Esta palestra visa mostrar como o software livre se beneficia do paradigma do método científico e quais as vantagens de times de desenvolvimento de assimilarem as boas práticas desse método e a vantagem de manter sempre uma atitude crítica na busca de soluções de problemas.
Tópicos abordados:
* O método científico e os paradigmas da ciência
* Como o software livre aplica o método científico
* Como assimilar isso em sua empresa
2. Quem sou eu
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Doutorando na UTFPR
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Mestre em Tecnologia e Sociedade
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Especialista em Tecnologia Java
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Engenheiro e Arquiteto de Software certificado pela Zend
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Instrutor de cursos de desenvolvimento de software
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Professor de Análise e Projeto de Sistemas, Linguagem de Programação
para Web, Inteligência Artificial, Sistemas Operacionais, Sistemas
Distribuídos, Sistemas de Bancos de Dados e Frameworks PHP.
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Monitor de adolescentes aprendizes
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Analista de desenvolvimento, atualmente trabalhando com software para
PaaS
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Pai da Koriander
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Melhor em Marvel Comics no QuizUp por 3 vezes
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Um grande fã do Lanterna Verde, do Surfista Prateado e dos Novos Titãs
7. Objetivo
Esta palestra visa mostrar como o
software livre se beneficia do paradigma
do método científico e quais as
vantagens de times de desenvolvimento
de assimilarem as boas práticas desse
método e a vantagem de manter sempre
uma atitude crítica na busca de
soluções de problemas.
8. Tópicos Abordados
➔
O método científico e os
paradigmas da ciência
➔
Como o software livre aplica o
método científico
➔
Como assimilar isso em sua
empresa
12. O que a ciência NÃO É
➔
Senso comum;
➔
Sabedoria;
➔
Bom senso;
➔
Ideologia;
➔
Um paradigma específico.
13. Conhecimento
“a) a ciência não é o único caminho
de acesso ao conhecimento e à
verdade;
b) um mesmo objeto ou fenômeno pode
ser observado tanto pelo cientista
quanto pelo homem comum; o que leva
ao conhecimento científico é a forma
de observação do fenômeno”.
(PRODANOV e FREITAS, 2013, p. 22)
14. O conhecimento científico
Conhecimento popular Conhecimento científico
valorativo – baseado nos valores de quem
promove o estudo.
real – lida com fatos
reflexivo - não pode ser reduzido a uma
formulação geral.
contingente – sua veracidade ou falsidade é
conhecida através da experiência.
assistemático – baseia-se na organização
de quem promove o estudo, não possui uma
sistematização das ideias que explique os
fenômenos.
sistemático – forma um sistema de ideias e
não conhecimentos dispersos e desconexos.
verificável – porém limitado ao âmbito do
cotidiano do pesquisador ou observador.
verificável ou demonstrável – o que não pode
ser verificado ou demonstrado não é
incorporado ao âmbito da ciência.
falível e inexato – conforma-se com a
aparência e com o que ouvimos dizer a
respeito do objeto ou fenômeno. Não permite
a formulação de hipóteses sobre a existência
de fenômenos situados além das percepções
objetivas.
falível e aproximadamente exato – por não
ser definitivo, absoluto ou final. Novas
técnicas e proposições podem reformular ou
corrigir uma teoria já existente.
Fonte: adaptado de PRODANOV e FREITAS (2013, p. 23)
15. O conhecimento científico
“"É importante salientar que princípios do
jornalismo — e da política também — de sempre
observar o contraditório, eles não se aplicam
para a ciência porque a ciência é um processo
investigativo, dos fatos, da realidade. E aí
não cabe o contraditório. A ciência não tem
dois lados. E isso não é por desrespeitar
opiniões alheias, mas pelo modo como a ciência
trabalha, que é um processo empírico de
investigação"” (NATÁLIA PASTERNAK, 2021)*
* https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/11/cpi-ciencia-nao-tem-dois-lados-diz-especialista-
a-senador-defensor-do-tratamento-precoce.ghtml
16. O conhecimento científico
“Para que um conhecimento
possa ser considerado científico,
torna-se necessário identificar
as operações mentais e
técnicas que possibilitam a
sua verificação” (PRODANOV
e FREITAS, 2013, p. 22)
18. O método científico
“[…] o método científico é um
conjunto de procedimentos
adotados com o propósito de
atingir o conhecimento”.
(PRODANOV e FREITAS,
2013, p. 24)
22. O método científico
A estrutura geral do método científico
é:
➔
Identificar o problema;
➔
Construir hipóteses;
➔
Traçar um plano para verificar se as
hipóteses resolvem o problema.
➔
Executar o plano.
➔
Verificar os resultados.
23. O método científico
O quebra-cabeça está
em:
➔
Construir hipóteses;
➔
Traçar um plano para
verificá-las;
24. Os paradigmas da ciência
“Considero ‘paradigmas’ as
realizações científicas universalmente
reconhecidas que, durante algum
tempo, fornecem problemas e
soluções modelares para uma
comunidade de praticantes de uma
ciência”. (KUHN, p. 53, 2013)
25. Os paradigmas da ciência
1. CIÊNCIA NORMAL: CARACTERIZADA POR UM
PARADIGMA.
O PARADIGMA LEGITIMA QUEBRA-CABEÇAS E
PROBLEMAS SOBRE OS QUAIS A COMUNIDADE
TRABALHA.
2. SURGEM ANOMALIAS.
3. OS MÉTODOS LEGITIMADOS PELO PARADIGMA
NÃO CONSEGUEM ENFRENTAR O AGLOMERADO DE
ANOMALIAS.
4. RESULTAM E PERSISTEM CRISES.
5. UMA NOVA REALIZAÇÃO REDIRECIONA A
PESQUISA E SERVE DE NOVO PARADIGMA.
26. Como o software livre
aplica o método científico
➔
Identificando problemas;
➔
Construindo hipóteses;
➔
Traçando planos para verificar se
as hipóteses resolvem o problema;
➔
Executando os planos;
➔
Verificando os resultados.
28. Ciência aberta e código aberto
“Por incrível que pareça, a evolução na produção
de software de sistema, ou ambiental, de
aplicações ou soluções, a partir dos fins dos anos
50, pautou-se no aparecimento do modelo
colaborativo, ou cooperativo, o precursor do
software hoje dito livre. Não havia muita
preocupação com os direitos de propriedade
intelectual, licenças e outras restrições na área do
software, com produção ainda incipiente. A
maioria dos usuários de talento contribuía.
(PACITTI, 2006, p. 21)
29. Ciência aberta e código aberto
“Avançando no tempo, o sucesso do
desenvolvimento do Linux e do Apache da
atualidade conscientizou, evoluiu e influenciou a
maneira de pensar de um setor da comunidade
de Tecnologia da Informação”. (PACITTI, 2006, p.
30)
31. Ciência aberta e código aberto
“[…] o que podemos observar a longo prazo é
que, de uma maneira geral, quando há um nível
maior de compartilhamento de ideias e
abertura do conhecimento, o avanço da
ciência é mais rápido e as sociedades tornam-
se mais avançadas, ricas e democráticas.”. (KON,
2013, p. 24)
36. REFERÊNCIAS
KON, Fábio. Ciência aberta, dados abertos e código aberto. Computação
Brasil, n. 22, SBC, julho, 2013.
KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 12 ed. São Paulo:
Perspectiva, 2013.
LISBOA, Flávio Gomes da Silva. Produção de software livre por uma
empresa estatal de tecnologia da informação: um estudo de caso sob a
perspectiva da tecnologia social. 2019. Dissertação (Mestrado em Tecnologia e
Sociedade) – Programa de Pós-graduação em Tecnologia e Sociedade,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2019. Disponível em
<http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3907>. Acesso em: 26 abr. 2020.
PACITTI, Tércio. Paradigmas do software aberto. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
PRODANOV, Cleber Cristiano. FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do
trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico.
2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
TAURION, Cezar. Software Livre: Mitos e Realidades. 2005.
http://gsd.ime.usp.br/seminars/2005/sl%2520mitos%2520e%2520realidades.pdf