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Alergia a Penicilina
Alguns dados sobre Sífilis
Em Limeira – SP no ano de 2013
• Adquirida- 53 casos
• Gestante- 19 casos
• Congênita 13 casos
Região de Piracicaba – SP
• Adquirida- 194
• Gestante – 48
• Congênita 22
Até 30/06 de 2013
Breve História da Penicilina
• A Penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming
quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com
culturas de micro organismos em seu laboratório. Quando
voltou, reparou que uma das suas culturas de
Staphilococcus havia sido contaminada por um bolor.
• Já se preparava para descartar todo o material quando
reparou que ao redor das colônias do bolor não havia
colônias de bactérias. Fazendo posteriormente um estudo
mais detalhado descobriu que o bolor era do gênero
Penicillium, e que ele produzia uma substância capaz de
inibir o crescimento de colônias bacterianas.
• Os experimentos com o fungo continuaram até que após
uma década, os pesquisadores H. Florey e E. Chain da
Universidade de Oxford, empenharam-se na investigação
da Penicilina como agente terapêutico sistêmico. Em 1940,
esses pesquisadores constataram que a Penicilina bruta
disponível produzia efeitos terapêuticos notáveis quando
administrada via parenteral em animais
experimentalmente infectados com estreptococos.
• Em 1941, Abraham e seus colaboradores publicaram os
primeiros resultados clínicos terapêuticos de vários
pacientes gravemente enfermos por infecções refratárias a
todas as outras terapias da época.
• Em virtude do grande sucesso no uso da Penicilina nas
práticas médicas, foi necessário produzi-la em larga escala.
Durante a Segunda Guerra a Penicilina foi produzida para
atender os combatentes feridos e salvou milhares de vidas.
• A partir daí ela foi introduzida na sociedade civil e foi
responsável por inúmeras curas de pacientes com
Meningite, Pneumonia, Sífilis, Difteria, e outras doenças
que levavam a morte.
• Em 1950 a produção de Penicilina passa pela marca de
duzentos trilhões de unidades principalmente pela
evolução dos métodos de extração do princípio ativo dos
fungos, mas tem valores elevados por dose.
• Em 1976 o pesquisador Beecham descobriu um
intermediário biossintético, o ácido 6 - amino
penicilânico.
• Com isso, a obtenção da penicilina passou a ser semi
sintética, o que reduziu significativamente o custo de
comercialização.
• Nos dias atuais a Penicilina ainda é usada, embora
muitos microrganismos tenham desenvolvido
resistência a esse antibiótico, ela é empregada em
Faringoamigdalites estreptocócicas, na Sífilis, na Febre
Reumática e outras doenças.
Estrutura química da Penicilina
Anel tiazolúrico (A) ligado a um anel B-lactâmico (B) ao qual se fixa uma cadeia
lateral (R).
• A cadeia lateral determina as características
farmacológicas das Penicilinas. A Penicilina G
(benzilpenicilina), onde o R = benzil é a que
apresenta maior atividade antimicrobiana,
sendo a única Penicilina natural utilizada
clinicamente nos dias atuais.
• É importante destacar o risco causado pelo uso
indiscriminado de antibióticos, o que tem relação
direta com a formação do cidadão consciente e
responsável com seus hábitos.
• O uso abusivo, errôneo, e a interrupção precoce
do tratamento por conta própria é um problema
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bacteriana e também contribui para aumento de
casos de intoxicação (automedicação).
• Com base nesses problemas, a ANVISA, através
da RDC 44/10 determinou que os antibióticos
vendidos nas farmácias e drogarias do país só
poderão ser entregues ao consumidor mediante
receita de controle especial em duas vias. A
segunda via deve ficar retida no
estabelecimento farmacêutico, e a primeira
deve ser devolvida ao paciente com carimbo
para comprovar o atendimento.
Aplicação da Penicilina
• A via de administração da Penicilina é
intramuscular profunda, e é indicada a
aplicação nos músculos da região glútea, por
ser medicamento pouco solúvel que
determina lenta absorção, necessita assim de
uma musculatura maior. Mesmo assim, por
conta do volume e da natureza dos cristais do
medicamento, a aplicação causa intensa dor
local com irradiação ou não.
• O preparo da suspensão deve ser feito
injetando 04 ml de água para injetáveis no
frasco ampola contendo o pó e agitar durante
um minuto. Aspira-se a suspensão, troca-se a
agulha e procede-se a aplicação de modo
lento e contínuo para evitar entupimentos.
• O paciente deve permanecer no mínimo 30
minutos na unidade para monitorar possível
reação à Penicilina.
Tipos de Reações
• As reações que podem ocorrer durante e após
uma aplicação de Penicilina são: adversas e
alérgicas.
• As adversas podem ser: hematomas, edema
local, formação de abscessos, lesões
vasculares e nervosas, como também fibroses
e necroses. Pode ocorrer perda da função dos
músculos e dos nervos.
• As reações alérgicas merecem destaque, mas é
preciso avaliar com cuidado. Muitas vezes, os
relatos são exagerados caracterizados por
ansiedade, medo, sudorese, associados à dor ou
a possibilidade de sensação dolorosa frente à
administração de quaisquer medicamentos
parenterais ou outros procedimentos médicos.
Estes episódios são corriqueira e erroneamente
interpretados como reações alérgicas,
principalmente pela população em geral.
Reações de hipersensibilidade podem ser:
• Imediatas- urticária, prurido, rubor, edema
laríngeo, arritmia cardíaca e choque.
• Aceleradas- urticária ou angioedema, edema
laríngeo, e menos freqüente hipotensão.
• Tardias- erupções cutâneas, febre, anemia
hemolítica, nefrite.
• Estudos demonstram que as reações alérgicas
consideradas moderadas, associadas à
Penicilina, são pouco frequentes e ocorrem
em 1 a 4 para cada 10.000 tratamentos e as
raras reações anafiláticas fatais, em 1 a 2 para
cada 100.000 tratamentos.
Referências Bibliográficas
• Goodman e Gilman, 2010
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária
• Sociedade Brasileira de Química
• Tudo sobre plantas. A descoberta da Penicilina
• Desmentindo verdades. B. S. Alexander Fleming
• Ministério da Saúde. Portaria 3161 de 27/12/2011
• Levine e Redmond. Ministério da Saúde 1999
• Rev. Bras. Alerg. Imunopatologia: alergia à penicilina
conduta alergológica
• Sociedade Bras. Alergia e Imunologia
• Boletim Epidemiológico CRT DST/AIDS Nº1 2013
• SINAN
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Apresentação para profissionais de saúde sobre uso da penicilina

  • 2. Alguns dados sobre Sífilis Em Limeira – SP no ano de 2013 • Adquirida- 53 casos • Gestante- 19 casos • Congênita 13 casos
  • 3. Região de Piracicaba – SP • Adquirida- 194 • Gestante – 48 • Congênita 22 Até 30/06 de 2013
  • 4. Breve História da Penicilina • A Penicilina foi descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de férias e esqueceu algumas placas com culturas de micro organismos em seu laboratório. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphilococcus havia sido contaminada por um bolor. • Já se preparava para descartar todo o material quando reparou que ao redor das colônias do bolor não havia colônias de bactérias. Fazendo posteriormente um estudo mais detalhado descobriu que o bolor era do gênero Penicillium, e que ele produzia uma substância capaz de inibir o crescimento de colônias bacterianas.
  • 5.
  • 6. • Os experimentos com o fungo continuaram até que após uma década, os pesquisadores H. Florey e E. Chain da Universidade de Oxford, empenharam-se na investigação da Penicilina como agente terapêutico sistêmico. Em 1940, esses pesquisadores constataram que a Penicilina bruta disponível produzia efeitos terapêuticos notáveis quando administrada via parenteral em animais experimentalmente infectados com estreptococos.
  • 7.
  • 8. • Em 1941, Abraham e seus colaboradores publicaram os primeiros resultados clínicos terapêuticos de vários pacientes gravemente enfermos por infecções refratárias a todas as outras terapias da época. • Em virtude do grande sucesso no uso da Penicilina nas práticas médicas, foi necessário produzi-la em larga escala. Durante a Segunda Guerra a Penicilina foi produzida para atender os combatentes feridos e salvou milhares de vidas.
  • 9.
  • 10. • A partir daí ela foi introduzida na sociedade civil e foi responsável por inúmeras curas de pacientes com Meningite, Pneumonia, Sífilis, Difteria, e outras doenças que levavam a morte. • Em 1950 a produção de Penicilina passa pela marca de duzentos trilhões de unidades principalmente pela evolução dos métodos de extração do princípio ativo dos fungos, mas tem valores elevados por dose.
  • 11.
  • 12. • Em 1976 o pesquisador Beecham descobriu um intermediário biossintético, o ácido 6 - amino penicilânico. • Com isso, a obtenção da penicilina passou a ser semi sintética, o que reduziu significativamente o custo de comercialização. • Nos dias atuais a Penicilina ainda é usada, embora muitos microrganismos tenham desenvolvido resistência a esse antibiótico, ela é empregada em Faringoamigdalites estreptocócicas, na Sífilis, na Febre Reumática e outras doenças.
  • 13. Estrutura química da Penicilina Anel tiazolúrico (A) ligado a um anel B-lactâmico (B) ao qual se fixa uma cadeia lateral (R).
  • 14. • A cadeia lateral determina as características farmacológicas das Penicilinas. A Penicilina G (benzilpenicilina), onde o R = benzil é a que apresenta maior atividade antimicrobiana, sendo a única Penicilina natural utilizada clinicamente nos dias atuais.
  • 15. • É importante destacar o risco causado pelo uso indiscriminado de antibióticos, o que tem relação direta com a formação do cidadão consciente e responsável com seus hábitos. • O uso abusivo, errôneo, e a interrupção precoce do tratamento por conta própria é um problema de saúde pública, pode causar resistência bacteriana e também contribui para aumento de casos de intoxicação (automedicação).
  • 16. • Com base nesses problemas, a ANVISA, através da RDC 44/10 determinou que os antibióticos vendidos nas farmácias e drogarias do país só poderão ser entregues ao consumidor mediante receita de controle especial em duas vias. A segunda via deve ficar retida no estabelecimento farmacêutico, e a primeira deve ser devolvida ao paciente com carimbo para comprovar o atendimento.
  • 17.
  • 18. Aplicação da Penicilina • A via de administração da Penicilina é intramuscular profunda, e é indicada a aplicação nos músculos da região glútea, por ser medicamento pouco solúvel que determina lenta absorção, necessita assim de uma musculatura maior. Mesmo assim, por conta do volume e da natureza dos cristais do medicamento, a aplicação causa intensa dor local com irradiação ou não.
  • 19.
  • 20. • O preparo da suspensão deve ser feito injetando 04 ml de água para injetáveis no frasco ampola contendo o pó e agitar durante um minuto. Aspira-se a suspensão, troca-se a agulha e procede-se a aplicação de modo lento e contínuo para evitar entupimentos. • O paciente deve permanecer no mínimo 30 minutos na unidade para monitorar possível reação à Penicilina.
  • 21.
  • 22. Tipos de Reações • As reações que podem ocorrer durante e após uma aplicação de Penicilina são: adversas e alérgicas. • As adversas podem ser: hematomas, edema local, formação de abscessos, lesões vasculares e nervosas, como também fibroses e necroses. Pode ocorrer perda da função dos músculos e dos nervos.
  • 23. • As reações alérgicas merecem destaque, mas é preciso avaliar com cuidado. Muitas vezes, os relatos são exagerados caracterizados por ansiedade, medo, sudorese, associados à dor ou a possibilidade de sensação dolorosa frente à administração de quaisquer medicamentos parenterais ou outros procedimentos médicos. Estes episódios são corriqueira e erroneamente interpretados como reações alérgicas, principalmente pela população em geral.
  • 24. Reações de hipersensibilidade podem ser: • Imediatas- urticária, prurido, rubor, edema laríngeo, arritmia cardíaca e choque. • Aceleradas- urticária ou angioedema, edema laríngeo, e menos freqüente hipotensão. • Tardias- erupções cutâneas, febre, anemia hemolítica, nefrite.
  • 25. • Estudos demonstram que as reações alérgicas consideradas moderadas, associadas à Penicilina, são pouco frequentes e ocorrem em 1 a 4 para cada 10.000 tratamentos e as raras reações anafiláticas fatais, em 1 a 2 para cada 100.000 tratamentos.
  • 26.
  • 27. Referências Bibliográficas • Goodman e Gilman, 2010 • Agência Nacional de Vigilância Sanitária • Sociedade Brasileira de Química • Tudo sobre plantas. A descoberta da Penicilina • Desmentindo verdades. B. S. Alexander Fleming • Ministério da Saúde. Portaria 3161 de 27/12/2011 • Levine e Redmond. Ministério da Saúde 1999 • Rev. Bras. Alerg. Imunopatologia: alergia à penicilina conduta alergológica • Sociedade Bras. Alergia e Imunologia • Boletim Epidemiológico CRT DST/AIDS Nº1 2013 • SINAN