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Conforme arquivado na Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio em [•], 2012

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO DOS ESTADOS
                       UNIDOS
                 Washington, DC 20549

                                         FORMULÁRIO 20-F
      RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(D) DA LEI DE VALORES
                                  MOBILIÁRIOS DE 1934
                                      Relativo ao exercício findo em 31.12.11
                                   Número de registro na Comissão 001-15102




                                             EMBRAER S.A.
                 (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu estatuto social)


                                                EMBRAER Inc.
                          (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada)


                                         República Federativa do Brasil
                                          (Jurisdição da constituição)


                                      Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170
                                12227-901 São José dos Campos, São Paulo, Brasil
                                           (Endereço da sede social)


                                                     André Gaia
                                       Gerente de Relações com o Investidor
                                                 (55) 12 3927 4404
                                          investor.relations@embraer.com
          Departamento de Relações com o Investidor, (55) 12 3927 4404, investor.relations@embraer.com.br
              (Nome, telephone, e-mail e/ou número de fax e endereço da pessoa de contato na empresa)

        Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(b) da Lei.

                                                                 Nome de cada uma das bolsas onde está
               Denominação de cada classe:                                    registrada

ações ordinárias, sem valor nominal (representas por, e               Bolsa de Valores de Nova York
comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos
Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos
Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos
representa quatro ações comuns)

US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2020              Bolsa de Valores de Nova York
da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A.
        Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(g) da Lei.
Nenhum.
      Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com a Seção 15(d) da Lei.

                                                 Denominação de cada classe

                  US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2017 da Embraer Overseas Ltd.
                                            Garantidas pela Embraer S.A.

   Quantidade de ações em circulação de cada uma das classes do emissor de capital ou ações ordinárias em 31 de
                                              dezembro de 2011:
                                 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal
Indique com um “x” se a interessada é uma emitente experiente reconhecida, conforme definido na Regra 405 da Lei de
Valores Mobiliários.
Sim Não
Se este relatório é um relatório anual ou de transição, indique com um “x” se não é exigido da interessada arquivar
relatórios em conformidade com a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934. Sim   Não
Indicar com um “x” se a interessada (1) arquivou todos os relatórios exigidos conforme a Seção 13 ou 15(d) da Lei de
Valores Mobiliários de 1934, nos 12 meses anteriores (ou outro prazo menor durante o qual a interessada deveria arquivar
os referidos relatórios), e (2) esteve sujeita às referidas exigências de registro nos últimos 90 dias. Sim Não
Inidicar com um ‘x’ se a interessada apresentou por via eletrônica e publicou no seu site corporativo, se houver, cada
arquivo de dados interativo que deve ser apresentado e publicado em conformidade com a regra 405 do regulamento S-T
(§232.405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou outro período mais curto se a interessada estiver obrigada a
apresentar e publicar tais arquivos). Sim Não
Indique com um “x” se a interessada é uma “large accelerated filer”, uma “accelerated filer”, ou uma “non-accelerated
filer”. Consulte a definição de “accelerated filer” e “large accelerated filer” na Regra 12b-2 da Lei de Valores Mobiliários.
                       Large Accelerated Filer       Accelerated Filer      Non-accelerated filer
Indique com um “x” qual base de contabilidade a interessada utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas
neste registro:
GAAP dos EUA         Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, conforme definidas pela International Accounting
Standards Board      Outro
Indicar com um “x” qual item da demonstração financeira a interessada selecionou. Item 17           Item 18
Se esse for um relatório anual, indique com um “x” se a interessada é uma “companhia shell” (conforme definido na Regra
12b-2 da Lei de Valores Mobiliários). Sim Não
ÍNDICE


                                                                                                                                                          Página

ITEM 1.         IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES...................................5
ITEM 2.         ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO..................................................5
ITEM 3.         PRINCIPAIS DADOS ......................................................................................................................5
          3A.   Dados Financeiros Selecionados.......................................................................................................5
          3B.   Capitalização e Endividamento.........................................................................................................9
          3C.   Motivos da Oferta e Utilização do Resultado ...................................................................................9
          3D.   Fatores de Risco................................................................................................................................9
ITEM 4.         INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA .......................................................................................22
        4A.     Histórico e Desenvolvimento da Empresa ......................................................................................22
        4B.     Visão Geral da Empresa..................................................................................................................28
        4C.     Estrutura Organizacional.................................................................................................................53
        4D.     Ativo Imobilizado ...........................................................................................................................53
ITEM 4.A        COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS....................................................57
ITEM 5.         RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS.........................................57
        5A.     Resultados Operacionais .................................................................................................................58
        5B.     Liquidez e Recursos de Capital.......................................................................................................81
        5C.     Pesquisa ..........................................................................................................................................86
        5D.     Informações sobre tendências .........................................................................................................87
        5E.     Composições Não Registradas no Balanço.....................................................................................91
        5F.     Demonstração de Obrigações Contratuais ......................................................................................94
ITEM 6.         CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS .................................................................95
        6A.     Conselheiros e Diretoria..................................................................................................................95
        6B.     Remuneração.................................................................................................................................102
        6C.     Práticas do Conselho.....................................................................................................................104
        6D.     Empregados ..................................................................................................................................106
        6E.     Propriedade das Ações ..................................................................................................................106
ITEM 7.         OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS.............106
        7A.     Principais Acionistas.....................................................................................................................106
        7B.     Operações com Partes Relacionadas.............................................................................................108
        7C.     Participação de Especialistas e Consultores..................................................................................109
ITEM 8.         INFORMAÇÕES FINANCEIRAS...............................................................................................110
        8A.     Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras .................................................110
        8B.     Mudanças Significativas ...............................................................................................................115
ITEM 9.         A OFERTA E REGISTRO ...........................................................................................................115
        9A.     Detalhes da Oferta e Registro .......................................................................................................115
        9B.     Plano de Distribuição ....................................................................................................................117
        9C.     Mercados.......................................................................................................................................117
        9D.     Acionistas Vendedores..................................................................................................................120
        9E.     Diluição.........................................................................................................................................120
        9F.     Despesas da Emissão ....................................................................................................................120
ITEM 10.        INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ...................................................................................120
        10A.    Capital social.................................................................................................................................120
        10B.    Ato Constitutivo e Contrato Social ...............................................................................................121
        10C.    Contratos Importantes ...................................................................................................................135
        10D.    Controles de Câmbio.....................................................................................................................135
        10E.    Tributação .....................................................................................................................................136
        10F.    Dividendos e Agentes de Pagamento............................................................................................143
        10G.    Declarações de Peritos ..................................................................................................................143
        10H.    Documentos a Apresentar .............................................................................................................143
        10I.    Informação Complementar ...........................................................................................................144



                                                                            i
ITEM 11.              DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE
                      MERCADO ..................................................................................................................................144
ITEM 12.              DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES.....................................148
       12A.           Títulos de dívida ...........................................................................................................................148
       12B.           Garantias e direitos .......................................................................................................................148
       12C.           Outros títulos.................................................................................................................................148
       12D.           Ações de depósitos americanos.....................................................................................................148

                                                                             Part II

ITEM 1.       INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES......................................150
ITEM 2.       MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE
              VALORES MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS .....................................150
ITEM 3.       CONTROLES E PROCEDIMENTOS .........................................................................................150
ITEM 3.A ESPECIALISTA FINANCEIRO .............................................................................................................151
ITEM 3.B      CÓDIGO DE ÉTICA ....................................................................................................................151
ITEM 3.C      PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE ......................................151
ITEM 3.D      ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA ..................152
ITEM 3.E      AQUISIÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS .....................152
ITEM 3.F      MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA ........................153
ITEM 3.G      GOVERNANÇA EMPRESARIAL ..............................................................................................153

                                                                            Part III

ITEM 1.               DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................156
ITEM 2.               DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................156
ITEM 3.               ANEXOS ......................................................................................................................................156




                                                                                ii
INTRODUÇÃO


         Neste relatório anual, “Embraer”, “nós” ou “nosso” se referem à Embraer S.A. Todas as referências neste
documento a “real”, “reais” ou “R$” são ao real, moeda oficial do Brasil. Todas as referências a "US$", "dólares" ou
"dólares norte-americanos" são relativas ao dólar norte-americano.


Divulgação dos Dados Financeiros e Outros Dados

Dados Financeiros


         Nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas em 31 de dezembro de 2011 e 2010 e de cada um
dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 estão incluídas neste relatório anual.


         Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas de Relatórios
Financeiros Internacionais, ou IFRS, de acordo com definições do International Accounting Standards Board ou
IASB (Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade) . Nossas demonstrações financeiras para o exercício
findo em 31 de dezembro de 2010 são nossas primeiras demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS
definidas pelo IASB. Como permitem as normas aplicáveis, ao fazer a transição dos GAAP dos EUA para as IFRS,
nós não incluímos neste relatório anual nossas demonstrações financeiras para os anos findos em 31 de dezembro de
2008 e 2007, uma vez que foram elaborados de acordo com os GAAP dos EUA e não com as IFRS.


          Após analisar nossas operações e negócios em relação à aplicação das International Accounting Standards
ou IAS, 21 – “Os Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio”, particularmente em relação aos fatores envolvidos
na determinação de nossa moeda funcional, a diretoria concluiu que nossa moeda funcional é o dólar norte-
americano. Essa conclusão se baseia na análise dos seguintes fatores, definidos nas IAS 21: (1) a moeda que mais
influencia os preços de venda de nossos bens e serviços, (2) a moeda dos países cujas forças competitivas são
primordiais na determinação dos preços de venda de nossos bens e serviços, (3) a moeda que mais influencia os
preços de matéria-prima e outros custos envolvidos no fornecimento de nossos bens e serviços, (4) a moeda
principal na qual os fundos para as operações financeiras são obtidos e (5) a moeda na qual a receita das operações
normalmente é recebida. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma de nossas subsidiárias são
medidos com a moeda do ambiente econômico primário no qual tal subsidiária opera. Nossas demonstrações
financeiras consolidadas e auditadas incluídas em outro local do presente relatório anual são apresentadas em
dólares norte-americanos, que é nossa moeda de apresentação. Nossas demonstrações financeiras e os dados
financeiros constantes deste relatório, e elaborados de acordo com as IFRS não levam em conta os efeitos da
inflação.


         Em nossas demonstrações financeiras de 2011, 2010 e 2009, os ganhos e perdas resultantes do novo cálculo
das dos itens financeiros, bem como de operações em moeda estrangeira, constam da demonstração de resultados
consolidados como itens não recorrentes.


         Para determinadas finalidades tais como proporcionar informações a nossos acionistas brasileiros, arquivar
demonstrações financeiras na Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM, brasileira, e determinar o pagamento de
dividendos e demais distribuições ou impostos a pagar no Brasil, temos elaborado, e continuaremos sob a exigência
de fazê-lo, demonstrações financeiras de acordo com a Lei No 6.404 de 15 de dezembro de 1976 e suas emendas ou
a Lei das Sociedades por Ações do Brasil. A partir de 2008, alterações significativas foram introduzidas para os
aspectos contábeis da Lei das Sociedades por Ações do Brasil pela Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Além
disso, mudanças foram introduzidas em 2008 nas práticas contábeis adotadas no Brasil, ou GAAP do Brasil, pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis do Brasil, e outras mudanças entraram em vigor em 2010. Essas alterações
de aspectos contábeis da Lei das Sociedades por ações e dos GAAP do Brasil afetaram as demonstrações financeiras
de nossa empresa controladora a partir de e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009, bem



                                                         1
como a base de nossa distribuição de dividendos mínimos obrigatórios. Excetuando-se isso, as alterações não
afetaram nossas demonstrações financeiras consolidadas, elaboradas de acordo com as IFRS incluídas em outro
local deste relatório anual. As demonstrações financeiras de nossa empresa controladora a partir de e nos exercícios
findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009, elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações do
Brasil e não incluídas neste relatório anual, são diferentes daquelas elaboradas de acordo com as IFRS.


         Devido à listagem de nossas ações ordinárias no segmento de Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A.—
Bolsa de Valores de São Paulo, desde janeiro de 2009, devemos traduzir para o inglês nossas demonstrações
financeiras trimestrais e anuais.


Outros dados e carteiras de pedidos


         Neste relatório anual:


          •    alguns dos dados financeiros refletem o efeito do arredondamento;

          •    as autonomias das aeronaves são expressas em milhas náuticas;

          •    uma milha náutica equivale a cerca de 1,15 milha normal ou “legal”, ou aproximadamente 1,85
               quilômetro;

          •    as velocidades das aeronaves são expressas em milhas náuticas por hora ou nós, ou em Mach, medida
               da velocidade do som;

          •    a expressão “jato regional” indica aeronave de fuselagem estreita com capacidade para 30 a 60
               passageiros;

          •    a expressão “jato de capacidade média” indica aeronaves com capacidade para 70 a 120 passageiros;
               todos os nossos jatos regionais e de capacidade média são vendidos no segmento de linhas
               comerciais;

          •    a expressão “aeronave comercial,” conforme se aplica à Embraer, indica nossos jatos regionais e
               jatos de capacidade média;

          •    os termos “jato básico” e “jato leve” se referem a jatos executivos com capacidade para 6 a 8
               passageiros e até 9 passageiros, respectivamente, projetados para distâncias curtas;

          •    o termo “ultragrande” se refere a jatos executivos com maior alcance e espaço de cabine
               superdimensionado que têm em média capacidade para 19 passageiros; e

          •    o termo “jato executivo”, conforme aplicado à Embraer, se refere a nossas aeronaves vendidas a
               sociedades, inclusive sociedades com titularidade fracionária, sociedades de afretamento e táxi aéreo,
               bem como indivíduos com patrimônio líquido alto.

         Apuramos o valor de nossa carteira de pedidos ao considerar todos os pedidos firmes não entregues. Um
pedido firme é um compromisso firme de um cliente, representado por um contrato assinado e normalmente
acompanhado de um sinal, pelo qual reservamos lugar em uma de nossas linhas de produção. Cada vez que
mencionamos nossa carteira de pedidos neste relatório anual, nos referimos exclusivamente a pedidos firmes e não a
opções. Nós também incluímos o número de aeronaves vendidas por nosso segmento de defesa e segurança para
companhias aéreas estatais em nossa carteira de pedidos de aeronaves comerciais.




                                                          2
Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras

         Este relatório anual abrange estimativas e declarações futuras, de acordo com a definição da Seção 27A da
Lei de Valores Mobiliários dos EUA de 1933, e seus aditamentos, e da Seção 21E da Lei de Valores Mobiliários dos
EUA de 1934, e seus aditamentos, principalmente nos Itens 3 a 5 e no Item 11 deste relatório anual. Tomamos como
base principal dessas estimativas nossas expectativas atuais e as projeções sobre evoluções futuras, a indústria e
tendências financeiras que afetem nosso negócios. Tais estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições,
incluindo, entre outros:


          •    a situação geral econômica, política e de negócios, no Brasil bem como em nossos mercados;

          •    mudanças nas condições de competitividade e no nível geral de demanda por nossos produtos;

          •    as expectativas da diretoria e as estimativas acerca de nosso desempenho financeiro futuro, planos e
               programas de financiamento, e os efeitos da concorrência;

          •    os efeitos de cancelamentos, modificações e/ou reprogramação de pedidos contratuais pelos clientes;

          •    o efeito de prioridades ou reduções variáveis nos orçamentos de defesa do governo brasileiro ou de
               governos internacionais sobre as nossas receitas;

          •    o desenvolvimento e comercialização continuamente bem-sucedidos da família de jatos EMBRAER
               170/190, nossa linha de jatos executivos (inclusive Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, Legacy
               450 e Legacy 500) e nossas aeronaves de defesa;

          •    nosso nível de endividamento;

          •    a antecipação de tendências em nosso segmento, incluindo mas não limitada à continuidade de
               tendências de longo prazo no tráfego de passageiros e produção de receita no segmento de
               companhias aéreas;

          •    nossas previsões de curto e longo prazo para o mercado de aeronaves comerciais com capacidade
               para 30 a 120 passageiros;

          •    nossos planos de despesas;

          •    inflação e flutuações da taxa de câmbio;

          •    o impacto dos preços voláteis de combustível e a resposta do segmento de companhias aéreas;

          •    nossa capacidade de desenvolver e entregar pontualmente os produtos;

          •    a disponibilidade de financiamento de venda para os clientes atuais e em potencial;

          •    a regulamentação governamental atual e futura;

          •    o relacionamento com nossa força de trabalho; e

          •    outros fatores de risco conforme o disposto no "Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco".

          Os termos "acredita", "poderá", "será", "calcula", "estima", "planeja", "continua", "prevê", "pretende",
"espera" e semelhantes destinam-se a identificar considerações sobre declarações prospectivas. Não nos obrigamos a
atualizar publicamente ou revisar estimativas devido a novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores.
Em vista desses riscos e incertezas, os eventos futuros e as circunstâncias abordadas neste relatório anual poderão
não ocorrer. Nossos resultados reais e nosso desempenho poderão diferir de maneira significativa daqueles
prognosticados nas afirmações prospectivas. Como resultado de diversos fatores, como os riscos descritos no "Item



                                                          3
3D. Informações chave — Fatores de Risco", não se pode confiar totalmente em tais estimativas.




                                                        4
PARTE I



ITEM 1.               IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES


           Não se aplica.

ITEM 2.               ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO


           Não se aplica.

ITEM 3.               PRINCIPAIS DADOS


3A.        Dados Financeiros Selecionados


         A seguinte tabela exibe nossos dados financeiros selecionados e outros dados, em e para os períodos
indicados. Os dados financeiros selecionados de 31 de dezembro de 2011 e 2010 e para cada um dos exercícios
findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 foram extraídos das nossas demonstrações financeiras consolidadas
e auditadas segundo as IFRS, que estão incluídas em outra parte deste relatório anual. Esses dados financeiros
selecionados devem ser lidos junto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e notas
correspondentes incluídas em outra parte do relatório anual.

                                                                                                      Exercício findo em 31 de dezembro de
Demonstrações Consolidadas de Dados do Resultado                                                    2011               2010            2009
                                                                                                                (em milhões de US$)
Receita............................................................................................    5,803.0             5,364.1         5,497.8
  Custo de vendas e serviços........................................................... (4,495.9)                        (4,338.1)       (4,428.4)
Lucro Bruto ...................................................................................        1,307.1             1,026.0         1,069.4
Receitas operacionais (despesas)...................................................
  Administrativas ............................................................................         (262.5)             (197.5)         (191.3)
  Vendas..........................................................................................     (419.3)             (374.1)         (304.6)
  Pesquisa........................................................................................      (85.3)              (72.1)          (55.6)
  Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas.........................                           (221.5)                  9.4        (138.5)
  Patrimônio                                                                                              (0.3)                   -              -
Lucro operacional antes das receitas (despesas)                                                          318.2               391.7           379.4
financeiras
  Receitas (despesas) financeiras, líquidas................................                             (90.7)                 17.5           10.2
  Ganho (perda) cambial, líquido....................................................                      20.0                (1.1)         (68.8)
Lucro antes do imposto de renda.................................................                         247.5               408.1           320.8
  Benefícios fiscais (despesas)........................................................                (127.1)              (62.7)           158.1
Receita líquida...............................................................................           120.4               345.4           478.9
  Atribuída a:
     Usufrutuários da Embraer ......................................................                     111.6               330.2           465.2
     Participação não controladora ................................................                         8.8                15.2           13.7

                                                                           Exercício findo em 31 de dezembro de
Lucro por ação – Básico                                                  2011               2010            2009
                                                                                         (em US$)
  Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer.................      111.6              330.2           465.2



                                                                        5
Exercício findo em 31 de dezembro de
Lucro por ação – Básico                                                   2011               2010            2009
                                                                                          (em US$)
  Média ponderada da quantidade de ações (em milhares).............. 723,667                   723,665          723,665
  Lucro básico por ação – dólares norte-americanos.......................    0.1542             0.4563           0.6428

                                                                                                           Exercício findo em 31 de dezembro de
Lucro por ação – Diluído                                                                                   2011             2010           2009
                                                                                                                         (em US$)
  Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer.................                                       111.6            330.2          465.2
  Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) –                                                     723,665          723,665        723,665
  diluída ...........................................................................................
  Diluição – emissão de opções de ações (em milhares) .................                                        1,180                 354               —
  Média ponderada da quantidade de ações (em milhares)..............                                         724,847             724,019          723,665
  Lucro diluído por ação................................................................                      0.1540              0.4562           0.6428

                                                                                                                                               Em 1º de
                                                                                                          Em 31 de dezembro de                janeiro de

Dados do Balanço Consolidado                                                                            2011         2010       2009              2009
                                                                                                                   (em milhões de US$)
 Caixa e equivalentes de caixa ....................................................                      1,350.2     1,393.1     1,592.4           1,820.7
 Ativos financeiros......................................................................                  753.6       733.5       953.8             380.8
 Outros ativos circulantes............................................................                   3,065.6     2,856.2     3,096.5           3,669.0
 Imóveis, instalações e equipamentos .........................................                           1,450.4     1,201.0     1,101.3           1,059.6
 Ativos intangíveis ......................................................................                 808.3       716.3       725.5             689.9
 Outros ativos de longo prazo .....................................................                      1,430.2     1,490.9     1,420.0           1,331.2
Total do ativo ..............................................................................            8,858.3     8,391.0     8,889.5           8,951.2

 Empréstimos e financiamento de curto prazo ............................                                   251.8          72.6        592.4          539.0
 Outras contas a pagar exigíveis .................................................                       2,589.9       2,316.1      2,158.2        2,986.9
 Empréstimos e financiamento de longo prazo ...........................                                  1,406.3       1,362.2      1,465.9        1,300.8
 Outros passivos de longo prazo .................................................                        1,492.5       1,508.6      1,790.0        1,598.9
 Capital social dos acionistas da companhia ...............................                              3,007.3       3,028.4      2,792.7        2,455.6
 Participação não controladora....................................................                         110.5         103.1         90.3           70.0
 Total do capital social dos acionistas.........................................                        3,1117.8       3,131.5      2,883.0        2,525.6
Total do passivo e capital social.................................................                       8,858.3       8,391.0      8,889.5        8,951.2

                                                                                                           Exercício findo em 31 de dezembro de
Outros Dados Financeiros Consolidados                                                                     2011             2010            2009
                                                                                                                   (em milhões de US$)
  Caixa líquido gerado por atividades operacionais .....................                                      480.2            873.8              3.6
  Caixa líquido usado nas atividades de investimento..................                                      (602.0)          (288.3)          (378.0)
  Caixa líquido gerado pelas (usado nas) atividades de                                                         96.4          (802.2)           (23.9)
  investimento...............................................................................
  Depreciação e amortização ........................................................                           238.8             219.2              229.3




                                                                                       6
Exercícios findos em 31 de dezembro de
Outros Dados:                                                                                             2011              2010           2009
Aeronaves entregues no período:
Ao Mercado de Linhas Comerciais
ERJ 145 .............................................................................................            2                 6                7
EMBRAER 170.................................................................................                     1             9/2(1)              22
EMBRAER 175.................................................................................                    10                 8               11
EMBRAER 190.................................................................................                    68                58               62
EMBRAER 195.................................................................................                    24                17               20
Para o Mercado de Defesa e Segurança
EMB 120 Brasília ..............................................................................                  —                —                —
Legacy 600 ........................................................................................              —                1                —
Phenom 100.......................................................................................                —                —                 4
EMB 145 ...........................................................................................              —                —                —
EMB 135 ...........................................................................................              —                1                 1
EMBRAER 170.................................................................................                     —                —                —
EMBRAER 190.................................................................................                     —                —                 2
 EMB 145 AEW&C/RS/MP.............................................................                                —                —                —
 EMB 312 Tucano / AL-X/ Super Tucano........................................                                     —                —                26
Ao Mercado Executivo de Aviação
 Legacy 600/650 ...............................................................................                 13               10                18
 EMBRAER 175 Shuttle ..................................................................                         —                —                  3
 Phenom 100.....................................................................................                41              100                93
 Phenom 300.....................................................................................                42               26                 1
 Lineage 1000 ...................................................................................                3                8                 3
Ao Mercado Geral de Aviação
 Avião a Hélice Leve ........................................................................                    54              —                  34
Total entregue ..................................................................................               258             246                304

Aeronaves na carteira de pedidos no final do período:
No Mercado de Aviação Comercial
 EMB 120 Brasília............................................................................                    —                —                 —
 ERJ 145 ...........................................................................................             —                2                  8
 ERJ 135 ...........................................................................................             —               —                  —
 ERJ 140 ...........................................................................................             —               —                  —
 EMBRAER 170...............................................................................                      6               10                 17
 EMBRAER 175...............................................................................                     46               40                 15
 EMBRAER 190...............................................................................                    162              157                185
 EMBRAER 195...............................................................................                     35               41                 40
Para o Mercado de Defesa e Segurança
 EMB 145 AEW&C/RS/MP.............................................................                                3                 3                3
 EMB 312 Tucano/EMB 314/EP Super Tucano...............................                                          24                16               57
 EMB 145 .........................................................................................              —                 —                —
 EMB 135 .........................................................................................              —                 —                 1
 Legacy 600 / Phenom 100 ...............................................................                        —                 —                —
 EMBRAER 170 / EMBRAER 190..................................................                                    —                 —                —
No Mercado de Aviação Executiva
 Legacy 450/500/600/Phenom 100/300/Lineage
 1000/EMBRAER 170/190 Shuttle ..................................................                               421              551                737
No Mercado Geral de Aviação
 Avião a Hélice Leve ........................................................................                    —               —                —
Total carteira de pedidos (aeronaves) .............................................                             697             820            1,063
Total carteira de pedidos (em milhões) ..........................................                       US$15,441.2    US$15,543.2      US$ 16.634,8

(1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional.




                                                                                          7
Taxas de câmbio

             Até 4 de março de 2005, o Brasil possuía dois mercados de câmbio legais principais:


                •      o mercado de câmbio comercial e

                •      o mercado de câmbio de taxa flutuante

         A maior parte das operações de câmbio comerciais e financeiras era feita com base no mercado de câmbio
comercial. Essas operações incluíam a compra e venda de ações e pagamento de dividendos ou juros relacionados a
ações. Só era possível comprar moeda estrangeira no mercado de câmbio comercial por meio de um banco brasileiro
autorizado a comprar e vender moedas nesses mercados. As taxas de câmbio eram negociadas livremente nos dois
mercados.


          A Resolução 3.265 do Conselho Monetário Nacional, ou CMN, de 4 de março de 2005 consolidou os
mercados em um único mercado de câmbio, em vigor em 14 de março de 2005. Todas as operações de câmbio são
agora realizadas por instituições autorizadas a operar no mercado consolidado e estão sujeitas a registro no sistema
de registro eletrônico do Banco Central do Brasil, ou Banco Central. As taxas de câmbio continuam a ser livremente
negociadas, mas podem ser influenciadas pela intervenção do Banco Central.


         Desde 1999 o Banco Central permite que a taxa real/dólar norte-americano flutue livremente, e, durante
esse período, a taxa real/dólar norte-americano tem flutuado consideravelmente. No passado, o Banco Central
interveio de tempos em tempos para controlar movimentos instáveis em taxas de câmbio. Não podemos prever se o
Banco Central ou o governo brasileiro irá continuar a deixar que o real flutue livremente ou se fará alguma
intervenção no mercado de câmbio por meio de um sistema de faixas de moeda ou outro modo. O real pode ser
depreciado ou valorizado contra o dólar norte-americano de forma substancial, no futuro. Consulte o "Item 3D.
Principais Dados – Fatores de Risco – Riscos Relativos ao Brasil”.


        A tabela a seguir mostra a taxa de venda do câmbio comercial, expressa em reais por dólar norte-
americano, para os períodos indicados:

                                                                                         Taxa de câmbio em reais para US$1,00
                                                                                                                            Final do
Exercício findo em 31 de dezembro de                                              Baixo           Alto       Média (1)       Período
2007 ..........................................................................   1.7325         2.1556        1.9500         1.7713
2008 ..........................................................................   1.5593         2.5004        1.8346         2.3370
2009 ..........................................................................   1.7024         2.4218        1.9957         1.7412
2010 ..........................................................................   1.6554         1.8811        1.7601         1.6662
2011 ..........................................................................   1.5345         1.9016        1.6709         1.8758

                                                                                         Taxa de câmbio em reais para US$1,00
                                                                                                                            Final do
Mês/exercício findo em                                                            Baixo           Alto       Média (2)       Período
30.11.11 ....................................................................     1.7270         1.8937        1.7905         1.8109
31.12.11 ....................................................................     1.7830         1.8758        1.8369         1.8758
31.01.12 ....................................................................     1.7389         1.8683        1.7897         1.7391
29.02.12 ....................................................................     1.7024         1.7376        1.7179         1.7012
31.03.12 ....................................................................     1.7152         1.8334        1.8221         1.8221
Abril de 2012 (até 10 de abril de 2012)....................                       1.8314         1.8317        1.7755         1.8317

Fonte: Banco Central do Brasil.
(1) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante os respectivos períodos.



                                                                                  8
(2) Representa a média das taxas de câmbio durante os respectivos períodos.

          Pagaremos todos os dividendos em dinheiro e efetuaremos em reais qualquer outra distribuição em dinheiro
relativa a ações ordinárias. Neste sentido, as flutuações das taxas de câmbio podem afetar os valores em dólares
norte-americanos recebidos pelos portadores das Ações de Depósitos Americanos, ou ADSs, na conversão em
dólares norte-americanos pelo depositário de nosso programa de ADS das referidas distribuições para pagamento a
portadores de ADSs. As flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também podem afetar o
equivalente em dólares norte-americanos do preço em real de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São
Paulo.


3B.     Capitalização e Endividamento


        Não se aplica.


3C.     Motivos da Oferta e Utilização do Resultado


        Não se aplica.


3D.     Fatores de Risco


Riscos relacionados à Embraer

Uma desaceleração no segmento de linhas aéreas comerciais poderá reduzir nossas vendas e receitas e,
consequentemente, nossa lucratividade em determinado exercício.


         Antecipamos que uma parcela substancial de nossas vendas no futuro próximo será oriunda da vendas de
aeronaves comerciais, principalmente da família de jatos EMBRAER 170/190. Historicamente, o mercado de
aeronaves comerciais tem apresentado um comportamento cíclico, devido a uma série de fatores externos e internos
à atividade de viagens aéreas, inclusive condições gerais da economia.


          A indústria de aviação comercial tem sofrido impactos negativos por uma série de fatores. Por exemplo, em
2004, reduzimos as entregas programadas de 160 para 145 aeronaves como resultado do segundo pedido de
concordata (Chapter 11) da US Airways em setembro de 2004. Além disso, em 2004 também reavaliamos nosso
risco assumido com relação a avaliações de aeronaves e riscos de crédito dos clientes, o que gerou despesas
extraordinárias de US$16,0 milhões. Em 2011, a AMR Corporation, ou AMR, empresa controladora da American
Airlines, que opera atualmente uma frota de aeronaves da família 216 ERJ 145 por meio de sua subsidiária
totalmente controlada American Eagle, entrou com pedido de concordata (Chapter 11). Como resultado dos ajustes
de frota que se espera ocorrerão na AMR, nós provisionamos um total de US$317,5 milhões para cobrir as despesas
esperadas relacionadas a obrigações de garantias financeiras e garantias de valor residual para essas 216 aeronaves.
Consulte o “Item 5E. Relatório Operacional e Financeiro - Perspectivas – Composições Não Registradas no
Balanço"


        Embora as economias americana e mundial tivessem mostrado alguns sinais de recuperação em 2004,
muitas empresas aéreas continuaram a enfrentar aumento da concorrência, custos de seguros crescentes, custos de
segurança crescentes, redução do crédito e problemas de liquidez e falência, além de, posteriormente, custos de
combustível significativamente mais altos.




                                                         9
No segundo semestre de 2007, as economias dos Estados Unidos e de muitos outros países começaram a
sofrer desacelerações que se caracterizaram, entre outros fatores, por instabilidade do valor de títulos e dos mercados
de capitais, instabilidade de moedas, forte redução da demanda, reduções acentuadas da disponibilidade de crédito e
pressão inflacionária.


          No segundo semestre de 2008, os efeitos adicionais de graves desacelerações econômicas em nossos
mercados incluíram reduções significativas das viagens aéreas e retração de gastos corporativos e com pessoal que,
consequentemente, causaram impacto negativo em nossas linhas de produtos. Outros impactos da desaceleração do
setor de transporte aéreo resultaram não só na redução drástica dos pedidos de jatos executivos, mas também na
diminuição de financiamento disponível aos nossos clientes para aquisição de aeronaves, principalmente nos
segmentos de aviação comercial e executiva (consulte o "Item 4B. Informações sobre a empresa — Visão Geral do
Negócio — Contratos de Financiamento de Aeronaves"). Uma retração contínua das condições gerais desfavoráveis
da economia pode resultar em maior redução das viagens aéreas e menos pedidos dos clientes de nossas aeronaves.
Nossos clientes também podem adiar ou cancelar compras de nossas aeronaves. No momento, não temos condições
de prognosticar a dimensão nem a duração do impacto que os acontecimentos acima referidos causarão no segmento
de aviação comercial como um todo e em nosso negócio especificamente.


          Em fevereiro de 2009, foi necessário demitir cerca de 20% dos funcionários, como parte do esforço de
adequar a posição da Embraer ao declínio econômico global. O custo aproximado dessas demissões foi de US$ 61,3
milhões. Além disso, também sofremos o cancelamento de 60 encomendas de aeronaves de diversos de nossos
clientes (para mais informações sobre cancelamentos de aeronaves, consulte o “Item 3D. — Nossas vendas de
aeronaves estão sujeitas a provisões de cancelamento que podem reduzir nossos fluxos de caixa”.


         Não podemos garantir que não ocorrerão mais cancelamentos significativos no futuro ou que os nossos
outros negócios não serão afetados. Cancelamentos significativos, atrasos ou diminuição do número de aeronaves
entregues em qualquer ano futuro provavelmente reduziria nossa receita e nossos pedidos pendentes.


Dependemos de clientes e fornecedores estratégicos e a perda destes pode prejudicar nosso negócio.


          Aeronaves Comerciais. Em 31 de dezembro de 2011, 41% de nossos pedidos firmes em carteira para a
família de jatos EMBRAER 170/190 eram da Flybe, no Reino Unido, Jet Blue Airways e Air Lease, nos EUA, e
Azul, uma companhia aérea brasileira fundada em 2008. Nós acreditamos que continuaremos a depender de alguns
clientes estratégicos, a perda de qualquer um desses clientes poderia reduzir nossas vendas e nossa participação no
mercado. A diminuição nas receitas poderá afetar de maneira negativa nossa lucratividade.


         Cada vez mais, devido à atual desaceleração econômica global, a indústria da aviação comercial está
buscando reduzir custos e aumentar a eficiência, e está enfrentando um processo de consolidação através de fusões,
aquisições e alianças por meio de acordos de compartilhamento de rotas. Embora se espere que essas consolidações
e alianças resultem na criação de empresas aéreas mais estáveis e competitivas, isso também pode resultar na
redução do número de clientes e, possivelmente, do número de compras de nossas aeronaves.


         Aeronaves de defesa. A Força Aérea Brasileira é nossa maior cliente de produtos de aeronaves de defesa.
As vendas ao governo brasileiro contabilizaram 25,0% de nossas receitas de defesa e segurança para o exercício
findo em 31.12.11. Uma redução dos gastos com defesa pelo governo brasileiro em razão de cortes nos gastos com
defesa, restrições gerais orçamentárias ou demais fatores fora do nosso controle, poderão reduzir nossas receitas de
defesa e segurança. Não podemos assegurar que o governo brasileiro continuará a adquirir aeronaves ou serviços da
nossa empresa no futuro à mesma taxa, ou mesmo se continuará adquirindo tais aeronaves ou serviços.


        Fornecedores estratégicos. Nossos parceiros de risco desenvolvem e fabricam partes expressivas de nossas
aeronaves, incluindo motores, componentes hidráulicos, sistemas eletrônicos de aviação, interiores e partes da



                                                          10
fuselagem e da cauda. Uma vez selecionados esses parceiros de risco e iniciado o desenvolvimento de programas e
montagem das aeronaves, torna-se difícil substituir parceiros. Em alguns casos, a aeronave é projetada
especificamente para receber um determinado componente, como por exemplo os motores, os quais não poderão ser
substituídos pelos de outro fabricante sem atrasos e despesas substanciais. Tal dependência nos torna suscetíveis aos
riscos do desempenho, qualidade dos produtos e situação financeira desses parceiros de risco.


         Não é possível garantir que não sofreremos demoras significativas na obtenção futura de equipamentos
estratégicos para nosso processo de fabricação. Um grande número de equipamentos empregados pela indústria
aeronáutica está sujeito a regulamentos de controle de exportações e, como tal, as entregas dependem de os
fornecedores terem garantido as licenças de exportação aplicáveis. Em 2007, entregas de equipamentos para um de
nossos produtos de defesa foram temporariamente suspensas devido a requisitos de controle de exportação. Embora
trabalhando em sintonia e monitorando o processo de produção de nossos parceiros de risco e fornecedores, na
hipótese de nossos parceiros de risco e principais fornecedores estratégicos não corresponderem a nossas
especificações de desempenho, padrões de qualidade ou cronogramas de entrega, ou não cumprirem os requisitos de
regulamentação (inclusive requisitos de controle de exportação), seria afetada nossa capacidade de entregar as novas
aeronaves aos clientes em tempo hábil.


Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a disposições de cancelamento que podem reduzir nosso fluxo de
caixa.


         Uma parcela de nossos pedidos firmes de aeronaves está sujeita a importantes contingências, antes e após a
entrega. Antes da entrega, poderá ocorrer a rescisão de alguns de nossos contratos de aquisição, ou um determinado
pedido firme poderá sofrer cancelamento total ou parcial por diversos motivos, incluindo:


          •    Atrasos prolongados na entrega de aeronaves ou a não obtenção da certificação da aeronave, ou o não
               cumprimento de etapas de desenvolvimento, e demais exigências;

          •    Não cumprimento de compromissos de compras de aeronaves por um cliente; ou

          •    Reduções da cadência de produção.

         Nossos clientes também poderão reprogramar as entregas ou cancelar encomendas, especialmente durante
uma desaceleração na economia. Em 2011 tivemos uma receita anormalmente alta de danos liquidados, de
aproximadamente US$67,1 milhões, em comparação aos US$30,4 milhões em 2010, que foram reconhecidos em
outras receitas (despesas) operacionais líquidas, causada pelo encerramento das vendas de determinadas aeronaves.
Embora esses cancelamentos tenham ocorrido primariamente em nosso negócio de aviação executiva, não podemos
garantir que não ocorrerão cancelamentos significativos no futuro em nossos outros segmentos de aeronaves.
Cancelamentos significativos, atrasos ou reduções da quantidade de aeronaves entregues em qualquer exercício
futuro provavelmente diminuirão nossas vendas e receitas e, como consequência, nossa lucratividade naquele
exercício. Uma quantidade expressiva de cancelamentos ou prorrogações dos cronogramas de entrega será passível
de provocar queda de nossas vendas e receitas em determinado ano, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de
caixa e os pedidos pendentes.


Algumas de nossas receitas provenientes de vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e
de valor residual, bem como a opções de troca que podem exigir desembolsos expressivos de caixa no futuro.


         Garantimos no passado, e podemos garantir no futuro, o desempenho financeiro de uma parte do
financiamento e do valor residual de algumas de nossas aeronaves que já foram entregues. As garantias financeiras
são fornecidas às instituições financeiras para sustentar uma parte das obrigações de pagamento dos compradores
das nossas aeronaves em seus financiamentos, a fim de diminuir perdas relativas a inadimplemento. Essas garantias
são sustentadas pela aeronave financiada.



                                                         11
Nossas garantias de valor residual normalmente asseguram que, no 15º ano após a data de entrega da
aeronave, a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de
venda. Mais recentemente, garantias de valor residual têm sido emitidas para assegurar um valor de mercado
residual para o 10º ano após a entrega da aeronave. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a
uma limitação ("teto") e, portanto, em média nossa exposição de garantia de valor residual está limitada a 17% do
preço de venda original. No caso do exercício por um comprador de sua garantia de valor residual, nós arcaremos
com a diferença, se houver, entre o valor residual garantido e o valor de mercado da aeronave quando do referido
exercício.


         Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras fora do balanço não honrarem seus respectivos
financiamentos de aeronaves, e na hipótese também de sermos chamados a cobrir o valor global das garantias dos
valores financeiros e residuais em aberto, e de não termos conseguido revender quaisquer aeronaves de forma a
compensar nossas obrigações, nosso risco máximo pelas garantias prestadas (menos provisões e obrigações) seria de
US$ 682,8 milhões em 31 de dezembro de 2011. Como resultado, seríamos obrigados a fazer pagamentos
substanciais não recuperáveis através de receitas provenientes da venda ou leasing de aeronaves, especialmente se,
no futuro, não formos capazes de recomercializar qualquer das aeronaves para compensar nossas obrigações ou
inadimplências de financiamento com relação a uma parcela significativa de nossas aeronaves. É mais provável que
caia o valor das aeronaves dadas em garantia, e que terceiros se tornem inadimplentes em épocas de desaceleração
econômica. Consulte a Nota 40 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destas
composições não registradas no balanço.


          Além disso, na assinatura dos contratos de compra de uma nova aeronave, podemos oferecer opções de
troca (trade-in) aos nossos clientes. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave
existente da Embraer na compra e aceitação de uma nova aeronave. Das 18 opções de troca que tínhamos em 2011,
aceitamos cinco aeronaves para troca e outras 12 opções de troca foram canceladas em 2011. Também em 2011 nós
aceitamos duas aeronaves para troca de acordo com as opções de troca de aeronaves firmadas em 2011. Com isso,
estamos atualmente sujeitos a opções de troca relativas a uma aeronave, resultado de trocas vinculadas a obrigações
contratuais com clientes e seu recebimento de certas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar
sujeitas a trocas devido a novos contratos de vendas. O preço de troca é determinado da forma descrita no “Item 5A.
Resultados Operacionais e Financeiros - Perspectivas – Resultados Operacionais – Estimativas Críticas de
Contabilidade - Direitos de Garantia e de Troca” por aeronaves comerciais e executivas. Pode ser necessário aceitar
a troca de aeronaves por preços acima do mercado, resultando em perda financeira na revenda da aeronave.


         Reavaliamos continuamente nosso risco relativo a garantias financeiras e obrigações de troca como parte
do pagamento com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da aeronave conforme
avaliações de terceiros, com base em informações sobre a revenda de aeronaves semelhantes no mercado
secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. A esse respeito, baseado em nossa avaliação de risco
do pedido de concordata da Mesa, em 2009 reservamos uma garantia de US$ 74,4 milhões sob a forma de depósito
em juízo, em reconhecimento das perdas estimadas que classificamos como prováveis no que diz respeito às
garantias financeiras prorrogadas por nós em relação às vendas de nossas aeronaves à Mesa e como resultado do
pedido de concordata da AMR em 2011 e da consequente exposição de garantias financeiras e obrigações de
garantia de valor residual, fizemos uma provisão líquida total de US$ 360,7 milhões relativa a essas obrigações.
Como resultado do pedido de concordata (Chapter 11) da AMR em 2011 e a consequente exposição a obrigações de
garantias financeiras e de valor residual, fizemos uma provisão total de US$ 360,7 milhões relativa a essas
obrigações. Dessa montante, US$ 107,4 milhões foram contabilizados como lucro (despesa) financeira, líquido, e
dessa forma não afetam nossa margem operacional. Os US$ 253,3 milhões restantes foram contabilizados como
lucro (receita) operacional, líquido, e dessa forma afetaram nossa margem operacional para o exercício.


         Considerando os impactos potenciais sobre o mercado secundário de aeronaves regionais e os valores das
aeronaves que podem ocorrer como resultado da maior disponibilidade de aeronaves causada pelo processo de
reestruturação da AMR, nós também revemos nossas provisões existentes, também relativas às nossas obrigações de
garantia financeira e garantia de valor residual, e o efeito líquido de tais revisões foi negativo em US$ 43,2 milhões.
Também é importante ressaltar que, entre outros aspectos (como provisões relativas a garantias de valor residual),



                                                          12
essas revisões incluem uma provisão adicional relativas ao processo de falência do Mesa Air Group que ocorreu em
2010. Essa provisão adicional foi resultado das últimas evoluções do mercado no segmento de 50 assentos e da
expectativa de que as aeronaves da Mesa serão revendidas nos próximos meses. É importante observar que, com
essa provisão adicional para as obrigações do Mesa Air Group, temos agora provisões para as mais altas despesas
potenciais relativas a tais obrigações, não esperando, dessa forma, provisões adicionais para essas garantias. Para
mais informações, consulte a Nota 40 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas.


          Qualquer queda futura no valor de mercado das aeronaves cobertas por direitos de troca ou garantias
financeiras reduziria nossa capacidade de recuperar os valores para cobrir nossas obrigações e nos levaria a
contabilizar encargos maiores contra nossas receitas. Na hipótese de sermos obrigados a efetuar pagamentos
relativos às citadas garantias, possivelmente não disporíamos de caixa suficiente ou demais recursos financeiros para
tanto e teríamos que financiar tais pagamentos. Não temos como assegurar que as condições de mercado na ocasião
favoreceriam a revenda ou leasing das aeronaves dadas em garantia a seu valor justo estimado ou dentro do prazo
necessário. Portanto, o cumprimento de nossas obrigações de troca ou de garantia financeira poderia acarretar
grandes desembolsos de recursos em determinado exercício, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa
naquele exercício.


A redução dos financiamentos disponibilizados pelo governo brasileiro aos nossos clientes ou o aumento dos
financiamentos disponibilizados por governos em benefício de nossos concorrentes pode reduzir a
competitividade de custo de nossas aeronaves.


        Na aquisição de nossas aeronaves, nossos clientes têm se beneficiado historicamente de incentivos no
financiamento das exportações proporcionados por programas de exportação patrocinados pelo governo brasileiro. O
mais importante desses programas governamentais foi um sistema de ajustes das taxas de juros denominado
Programa de Financiamento às Exportações, ou ProEx.


         Devido a controvérsias anteriores entre os governos canadense e brasileiro na Organização Mundial do
Comércio, ou OMC, com relação à concessão de subsídios de exportação relacionados à venda de aeronaves, o
governo brasileiro finalmente aditou o ProEx para que quaisquer pagamentos relativos ao ProEx não reduzissem a
taxa de juros efetiva abaixo da taxa de juros permitida pela OMC, e o governo canadense também fez alterações em
seus acordos de financiamento para vendas de aeronaves pela Bombardier, Inc., ou Bombardier, uma fabricante de
aeronaves canadense.


          Embora o ProEx esteja atualmente em conformidade com as regras da OMC, outros programas de
financiamento às exportações disponíveis para nossos clientes poderão sofrer contestações futuras. Se, no futuro, o
ProEx ou outro programa brasileiro de financiamento às exportações similar não estiver disponível, ou se os termos
do ProEx forem significativamente alterados de forma que os custos financeiros de exportação incorridos por nossos
clientes se tornar mais alto do que aqueles oferecidos por outras agências de crédito às exportações, ou ECAs, que
apóiam as exportações de nossos concorrentes, nossa competitividade no mercado de jatos comerciais pode
diminuir.


         Em julho de 2007, o Brasil e países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ou
OCDE, celebraram um acordo, conhecido como Acordo do Setor de Aeronaves, para estabelecer um "campo
nivelado de atuação" para financiamento oficial à exportação de aeronaves. As agências de crédito às exportações,
ou ECAs, de países signatários são obrigadas a oferecer os mesmos termos e condições básicos de financiamento ao
financiar vendas de aeronaves que competem com aquelas produzidas pelos fabricantes de jatos em seus respectivos
países. O efeito do acordo é incentivar os compradores de aeronaves a se concentrarem no preço e na qualidade dos
produtos oferecidos por fabricantes de aeronaves em vez de pacotes financeiros oferecidos pelos respectivos
governos. Devido ao acordo acima, o suporte de financiamento do governo brasileiro a compradores potenciais de
nossas aeronaves conterá termos e condições similares aos oferecidos pela The Boeing Company, ou Boeing, Airbus
S.A.S. e Bombardier, ou por qualquer outro concorrente de país signatário do Acordo do Setor de Aeronaves da



                                                         13
OCDE. No final de 2007, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES, começou a
oferecer financiamento aos nossos clientes nos termos e condições exigidos pelo Acordo do Setor de Aeronaves da
OCDE. Na medida em que não continuamos a manter a vantagem de preço e qualidade de nossas aeronaves, nossas
vendas futuras poderão ser afetadas negativamente. Além disso, fabricantes de aeronaves de outros países não
signatários do acordo poderão oferecer pacotes de financiamento que afetarão negativamente a competitividade dos
nossos produtos em termos de custos.


       Quaisquer subsídios futuros em favor de nossos principais concorrentes poderão repercutir negativamente
na competitividade em termos de custo de nossas aeronaves e causar a queda de nossas vendas.


O governo brasileiro pode reduzir fundos disponíveis a nossos clientes, de acordo com programas
governamentais de financiamento.


          De 2004 até 2011, cerca de 18,0% do valor total das entregas de nossas exportações foi objeto de apoio
financeiro pelo BNDES e pelo Fundo de Garantia à Exportação, ou FGE, um fundo especial vinculado ao Ministério
das Finanças e administrado pelo BNDES para incentivo às exportações. Não podemos garantir que o governo
brasileiro continuará a prover recursos suficientes para o financiamento de nossas aeronaves ou que outras fontes de
recursos estarão disponíveis aos nossos clientes. A perda ou redução expressiva de recursos disponíveis aos clientes,
sem substituto adequado, pode levar à redução das entregas e resultar em menor lucratividade para nós.


Podemos nos deparar com uma série de desafios em decorrência do desenvolvimento de novos produtos, e de uma
possível busca de oportunidades de crescimento estratégico.


         Como continuamos desenvolvendo novos produtos, poderá ser necessário realocar recursos existentes e
obter novos fornecedores e parceiros de risco. De tempos em tempos, existe uma notável concorrência na indústria
aeronáutica em busca de pessoal capacitado em geral e de engenheiros em particular. Se essa concorrência ocorrer
novamente, talvez não sejamos capazes de recrutar e reter a quantidade necessária de engenheiros altamente
capacitados e demais pessoal de que necessitamos. A falta de coordenação de nossos recursos dentro do prazo
estipulado, ou a impossibilidade de atrair ou reter pessoal capacitado, poderá retardar nossos esforços de
desenvolvimento, causando atrasos na produção e entrega de nossas aeronaves e consequente atraso no
reconhecimento da receita.


        Poderemos buscar oportunidades estratégicas de crescimento, inclusive através de joint ventures, aquisições
ou demais transações, para ampliar nosso negócio ou aperfeiçoar nossos produtos e tecnologia. Poderemos enfrentar
uma série de desafios, incluindo dificuldade de identificar candidatos adequados, assimilar suas operações e pessoal
e manter padrões e controles internos, bem como o foco de nossa diretoria ser desviado do nosso negócio existente.
Não podemos garantir que seremos capazes de superar estes desafios ou que nosso negócio não sofrerá turbulências.


Poderá ser necessário reembolsar contribuições de caixa relativas à produção ou ao desenvolvimento da família
de jatos EMBRAER 170/190 e da família de jatos Legacy 450/500, caso certas etapas do desenvolvimento de cada
uma dessas aeronaves não sejam atingidas.


          Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais eles contribuíram conosco, em dinheiro,
com um total de US$ 652,4 milhões até 31 de dezembro de 2011. As contribuições em dinheiro não precisam ser
devolvidas por nós aos parceiros de risco, no caso em que determinados marcos contratuais assumidos com nossos
parceiros de risco sejam cumpridos. Um valor de US$ 650,5 milhões dessas contribuições em dinheiro tornou-se não
restituível durante 2011. Se cancelarmos a produção do Phenom 100/300 ou de qualquer aeronave da família de
jatos EMBRAER 170/190, ou se cancelarmos o desenvolvimento da família Legacy 450/500, por não conseguirmos
obter certificação ou outros motivos não relacionados ao mercado, poderemos ser obrigados a devolver US$ 1,9




                                                         14
milhão do total das contribuições em dinheiro já recebidas. O jato executivo Legacy 500 deverá entrar em serviço no
final de 2013 e o Legacy 450 deverá entrar em serviço um ano depois o Legacy 500.


          Se não formos capazes de atingir determinados marcos contratuais assumidos com nossos parceiros de
riscos, podemos ser obrigados a devolver contribuições em dinheiro para as quais ainda não criamos provisões.


Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos sobre nossa
participação de mercado.


         A indústria mundial de fabricação de jatos comerciais é altamente competitiva. Somos um dos principais
fabricantes mundiais de aeronaves comerciais (ou seja, aeronaves regionais e de média capacidade), juntamente com
a Boeing, Airbus e Bombardier, todas grandes empresas internacionais. Alguns desses concorrentes podem ter mais
recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Embora tenhamos alcançado uma parcela expressiva do
mercado de jatos comerciais, não podemos assegurar que seremos capazes de manter tal participação no mercado.
Nossa capacidade de manter esta participação de mercado e de permanecermos competitivos a longo prazo no
mercado de aviação comercial exige aperfeiçoamentos constantes de tecnologia e desempenho dos nossos produtos.
Nosso principal concorrente nos mercados de jatos regionais e de capacidade média é a Bombardier Inc., companhia
canadense, que possui capacidades significativas em termos de recursos financeiros e de marketing, recebendo, em
alguns casos, benefícios de subsídios governamentais ao desenvolvimento de produtos. Estas empresas possuem
expressiva capacidade tecnológica e maiores recursos financeiros e mercadológicos. Além disso, companhias
chinesas, russas e japonesas estão desenvolvendo jatos de capacidade média e já possuem mais pedidos acumulados
do que nós.


          Enfrentamos uma concorrência significativa de empresas com histórico de operações mais extenso e
reputação estabelecida nessa indústria. Alguns de nossos concorrentes do mercado de jatos também podem lançar
produtos no mercado antes de nós, o que lhes permite estabelecer uma base de clientes e torna mais difíceis nossos
esforços para aumentar a participação de mercado. Recentemente alguns dos fabricantes mais tradicionais têm
utilizado estratégias de vendas e marketing agressivas como redução de preços, oferta de pacotes de serviços
adicionais e publicidade direcionada a consumidores específicos. Além disso, temos enfrentado concorr6encia
significativa da venda de aeronaves pouco usadas ou quase novas. Não podemos garantir que vamos continuar a
aumentar a nossa participação no mercado no segmento de jatos executivos como temos feito no passado, ou que
não iremos sentir uma redução na nossa participação atual no mercado neste segmento.


Estamos sujeitos a efetuar desembolsos expressivos em decorrência de resultados não favoráveis de desafios
pendentes a diversos impostos e encargos sociais.


         Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais brasileiros, além de
modificações e aumentos das taxas e da base de cálculo desses impostos e encargos. Os juros sobre o valor total
desses impostos e encargos sociais não pagos incidem mensalmente com base na Selic, a taxa básica do Banco
Central, e fazemos uma provisão como parte das despesas financeiras, item líquido de nossas demonstrações de
resultados.


          Porém, em 31 de dezembro de 2011, registramos uma provisão de US$ 386,5 milhões como passivo
(impostos e encargos sociais) em nosso balanço, relativa a contingências de litígios que consideramos perdas
prováveis. Estamos aguardando uma decisão final desse processo. Não temos certeza de que ganharemos este
processo, nem que não teremos que desembolsar valores substanciais no futuro, inclusive juros, ao governo
brasileiro, como pagamentos por esses passivos.




                                                        15
Riscos Relativos à Indústria de Aeronaves Comerciais

Restrições impostas pela cláusula de limitação (Scope Clause) nos contratos dos pilotos das companhias aéreas
passíveis de limitar a procura por jatos regionais e de capacidade média no mercado americano.


         Um fator limitador fundamental da procura por jatos regionais e de capacidade média é a existência das
cláusulas de limitação que constam dos contratos com pilotos das companhias aéreas. As citadas cláusulas
compõem-se de restrições negociadas pelos sindicatos relativas à quantidade e/ou ao tamanho dos jatos regionais e
de capacidade média que determinada companhia pode operar. As restrições em vigor das cláusulas de limitação,
mais comuns nos Estados Unidos, abrangem número de assentos, peso da aeronave e quantidade de aeronaves
comerciais de 60 a 90 passageiros na frota de aeronaves operada pelas companhias regionais. Como consequência,
nossas oportunidades de crescimento a curto prazo no mercado de jatos regionais dos Estados Unidos podem ser
limitadas nas categorias de 60 a 90 passageiros. Se as cláusulas de limitação continuarem ou passarem a ser mais
rigorosas, alguns de nossos clientes que possuem essas opções de compra de nossos jatos regionais e de capacidade
média serão levados a não exercer essas opções. Não temos como garantir que as atuais restrições serão reduzidas
nem serão expandidas, inclusive pela ampliação das cláusulas de limitação para cobrir os jatos comerciais de maior
porte. Além disso, embora as Scope Clauses sejam menos comuns fora dos Estados Unidos, não temos condições de
negar que elas se tornarão mais comuns ou restritivas, ou que outra forma de restrição virá, na Europa ou em outros
mercados.


Estamos sujeitos a rigorosas exigências e regulamentação para certificação, que podem impedir ou atrasar a
obtenção pontual da certificação.


          Nossos produtos de aviação civil estão sujeitos a regulamentações no Brasil e nas jurisdições de nossos
clientes. A autoridade aeronáuticas do Brasil, Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, bem como as
autoridades aeronáuticas de outros países nos quais nossos clientes se localizam, principalmente a Administração
Aeronáutica Americana (FAA) e a agência européia de segurança aeronáutica (EASA), deverão homologar nossos
produtos de aviação civil antes que possamos entregá-los aos nossos clientes naquelas regiões. Não temos como
assegurar que conseguiremos homologar nossas aeronaves em tempo hábil, ou se o conseguiremos. Acreditamos
também que as exigências ambientais, como a redução das emissões de efeito estufa, estejam se tornando um dos
principais aspectos das decisões sobre fortas de aeronaves e deverá influenciar desenvolvimentos futuros de
aeronaves. Sem a certificação necessária de nossas aeronaves por uma autoridade aeronáutica, essa autoridade pode
proibir a utilização das referidas aeronaves em sua jurisdição até sua certificação. Além disso, o cumprimento das
exigências das autoridades de certificação e outras autoridades reguladoras consome tempo e dinheiro.


          As mudanças nos regulamentos governamentais e nos procedimentos de certificação poderão também
atrasar o início de produção, bem como nossa entrada no mercado com um novo produto. Apesar de nossos esforços
contínuos para observar e cumprir rigidamente todos os requisitos de certificação e outros requisitos de
regulamentação, não podemos fazer previsões de como nos afetarão a legislação futura ou as mudanças na
interpretação, administração ou aplicação da legislação. Poderemos ser levados a maiores gastos no cumprimento
desta legislação ou na resposta a suas alterações.


Acontecimentos catastróficos com nossas aeronaves poderiam ter repercussões negativas sobre nossa reputação e
sobre vendas futuras das mesmas, assim como o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs.


          Acreditamos que nossa reputação e o histórico de segurança de nossas aeronaves sejam importantes
aspectos para a comercialização de nossos produtos. Projetamos nossas aeronaves com sistemas duplicados das
principais funções e com margens de segurança adequadas para os componentes estruturais. Entretanto, a operação
segura de nossas aeronaves depende em grande parte de uma série de fatores fora do nosso controle, incluindo
manutenção e reparos corretos pelos clientes e a perícia dos pilotos. A ocorrência de um ou mais eventos
catastróficos com uma de nossas aeronaves poderia ter repercussões negativas sobre nossa reputação e vendas
futuras bem como sobre o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs.


                                                        16
Riscos Relativos ao Brasil

A situação política e econômica do Brasil surtem um impacto direto sobre nosso negócio e sobre a cotação de
nossas ações ordinárias e ADSs.


         O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, às vezes, implementa
mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar
outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação,
controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas.
Nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e a cotação das ações ordinárias e das
ADSs podem ser afetados de forma negativa por mudanças de política ou dos regulamentos na esfera federal,
estadual ou municipal, envolvendo ou influenciando fatores como:


          •    taxas de juros;

          •    políticas monetárias;

          •    controles de câmbio e restrições sobre remessas ao exterior (tais como os impostos em 1989 e no
               início da década de 90);

          •    flutuações da moeda;

          •    inflação;

          •    liquidez dos mercados internos de capitais e de financiamentos;

          •    políticas tributárias; e

          •    outros eventos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou com repercussão no país.

          A incerteza sobre se o governo brasileiro implementará mudanças em políticas ou regulamentos que afetem
esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para incerteza quanto à economia no Brasil e para maior
volatilidade nos mercados brasileiros de capitais e nos valores mobiliários emitidos no exterior por empresas
brasileiras.


          Historicamente, o cenário político no Brasil influenciou o desempenho da economia brasileira. No passado,
crises políticas afetaram particularmente a confiança dos investidores e do público em geral, o que prejudicou o
desenvolvimento da economia brasileira. Além disso, 2010 foi um ano eleitoral no Brasil e uma nova presidente,
juntamente com governadores e parlamentares, foram eleitos. Embora a transição de poder na última década tem
sido menos prejudicial para o cenário econômico brasileiro como um todo do que em períodos anteriores, não
podemos garantir que um novo governo não implemente novas políticas governamentais que não sejam prejudiciais
à relativa estabilidade econômica do Brasil que tem prevalecido nos últimos anos.


         Essas e outras ocorrências futuras na economia brasileira e nas políticas do governo podem nos afetar de
forma negativa, e nossos negócios e os resultados de nossas operações podem afetar de forma negativa a cotação de
nossas ações ordinárias e ADSs.




                                                         17
A inflação e as medidas do governo para combater a inflação poderão contribuir de modo significativo para
incerteza econômica no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de valores mobiliários, e por
conseguinte, afetar negativamente o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs.


         O Brasil sofreu índices de inflação extremamente altos durante a década de 80 e no início da década de 90.
A inflação no Brasil está sob controle desde 1994. Mais recentemente, o índice de inflação anual do Brasil foi 4,5%,
5,9%, 4,3%, 5,9% e 6,5% de 2007 a 2011, respectivamente, conforme calculado pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo, IPCA. Embora os índices de inflação no Brasil estejam sob controle até certo ponto, continua a
existir uma certa pressão inflacionária resultante da forte expansão da economia brasileira nos últimos anos. Entre os
efeitos dessa pressão inflacionária, os custos de mão de obra subiram nos últimos anos. Mais recentemente, o
governo brasileiro tomou algumas medidas fiscais para manter a inflação sob controle.


         Ações futuras do governo brasileiro incluindo reduções da taxa de juros, intervenções no mercado de
câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real podem gerar aumentos da inflação. Se o Brasil voltar a ter
taxas elevadas de inflação no futuro, nossas despesas operacionais e custos de endividamento podem aumentar,
nossas margens operacionais e líquidas podem diminuir e, se a confiança do investidor diminuir, o preço de nossas
ações ordinárias e ADSs poderá cair.


A instabilidade das taxas de câmbio pode afetar de forma negativa nossa situação financeira, os resultados de
nossas operações e o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs.


         Embora a maioria de nossa receita e endividamento seja expressa em dólares norte-americanos, a relação
do real com o valor do dólar norte-americano e a taxa de desvalorização do real em relação à taxa vigente de
inflação poderão ter efeitos negativos para nós.


         Em decorrência das pressões inflacionárias, entre outros fatores, a moeda brasileira tem sofrido
desvalorizações periódicas durante as últimas quatro décadas. O governo brasileiro implementou diversos planos
econômicos nesse período e utilizou uma série de políticas cambiais, incluindo desvalorizações súbitas,
minidesvalorizações periódicas nas quais os ajustes tiveram frequência diária e mensal, sistemas de taxas flutuantes,
controles cambiais e mercados de divisas duplos. Embora a longo prazo a desvalorização da moeda brasileira tenha
sido associada à taxa de inflação no Brasil, a desvalorização a curto prazo tem resultado em flutuações significativas
da taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar americano e outras moedas.


          Por exemplo, em 2002, o real se desvalorizou em 52,3% em relação ao dólar norte-americano, devido em
parte às incertezas quanto às eleições presidenciais no Brasil e à desaceleração econômica global. Embora a taxa de
câmbio R$/US$ tenha diminuído em 18,2%, 8,1%, 11,8%, 8,7% e 17,2% em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007,
respectivamente, ela aumentou 31,9% em 2008, principalmente como resultado da crise econômica mundial. Em
2009 e 2010, a taxa de câmbio real/dólar diminuiu 25,5% e 4,3%, respectivamente, principalmente à medida que os
efeitos da crise econômica global sobre a economia brasileira pareceu ser menos séria do que em outras partes do
mundo. Em 2011, essa taxa aumentou outros 12,6%, uma tendência que persistiu durante os primeiros meses de
2012. Não é possível garantir que o real não valorizará nem desvalorizará de forma significativa em relação ao dólar
norte-americano no futuro.


         Historicamente, as desvalorizações do real em relação ao dólar norte-americano também criaram pressões
inflacionárias adicionais no Brasil pelo aumento dos preços dos produtos importados, exigindo medidas recessivas
do governo para controlar a demanda agregada. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar norte-americano
poderá levar a uma deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos, bem como estancar o crescimento
baseado nas exportações. As desvalorizações também reduzem o acesso aos mercados financeiros internacionais e
podem exigir a intervenção do governo, inclusive através de políticas governamentais recessivas. As desvalorizações
do real frente ao dólar norte-americano também reduziriam o valor naquela moeda das distribuições e dos
dividendos das nossas ADSs e podem também reduzir o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs.


                                                         18
A valorização do real em relação ao dólar também poderá repercutir negativamente na competitividade dos
nossos produtos, porque aproximadamente 25% dos custos totais são incorridos e denominados em reais. Portanto,
as valorizações do real sobre o dólar ou outras moedas aumenta os custos dos nossos produtos quando expressos em
dólares e podem resultar na redução de nossas margens.


         Além disso, como o imposto sobre a renda é determinado e pago principalmente em reais, com base em
nossos livros fiscais brasileiros, o item de despesa (benefício) de imposto de renda em nossa demonstração do
resultado, que tem o dólar norte-americano como principal moeda funcional, sofre impactos significativos pelas
valorizações do real em relação ao dólar norte-americano, na medida em que devemos registrar os impostos
diferidos resultantes de flutuações na taxa de câmbio, na base reportada de nosso ativo não monetário
(particularmente imóveis, instalações, equipamentos e ativos intangíveis).


Desenvolvimentos econômicos e percepções de risco pelos investidores em outros países, tanto em países
desenvolvidos quanto emergentes, podem afetar de forma negativa a cotação dos valores mobiliários brasileiros,
incluindo nossas ações ordinárias e ADSs.


          A cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros é afetada em diferentes níveis pela situação
econômica e de mercado de outros países, incluindo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e países de
mercados emergentes. Embora a situação econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação
econômica do Brasil, a reação dos investidores frente às evoluções nesses outros países pode ter um efeito adverso
sobre a cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros. Por exemplo, em 2008 a crise econômica mundial
teve um impacto sobre muitas economias e mercados de capitais ao redor do mundo. Essa crise foi comprovada pela
instabilidade no valor dos títulos, mercados de capitais, e volatilidade no mercado de crédito e ações, a instabilidade
da maioria das moedas, a indisponibilidade de crédito, altas taxas de juros, uma redução generalizada da procura,
uma desaceleração econômica geral e outros fatores que podem adversamente afetar nossa condição financeira e
diminuir o interesse dos investidores em títulos de emissores brasileiros, incluindo o nosso. Futuras crises em outros
países podem afetar de forma adversa o preço de negociação das nossas ações ordinárias e ADSs, diminuir o
interesse de investidores em títulos de emitentes brasileiros, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs, e também
podem dificultar ou impedir nosso acesso aos mercados de capitais e o financiamento de operações futuras em
termos aceitáveis, se houver.


Riscos Relativos às Nossas Ações Ordinárias e ADSs.

Se os portadores de nossas ADSs trocarem as mesmas por ações ordinárias, eles se arriscam a perder a faculdade
de remeter divisas ao exterior e as vantagens tributárias brasileiras.


          O custodiante brasileiro das ações ordinárias obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central
do Brasil permitindo a remessa de divisas para o exterior para pagamento de dividendos e demais distribuições
relativas às ações ordinárias, ou por ocasião da venda das mesmas. Se os titulares de ADSs resolverem trocá-las por
ações ordinárias correspondentes, eles terão direito a continuar contando com o certificado eletrônico de registro da
custodiante durante cinco dias úteis a partir da data da troca. Após este prazo, os referidos titulares de ADSs poderão
perder o direito de adquirir e remeter divisas ao exterior por ocasião da venda de, ou das distribuições relativas às
ações ordinárias, a menos que obtenham seu próprio certificado eletrônico de registro ou registrem seu investimento
em ações ordinárias, de acordo com a Resolução No. 2.689, que concede o direito a determinados investidores
estrangeiros de comprar e vender valores mobiliários na Bolsa de Valores de São Paulo. Os titulares não habilitados
conforme a Resolução nº 2.689 estarão sujeitos de modo geral a um tratamento tributário menos favorável com
relação aos ganhos relativos às ações ordinárias. Se os titulares das ADSs tentarem obter seu próprio certificado
eletrônico de registro, os mesmos poderão incorrer despesas ou sofrer atrasos no processo de solicitação, o que
poderia prejudicar sua capacidade de receber dividendos ou distribuições relativos às ações ordinárias ou ao
reembolso de seu capital em tempo hábil. Além disso, não podemos garantir que o certificado eletrônico de registro
do custodiante ou qualquer outro certificado de registro de capital estrangeiro obtido por titular das ADSs não serão
afetados por mudanças futuras na legislação ou demais regulamentos, ou que não serão impostas no futuro outras



                                                          19
20 F Portugues 2011
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20 F Portugues 2011

  • 1. Conforme arquivado na Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio em [•], 2012 COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E CÂMBIO DOS ESTADOS UNIDOS Washington, DC 20549 FORMULÁRIO 20-F RELATÓRIO ANUAL EM CONFORMIDADE COM A SEÇÃO 13 OU 15(D) DA LEI DE VALORES MOBILIÁRIOS DE 1934 Relativo ao exercício findo em 31.12.11 Número de registro na Comissão 001-15102 EMBRAER S.A. (Denominação social exata da Interessada conforme consta em seu estatuto social) EMBRAER Inc. (Tradução para o inglês da denominação social da Interessada) República Federativa do Brasil (Jurisdição da constituição) Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2170 12227-901 São José dos Campos, São Paulo, Brasil (Endereço da sede social) André Gaia Gerente de Relações com o Investidor (55) 12 3927 4404 investor.relations@embraer.com Departamento de Relações com o Investidor, (55) 12 3927 4404, investor.relations@embraer.com.br (Nome, telephone, e-mail e/ou número de fax e endereço da pessoa de contato na empresa) Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(b) da Lei. Nome de cada uma das bolsas onde está Denominação de cada classe: registrada ações ordinárias, sem valor nominal (representas por, e Bolsa de Valores de Nova York comercializadas unicamente na forma de Ações de Depósitos Americanos (comprovadas por Recibos de Depósitos Americanos), sendo que cada Ação de Depósitos Americanos representa quatro ações comuns) US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2020 Bolsa de Valores de Nova York da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A. Valores mobiliários registrados ou a serem registrados em conformidade com a Seção 12(g) da Lei.
  • 2. Nenhum. Valores mobiliários para os quais há obrigação de relatório em conformidade com a Seção 15(d) da Lei. Denominação de cada classe US$500,000,000 Notas Garantidas a 6,375% devidas em 2017 da Embraer Overseas Ltd. Garantidas pela Embraer S.A. Quantidade de ações em circulação de cada uma das classes do emissor de capital ou ações ordinárias em 31 de dezembro de 2011: 740.465.044 ações ordinárias, sem valor nominal Indique com um “x” se a interessada é uma emitente experiente reconhecida, conforme definido na Regra 405 da Lei de Valores Mobiliários. Sim Não Se este relatório é um relatório anual ou de transição, indique com um “x” se não é exigido da interessada arquivar relatórios em conformidade com a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934. Sim Não Indicar com um “x” se a interessada (1) arquivou todos os relatórios exigidos conforme a Seção 13 ou 15(d) da Lei de Valores Mobiliários de 1934, nos 12 meses anteriores (ou outro prazo menor durante o qual a interessada deveria arquivar os referidos relatórios), e (2) esteve sujeita às referidas exigências de registro nos últimos 90 dias. Sim Não Inidicar com um ‘x’ se a interessada apresentou por via eletrônica e publicou no seu site corporativo, se houver, cada arquivo de dados interativo que deve ser apresentado e publicado em conformidade com a regra 405 do regulamento S-T (§232.405 deste capítulo) durante os últimos 12 meses (ou outro período mais curto se a interessada estiver obrigada a apresentar e publicar tais arquivos). Sim Não Indique com um “x” se a interessada é uma “large accelerated filer”, uma “accelerated filer”, ou uma “non-accelerated filer”. Consulte a definição de “accelerated filer” e “large accelerated filer” na Regra 12b-2 da Lei de Valores Mobiliários. Large Accelerated Filer Accelerated Filer Non-accelerated filer Indique com um “x” qual base de contabilidade a interessada utilizou para preparar as demonstrações financeiras incluídas neste registro: GAAP dos EUA Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, conforme definidas pela International Accounting Standards Board Outro Indicar com um “x” qual item da demonstração financeira a interessada selecionou. Item 17 Item 18 Se esse for um relatório anual, indique com um “x” se a interessada é uma “companhia shell” (conforme definido na Regra 12b-2 da Lei de Valores Mobiliários). Sim Não
  • 3. ÍNDICE Página ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES...................................5 ITEM 2. ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO..................................................5 ITEM 3. PRINCIPAIS DADOS ......................................................................................................................5 3A. Dados Financeiros Selecionados.......................................................................................................5 3B. Capitalização e Endividamento.........................................................................................................9 3C. Motivos da Oferta e Utilização do Resultado ...................................................................................9 3D. Fatores de Risco................................................................................................................................9 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A EMPRESA .......................................................................................22 4A. Histórico e Desenvolvimento da Empresa ......................................................................................22 4B. Visão Geral da Empresa..................................................................................................................28 4C. Estrutura Organizacional.................................................................................................................53 4D. Ativo Imobilizado ...........................................................................................................................53 ITEM 4.A COMENTÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS NÃO RESOLVIDOS....................................................57 ITEM 5. RELATÓRIO OPERACIONAL E FINANCEIRO - PERSPECTIVAS.........................................57 5A. Resultados Operacionais .................................................................................................................58 5B. Liquidez e Recursos de Capital.......................................................................................................81 5C. Pesquisa ..........................................................................................................................................86 5D. Informações sobre tendências .........................................................................................................87 5E. Composições Não Registradas no Balanço.....................................................................................91 5F. Demonstração de Obrigações Contratuais ......................................................................................94 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORIA E FUNCIONÁRIOS .................................................................95 6A. Conselheiros e Diretoria..................................................................................................................95 6B. Remuneração.................................................................................................................................102 6C. Práticas do Conselho.....................................................................................................................104 6D. Empregados ..................................................................................................................................106 6E. Propriedade das Ações ..................................................................................................................106 ITEM 7. OPERAÇÕES COM OS PRINCIPAIS ACIONISTAS E PARTES RELACIONADAS.............106 7A. Principais Acionistas.....................................................................................................................106 7B. Operações com Partes Relacionadas.............................................................................................108 7C. Participação de Especialistas e Consultores..................................................................................109 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS...............................................................................................110 8A. Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras .................................................110 8B. Mudanças Significativas ...............................................................................................................115 ITEM 9. A OFERTA E REGISTRO ...........................................................................................................115 9A. Detalhes da Oferta e Registro .......................................................................................................115 9B. Plano de Distribuição ....................................................................................................................117 9C. Mercados.......................................................................................................................................117 9D. Acionistas Vendedores..................................................................................................................120 9E. Diluição.........................................................................................................................................120 9F. Despesas da Emissão ....................................................................................................................120 ITEM 10. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES ...................................................................................120 10A. Capital social.................................................................................................................................120 10B. Ato Constitutivo e Contrato Social ...............................................................................................121 10C. Contratos Importantes ...................................................................................................................135 10D. Controles de Câmbio.....................................................................................................................135 10E. Tributação .....................................................................................................................................136 10F. Dividendos e Agentes de Pagamento............................................................................................143 10G. Declarações de Peritos ..................................................................................................................143 10H. Documentos a Apresentar .............................................................................................................143 10I. Informação Complementar ...........................................................................................................144 i
  • 4. ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO ..................................................................................................................................144 ITEM 12. DISCRIMINAÇÃO DOS VALORES MOBILIÁRIOS, FORA AÇÕES.....................................148 12A. Títulos de dívida ...........................................................................................................................148 12B. Garantias e direitos .......................................................................................................................148 12C. Outros títulos.................................................................................................................................148 12D. Ações de depósitos americanos.....................................................................................................148 Part II ITEM 1. INADIMPLÊNCIAS, ATRASO NOS DIVIDENDOS E INFRAÇÕES......................................150 ITEM 2. MODIFICAÇÕES SUBSTANCIAIS AOS DIREITOS DOS PORTADORES DE VALORES MOBILIÁRIOS E A UTILIZAÇÃO DOS RESULTADOS .....................................150 ITEM 3. CONTROLES E PROCEDIMENTOS .........................................................................................150 ITEM 3.A ESPECIALISTA FINANCEIRO .............................................................................................................151 ITEM 3.B CÓDIGO DE ÉTICA ....................................................................................................................151 ITEM 3.C PRINCIPAIS HONORÁRIOS E SERVIÇOS DE CONTABILIDADE ......................................151 ITEM 3.D ISENÇÕES DAS NORMAS DE REGISTRO PARA COMITÊS DE AUDITORIA ..................152 ITEM 3.E AQUISIÇÕES DE AÇÕES PELO EMISSOR E COMPRADORES AFILIADOS .....................152 ITEM 3.F MUDANÇA DE CONTADOR PARA CERTIFICAÇÃO DA INTERESSADA ........................153 ITEM 3.G GOVERNANÇA EMPRESARIAL ..............................................................................................153 Part III ITEM 1. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................156 ITEM 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ........................................................................................156 ITEM 3. ANEXOS ......................................................................................................................................156 ii
  • 5. INTRODUÇÃO Neste relatório anual, “Embraer”, “nós” ou “nosso” se referem à Embraer S.A. Todas as referências neste documento a “real”, “reais” ou “R$” são ao real, moeda oficial do Brasil. Todas as referências a "US$", "dólares" ou "dólares norte-americanos" são relativas ao dólar norte-americano. Divulgação dos Dados Financeiros e Outros Dados Dados Financeiros Nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas em 31 de dezembro de 2011 e 2010 e de cada um dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 estão incluídas neste relatório anual. Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com as Normas de Relatórios Financeiros Internacionais, ou IFRS, de acordo com definições do International Accounting Standards Board ou IASB (Conselho das Normas Internacionais de Contabilidade) . Nossas demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são nossas primeiras demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS definidas pelo IASB. Como permitem as normas aplicáveis, ao fazer a transição dos GAAP dos EUA para as IFRS, nós não incluímos neste relatório anual nossas demonstrações financeiras para os anos findos em 31 de dezembro de 2008 e 2007, uma vez que foram elaborados de acordo com os GAAP dos EUA e não com as IFRS. Após analisar nossas operações e negócios em relação à aplicação das International Accounting Standards ou IAS, 21 – “Os Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio”, particularmente em relação aos fatores envolvidos na determinação de nossa moeda funcional, a diretoria concluiu que nossa moeda funcional é o dólar norte- americano. Essa conclusão se baseia na análise dos seguintes fatores, definidos nas IAS 21: (1) a moeda que mais influencia os preços de venda de nossos bens e serviços, (2) a moeda dos países cujas forças competitivas são primordiais na determinação dos preços de venda de nossos bens e serviços, (3) a moeda que mais influencia os preços de matéria-prima e outros custos envolvidos no fornecimento de nossos bens e serviços, (4) a moeda principal na qual os fundos para as operações financeiras são obtidos e (5) a moeda na qual a receita das operações normalmente é recebida. Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma de nossas subsidiárias são medidos com a moeda do ambiente econômico primário no qual tal subsidiária opera. Nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas incluídas em outro local do presente relatório anual são apresentadas em dólares norte-americanos, que é nossa moeda de apresentação. Nossas demonstrações financeiras e os dados financeiros constantes deste relatório, e elaborados de acordo com as IFRS não levam em conta os efeitos da inflação. Em nossas demonstrações financeiras de 2011, 2010 e 2009, os ganhos e perdas resultantes do novo cálculo das dos itens financeiros, bem como de operações em moeda estrangeira, constam da demonstração de resultados consolidados como itens não recorrentes. Para determinadas finalidades tais como proporcionar informações a nossos acionistas brasileiros, arquivar demonstrações financeiras na Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM, brasileira, e determinar o pagamento de dividendos e demais distribuições ou impostos a pagar no Brasil, temos elaborado, e continuaremos sob a exigência de fazê-lo, demonstrações financeiras de acordo com a Lei No 6.404 de 15 de dezembro de 1976 e suas emendas ou a Lei das Sociedades por Ações do Brasil. A partir de 2008, alterações significativas foram introduzidas para os aspectos contábeis da Lei das Sociedades por Ações do Brasil pela Lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007. Além disso, mudanças foram introduzidas em 2008 nas práticas contábeis adotadas no Brasil, ou GAAP do Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis do Brasil, e outras mudanças entraram em vigor em 2010. Essas alterações de aspectos contábeis da Lei das Sociedades por ações e dos GAAP do Brasil afetaram as demonstrações financeiras de nossa empresa controladora a partir de e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009, bem 1
  • 6. como a base de nossa distribuição de dividendos mínimos obrigatórios. Excetuando-se isso, as alterações não afetaram nossas demonstrações financeiras consolidadas, elaboradas de acordo com as IFRS incluídas em outro local deste relatório anual. As demonstrações financeiras de nossa empresa controladora a partir de e nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009, elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações do Brasil e não incluídas neste relatório anual, são diferentes daquelas elaboradas de acordo com as IFRS. Devido à listagem de nossas ações ordinárias no segmento de Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A.— Bolsa de Valores de São Paulo, desde janeiro de 2009, devemos traduzir para o inglês nossas demonstrações financeiras trimestrais e anuais. Outros dados e carteiras de pedidos Neste relatório anual: • alguns dos dados financeiros refletem o efeito do arredondamento; • as autonomias das aeronaves são expressas em milhas náuticas; • uma milha náutica equivale a cerca de 1,15 milha normal ou “legal”, ou aproximadamente 1,85 quilômetro; • as velocidades das aeronaves são expressas em milhas náuticas por hora ou nós, ou em Mach, medida da velocidade do som; • a expressão “jato regional” indica aeronave de fuselagem estreita com capacidade para 30 a 60 passageiros; • a expressão “jato de capacidade média” indica aeronaves com capacidade para 70 a 120 passageiros; todos os nossos jatos regionais e de capacidade média são vendidos no segmento de linhas comerciais; • a expressão “aeronave comercial,” conforme se aplica à Embraer, indica nossos jatos regionais e jatos de capacidade média; • os termos “jato básico” e “jato leve” se referem a jatos executivos com capacidade para 6 a 8 passageiros e até 9 passageiros, respectivamente, projetados para distâncias curtas; • o termo “ultragrande” se refere a jatos executivos com maior alcance e espaço de cabine superdimensionado que têm em média capacidade para 19 passageiros; e • o termo “jato executivo”, conforme aplicado à Embraer, se refere a nossas aeronaves vendidas a sociedades, inclusive sociedades com titularidade fracionária, sociedades de afretamento e táxi aéreo, bem como indivíduos com patrimônio líquido alto. Apuramos o valor de nossa carteira de pedidos ao considerar todos os pedidos firmes não entregues. Um pedido firme é um compromisso firme de um cliente, representado por um contrato assinado e normalmente acompanhado de um sinal, pelo qual reservamos lugar em uma de nossas linhas de produção. Cada vez que mencionamos nossa carteira de pedidos neste relatório anual, nos referimos exclusivamente a pedidos firmes e não a opções. Nós também incluímos o número de aeronaves vendidas por nosso segmento de defesa e segurança para companhias aéreas estatais em nossa carteira de pedidos de aeronaves comerciais. 2
  • 7. Nota Especial acerca das Estimativas e Declarações Futuras Este relatório anual abrange estimativas e declarações futuras, de acordo com a definição da Seção 27A da Lei de Valores Mobiliários dos EUA de 1933, e seus aditamentos, e da Seção 21E da Lei de Valores Mobiliários dos EUA de 1934, e seus aditamentos, principalmente nos Itens 3 a 5 e no Item 11 deste relatório anual. Tomamos como base principal dessas estimativas nossas expectativas atuais e as projeções sobre evoluções futuras, a indústria e tendências financeiras que afetem nosso negócios. Tais estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas e suposições, incluindo, entre outros: • a situação geral econômica, política e de negócios, no Brasil bem como em nossos mercados; • mudanças nas condições de competitividade e no nível geral de demanda por nossos produtos; • as expectativas da diretoria e as estimativas acerca de nosso desempenho financeiro futuro, planos e programas de financiamento, e os efeitos da concorrência; • os efeitos de cancelamentos, modificações e/ou reprogramação de pedidos contratuais pelos clientes; • o efeito de prioridades ou reduções variáveis nos orçamentos de defesa do governo brasileiro ou de governos internacionais sobre as nossas receitas; • o desenvolvimento e comercialização continuamente bem-sucedidos da família de jatos EMBRAER 170/190, nossa linha de jatos executivos (inclusive Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, Legacy 450 e Legacy 500) e nossas aeronaves de defesa; • nosso nível de endividamento; • a antecipação de tendências em nosso segmento, incluindo mas não limitada à continuidade de tendências de longo prazo no tráfego de passageiros e produção de receita no segmento de companhias aéreas; • nossas previsões de curto e longo prazo para o mercado de aeronaves comerciais com capacidade para 30 a 120 passageiros; • nossos planos de despesas; • inflação e flutuações da taxa de câmbio; • o impacto dos preços voláteis de combustível e a resposta do segmento de companhias aéreas; • nossa capacidade de desenvolver e entregar pontualmente os produtos; • a disponibilidade de financiamento de venda para os clientes atuais e em potencial; • a regulamentação governamental atual e futura; • o relacionamento com nossa força de trabalho; e • outros fatores de risco conforme o disposto no "Item 3D. Informações chave — Fatores de Risco". Os termos "acredita", "poderá", "será", "calcula", "estima", "planeja", "continua", "prevê", "pretende", "espera" e semelhantes destinam-se a identificar considerações sobre declarações prospectivas. Não nos obrigamos a atualizar publicamente ou revisar estimativas devido a novas informações, acontecimentos futuros ou outros fatores. Em vista desses riscos e incertezas, os eventos futuros e as circunstâncias abordadas neste relatório anual poderão não ocorrer. Nossos resultados reais e nosso desempenho poderão diferir de maneira significativa daqueles prognosticados nas afirmações prospectivas. Como resultado de diversos fatores, como os riscos descritos no "Item 3
  • 8. 3D. Informações chave — Fatores de Risco", não se pode confiar totalmente em tais estimativas. 4
  • 9. PARTE I ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DE CONSELHEIROS, DIRETORIA E ASSESSORES Não se aplica. ITEM 2. ESTATÍSTICAS DE OFERTA E CRONOGRAMA ESTIMADO Não se aplica. ITEM 3. PRINCIPAIS DADOS 3A. Dados Financeiros Selecionados A seguinte tabela exibe nossos dados financeiros selecionados e outros dados, em e para os períodos indicados. Os dados financeiros selecionados de 31 de dezembro de 2011 e 2010 e para cada um dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2011, 2010 e 2009 foram extraídos das nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas segundo as IFRS, que estão incluídas em outra parte deste relatório anual. Esses dados financeiros selecionados devem ser lidos junto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e auditadas e notas correspondentes incluídas em outra parte do relatório anual. Exercício findo em 31 de dezembro de Demonstrações Consolidadas de Dados do Resultado 2011 2010 2009 (em milhões de US$) Receita............................................................................................ 5,803.0 5,364.1 5,497.8 Custo de vendas e serviços........................................................... (4,495.9) (4,338.1) (4,428.4) Lucro Bruto ................................................................................... 1,307.1 1,026.0 1,069.4 Receitas operacionais (despesas)................................................... Administrativas ............................................................................ (262.5) (197.5) (191.3) Vendas.......................................................................................... (419.3) (374.1) (304.6) Pesquisa........................................................................................ (85.3) (72.1) (55.6) Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas......................... (221.5) 9.4 (138.5) Patrimônio (0.3) - - Lucro operacional antes das receitas (despesas) 318.2 391.7 379.4 financeiras Receitas (despesas) financeiras, líquidas................................ (90.7) 17.5 10.2 Ganho (perda) cambial, líquido.................................................... 20.0 (1.1) (68.8) Lucro antes do imposto de renda................................................. 247.5 408.1 320.8 Benefícios fiscais (despesas)........................................................ (127.1) (62.7) 158.1 Receita líquida............................................................................... 120.4 345.4 478.9 Atribuída a: Usufrutuários da Embraer ...................................................... 111.6 330.2 465.2 Participação não controladora ................................................ 8.8 15.2 13.7 Exercício findo em 31 de dezembro de Lucro por ação – Básico 2011 2010 2009 (em US$) Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer................. 111.6 330.2 465.2 5
  • 10. Exercício findo em 31 de dezembro de Lucro por ação – Básico 2011 2010 2009 (em US$) Média ponderada da quantidade de ações (em milhares).............. 723,667 723,665 723,665 Lucro básico por ação – dólares norte-americanos....................... 0.1542 0.4563 0.6428 Exercício findo em 31 de dezembro de Lucro por ação – Diluído 2011 2010 2009 (em US$) Lucro líquido atribuível aos usufrutuários da Embraer................. 111.6 330.2 465.2 Média ponderada da quantidade de ações (em milhares) – 723,665 723,665 723,665 diluída ........................................................................................... Diluição – emissão de opções de ações (em milhares) ................. 1,180 354 — Média ponderada da quantidade de ações (em milhares).............. 724,847 724,019 723,665 Lucro diluído por ação................................................................ 0.1540 0.4562 0.6428 Em 1º de Em 31 de dezembro de janeiro de Dados do Balanço Consolidado 2011 2010 2009 2009 (em milhões de US$) Caixa e equivalentes de caixa .................................................... 1,350.2 1,393.1 1,592.4 1,820.7 Ativos financeiros...................................................................... 753.6 733.5 953.8 380.8 Outros ativos circulantes............................................................ 3,065.6 2,856.2 3,096.5 3,669.0 Imóveis, instalações e equipamentos ......................................... 1,450.4 1,201.0 1,101.3 1,059.6 Ativos intangíveis ...................................................................... 808.3 716.3 725.5 689.9 Outros ativos de longo prazo ..................................................... 1,430.2 1,490.9 1,420.0 1,331.2 Total do ativo .............................................................................. 8,858.3 8,391.0 8,889.5 8,951.2 Empréstimos e financiamento de curto prazo ............................ 251.8 72.6 592.4 539.0 Outras contas a pagar exigíveis ................................................. 2,589.9 2,316.1 2,158.2 2,986.9 Empréstimos e financiamento de longo prazo ........................... 1,406.3 1,362.2 1,465.9 1,300.8 Outros passivos de longo prazo ................................................. 1,492.5 1,508.6 1,790.0 1,598.9 Capital social dos acionistas da companhia ............................... 3,007.3 3,028.4 2,792.7 2,455.6 Participação não controladora.................................................... 110.5 103.1 90.3 70.0 Total do capital social dos acionistas......................................... 3,1117.8 3,131.5 2,883.0 2,525.6 Total do passivo e capital social................................................. 8,858.3 8,391.0 8,889.5 8,951.2 Exercício findo em 31 de dezembro de Outros Dados Financeiros Consolidados 2011 2010 2009 (em milhões de US$) Caixa líquido gerado por atividades operacionais ..................... 480.2 873.8 3.6 Caixa líquido usado nas atividades de investimento.................. (602.0) (288.3) (378.0) Caixa líquido gerado pelas (usado nas) atividades de 96.4 (802.2) (23.9) investimento............................................................................... Depreciação e amortização ........................................................ 238.8 219.2 229.3 6
  • 11. Exercícios findos em 31 de dezembro de Outros Dados: 2011 2010 2009 Aeronaves entregues no período: Ao Mercado de Linhas Comerciais ERJ 145 ............................................................................................. 2 6 7 EMBRAER 170................................................................................. 1 9/2(1) 22 EMBRAER 175................................................................................. 10 8 11 EMBRAER 190................................................................................. 68 58 62 EMBRAER 195................................................................................. 24 17 20 Para o Mercado de Defesa e Segurança EMB 120 Brasília .............................................................................. — — — Legacy 600 ........................................................................................ — 1 — Phenom 100....................................................................................... — — 4 EMB 145 ........................................................................................... — — — EMB 135 ........................................................................................... — 1 1 EMBRAER 170................................................................................. — — — EMBRAER 190................................................................................. — — 2 EMB 145 AEW&C/RS/MP............................................................. — — — EMB 312 Tucano / AL-X/ Super Tucano........................................ — — 26 Ao Mercado Executivo de Aviação Legacy 600/650 ............................................................................... 13 10 18 EMBRAER 175 Shuttle .................................................................. — — 3 Phenom 100..................................................................................... 41 100 93 Phenom 300..................................................................................... 42 26 1 Lineage 1000 ................................................................................... 3 8 3 Ao Mercado Geral de Aviação Avião a Hélice Leve ........................................................................ 54 — 34 Total entregue .................................................................................. 258 246 304 Aeronaves na carteira de pedidos no final do período: No Mercado de Aviação Comercial EMB 120 Brasília............................................................................ — — — ERJ 145 ........................................................................................... — 2 8 ERJ 135 ........................................................................................... — — — ERJ 140 ........................................................................................... — — — EMBRAER 170............................................................................... 6 10 17 EMBRAER 175............................................................................... 46 40 15 EMBRAER 190............................................................................... 162 157 185 EMBRAER 195............................................................................... 35 41 40 Para o Mercado de Defesa e Segurança EMB 145 AEW&C/RS/MP............................................................. 3 3 3 EMB 312 Tucano/EMB 314/EP Super Tucano............................... 24 16 57 EMB 145 ......................................................................................... — — — EMB 135 ......................................................................................... — — 1 Legacy 600 / Phenom 100 ............................................................... — — — EMBRAER 170 / EMBRAER 190.................................................. — — — No Mercado de Aviação Executiva Legacy 450/500/600/Phenom 100/300/Lineage 1000/EMBRAER 170/190 Shuttle .................................................. 421 551 737 No Mercado Geral de Aviação Avião a Hélice Leve ........................................................................ — — — Total carteira de pedidos (aeronaves) ............................................. 697 820 1,063 Total carteira de pedidos (em milhões) .......................................... US$15,441.2 US$15,543.2 US$ 16.634,8 (1) Os valores apresentados após a barra (/) indicam aeronaves entregues sob leasing operacional. 7
  • 12. Taxas de câmbio Até 4 de março de 2005, o Brasil possuía dois mercados de câmbio legais principais: • o mercado de câmbio comercial e • o mercado de câmbio de taxa flutuante A maior parte das operações de câmbio comerciais e financeiras era feita com base no mercado de câmbio comercial. Essas operações incluíam a compra e venda de ações e pagamento de dividendos ou juros relacionados a ações. Só era possível comprar moeda estrangeira no mercado de câmbio comercial por meio de um banco brasileiro autorizado a comprar e vender moedas nesses mercados. As taxas de câmbio eram negociadas livremente nos dois mercados. A Resolução 3.265 do Conselho Monetário Nacional, ou CMN, de 4 de março de 2005 consolidou os mercados em um único mercado de câmbio, em vigor em 14 de março de 2005. Todas as operações de câmbio são agora realizadas por instituições autorizadas a operar no mercado consolidado e estão sujeitas a registro no sistema de registro eletrônico do Banco Central do Brasil, ou Banco Central. As taxas de câmbio continuam a ser livremente negociadas, mas podem ser influenciadas pela intervenção do Banco Central. Desde 1999 o Banco Central permite que a taxa real/dólar norte-americano flutue livremente, e, durante esse período, a taxa real/dólar norte-americano tem flutuado consideravelmente. No passado, o Banco Central interveio de tempos em tempos para controlar movimentos instáveis em taxas de câmbio. Não podemos prever se o Banco Central ou o governo brasileiro irá continuar a deixar que o real flutue livremente ou se fará alguma intervenção no mercado de câmbio por meio de um sistema de faixas de moeda ou outro modo. O real pode ser depreciado ou valorizado contra o dólar norte-americano de forma substancial, no futuro. Consulte o "Item 3D. Principais Dados – Fatores de Risco – Riscos Relativos ao Brasil”. A tabela a seguir mostra a taxa de venda do câmbio comercial, expressa em reais por dólar norte- americano, para os períodos indicados: Taxa de câmbio em reais para US$1,00 Final do Exercício findo em 31 de dezembro de Baixo Alto Média (1) Período 2007 .......................................................................... 1.7325 2.1556 1.9500 1.7713 2008 .......................................................................... 1.5593 2.5004 1.8346 2.3370 2009 .......................................................................... 1.7024 2.4218 1.9957 1.7412 2010 .......................................................................... 1.6554 1.8811 1.7601 1.6662 2011 .......................................................................... 1.5345 1.9016 1.6709 1.8758 Taxa de câmbio em reais para US$1,00 Final do Mês/exercício findo em Baixo Alto Média (2) Período 30.11.11 .................................................................... 1.7270 1.8937 1.7905 1.8109 31.12.11 .................................................................... 1.7830 1.8758 1.8369 1.8758 31.01.12 .................................................................... 1.7389 1.8683 1.7897 1.7391 29.02.12 .................................................................... 1.7024 1.7376 1.7179 1.7012 31.03.12 .................................................................... 1.7152 1.8334 1.8221 1.8221 Abril de 2012 (até 10 de abril de 2012).................... 1.8314 1.8317 1.7755 1.8317 Fonte: Banco Central do Brasil. (1) Representa a média das taxas de câmbio no último dia de cada mês durante os respectivos períodos. 8
  • 13. (2) Representa a média das taxas de câmbio durante os respectivos períodos. Pagaremos todos os dividendos em dinheiro e efetuaremos em reais qualquer outra distribuição em dinheiro relativa a ações ordinárias. Neste sentido, as flutuações das taxas de câmbio podem afetar os valores em dólares norte-americanos recebidos pelos portadores das Ações de Depósitos Americanos, ou ADSs, na conversão em dólares norte-americanos pelo depositário de nosso programa de ADS das referidas distribuições para pagamento a portadores de ADSs. As flutuações da taxa de câmbio entre o real e o dólar norte-americano também podem afetar o equivalente em dólares norte-americanos do preço em real de nossas ações ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo. 3B. Capitalização e Endividamento Não se aplica. 3C. Motivos da Oferta e Utilização do Resultado Não se aplica. 3D. Fatores de Risco Riscos relacionados à Embraer Uma desaceleração no segmento de linhas aéreas comerciais poderá reduzir nossas vendas e receitas e, consequentemente, nossa lucratividade em determinado exercício. Antecipamos que uma parcela substancial de nossas vendas no futuro próximo será oriunda da vendas de aeronaves comerciais, principalmente da família de jatos EMBRAER 170/190. Historicamente, o mercado de aeronaves comerciais tem apresentado um comportamento cíclico, devido a uma série de fatores externos e internos à atividade de viagens aéreas, inclusive condições gerais da economia. A indústria de aviação comercial tem sofrido impactos negativos por uma série de fatores. Por exemplo, em 2004, reduzimos as entregas programadas de 160 para 145 aeronaves como resultado do segundo pedido de concordata (Chapter 11) da US Airways em setembro de 2004. Além disso, em 2004 também reavaliamos nosso risco assumido com relação a avaliações de aeronaves e riscos de crédito dos clientes, o que gerou despesas extraordinárias de US$16,0 milhões. Em 2011, a AMR Corporation, ou AMR, empresa controladora da American Airlines, que opera atualmente uma frota de aeronaves da família 216 ERJ 145 por meio de sua subsidiária totalmente controlada American Eagle, entrou com pedido de concordata (Chapter 11). Como resultado dos ajustes de frota que se espera ocorrerão na AMR, nós provisionamos um total de US$317,5 milhões para cobrir as despesas esperadas relacionadas a obrigações de garantias financeiras e garantias de valor residual para essas 216 aeronaves. Consulte o “Item 5E. Relatório Operacional e Financeiro - Perspectivas – Composições Não Registradas no Balanço" Embora as economias americana e mundial tivessem mostrado alguns sinais de recuperação em 2004, muitas empresas aéreas continuaram a enfrentar aumento da concorrência, custos de seguros crescentes, custos de segurança crescentes, redução do crédito e problemas de liquidez e falência, além de, posteriormente, custos de combustível significativamente mais altos. 9
  • 14. No segundo semestre de 2007, as economias dos Estados Unidos e de muitos outros países começaram a sofrer desacelerações que se caracterizaram, entre outros fatores, por instabilidade do valor de títulos e dos mercados de capitais, instabilidade de moedas, forte redução da demanda, reduções acentuadas da disponibilidade de crédito e pressão inflacionária. No segundo semestre de 2008, os efeitos adicionais de graves desacelerações econômicas em nossos mercados incluíram reduções significativas das viagens aéreas e retração de gastos corporativos e com pessoal que, consequentemente, causaram impacto negativo em nossas linhas de produtos. Outros impactos da desaceleração do setor de transporte aéreo resultaram não só na redução drástica dos pedidos de jatos executivos, mas também na diminuição de financiamento disponível aos nossos clientes para aquisição de aeronaves, principalmente nos segmentos de aviação comercial e executiva (consulte o "Item 4B. Informações sobre a empresa — Visão Geral do Negócio — Contratos de Financiamento de Aeronaves"). Uma retração contínua das condições gerais desfavoráveis da economia pode resultar em maior redução das viagens aéreas e menos pedidos dos clientes de nossas aeronaves. Nossos clientes também podem adiar ou cancelar compras de nossas aeronaves. No momento, não temos condições de prognosticar a dimensão nem a duração do impacto que os acontecimentos acima referidos causarão no segmento de aviação comercial como um todo e em nosso negócio especificamente. Em fevereiro de 2009, foi necessário demitir cerca de 20% dos funcionários, como parte do esforço de adequar a posição da Embraer ao declínio econômico global. O custo aproximado dessas demissões foi de US$ 61,3 milhões. Além disso, também sofremos o cancelamento de 60 encomendas de aeronaves de diversos de nossos clientes (para mais informações sobre cancelamentos de aeronaves, consulte o “Item 3D. — Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a provisões de cancelamento que podem reduzir nossos fluxos de caixa”. Não podemos garantir que não ocorrerão mais cancelamentos significativos no futuro ou que os nossos outros negócios não serão afetados. Cancelamentos significativos, atrasos ou diminuição do número de aeronaves entregues em qualquer ano futuro provavelmente reduziria nossa receita e nossos pedidos pendentes. Dependemos de clientes e fornecedores estratégicos e a perda destes pode prejudicar nosso negócio. Aeronaves Comerciais. Em 31 de dezembro de 2011, 41% de nossos pedidos firmes em carteira para a família de jatos EMBRAER 170/190 eram da Flybe, no Reino Unido, Jet Blue Airways e Air Lease, nos EUA, e Azul, uma companhia aérea brasileira fundada em 2008. Nós acreditamos que continuaremos a depender de alguns clientes estratégicos, a perda de qualquer um desses clientes poderia reduzir nossas vendas e nossa participação no mercado. A diminuição nas receitas poderá afetar de maneira negativa nossa lucratividade. Cada vez mais, devido à atual desaceleração econômica global, a indústria da aviação comercial está buscando reduzir custos e aumentar a eficiência, e está enfrentando um processo de consolidação através de fusões, aquisições e alianças por meio de acordos de compartilhamento de rotas. Embora se espere que essas consolidações e alianças resultem na criação de empresas aéreas mais estáveis e competitivas, isso também pode resultar na redução do número de clientes e, possivelmente, do número de compras de nossas aeronaves. Aeronaves de defesa. A Força Aérea Brasileira é nossa maior cliente de produtos de aeronaves de defesa. As vendas ao governo brasileiro contabilizaram 25,0% de nossas receitas de defesa e segurança para o exercício findo em 31.12.11. Uma redução dos gastos com defesa pelo governo brasileiro em razão de cortes nos gastos com defesa, restrições gerais orçamentárias ou demais fatores fora do nosso controle, poderão reduzir nossas receitas de defesa e segurança. Não podemos assegurar que o governo brasileiro continuará a adquirir aeronaves ou serviços da nossa empresa no futuro à mesma taxa, ou mesmo se continuará adquirindo tais aeronaves ou serviços. Fornecedores estratégicos. Nossos parceiros de risco desenvolvem e fabricam partes expressivas de nossas aeronaves, incluindo motores, componentes hidráulicos, sistemas eletrônicos de aviação, interiores e partes da 10
  • 15. fuselagem e da cauda. Uma vez selecionados esses parceiros de risco e iniciado o desenvolvimento de programas e montagem das aeronaves, torna-se difícil substituir parceiros. Em alguns casos, a aeronave é projetada especificamente para receber um determinado componente, como por exemplo os motores, os quais não poderão ser substituídos pelos de outro fabricante sem atrasos e despesas substanciais. Tal dependência nos torna suscetíveis aos riscos do desempenho, qualidade dos produtos e situação financeira desses parceiros de risco. Não é possível garantir que não sofreremos demoras significativas na obtenção futura de equipamentos estratégicos para nosso processo de fabricação. Um grande número de equipamentos empregados pela indústria aeronáutica está sujeito a regulamentos de controle de exportações e, como tal, as entregas dependem de os fornecedores terem garantido as licenças de exportação aplicáveis. Em 2007, entregas de equipamentos para um de nossos produtos de defesa foram temporariamente suspensas devido a requisitos de controle de exportação. Embora trabalhando em sintonia e monitorando o processo de produção de nossos parceiros de risco e fornecedores, na hipótese de nossos parceiros de risco e principais fornecedores estratégicos não corresponderem a nossas especificações de desempenho, padrões de qualidade ou cronogramas de entrega, ou não cumprirem os requisitos de regulamentação (inclusive requisitos de controle de exportação), seria afetada nossa capacidade de entregar as novas aeronaves aos clientes em tempo hábil. Nossas vendas de aeronaves estão sujeitas a disposições de cancelamento que podem reduzir nosso fluxo de caixa. Uma parcela de nossos pedidos firmes de aeronaves está sujeita a importantes contingências, antes e após a entrega. Antes da entrega, poderá ocorrer a rescisão de alguns de nossos contratos de aquisição, ou um determinado pedido firme poderá sofrer cancelamento total ou parcial por diversos motivos, incluindo: • Atrasos prolongados na entrega de aeronaves ou a não obtenção da certificação da aeronave, ou o não cumprimento de etapas de desenvolvimento, e demais exigências; • Não cumprimento de compromissos de compras de aeronaves por um cliente; ou • Reduções da cadência de produção. Nossos clientes também poderão reprogramar as entregas ou cancelar encomendas, especialmente durante uma desaceleração na economia. Em 2011 tivemos uma receita anormalmente alta de danos liquidados, de aproximadamente US$67,1 milhões, em comparação aos US$30,4 milhões em 2010, que foram reconhecidos em outras receitas (despesas) operacionais líquidas, causada pelo encerramento das vendas de determinadas aeronaves. Embora esses cancelamentos tenham ocorrido primariamente em nosso negócio de aviação executiva, não podemos garantir que não ocorrerão cancelamentos significativos no futuro em nossos outros segmentos de aeronaves. Cancelamentos significativos, atrasos ou reduções da quantidade de aeronaves entregues em qualquer exercício futuro provavelmente diminuirão nossas vendas e receitas e, como consequência, nossa lucratividade naquele exercício. Uma quantidade expressiva de cancelamentos ou prorrogações dos cronogramas de entrega será passível de provocar queda de nossas vendas e receitas em determinado ano, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa e os pedidos pendentes. Algumas de nossas receitas provenientes de vendas de aeronaves podem estar sujeitas a garantias financeiras e de valor residual, bem como a opções de troca que podem exigir desembolsos expressivos de caixa no futuro. Garantimos no passado, e podemos garantir no futuro, o desempenho financeiro de uma parte do financiamento e do valor residual de algumas de nossas aeronaves que já foram entregues. As garantias financeiras são fornecidas às instituições financeiras para sustentar uma parte das obrigações de pagamento dos compradores das nossas aeronaves em seus financiamentos, a fim de diminuir perdas relativas a inadimplemento. Essas garantias são sustentadas pela aeronave financiada. 11
  • 16. Nossas garantias de valor residual normalmente asseguram que, no 15º ano após a data de entrega da aeronave, a respectiva aeronave terá um valor residual de mercado igual a uma porcentagem do preço original de venda. Mais recentemente, garantias de valor residual têm sido emitidas para assegurar um valor de mercado residual para o 10º ano após a entrega da aeronave. A maioria de nossas garantias de valor residual está sujeita a uma limitação ("teto") e, portanto, em média nossa exposição de garantia de valor residual está limitada a 17% do preço de venda original. No caso do exercício por um comprador de sua garantia de valor residual, nós arcaremos com a diferença, se houver, entre o valor residual garantido e o valor de mercado da aeronave quando do referido exercício. Na hipótese de todos os clientes com garantias financeiras fora do balanço não honrarem seus respectivos financiamentos de aeronaves, e na hipótese também de sermos chamados a cobrir o valor global das garantias dos valores financeiros e residuais em aberto, e de não termos conseguido revender quaisquer aeronaves de forma a compensar nossas obrigações, nosso risco máximo pelas garantias prestadas (menos provisões e obrigações) seria de US$ 682,8 milhões em 31 de dezembro de 2011. Como resultado, seríamos obrigados a fazer pagamentos substanciais não recuperáveis através de receitas provenientes da venda ou leasing de aeronaves, especialmente se, no futuro, não formos capazes de recomercializar qualquer das aeronaves para compensar nossas obrigações ou inadimplências de financiamento com relação a uma parcela significativa de nossas aeronaves. É mais provável que caia o valor das aeronaves dadas em garantia, e que terceiros se tornem inadimplentes em épocas de desaceleração econômica. Consulte a Nota 40 das demonstrações financeiras consolidadas para uma análise mais detalhada destas composições não registradas no balanço. Além disso, na assinatura dos contratos de compra de uma nova aeronave, podemos oferecer opções de troca (trade-in) aos nossos clientes. Essas opções proporcionam ao cliente o direito de negociar uma aeronave existente da Embraer na compra e aceitação de uma nova aeronave. Das 18 opções de troca que tínhamos em 2011, aceitamos cinco aeronaves para troca e outras 12 opções de troca foram canceladas em 2011. Também em 2011 nós aceitamos duas aeronaves para troca de acordo com as opções de troca de aeronaves firmadas em 2011. Com isso, estamos atualmente sujeitos a opções de troca relativas a uma aeronave, resultado de trocas vinculadas a obrigações contratuais com clientes e seu recebimento de certas aeronaves novas. Além disso, outras aeronaves podem estar sujeitas a trocas devido a novos contratos de vendas. O preço de troca é determinado da forma descrita no “Item 5A. Resultados Operacionais e Financeiros - Perspectivas – Resultados Operacionais – Estimativas Críticas de Contabilidade - Direitos de Garantia e de Troca” por aeronaves comerciais e executivas. Pode ser necessário aceitar a troca de aeronaves por preços acima do mercado, resultando em perda financeira na revenda da aeronave. Reavaliamos continuamente nosso risco relativo a garantias financeiras e obrigações de troca como parte do pagamento com base em diversos fatores, incluindo o valor de mercado futuro estimado da aeronave conforme avaliações de terceiros, com base em informações sobre a revenda de aeronaves semelhantes no mercado secundário, bem como a classificação de crédito dos clientes. A esse respeito, baseado em nossa avaliação de risco do pedido de concordata da Mesa, em 2009 reservamos uma garantia de US$ 74,4 milhões sob a forma de depósito em juízo, em reconhecimento das perdas estimadas que classificamos como prováveis no que diz respeito às garantias financeiras prorrogadas por nós em relação às vendas de nossas aeronaves à Mesa e como resultado do pedido de concordata da AMR em 2011 e da consequente exposição de garantias financeiras e obrigações de garantia de valor residual, fizemos uma provisão líquida total de US$ 360,7 milhões relativa a essas obrigações. Como resultado do pedido de concordata (Chapter 11) da AMR em 2011 e a consequente exposição a obrigações de garantias financeiras e de valor residual, fizemos uma provisão total de US$ 360,7 milhões relativa a essas obrigações. Dessa montante, US$ 107,4 milhões foram contabilizados como lucro (despesa) financeira, líquido, e dessa forma não afetam nossa margem operacional. Os US$ 253,3 milhões restantes foram contabilizados como lucro (receita) operacional, líquido, e dessa forma afetaram nossa margem operacional para o exercício. Considerando os impactos potenciais sobre o mercado secundário de aeronaves regionais e os valores das aeronaves que podem ocorrer como resultado da maior disponibilidade de aeronaves causada pelo processo de reestruturação da AMR, nós também revemos nossas provisões existentes, também relativas às nossas obrigações de garantia financeira e garantia de valor residual, e o efeito líquido de tais revisões foi negativo em US$ 43,2 milhões. Também é importante ressaltar que, entre outros aspectos (como provisões relativas a garantias de valor residual), 12
  • 17. essas revisões incluem uma provisão adicional relativas ao processo de falência do Mesa Air Group que ocorreu em 2010. Essa provisão adicional foi resultado das últimas evoluções do mercado no segmento de 50 assentos e da expectativa de que as aeronaves da Mesa serão revendidas nos próximos meses. É importante observar que, com essa provisão adicional para as obrigações do Mesa Air Group, temos agora provisões para as mais altas despesas potenciais relativas a tais obrigações, não esperando, dessa forma, provisões adicionais para essas garantias. Para mais informações, consulte a Nota 40 de nossas demonstrações financeiras consolidadas auditadas. Qualquer queda futura no valor de mercado das aeronaves cobertas por direitos de troca ou garantias financeiras reduziria nossa capacidade de recuperar os valores para cobrir nossas obrigações e nos levaria a contabilizar encargos maiores contra nossas receitas. Na hipótese de sermos obrigados a efetuar pagamentos relativos às citadas garantias, possivelmente não disporíamos de caixa suficiente ou demais recursos financeiros para tanto e teríamos que financiar tais pagamentos. Não temos como assegurar que as condições de mercado na ocasião favoreceriam a revenda ou leasing das aeronaves dadas em garantia a seu valor justo estimado ou dentro do prazo necessário. Portanto, o cumprimento de nossas obrigações de troca ou de garantia financeira poderia acarretar grandes desembolsos de recursos em determinado exercício, fato que por sua vez reduziria nosso fluxo de caixa naquele exercício. A redução dos financiamentos disponibilizados pelo governo brasileiro aos nossos clientes ou o aumento dos financiamentos disponibilizados por governos em benefício de nossos concorrentes pode reduzir a competitividade de custo de nossas aeronaves. Na aquisição de nossas aeronaves, nossos clientes têm se beneficiado historicamente de incentivos no financiamento das exportações proporcionados por programas de exportação patrocinados pelo governo brasileiro. O mais importante desses programas governamentais foi um sistema de ajustes das taxas de juros denominado Programa de Financiamento às Exportações, ou ProEx. Devido a controvérsias anteriores entre os governos canadense e brasileiro na Organização Mundial do Comércio, ou OMC, com relação à concessão de subsídios de exportação relacionados à venda de aeronaves, o governo brasileiro finalmente aditou o ProEx para que quaisquer pagamentos relativos ao ProEx não reduzissem a taxa de juros efetiva abaixo da taxa de juros permitida pela OMC, e o governo canadense também fez alterações em seus acordos de financiamento para vendas de aeronaves pela Bombardier, Inc., ou Bombardier, uma fabricante de aeronaves canadense. Embora o ProEx esteja atualmente em conformidade com as regras da OMC, outros programas de financiamento às exportações disponíveis para nossos clientes poderão sofrer contestações futuras. Se, no futuro, o ProEx ou outro programa brasileiro de financiamento às exportações similar não estiver disponível, ou se os termos do ProEx forem significativamente alterados de forma que os custos financeiros de exportação incorridos por nossos clientes se tornar mais alto do que aqueles oferecidos por outras agências de crédito às exportações, ou ECAs, que apóiam as exportações de nossos concorrentes, nossa competitividade no mercado de jatos comerciais pode diminuir. Em julho de 2007, o Brasil e países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, ou OCDE, celebraram um acordo, conhecido como Acordo do Setor de Aeronaves, para estabelecer um "campo nivelado de atuação" para financiamento oficial à exportação de aeronaves. As agências de crédito às exportações, ou ECAs, de países signatários são obrigadas a oferecer os mesmos termos e condições básicos de financiamento ao financiar vendas de aeronaves que competem com aquelas produzidas pelos fabricantes de jatos em seus respectivos países. O efeito do acordo é incentivar os compradores de aeronaves a se concentrarem no preço e na qualidade dos produtos oferecidos por fabricantes de aeronaves em vez de pacotes financeiros oferecidos pelos respectivos governos. Devido ao acordo acima, o suporte de financiamento do governo brasileiro a compradores potenciais de nossas aeronaves conterá termos e condições similares aos oferecidos pela The Boeing Company, ou Boeing, Airbus S.A.S. e Bombardier, ou por qualquer outro concorrente de país signatário do Acordo do Setor de Aeronaves da 13
  • 18. OCDE. No final de 2007, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, ou BNDES, começou a oferecer financiamento aos nossos clientes nos termos e condições exigidos pelo Acordo do Setor de Aeronaves da OCDE. Na medida em que não continuamos a manter a vantagem de preço e qualidade de nossas aeronaves, nossas vendas futuras poderão ser afetadas negativamente. Além disso, fabricantes de aeronaves de outros países não signatários do acordo poderão oferecer pacotes de financiamento que afetarão negativamente a competitividade dos nossos produtos em termos de custos. Quaisquer subsídios futuros em favor de nossos principais concorrentes poderão repercutir negativamente na competitividade em termos de custo de nossas aeronaves e causar a queda de nossas vendas. O governo brasileiro pode reduzir fundos disponíveis a nossos clientes, de acordo com programas governamentais de financiamento. De 2004 até 2011, cerca de 18,0% do valor total das entregas de nossas exportações foi objeto de apoio financeiro pelo BNDES e pelo Fundo de Garantia à Exportação, ou FGE, um fundo especial vinculado ao Ministério das Finanças e administrado pelo BNDES para incentivo às exportações. Não podemos garantir que o governo brasileiro continuará a prover recursos suficientes para o financiamento de nossas aeronaves ou que outras fontes de recursos estarão disponíveis aos nossos clientes. A perda ou redução expressiva de recursos disponíveis aos clientes, sem substituto adequado, pode levar à redução das entregas e resultar em menor lucratividade para nós. Podemos nos deparar com uma série de desafios em decorrência do desenvolvimento de novos produtos, e de uma possível busca de oportunidades de crescimento estratégico. Como continuamos desenvolvendo novos produtos, poderá ser necessário realocar recursos existentes e obter novos fornecedores e parceiros de risco. De tempos em tempos, existe uma notável concorrência na indústria aeronáutica em busca de pessoal capacitado em geral e de engenheiros em particular. Se essa concorrência ocorrer novamente, talvez não sejamos capazes de recrutar e reter a quantidade necessária de engenheiros altamente capacitados e demais pessoal de que necessitamos. A falta de coordenação de nossos recursos dentro do prazo estipulado, ou a impossibilidade de atrair ou reter pessoal capacitado, poderá retardar nossos esforços de desenvolvimento, causando atrasos na produção e entrega de nossas aeronaves e consequente atraso no reconhecimento da receita. Poderemos buscar oportunidades estratégicas de crescimento, inclusive através de joint ventures, aquisições ou demais transações, para ampliar nosso negócio ou aperfeiçoar nossos produtos e tecnologia. Poderemos enfrentar uma série de desafios, incluindo dificuldade de identificar candidatos adequados, assimilar suas operações e pessoal e manter padrões e controles internos, bem como o foco de nossa diretoria ser desviado do nosso negócio existente. Não podemos garantir que seremos capazes de superar estes desafios ou que nosso negócio não sofrerá turbulências. Poderá ser necessário reembolsar contribuições de caixa relativas à produção ou ao desenvolvimento da família de jatos EMBRAER 170/190 e da família de jatos Legacy 450/500, caso certas etapas do desenvolvimento de cada uma dessas aeronaves não sejam atingidas. Temos acordos com nossos parceiros de risco, segundo os quais eles contribuíram conosco, em dinheiro, com um total de US$ 652,4 milhões até 31 de dezembro de 2011. As contribuições em dinheiro não precisam ser devolvidas por nós aos parceiros de risco, no caso em que determinados marcos contratuais assumidos com nossos parceiros de risco sejam cumpridos. Um valor de US$ 650,5 milhões dessas contribuições em dinheiro tornou-se não restituível durante 2011. Se cancelarmos a produção do Phenom 100/300 ou de qualquer aeronave da família de jatos EMBRAER 170/190, ou se cancelarmos o desenvolvimento da família Legacy 450/500, por não conseguirmos obter certificação ou outros motivos não relacionados ao mercado, poderemos ser obrigados a devolver US$ 1,9 14
  • 19. milhão do total das contribuições em dinheiro já recebidas. O jato executivo Legacy 500 deverá entrar em serviço no final de 2013 e o Legacy 450 deverá entrar em serviço um ano depois o Legacy 500. Se não formos capazes de atingir determinados marcos contratuais assumidos com nossos parceiros de riscos, podemos ser obrigados a devolver contribuições em dinheiro para as quais ainda não criamos provisões. Estamos sujeitos a intensa concorrência internacional, passível de provocar efeitos negativos sobre nossa participação de mercado. A indústria mundial de fabricação de jatos comerciais é altamente competitiva. Somos um dos principais fabricantes mundiais de aeronaves comerciais (ou seja, aeronaves regionais e de média capacidade), juntamente com a Boeing, Airbus e Bombardier, todas grandes empresas internacionais. Alguns desses concorrentes podem ter mais recursos financeiros, de marketing e outros do que nós. Embora tenhamos alcançado uma parcela expressiva do mercado de jatos comerciais, não podemos assegurar que seremos capazes de manter tal participação no mercado. Nossa capacidade de manter esta participação de mercado e de permanecermos competitivos a longo prazo no mercado de aviação comercial exige aperfeiçoamentos constantes de tecnologia e desempenho dos nossos produtos. Nosso principal concorrente nos mercados de jatos regionais e de capacidade média é a Bombardier Inc., companhia canadense, que possui capacidades significativas em termos de recursos financeiros e de marketing, recebendo, em alguns casos, benefícios de subsídios governamentais ao desenvolvimento de produtos. Estas empresas possuem expressiva capacidade tecnológica e maiores recursos financeiros e mercadológicos. Além disso, companhias chinesas, russas e japonesas estão desenvolvendo jatos de capacidade média e já possuem mais pedidos acumulados do que nós. Enfrentamos uma concorrência significativa de empresas com histórico de operações mais extenso e reputação estabelecida nessa indústria. Alguns de nossos concorrentes do mercado de jatos também podem lançar produtos no mercado antes de nós, o que lhes permite estabelecer uma base de clientes e torna mais difíceis nossos esforços para aumentar a participação de mercado. Recentemente alguns dos fabricantes mais tradicionais têm utilizado estratégias de vendas e marketing agressivas como redução de preços, oferta de pacotes de serviços adicionais e publicidade direcionada a consumidores específicos. Além disso, temos enfrentado concorr6encia significativa da venda de aeronaves pouco usadas ou quase novas. Não podemos garantir que vamos continuar a aumentar a nossa participação no mercado no segmento de jatos executivos como temos feito no passado, ou que não iremos sentir uma redução na nossa participação atual no mercado neste segmento. Estamos sujeitos a efetuar desembolsos expressivos em decorrência de resultados não favoráveis de desafios pendentes a diversos impostos e encargos sociais. Temos questionado a constitucionalidade de alguns impostos e encargos sociais brasileiros, além de modificações e aumentos das taxas e da base de cálculo desses impostos e encargos. Os juros sobre o valor total desses impostos e encargos sociais não pagos incidem mensalmente com base na Selic, a taxa básica do Banco Central, e fazemos uma provisão como parte das despesas financeiras, item líquido de nossas demonstrações de resultados. Porém, em 31 de dezembro de 2011, registramos uma provisão de US$ 386,5 milhões como passivo (impostos e encargos sociais) em nosso balanço, relativa a contingências de litígios que consideramos perdas prováveis. Estamos aguardando uma decisão final desse processo. Não temos certeza de que ganharemos este processo, nem que não teremos que desembolsar valores substanciais no futuro, inclusive juros, ao governo brasileiro, como pagamentos por esses passivos. 15
  • 20. Riscos Relativos à Indústria de Aeronaves Comerciais Restrições impostas pela cláusula de limitação (Scope Clause) nos contratos dos pilotos das companhias aéreas passíveis de limitar a procura por jatos regionais e de capacidade média no mercado americano. Um fator limitador fundamental da procura por jatos regionais e de capacidade média é a existência das cláusulas de limitação que constam dos contratos com pilotos das companhias aéreas. As citadas cláusulas compõem-se de restrições negociadas pelos sindicatos relativas à quantidade e/ou ao tamanho dos jatos regionais e de capacidade média que determinada companhia pode operar. As restrições em vigor das cláusulas de limitação, mais comuns nos Estados Unidos, abrangem número de assentos, peso da aeronave e quantidade de aeronaves comerciais de 60 a 90 passageiros na frota de aeronaves operada pelas companhias regionais. Como consequência, nossas oportunidades de crescimento a curto prazo no mercado de jatos regionais dos Estados Unidos podem ser limitadas nas categorias de 60 a 90 passageiros. Se as cláusulas de limitação continuarem ou passarem a ser mais rigorosas, alguns de nossos clientes que possuem essas opções de compra de nossos jatos regionais e de capacidade média serão levados a não exercer essas opções. Não temos como garantir que as atuais restrições serão reduzidas nem serão expandidas, inclusive pela ampliação das cláusulas de limitação para cobrir os jatos comerciais de maior porte. Além disso, embora as Scope Clauses sejam menos comuns fora dos Estados Unidos, não temos condições de negar que elas se tornarão mais comuns ou restritivas, ou que outra forma de restrição virá, na Europa ou em outros mercados. Estamos sujeitos a rigorosas exigências e regulamentação para certificação, que podem impedir ou atrasar a obtenção pontual da certificação. Nossos produtos de aviação civil estão sujeitos a regulamentações no Brasil e nas jurisdições de nossos clientes. A autoridade aeronáuticas do Brasil, Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, bem como as autoridades aeronáuticas de outros países nos quais nossos clientes se localizam, principalmente a Administração Aeronáutica Americana (FAA) e a agência européia de segurança aeronáutica (EASA), deverão homologar nossos produtos de aviação civil antes que possamos entregá-los aos nossos clientes naquelas regiões. Não temos como assegurar que conseguiremos homologar nossas aeronaves em tempo hábil, ou se o conseguiremos. Acreditamos também que as exigências ambientais, como a redução das emissões de efeito estufa, estejam se tornando um dos principais aspectos das decisões sobre fortas de aeronaves e deverá influenciar desenvolvimentos futuros de aeronaves. Sem a certificação necessária de nossas aeronaves por uma autoridade aeronáutica, essa autoridade pode proibir a utilização das referidas aeronaves em sua jurisdição até sua certificação. Além disso, o cumprimento das exigências das autoridades de certificação e outras autoridades reguladoras consome tempo e dinheiro. As mudanças nos regulamentos governamentais e nos procedimentos de certificação poderão também atrasar o início de produção, bem como nossa entrada no mercado com um novo produto. Apesar de nossos esforços contínuos para observar e cumprir rigidamente todos os requisitos de certificação e outros requisitos de regulamentação, não podemos fazer previsões de como nos afetarão a legislação futura ou as mudanças na interpretação, administração ou aplicação da legislação. Poderemos ser levados a maiores gastos no cumprimento desta legislação ou na resposta a suas alterações. Acontecimentos catastróficos com nossas aeronaves poderiam ter repercussões negativas sobre nossa reputação e sobre vendas futuras das mesmas, assim como o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. Acreditamos que nossa reputação e o histórico de segurança de nossas aeronaves sejam importantes aspectos para a comercialização de nossos produtos. Projetamos nossas aeronaves com sistemas duplicados das principais funções e com margens de segurança adequadas para os componentes estruturais. Entretanto, a operação segura de nossas aeronaves depende em grande parte de uma série de fatores fora do nosso controle, incluindo manutenção e reparos corretos pelos clientes e a perícia dos pilotos. A ocorrência de um ou mais eventos catastróficos com uma de nossas aeronaves poderia ter repercussões negativas sobre nossa reputação e vendas futuras bem como sobre o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. 16
  • 21. Riscos Relativos ao Brasil A situação política e econômica do Brasil surtem um impacto direto sobre nosso negócio e sobre a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. O governo brasileiro costuma intervir com frequência na economia brasileira e, às vezes, implementa mudanças drásticas em políticas e normas. As ações do governo brasileiro para controlar a inflação e influenciar outras políticas e regulamentos costumam envolver aumento das taxas de juros, mudança das regras de tributação, controle de preços, desvalorização da moeda, controle de capitais e limites de importação, entre outras medidas. Nosso negócio, nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e a cotação das ações ordinárias e das ADSs podem ser afetados de forma negativa por mudanças de política ou dos regulamentos na esfera federal, estadual ou municipal, envolvendo ou influenciando fatores como: • taxas de juros; • políticas monetárias; • controles de câmbio e restrições sobre remessas ao exterior (tais como os impostos em 1989 e no início da década de 90); • flutuações da moeda; • inflação; • liquidez dos mercados internos de capitais e de financiamentos; • políticas tributárias; e • outros eventos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos no Brasil ou com repercussão no país. A incerteza sobre se o governo brasileiro implementará mudanças em políticas ou regulamentos que afetem esses ou outros fatores no futuro pode contribuir para incerteza quanto à economia no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de capitais e nos valores mobiliários emitidos no exterior por empresas brasileiras. Historicamente, o cenário político no Brasil influenciou o desempenho da economia brasileira. No passado, crises políticas afetaram particularmente a confiança dos investidores e do público em geral, o que prejudicou o desenvolvimento da economia brasileira. Além disso, 2010 foi um ano eleitoral no Brasil e uma nova presidente, juntamente com governadores e parlamentares, foram eleitos. Embora a transição de poder na última década tem sido menos prejudicial para o cenário econômico brasileiro como um todo do que em períodos anteriores, não podemos garantir que um novo governo não implemente novas políticas governamentais que não sejam prejudiciais à relativa estabilidade econômica do Brasil que tem prevalecido nos últimos anos. Essas e outras ocorrências futuras na economia brasileira e nas políticas do governo podem nos afetar de forma negativa, e nossos negócios e os resultados de nossas operações podem afetar de forma negativa a cotação de nossas ações ordinárias e ADSs. 17
  • 22. A inflação e as medidas do governo para combater a inflação poderão contribuir de modo significativo para incerteza econômica no Brasil e para maior volatilidade nos mercados brasileiros de valores mobiliários, e por conseguinte, afetar negativamente o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs. O Brasil sofreu índices de inflação extremamente altos durante a década de 80 e no início da década de 90. A inflação no Brasil está sob controle desde 1994. Mais recentemente, o índice de inflação anual do Brasil foi 4,5%, 5,9%, 4,3%, 5,9% e 6,5% de 2007 a 2011, respectivamente, conforme calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA. Embora os índices de inflação no Brasil estejam sob controle até certo ponto, continua a existir uma certa pressão inflacionária resultante da forte expansão da economia brasileira nos últimos anos. Entre os efeitos dessa pressão inflacionária, os custos de mão de obra subiram nos últimos anos. Mais recentemente, o governo brasileiro tomou algumas medidas fiscais para manter a inflação sob controle. Ações futuras do governo brasileiro incluindo reduções da taxa de juros, intervenções no mercado de câmbio e medidas para ajustar ou fixar o valor do real podem gerar aumentos da inflação. Se o Brasil voltar a ter taxas elevadas de inflação no futuro, nossas despesas operacionais e custos de endividamento podem aumentar, nossas margens operacionais e líquidas podem diminuir e, se a confiança do investidor diminuir, o preço de nossas ações ordinárias e ADSs poderá cair. A instabilidade das taxas de câmbio pode afetar de forma negativa nossa situação financeira, os resultados de nossas operações e o preço de mercado de nossas ações ordinárias e ADSs. Embora a maioria de nossa receita e endividamento seja expressa em dólares norte-americanos, a relação do real com o valor do dólar norte-americano e a taxa de desvalorização do real em relação à taxa vigente de inflação poderão ter efeitos negativos para nós. Em decorrência das pressões inflacionárias, entre outros fatores, a moeda brasileira tem sofrido desvalorizações periódicas durante as últimas quatro décadas. O governo brasileiro implementou diversos planos econômicos nesse período e utilizou uma série de políticas cambiais, incluindo desvalorizações súbitas, minidesvalorizações periódicas nas quais os ajustes tiveram frequência diária e mensal, sistemas de taxas flutuantes, controles cambiais e mercados de divisas duplos. Embora a longo prazo a desvalorização da moeda brasileira tenha sido associada à taxa de inflação no Brasil, a desvalorização a curto prazo tem resultado em flutuações significativas da taxa de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar americano e outras moedas. Por exemplo, em 2002, o real se desvalorizou em 52,3% em relação ao dólar norte-americano, devido em parte às incertezas quanto às eleições presidenciais no Brasil e à desaceleração econômica global. Embora a taxa de câmbio R$/US$ tenha diminuído em 18,2%, 8,1%, 11,8%, 8,7% e 17,2% em 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, respectivamente, ela aumentou 31,9% em 2008, principalmente como resultado da crise econômica mundial. Em 2009 e 2010, a taxa de câmbio real/dólar diminuiu 25,5% e 4,3%, respectivamente, principalmente à medida que os efeitos da crise econômica global sobre a economia brasileira pareceu ser menos séria do que em outras partes do mundo. Em 2011, essa taxa aumentou outros 12,6%, uma tendência que persistiu durante os primeiros meses de 2012. Não é possível garantir que o real não valorizará nem desvalorizará de forma significativa em relação ao dólar norte-americano no futuro. Historicamente, as desvalorizações do real em relação ao dólar norte-americano também criaram pressões inflacionárias adicionais no Brasil pelo aumento dos preços dos produtos importados, exigindo medidas recessivas do governo para controlar a demanda agregada. Por outro lado, a valorização do real frente ao dólar norte-americano poderá levar a uma deterioração da conta corrente e do balanço de pagamentos, bem como estancar o crescimento baseado nas exportações. As desvalorizações também reduzem o acesso aos mercados financeiros internacionais e podem exigir a intervenção do governo, inclusive através de políticas governamentais recessivas. As desvalorizações do real frente ao dólar norte-americano também reduziriam o valor naquela moeda das distribuições e dos dividendos das nossas ADSs e podem também reduzir o valor de mercado das nossas ações ordinárias e ADSs. 18
  • 23. A valorização do real em relação ao dólar também poderá repercutir negativamente na competitividade dos nossos produtos, porque aproximadamente 25% dos custos totais são incorridos e denominados em reais. Portanto, as valorizações do real sobre o dólar ou outras moedas aumenta os custos dos nossos produtos quando expressos em dólares e podem resultar na redução de nossas margens. Além disso, como o imposto sobre a renda é determinado e pago principalmente em reais, com base em nossos livros fiscais brasileiros, o item de despesa (benefício) de imposto de renda em nossa demonstração do resultado, que tem o dólar norte-americano como principal moeda funcional, sofre impactos significativos pelas valorizações do real em relação ao dólar norte-americano, na medida em que devemos registrar os impostos diferidos resultantes de flutuações na taxa de câmbio, na base reportada de nosso ativo não monetário (particularmente imóveis, instalações, equipamentos e ativos intangíveis). Desenvolvimentos econômicos e percepções de risco pelos investidores em outros países, tanto em países desenvolvidos quanto emergentes, podem afetar de forma negativa a cotação dos valores mobiliários brasileiros, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs. A cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros é afetada em diferentes níveis pela situação econômica e de mercado de outros países, incluindo países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e países de mercados emergentes. Embora a situação econômica desses países possa ser substancialmente diferente da situação econômica do Brasil, a reação dos investidores frente às evoluções nesses outros países pode ter um efeito adverso sobre a cotação dos valores mobiliários de emissores brasileiros. Por exemplo, em 2008 a crise econômica mundial teve um impacto sobre muitas economias e mercados de capitais ao redor do mundo. Essa crise foi comprovada pela instabilidade no valor dos títulos, mercados de capitais, e volatilidade no mercado de crédito e ações, a instabilidade da maioria das moedas, a indisponibilidade de crédito, altas taxas de juros, uma redução generalizada da procura, uma desaceleração econômica geral e outros fatores que podem adversamente afetar nossa condição financeira e diminuir o interesse dos investidores em títulos de emissores brasileiros, incluindo o nosso. Futuras crises em outros países podem afetar de forma adversa o preço de negociação das nossas ações ordinárias e ADSs, diminuir o interesse de investidores em títulos de emitentes brasileiros, incluindo nossas ações ordinárias e ADSs, e também podem dificultar ou impedir nosso acesso aos mercados de capitais e o financiamento de operações futuras em termos aceitáveis, se houver. Riscos Relativos às Nossas Ações Ordinárias e ADSs. Se os portadores de nossas ADSs trocarem as mesmas por ações ordinárias, eles se arriscam a perder a faculdade de remeter divisas ao exterior e as vantagens tributárias brasileiras. O custodiante brasileiro das ações ordinárias obteve um certificado eletrônico de registro do Banco Central do Brasil permitindo a remessa de divisas para o exterior para pagamento de dividendos e demais distribuições relativas às ações ordinárias, ou por ocasião da venda das mesmas. Se os titulares de ADSs resolverem trocá-las por ações ordinárias correspondentes, eles terão direito a continuar contando com o certificado eletrônico de registro da custodiante durante cinco dias úteis a partir da data da troca. Após este prazo, os referidos titulares de ADSs poderão perder o direito de adquirir e remeter divisas ao exterior por ocasião da venda de, ou das distribuições relativas às ações ordinárias, a menos que obtenham seu próprio certificado eletrônico de registro ou registrem seu investimento em ações ordinárias, de acordo com a Resolução No. 2.689, que concede o direito a determinados investidores estrangeiros de comprar e vender valores mobiliários na Bolsa de Valores de São Paulo. Os titulares não habilitados conforme a Resolução nº 2.689 estarão sujeitos de modo geral a um tratamento tributário menos favorável com relação aos ganhos relativos às ações ordinárias. Se os titulares das ADSs tentarem obter seu próprio certificado eletrônico de registro, os mesmos poderão incorrer despesas ou sofrer atrasos no processo de solicitação, o que poderia prejudicar sua capacidade de receber dividendos ou distribuições relativos às ações ordinárias ou ao reembolso de seu capital em tempo hábil. Além disso, não podemos garantir que o certificado eletrônico de registro do custodiante ou qualquer outro certificado de registro de capital estrangeiro obtido por titular das ADSs não serão afetados por mudanças futuras na legislação ou demais regulamentos, ou que não serão impostas no futuro outras 19