Este documento apresenta como converter uma rede elétrica bifásica (duas fases e neutro) para trifásica (três fases) utilizando um transformador bifásico-trifásico. Ele descreve os requisitos necessários para a conversão, como as tensões entre fases e neutro, e mostra um diagrama do transformador, que funciona como uma ligação estrela-delta.
2. CONVERSÃO DE FASES UTILIZANDO UM
TRANSFORMADOR COM ENTRADA
BIFÁSICA (2 FASES + NEUTRO) E SAÍDA
TRIFÁSICA (3 FASES)
Incluindo: Diagramas elétricos e todos os pré-requisitos
obrigatórios, para a viabilidade da conversão fasorial de rede
bifásica para rede trifásica.
3. VANTAGENS TÉCNICAS DA UTILIZAÇÃO DO
TRANSFORMADOR BIFÁSICO-TRIFÁSICO
Alimentar diversas
cargas trifásicas
simultaneamente
com facilidade, o
que não ocorre
com o inversor de
frequência.
01
Não possui
circuitos
eletrônicos, sendo
a conversão feita
de forma imediata
e permanente
assim que o
transformador é
energizado.
02
Tensão de
saída
totalmente
isolada em
relação a rede
de alimentação
da entrada.
03
Poder utilizar
retificadores
trifásicos (6
diodos), obtendo
baixa ondulação e
melhor
desempenho em
fontes de corrente
contínua.
04
4. ATENÇÃO: PRÉ-REQUISITOS OBRIGATÓRIOS:
• Rede bifásica de 3 três fios, sendo duas fases e o neutro.
• A rede bifásica de alimentação, deve apresentar tensões de:
220/127V, 380/220V ou 440/254V, ou seja, uma razão entre o maior e
o menor valor na proporção de 1,732 (ou √3) para 1, o que configura
uma defasagem fasorial de 120° entre as duas fases.
• Bitola do fio neutro maior que as fases, pois neste transformador, a
corrente de neutro apresentará o dobro do valor em relação a
corrente de cada fase, pois trata-se de uma configuração de dois
enrolamentos, que compartilham o terminal neutro em comum. Desta
forma, é essencial que o fio neutro tenha pelo menos o dobro da
área em relação as bitolas de fio das fases.
• Medição das tensões entre as fases e o neutro com o multímetro,
para garantir a confirmação da viabilidade de sua rede elétrica.
5. IMPORTANTE: NÃO É POSSÍVEL USAR ESTE
TRANSFORMADOR NAS SEGUINTES SITUAÇÕES ABAIXO:
• Se a rede de alimentação for de apenas dois fios (2 fases ou 1 fase e
neutro) ou se for do tipo monofásica, seja ela com dois ou três fios.
• Se a rede de alimentação apresentar uma razão entre o maior e o
menor valor na proporção de 2 para 1.
Exemplos: 220/110V, 230/115V, 240/120V, 254/127V, 380/190V ou
440/220V. Nesta situação, não é possível usar este transformador,
pois este tipo de rede não apresenta defasagem fasorial de 120°
graus entre as fases, sendo assim totalmente incompatível. Desta
forma, é essencial realizar medições prévias de tensão com o
multímetro, para certificar se sua rede é plenamente compatível.
7. H1, H2 e N (NEUTRO): Terminais de entrada bifásica.
X1, X2 e X3: Terminais de saída trifásica.
8. OBSERVAÇÕES FINAIS SOBRE O
TRANSFORMADOR BIFÁSICO-TRIFÁSICO
• Como foi possível observar no diagrama anterior, o transformador
apresenta uma configuração do tipo V-V, comportando-se na prática,
como sendo uma ligação primária em estrela (Y) aberto e secundária
em delta (∆) aberto.
• Ao utiliza-lo para fontes de corrente contínua, a retificação é possível
usando a Ponte de Graetz com 6 diodos, permitindo obter uma baixa
ondulação na saída.
• O terminal neutro da entrada não pode ser utilizado na saída. Se for
desejado um terminal neutro em relação as três fases obtidas no
secundário, se faz necessário liga-las a um segundo transformador
chamado transformador de aterramento, que permite a obtenção de
um terminal neutro totalmente independente da rede de entrada.