 2011)
28. Campanha de Prevenção Australiana
O hábito de consumo de bebidas alcoólicas vem sendo transmitido
de geração a geração
29. O consumo de álcool na adolescência parece ser um problema invisível
Campanha de Prevenção nos Países Baixos
30. Motivações para o Consumo
Trabalho
Segundo pesquisa da Unifesp realizada em todas as capitais
brasileiras, estudantes que trabalham têm 84% a mais de
chance de fazer uso pesado de álcool, comparados aos que
não têm trabalho formal.
O psiquiatra responsável pela pesquisa diz que
Isto pode se explicar pelo fato de estes jovens
estarem trabalhando com adultos. Ter o próprio
dinheiro também pode reforçar uma ilusão de
independência, de poder fazer tudo.
CEBRID/UNIFESP, V Levantamento Nacional Sobre o Consumo de Drogas Psicotrópicas Entre Estudantes do
Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública de Ensino nas 27 Capitais Brasileiras, 2004
31. Motivações para o Consumo
Socialização
O consumo de álcool para os adolescentes, também pode estar
sendo incorporado como um ritual de passagem para o mundo
adulto. Está relacionado ao desejo de adolescentes serem
aceitos no grupo, a curiosidade, ficar animado e diminuir a
timidez.
O Alcoól é tido como um agente
socializador
Os adolescentes bebem em companhia
dos amigos, pais e outros familiares. O
que demonstra que muitos dos hábitos
desenvolvidos pelos adolescentes provêm
do que eles aprendem nos seus espaços
de convivência social, além do que o
caráter da proibição ou ilicitude parece
ser um atrativo a mais para a adoção.
32. Motivações para o Consumo
Internet e Redes Sociais
Jovens que consomem bebidas alcoólicas passam mais tempo no computador, segundo
levantamento que avaliou dados de 264 adolescentes entre 13 e 17 anos nos Estados Unidos.
Entre as causas mais prováveis da relação, estão as
publicidades das bebidas na internet e a interação com
colegas em redes sociais
Os resultados mostraram que os jovens que
beberam no período avaliado acabaram usando o
computador mais horas durante a semana.
(ABEAD, 2011)
34. Motivações para o Consumo
Publicidade
A exposição à publicidade e a atratividade da publicidade de bebidas alcoólicas estão relacionadas
com maior expectativa de consumo futuro e com consumo maior e mais precoce, principalmente
entre adolescentes e adultos jovens.
Estudos mostram que a associação entre gostar da
propaganda X consumo de álcool é evidente.
Os jovens prestam muita atenção aos anúncios e
dizem acreditar que as propagandas retratam
“apenas a verdade”. Esta crença influencia o
consumo precoce do álcool.
Fonte: Apreciação de propagandas de cerveja por adolescentes: relações com a exposição prévia às mesmas e o consumo de álcool. 2009
35. Motivações para o Consumo
Publicidade
Os pesquisadores analisaram 420 horas da programação dos quatro canais de
TV de maior audiência no Brasil.
Nas 420 horas de programação analisadas, foram encontradas 7.359 peças publicitárias. Dessas,
438 (7,6%) eram de bebida alcoólica - o sexto produto mais anunciado. As bebidas não alcoólicas
ficaram em 10.º lugar, com 3,4%.
Os programas de esportes concentraram 69,2% dos anúncios
de álcool. É preocupante ver os jogadores da seleção fazendo
propaganda de cerveja durante a Copa do Mundo.
Um estudo da Unifesp conclui que a publicidade de bebidas alcoólicas está
concentrada nos programas de esporte.
O autor principal do estudo, Nelson Fragoso, explica que foram gravados apenas programas
que tinham ao menos 10% de audiência de adolescentes, de acordo com dados do Ibope.
Cerca de 80% da propaganda de bebida encontrada era de cerveja. "A publicidade usa
elementos da cultura nacional, como o futebol, para atingir o jovem", diz Fragoso.
Fonte: O impacto da publicidade de bebidas alcóolicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. 2008
36. Motivações para o Consumo
Publicidade
- Impostos maiores para as bebidas alcoólicas;
- Programas educacionais e familiares;
- Restrição da propaganda de bebidas alcoólicas;
- Idade mínima para beber de 21 anos (já implantada)
- Tolerância zero para o consumo de menores de idade
(medida já implantada)
Um estudo americano, utilizando um banco de dados com mais de quatro milhões de
americanos, os pesquisadores avaliaram quais medidas de controle seriam mais eficientes para
prevenção.
Os autores do estudo americano concluíram que a restrição completa da propaganda de álcool e o
aumento do imposto de produtos alcoólicos seriam as medidas mais eficientes.
No Brasil, os autores deste artigo, concluiíam que a publicidade de álcool, principalmente a cerveja
tem como alvo preferencial os adultos jovens e adolescentes.
Fonte: O impacto da publicidade de bebidas alcóolicas sobre o consumo entre jovens: revisão da literatura internacional. 2008
38. Consumo de Álcool no Brasil
Cerca de 1 em cada 7 famílias tem alguém com problemas
significativos em relação ao álcool.
O álcool contribui especialmente para o aumento
da violência no Brasil. Na violência entre casais o
álcool está presente em mais de 45% dos casos.
O impacto nas crianças também é grande,
pois 1 em cada 5 crianças já presenciou
violência por alguém intoxicado pelo álcool
em casa.
Impactos Sociais
(SENAD/UNIFESP, Pesquisa Nacional, 2006)
39. Consumo de Álcool no Brasil
Impactos na Saúde
No Brasil, e na maioria dos países da América Latina, o consumo de bebidas
alcoólicas é responsável por cerca de 8% de todas as doenças existentes, segundo
a OMS. (ABEAD, 2010)
sofrimento causado pela violência associada ao abuso
de álcool;
perda de anos de vida devido à morte precoce;
sequelas deixadas por doenças ou acidentes.
O abuso de álcool é responsável por significativas perdas de
qualidade de vida:
As doenças mais frequentes causadas pelo uso de álcool são as cardiovasculares,
sexuais, os vários tipos de câncer, o diabetes e os problemas pulmonares
crônicos. (OMS, Relatório Global, 2011)
40. Consumo de Álcool no Brasil
Acidentes de Trânsito
Atualmente, cerca de 50.000 mortes ocorrem no trânsito todos os anos
no Brasil e pelo menos metade dessas mortes são devidos ao consumo
de álcool
Mesmo com a introdução da chamada “lei seca” (Lei 11.705) que alterou a
concentração permitida para dirigir para 0,2 grama de álcool por litro,
convivemos com 25% dos motoristas alcoolizados dirigindo nos finais de
semana
Curiosidade
O primeiro acidente relatado no Brasil envolvendo
ingestão de bebidas alcoólicas ocorreu no ano de
1897 quando um motorista de taxi bateu seu veículo
em um edifício e assumiu estar sob a influência de
bebida alcoólica.
(ABEAD, 2010)
41. Consumo de Álcool no Brasil
Impactos Econômicos
Um estudo realizado pelo IPEA/ANTP em
2003 calculou os custos decorrentes de
acidentes de trânsito.
Os resultados apontaram m um custo
anual de R$ 5,3 bilhões – o equivalente a
aproximadamente 0,4% do PIB do país.
Desse total, 42,8% é referente à perda
de produção associada à morte precoce
das pessoas ou à interrupção temporária
de suas atividades; 13,3% é referente a
custos médicos e 28,8% a custos de
reparação dos veículos acidentados.
(SENAD, Uso de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas nas Rodovias Brasileiras e Outros Estudos, 2010)
42. Impactos
Saúde
Beber é muito mais danoso para o cérebro
jovem do que para o dos adultos.
Os efeitos a longo prazo são bastante
indesejáveis. Eles variam de déficits de
aprendizagem, falhas permanentes de
memória, dificuldade de autocontrole a
ausência de motivação.
Além disso, o abuso de álcool na juventude
faz com que o jovem fique cinco vezes mais
propenso a se tornar alcoolista na idade
adulta.
REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de
dezembro de 2006
43. Impactos
Outros Riscos Além dos danos neurológicos a longo prazo, o adolescente fica
exposto a riscos mais imediatos, como:
envolvimento em brigas,
acidentes de trânsito,
prática de sexo sem proteção e/ou sem consentimento,
maior risco de suicídio ou homicídio...
Por ano, cerca de 320 mil pessoas de 15 a 29 anos de
idade morrem devido ao consumo de álcool no mundo
(OMS, Relatório Global, 2011)
44. Legislação
O Artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, disciplina
que vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou
entregar de qualquer forma a criança ou ao adolescente, sem
justa causa, produtos cujos componentes possam causar
dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida,
é crime, com pena de 2 a 4 anos, além de multa. De forma que
nem a alegação de que a criança e o adolescente encontra-se
acompanhado pelos responsáveis ou por pessoa adulta, é
desconsiderada pela Justiça.
Embora seja proibida a venda de bebidas a menores de 18 anos, meninos e meninas bebem
quanto querem e nos mais variados locais: postos de gasolina, bares próximos a escolas, boates,
clubes e festas.
Venda e Fiscalização
45. Exposição de bebidas alcoólicas em supermercados ao lado de
refrigerantes e biscoitos
46. Legislação
Propaganda
A propaganda de bebidas alcoólicas é regulamentada pelo CONAR
(Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) que separa
o álcool em três categorias: destilados, cervejas, vinhos e bebidas ice.
Só bebidas com alto teor alcoólico, como uísque, têm restrição de publicidade: só podem
anunciar na TV das 21 às 6 horas.
Cervejas podem anunciar em qualquer horário.
O público (adolescente) que deveria ser protegido está exposto, de modo
significativo, à grande quantidade de propagandas de álcool, com mensagens
notadamente atraentes para os adolescentes menores de idade.
47. Prevenção
• Praticamente não existe contrapropaganda para uso de álcool, as campanhas são
direcionadas ao consumo moderado e não para prevenção do consumo;
• As campanhas de prevenção nacionais utilizam os mesmos elementos utilizados em
anúncios publicitários de cerveja (carnaval, praias, festas com gente bonita e alegre
bebendo), ou seja, reforçam a imagem do produto e a mensagem de prevenção não é
assimilada;
• As campanhas de prevenção no Brasil são focadas quase que exclusivamente na
relação do beber e dirigir;
• Não se aborda os males causados pela ingestão do álcool à saúde.
Considerações sobre as campanhas existentes
51. Prevenção
Iniciativas
A Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas
(Abead) coordena em Porto Alegre um trabalho pioneiro no
país
Em parceria com escolas da cidade, passou a orientar os pais de
alunos a deixar de servir bebidas alcoólicas a menores em festas
de família.
A corrente antiálcool formada pela iniciativa já
conseguiu evitar a presença de bebidas em festas de 15
anos promovidas por pais que aderiram ao programa
REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006
52. Prevenção
O que os especialistas recomendam para os pais
REVISTA VEJA, O Álcool e o Cérebro dos Jovens, edição 1985, 6 de dezembro de 2006
53. Prevenção
Apoio da população às Políticas Públicas
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Consumo de álcool na População Brasileira
54. Prevenção
Fonte: I Levantamento Nacional sobre Consumo de
álcool na População Brasileira
oio da população às Políticas Públicas
56. Platão advertia quanto ao uso bebida alcoólica antes dos dezoito anos:
Não se pode colocar fogo no fogo!
Sabedoria Japonesa
Primeiro o homem toma um drink
Para refletir...
Depois o drink toma outro drink
57. ABEAD – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS . http: www.abead.com.br
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Fontes Consultadas
58. Elaborado pela Equipe do CIDI
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