História de Santa Catarina - parte 2 de 3

HISTÓRIA DE
PROF. ELTON ZANONI
Parte 2:
• Período Monárquico

Período Monárquico
 Início: Independência do Brasil (1822)
 Fim: Proclamação da República (1889)
 Santa Catarina:
Capitania
Província
Estado
Prof. Elton Zanoni | www.elton.pro.br

Viajantes estrangeiros

Relatos de viajantes
 Início do século XIX:
 Russos: Langsdorff (1803)
 Inglês: John Mawe (1807)
 Francês: Saint-Hilaire (1820)
 Livro: Viagem à Província de Santa Catarina
 Permaneceu por 4 anos

www.brasiliana.com.br/obras/viagem-a-provincia-de-santa-catarina-1820

Primeiras tentativas colonizadoras
 Povoamento com preocupação militar indireta
 Colônia de Nova Ericeira (1817)
 Pescadores; Porto Belo (vila em 1832)
 Preocupação: integração litoral-planalto
 Lages: vinculada a SP e RS, mas não a Desterro
 Contexto da Guerra da Cisplatina: apoio militar

São Pedro de Alcântara (1829)
 Preocupação: integrar litoral-planalto
 Alemães de Bremen + Legião Alemã (mercenários)
 Conflitos: localização/distribuição das terras e
pagamentos prometidos no 1º ano
 Direcionamento dos colonos para outras regiões

Colonização no Período Regencial
 Colônia Nova Itália (Sardenha, 1836) – São João Batista
 Colônia Itajaí (açorianos, 1836) – Porto Belo
 Colônia Vargem Grande (alemães, 1837) – próx. São Pedro
 Sem benefícios do governo
 Ataques de índios
 Mata a desbravar

Revolução Farroupilha

Revolução Farroupilha
 Iniciou-se no Rio Grande, mas estendeu-se a SC
 República Rio-Grandense (1836-1845)
 Proposta federalista: maior autonomia provincial
 Questões econômicas  pecuária
 Simpatia à causa em Lages e Laguna
 Lages: legalistas vencem farroupilhas; isolamento

Laguna e a República Juliana
 Laguna: ponto estratégico (abastecimento)
 Tomada de Laguna (22 de julho de 1839):
 Por terra: Davi Canabarro
 Por mar: Giuseppe Garibaldi
 Duração de 4 meses
 Fuga rumo ao planalto e RS

Anita Garibaldi
 Ana Maria de Jesus Ribeiro
 Conheceu Giuseppe Garibaldi em Laguna
 Uniu-se à causa farroupilha e fugiu com a derrota
 Uruguai (1841)
 Atuou como enfermeira  feridos em combate
 Itália (1848), onde faleceu
 “Heroína de dois mundos”
Trailer do filmeProf. Elton Zanoni | www.elton.pro.br

Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=GIB6YERaugI
Twitter:
https://twitter.com/dconline/lists/tomadadelaguna

Colonização no Segundo Reinado

Colônia industrial do Saí
 Iniciativa do Dr. Benoît Jules Mure (1841)
 Península do Saí (São Francisco do Sul)
 Colônia industrial sem trabalho escravo (franceses)
 Base: socialismo utópico – Charles Fourier
 Falanstérios: comunidade onde cada um trabalharia
segundo suas vocações; lucros divididos
Artigo: Falanstério do Saí: uma experiência utópica em Santa Catarina
http://seer.cfh.ufsc.br/index.php/sceh/article/download/41/47

Colonização em grande escala
 Lei de Terras de 1850
 Regras para aquisição por colonos estrangeiros
 Incentivo à vinda de imigrantes europeus
 Na Europa:
 Instabilidade política e social
 Concentração fundiária
 Lutas pela unificação (Itália)

Colônia Blumenau
 Dr. Hermann Blumenau, 1850
 Vale do rio Itajaí-açu
 Artesãos e lavradores alemães
 Em 1860  recursos públicos  ampliação
 Vinda de italianos (Trento) a partir de 1875
 Blumenau tornou-se município em 1880

Colônia Dona Francisca
 Terras eram o dote da Princesa Dona Francisca,
casada com o Príncipe de Joinville (francês)
 Organização: Soc. Colonizadora de Hamburgo
 Suíços, alemães, noruegueses, dinamarqueses
 Diversidade profissional entre os colonos

Colônia Dona Francisca
 Nova frente: planalto norte (Estrada D. Francisca)
 Entreposto de erva-mate para exportação: capital
para futura industrialização
 Joinville tornou-se município em 1866

Foto de Johann Niemeyer, provavelmente de 1866,
da Colônia Dona Francisca, uma igreja católica do
lado esquerdo, já demolida e uma casa enxaimel
do direito.
Dona Francisca teve um belo dote: um milhão
de francosm além de 25 léguas quadradas,
(cerca de 155 mil hectares) no nordeste da
província de Santa Catarina, entre os rios
Pirabeiraba e Itapocu, o "Domínio Dona
Francisca".

Colônia Itajahy (Brusque)
 Vale do rio Itajaí-mirim
 Colonização organizada por um nobre austríaco
 Alemães, poloneses (1860) e italianos (1875)
 Tradição tecelã – produção familiar
 Italianos – agricultura
 Indústria têxtil – Carlos Renaux (1892)
 Brusque: “Berço da fiação catarinense”
Araújo BrusqueProf. Elton Zanoni | www.elton.pro.br

1860 - primeiro mapa de Brusque, assinado pelo Barão Maximiliano Schneeburg
Fonte: Museu e Arquivo Histórico do Vale do Itajaí-Mirim

Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, a primeira indústria têxtil de Brusque, em Santa Catarina.

Colonização italiana
 Contingente majoritário, vindos a partir de 1875
 Colônias do vale do Itajaí-açu:
 Blumenau, Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra, Luís Alves
 Colônias do vale do Itajaí-mirim:
 Brusque, Nova Trento
 Colônias do Sul Catarinense (1877- ):
 Vale do rio Tubarão (Azambuja)
 Vale do rio Urussanga (Pedras Grances, Criciúma)

Colônia Grão-Pará
 Terras devolutas – dote da Princesa Isabel
 Vale do rio Tubarão
 Contrato entre Conde d’Eu e Caetano Pinto para
inserção de 50 famílias por ano, por 10 anos
 Início da colonização em 1882
 Município de Tubarão em 1888

Colônias Militares
 Santa Teresa:
 Estrada São José – Lages (atual BR-282)
 Instalação de militares e seus familiares (1853)
 Proteção militar frente aos ataques indígenas
 Embrião do município de Alfredo Wagner
 Chapecó:
 Disputas territoriais Brasil-Argentina (1880)
 Missão povoadora da região às margens do rio Xanxerê

Colonização em Santa Catarina
Colônia Angelina (Colônia Nacional, 1862)
Colônia Azambuja (1877)
Colônia Belga (1845)
Colônia Blumenau 1850)
Colônia Brusque (antes Itajaí e Dom Afonso, 1860)
Colônia Militar de Chapecó
Colônia Dom Afonso (1836)
Colônia Dona Francisca (Joinville, 1851)
Colônia Flor da Silva (1844)
Colônia Grão Pará (1882)
Colônia Itajaí (1836)
Colônia Leopoldina (Antônio Carlos, 1853)
Colônia Luís Alves (1877)
Colônia Militar Santa Teresa (Alfredo Wagner, 1853)
Colônia Nova Itália (1836)
Colônia Nova Veneza (1891)
Colônia Piedade (1847)
Colônia Príncipe Dom Pedro
Colônia do Saí (1842)
Colônia São Pedro de Alcântara (1829)
Colônia Santa Isabel (1847)
Colônia Teresópolis (Águas Mornas, 1860)
Colônia Várzea Grande (1837)
Núcleo Torrens (1891)

População da Província
 Recenseamento Geral do Império de 1872:
 População total: 159.802
 Livres: 144.818
 Escravos: 14.984
 Maior população em Desterro: 22.760
 Estrangeiros nas regiões coloniais

Segundo as estimativas do
Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o estado de
Santa Catarina possui uma
população de 6 819 190
habitantes e uma densidade
populacional de 71,23 hab./km²
em 2015.

Guerra do Paraguai
 Desterro: ponto de aquartelamento
 Monumento na Praça XV (1877)
 Telégrafo (1867): Desterro – Laguna
 Participação: com batalhão
“Voluntários da Pátria”
 1500 homens (maioria negros)

Monumento em Honra aos Heróis Mortos na Guerra do Paraguai
Estátua do
coronel Fernando
Machado, morto
na Guerra do
Paraguai

Escravidão e abolição
 Estimativa de 1857: 18 mil escravos
 Censo de 1872: 15 mil escravos
 Campanha abolicionista a partir de 1870
 Criação de clubes e associações
 Jornal "O Abolicionista“ (Desterro)

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