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Aula 1 FILOSOFIA
TEMET NOSCE:
A humanidade buscando conhecer(se)
Profa. Dra. Polyanna Camêlo
FILOSOFIA PARA QUALQUER UM:
Atitude Crítica (NÃO) e Pensamento Crítico (SIM, mas o que é?)
A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e,
portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso, o
patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira e fundamental verdade
filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego
Platão, a Filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo
Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com o espanto.
Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro,
através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes,
como se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e outros meios de
comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando
de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por
que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que somos, por que
somos e como somos.
Sendo assim, a atitude filosófica é primeiro negativa, para depois ser positiva.
Philosophia
(etmologia e morfologia em busca do significado original)
Philo = philia = companheirismo, amor fraterno, amizade, filha.
Sophia = Sophos = sábio, saber, sabedoria.
Filosofia = amor ao saber
sendo o filósofo aquele que tem
apreço especial pelo saber
Cosmogonia, Teogonia e Cosmologia
Gonia =
1. gennao (verbo) = engendrar, fazer nascer, crescer
2. genos (subst.) = nascimento, gênese, descendência,
gênero, espécie
Logia =
Logos = pensamento, raciocínio, estudo, ciência, lógica
Cosmogonia é a narrativa sobre o nascimento e a organização
do mundo, a partir de forças criadoras (pai e mãe) divinas.
Teogonia é a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus
pais e antepassados.
Cosmologia é o estudo científico/metafísico da origem do
universo.
Ruínas do Templo de Apolo
em Delfos, na Grécia.
Em seu pórtico estava escrito:
“Conhece-te a ti mesmo"
Neo e a Oráculo
O templo foi dedicado a Apolo,
e tinha uma sacerdotisa pra
traduzir as palavras aos
homens, visto que os humanos
não entendiam diretamente a
linguagem dos Deuses.
As sacerdotisas proferiam as
respostas em transe e tais
respostas eram tidas como
verdades absolutas. Mas, o que
levou o templo a ser um dos
maiores centros religiosos, além
disso, foi uma inscrição em sua
fachada.
A "Pitonisa" se posicionava no local aonde subia a fumaça, e quando a sacerdotisa inspirava, entrava em transe.
Os peregrinos entendiam que as palavras da Pitia, eram realmente palavras do próprio Apolo revelando o futuro.
O nome 'Pítia' vem de Pytho (cujo significado é serpente),
o nome original de Delfos na mitologia. Os gregos
derivaram este topônimo do verbo pythein (πύθειν,
"serpente"), assim denominado por causa da sacerdotisa, a
Pítia, que nele profetizava os oráculos.
Para se tornar dono do oráculo, a mitologia grega
apresenta Apolo matando Píton, e dividindo seu corpo em
dois, como uma ação necessária para se tornar dono do
oráculo de Delfos. Na mitologia babilônica a morte de
Tiamat pelo deus Marduk, que divide seu corpo em dois, é
considerada um grande exemplo de como correu a
mudança de poder do matriarcado ao patriarcado: Tiamat,
a Deusa Dragão do Caos e das Trevas, é combatida por
Marduk, deus da Justiça e da Luz. Novamente a indicação
de mudança do matriarcado para o patriarcado ocorrida.
Em Édipo Rei de Sófocles, a Esfinge pergunta a todos
que passam o quebra-cabeça mais famoso da história,
conhecido como o enigma da esfinge: Que criatura pela
manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde
tem três? Ela estrangulava qualquer inábil a
responder.
A palavra esfinge deriva do grego sphingo, querendo
dizer estrangular. Édipo resolveu o quebra-cabeça:
homem — engatinha como bebê, anda sobre dois pés
na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é
ancião.
Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido
suicídio, atirando-se de um precipício. Versão
alternativa diz que ela devorou-se.
"Conhece-te a ti mesmo"(γνῶθι σεαυτόν),
ou de forma mais completa:
"Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo."
Mas essa citação é tida em muitos textos, falada por Platão,
que teria sido dita por Sócrates da seguinte forma:
"conhece-te a ti mesmo e nada em excesso."
(" “γνῶθι σαυτόν” καὶ “μηδὲν ἄγαν”.) Protágoras 343b.
Tal inscrição foi atribuída aos Sete Sábios (οἱ ἑπτὰ σοφοί):
Tales de Mileto, Periandro de Corinto, Pítaco de Mitilene,
Bias de Priene, Cleóbulo de Lindos, Sólon de Atenas e Quílon de Esparta.
A República, de Platão:
"Os sete homens a quem os gregos chamaram de sábios
foram todos versados na administração pública;
e, realmente, em nada se aproxima tanto a virtude humana da divina
como a fundação de novas nações ou a conservação daquelas já fundadas"
Quando Sócrates foi ao templo consultar a Sacerdotisa, seu amigo Querofonte fez a tradução.
Foi nessa visita que a vida de Sócrates mudou, foi quando a sacerdotisa disse
que não havia homem mais sábio que Sócrates em toda a Grécia.
Então, Sócrates, duvidoso de sua sabedoria,
começou a questionar os cidadãos da Grécia,
principalmente aqueles que se diziam sábios sobre algo.
Cena do filme Sócrates, de Roberto Rosselline, 1970.
Sócrates discute sobre a Piedade.
• Qual a origem da Filosofia?
• A filosofia tem raízes orientais (egípcios, persas,
babilônicos, assírio e caldeus principalmente). Além
(ou por causa) das viagens gregas, formadores da
cultura grega como Homero e Hesíodo trouxeram dos
mitos e religiões dos povos orientais, e das culturas
precedentes à grega, elementos que ajudaram a
elaborar a mitologia, logo também a própria cultura,
gregas. Que depois seriam transformadas
racionalmente pela filosofia grega, sem deixar de ser
sua base.
• Por que dizemos que ela nasce grega?
• Os gregos realizaram mudanças tão profundas nesse
conhecimento herdado culturalmente, que parecem
ter criado uma cultura própria a partir de si mesmos.
Com relação aos mitos
1. Com relação aos mitos: quando comparamos os mitos orientais,
cretenses, micênicos, minóicos e os que aparecem nos poetas
Homero e Hesíodo, vemos que eles retiraram os aspectos apavorantes
e monstruosos dos deuses e do início do mundo; humanizaram os
deuses, divinizaram os homens; deram racionalidade a narrativas
sobre as origens das coisas, dos homens, das instituições humanas
(como o trabalho, as leis, a moral);
Com relação aos conhecimentos
2. Os gregos transformaram em ciência (isto é, num conhecimento
racional, abstrato e universal) aquilo que eram elementos de uma
sabedoria prática para o uso direto na vida.
Assim, transformaram em matemática (aritmética, geometria,
harmonia) o que eram expedientes práticos para medir, contar e
calcular; transformaram em astronomia (conhecimento racional da
natureza e do movimento dos astros) aquilo que eram práticas de
adivinhação e previsão do futuro; transformaram em medicina
(conhecimento racional sobre o corpo humano, a saúde e a doença)
aquilo que eram práticas de grupos religiosos secretos para a cura
misteriosa das doenças. E assim por diante.
Com relação à organização social e política
3. Os gregos não inventaram apenas a ciência ou a Filosofia, mas inventaram também a
política. Todas as sociedades anteriores a eles conheciam e praticavam a autoridade e o
governo. Mas, por que não inventaram a política propriamente dita?
Nas sociedades orientais e não-gregas, o poder e o governo eram exercidos como
autoridade absoluta da vontade pessoal e arbitrária de um só homem ou de um pequeno
grupo de homens que decidiam sobre tudo, sem consultar a ninguém e sem justificar suas
decisões para ninguém.
Os gregos inventaram a política (palavra que vem de polis, que, em grego, significa
cidade organizada por leis e instituições) porque instituíram práticas pelas quais as
decisões eram tomadas a partir de discussões e debates públicos e eram adotadas ou
revogadas por voto em assembléias públicas; porque estabeleceram instituições públicas
(tribunais, assembléias, separação entre autoridade do chefe da família e autoridade
pública, entre autoridade político- militar e autoridade religiosa) e sobretudo porque
criaram a idéia da lei e da justiça como expressões da vontade coletiva pública e não
como imposição da vontade de um só ou de um grupo, em nome de divindades.
Os gregos criaram a política porque separaram o poder político e duas outras formas
tradicionais de autoridade: a do chefe de família e a do sacerdote ou mago.
Com relação ao pensamento
4. diante da herança recebida, os gregos inventaram a idéia ocidental da razão
como um pensamento sistemático que segue regras, normas e leis de valor
universal (isto é, válidas em todos os tempos e lugares. Assim, por exemplo, em
qualquer tempo e lugar 2 + 2 serão sempre 4; o triângulo sempre terá três lados; o
Sol sempre será maior do que a Terra, mesmo que ele pareça menor do que ela,
etc.).
Entretanto, séculos depois,
o escritor alemão Goethe,
deixou clara sua desconfiança
obre a citação:
"Conhece-te a ti mesmo! -Que significa?
Significa: Seja!
e ao mesmo tempo não seja!
É um lema dos sábios antigos
que na sua brevidade se contradiz.
Conhece a ti mesmo! E o que ganho com isso?
Se me conheço, devo desaparecer logo.
É como se viesse a um baile mascarado
para tirar-me logo a máscara do rosto”
(Goethe, Sprüch)
"Conhece-te a ti mesmo! -Que significa?
Significa: Seja!
e ao mesmo tempo não seja!
É um lema dos sábios antigos
que na sua brevidade se contradiz.
Conhece a ti mesmo! E o que ganho com isso?
Se me conheço, devo desaparecer logo.
É como se viesse a um baile mascarado
para tirar-me logo a máscara do rosto”
(Goethe, Sprüch)
Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein.
Por que os seres nascem e morrem? Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra
árvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? Por que os diferentes também parecem fazer
surgir os diferentes: o dia parece fazer nascer a noite, o inverno parece fazer surgir a primavera, um objeto escuro
clareia com o passar do tempo, um objeto claro escurece com o passar do tempo?
Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece, envelhece e desaparece. A paisagem, cheia de flores na
primavera, vai perdendo o verde e as cores no outono, até ressecar-se e retorcer-se no inverno. Por que um dia luminoso
e ensolarado, de céu azul e brisa suave, repentinamente, se torna sombrio, coberto de nuvens, varrido por ventos
furiosos, tomado pela tempestade, pelos raios e trovões?
Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força? Por que o alimento que antes me agradava, agora, que
estou doente, me causa repugnância? Por que o som da música que antes me embalava, agora, que estou doente, parece
um ruído insuportável?
Por que o que parecia uno se multiplica em tantos outros? De uma só árvore, quantas flores e quantos frutos nascem! De
uma só gata, quantos gatinhos nascem!
Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? A água do copo, tão transparente e de boa temperatura, torna-se uma
barra dura e gelada, deixa de ser líquida e transparente para tornar-se sólida e acinzentada. O dia, que começa frio e
gelado, pouco a pouco, se torna quente e cheio de calor.
Por que nada permanece idêntico a si mesmo? De onde vêm os seres? Para onde vão, quando desaparecem? Por que se
transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? Mas também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, a
noite; depois da noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão, depois deste, o outono e
depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propício
à navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens. O calor leva as águas para o céu e as traz de volta pelas
chuvas. Ninguém nasce adulto ou velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho.
Foram perguntas como essas que os primeiros filósofos fizeram e para elas buscaram respostas.
Sem dúvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam
aos FILÓSOFOS que interrogavam sobre as causas da mudança, da permanência, da repetição, da desaparição e do
ressurgimento de todos os seres. Haviam perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava
conhecer a verdade sobre o mundo. Quais PERGUNTAS você se faria HOJE?
Atividades de Pesquisa e Reflexão
• Quem foi Apolo e como explicar a relação entre Apolo e a coroa de louros
grega?
• Quem foi a Esfinge, a partir da mitologia grega?
• Qual a tragédia de Édipo? O que ela ensina sobre o destino?
• Aprecie os textos:
• http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/25/artigo178928-2.asp
• http://eradaincerteza.blogspot.com.br/2014/03/o-oraculo-de-delphi-conheca-
te-ti-mesmo.html
• Assista ao filme completo de Roberto Rossellini, Sócrates.

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Filosofia e Matrix: Temet Nosce

  • 1. Aula 1 FILOSOFIA TEMET NOSCE: A humanidade buscando conhecer(se) Profa. Dra. Polyanna Camêlo
  • 2.
  • 3. FILOSOFIA PARA QUALQUER UM: Atitude Crítica (NÃO) e Pensamento Crítico (SIM, mas o que é?) A Filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber; por isso, o patrono da Filosofia, o grego Sócrates, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. Para o discípulo de Sócrates, o filósofo grego Platão, a Filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão, o filósofo Aristóteles, acreditava que a Filosofia começa com o espanto. Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro, através de nosso pensamento, olhando-o como se nunca o tivéssemos visto antes, como se não tivéssemos tido família, amigos, professores, livros e outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é, por que é e como é o mundo, e precisássemos perguntar também o que somos, por que somos e como somos. Sendo assim, a atitude filosófica é primeiro negativa, para depois ser positiva.
  • 4. Philosophia (etmologia e morfologia em busca do significado original) Philo = philia = companheirismo, amor fraterno, amizade, filha. Sophia = Sophos = sábio, saber, sabedoria. Filosofia = amor ao saber sendo o filósofo aquele que tem apreço especial pelo saber
  • 5. Cosmogonia, Teogonia e Cosmologia Gonia = 1. gennao (verbo) = engendrar, fazer nascer, crescer 2. genos (subst.) = nascimento, gênese, descendência, gênero, espécie Logia = Logos = pensamento, raciocínio, estudo, ciência, lógica Cosmogonia é a narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo, a partir de forças criadoras (pai e mãe) divinas. Teogonia é a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e antepassados. Cosmologia é o estudo científico/metafísico da origem do universo.
  • 6.
  • 7. Ruínas do Templo de Apolo em Delfos, na Grécia. Em seu pórtico estava escrito: “Conhece-te a ti mesmo"
  • 8. Neo e a Oráculo
  • 9. O templo foi dedicado a Apolo, e tinha uma sacerdotisa pra traduzir as palavras aos homens, visto que os humanos não entendiam diretamente a linguagem dos Deuses. As sacerdotisas proferiam as respostas em transe e tais respostas eram tidas como verdades absolutas. Mas, o que levou o templo a ser um dos maiores centros religiosos, além disso, foi uma inscrição em sua fachada.
  • 10. A "Pitonisa" se posicionava no local aonde subia a fumaça, e quando a sacerdotisa inspirava, entrava em transe. Os peregrinos entendiam que as palavras da Pitia, eram realmente palavras do próprio Apolo revelando o futuro.
  • 11. O nome 'Pítia' vem de Pytho (cujo significado é serpente), o nome original de Delfos na mitologia. Os gregos derivaram este topônimo do verbo pythein (πύθειν, "serpente"), assim denominado por causa da sacerdotisa, a Pítia, que nele profetizava os oráculos. Para se tornar dono do oráculo, a mitologia grega apresenta Apolo matando Píton, e dividindo seu corpo em dois, como uma ação necessária para se tornar dono do oráculo de Delfos. Na mitologia babilônica a morte de Tiamat pelo deus Marduk, que divide seu corpo em dois, é considerada um grande exemplo de como correu a mudança de poder do matriarcado ao patriarcado: Tiamat, a Deusa Dragão do Caos e das Trevas, é combatida por Marduk, deus da Justiça e da Luz. Novamente a indicação de mudança do matriarcado para o patriarcado ocorrida.
  • 12. Em Édipo Rei de Sófocles, a Esfinge pergunta a todos que passam o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge: Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três? Ela estrangulava qualquer inábil a responder. A palavra esfinge deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular. Édipo resolveu o quebra-cabeça: homem — engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é ancião. Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício. Versão alternativa diz que ela devorou-se.
  • 13. "Conhece-te a ti mesmo"(γνῶθι σεαυτόν), ou de forma mais completa: "Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo." Mas essa citação é tida em muitos textos, falada por Platão, que teria sido dita por Sócrates da seguinte forma: "conhece-te a ti mesmo e nada em excesso." (" “γνῶθι σαυτόν” καὶ “μηδὲν ἄγαν”.) Protágoras 343b. Tal inscrição foi atribuída aos Sete Sábios (οἱ ἑπτὰ σοφοί): Tales de Mileto, Periandro de Corinto, Pítaco de Mitilene, Bias de Priene, Cleóbulo de Lindos, Sólon de Atenas e Quílon de Esparta. A República, de Platão: "Os sete homens a quem os gregos chamaram de sábios foram todos versados na administração pública; e, realmente, em nada se aproxima tanto a virtude humana da divina como a fundação de novas nações ou a conservação daquelas já fundadas"
  • 14. Quando Sócrates foi ao templo consultar a Sacerdotisa, seu amigo Querofonte fez a tradução. Foi nessa visita que a vida de Sócrates mudou, foi quando a sacerdotisa disse que não havia homem mais sábio que Sócrates em toda a Grécia. Então, Sócrates, duvidoso de sua sabedoria, começou a questionar os cidadãos da Grécia, principalmente aqueles que se diziam sábios sobre algo.
  • 15. Cena do filme Sócrates, de Roberto Rosselline, 1970. Sócrates discute sobre a Piedade.
  • 16. • Qual a origem da Filosofia? • A filosofia tem raízes orientais (egípcios, persas, babilônicos, assírio e caldeus principalmente). Além (ou por causa) das viagens gregas, formadores da cultura grega como Homero e Hesíodo trouxeram dos mitos e religiões dos povos orientais, e das culturas precedentes à grega, elementos que ajudaram a elaborar a mitologia, logo também a própria cultura, gregas. Que depois seriam transformadas racionalmente pela filosofia grega, sem deixar de ser sua base.
  • 17. • Por que dizemos que ela nasce grega? • Os gregos realizaram mudanças tão profundas nesse conhecimento herdado culturalmente, que parecem ter criado uma cultura própria a partir de si mesmos.
  • 18. Com relação aos mitos 1. Com relação aos mitos: quando comparamos os mitos orientais, cretenses, micênicos, minóicos e os que aparecem nos poetas Homero e Hesíodo, vemos que eles retiraram os aspectos apavorantes e monstruosos dos deuses e do início do mundo; humanizaram os deuses, divinizaram os homens; deram racionalidade a narrativas sobre as origens das coisas, dos homens, das instituições humanas (como o trabalho, as leis, a moral);
  • 19. Com relação aos conhecimentos 2. Os gregos transformaram em ciência (isto é, num conhecimento racional, abstrato e universal) aquilo que eram elementos de uma sabedoria prática para o uso direto na vida. Assim, transformaram em matemática (aritmética, geometria, harmonia) o que eram expedientes práticos para medir, contar e calcular; transformaram em astronomia (conhecimento racional da natureza e do movimento dos astros) aquilo que eram práticas de adivinhação e previsão do futuro; transformaram em medicina (conhecimento racional sobre o corpo humano, a saúde e a doença) aquilo que eram práticas de grupos religiosos secretos para a cura misteriosa das doenças. E assim por diante.
  • 20. Com relação à organização social e política 3. Os gregos não inventaram apenas a ciência ou a Filosofia, mas inventaram também a política. Todas as sociedades anteriores a eles conheciam e praticavam a autoridade e o governo. Mas, por que não inventaram a política propriamente dita? Nas sociedades orientais e não-gregas, o poder e o governo eram exercidos como autoridade absoluta da vontade pessoal e arbitrária de um só homem ou de um pequeno grupo de homens que decidiam sobre tudo, sem consultar a ninguém e sem justificar suas decisões para ninguém. Os gregos inventaram a política (palavra que vem de polis, que, em grego, significa cidade organizada por leis e instituições) porque instituíram práticas pelas quais as decisões eram tomadas a partir de discussões e debates públicos e eram adotadas ou revogadas por voto em assembléias públicas; porque estabeleceram instituições públicas (tribunais, assembléias, separação entre autoridade do chefe da família e autoridade pública, entre autoridade político- militar e autoridade religiosa) e sobretudo porque criaram a idéia da lei e da justiça como expressões da vontade coletiva pública e não como imposição da vontade de um só ou de um grupo, em nome de divindades. Os gregos criaram a política porque separaram o poder político e duas outras formas tradicionais de autoridade: a do chefe de família e a do sacerdote ou mago.
  • 21. Com relação ao pensamento 4. diante da herança recebida, os gregos inventaram a idéia ocidental da razão como um pensamento sistemático que segue regras, normas e leis de valor universal (isto é, válidas em todos os tempos e lugares. Assim, por exemplo, em qualquer tempo e lugar 2 + 2 serão sempre 4; o triângulo sempre terá três lados; o Sol sempre será maior do que a Terra, mesmo que ele pareça menor do que ela, etc.).
  • 22. Entretanto, séculos depois, o escritor alemão Goethe, deixou clara sua desconfiança obre a citação: "Conhece-te a ti mesmo! -Que significa? Significa: Seja! e ao mesmo tempo não seja! É um lema dos sábios antigos que na sua brevidade se contradiz. Conhece a ti mesmo! E o que ganho com isso? Se me conheço, devo desaparecer logo. É como se viesse a um baile mascarado para tirar-me logo a máscara do rosto” (Goethe, Sprüch) "Conhece-te a ti mesmo! -Que significa? Significa: Seja! e ao mesmo tempo não seja! É um lema dos sábios antigos que na sua brevidade se contradiz. Conhece a ti mesmo! E o que ganho com isso? Se me conheço, devo desaparecer logo. É como se viesse a um baile mascarado para tirar-me logo a máscara do rosto” (Goethe, Sprüch) Goethe in the Roman Campagna (1786) by Johann Heinrich Wilhelm Tischbein.
  • 23. Por que os seres nascem e morrem? Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra árvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? Por que os diferentes também parecem fazer surgir os diferentes: o dia parece fazer nascer a noite, o inverno parece fazer surgir a primavera, um objeto escuro clareia com o passar do tempo, um objeto claro escurece com o passar do tempo? Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece, envelhece e desaparece. A paisagem, cheia de flores na primavera, vai perdendo o verde e as cores no outono, até ressecar-se e retorcer-se no inverno. Por que um dia luminoso e ensolarado, de céu azul e brisa suave, repentinamente, se torna sombrio, coberto de nuvens, varrido por ventos furiosos, tomado pela tempestade, pelos raios e trovões? Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força? Por que o alimento que antes me agradava, agora, que estou doente, me causa repugnância? Por que o som da música que antes me embalava, agora, que estou doente, parece um ruído insuportável? Por que o que parecia uno se multiplica em tantos outros? De uma só árvore, quantas flores e quantos frutos nascem! De uma só gata, quantos gatinhos nascem! Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? A água do copo, tão transparente e de boa temperatura, torna-se uma barra dura e gelada, deixa de ser líquida e transparente para tornar-se sólida e acinzentada. O dia, que começa frio e gelado, pouco a pouco, se torna quente e cheio de calor. Por que nada permanece idêntico a si mesmo? De onde vêm os seres? Para onde vão, quando desaparecem? Por que se transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? Mas também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, a noite; depois da noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão, depois deste, o outono e depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propício à navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens. O calor leva as águas para o céu e as traz de volta pelas chuvas. Ninguém nasce adulto ou velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho. Foram perguntas como essas que os primeiros filósofos fizeram e para elas buscaram respostas. Sem dúvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam aos FILÓSOFOS que interrogavam sobre as causas da mudança, da permanência, da repetição, da desaparição e do ressurgimento de todos os seres. Haviam perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava conhecer a verdade sobre o mundo. Quais PERGUNTAS você se faria HOJE?
  • 24. Atividades de Pesquisa e Reflexão • Quem foi Apolo e como explicar a relação entre Apolo e a coroa de louros grega? • Quem foi a Esfinge, a partir da mitologia grega? • Qual a tragédia de Édipo? O que ela ensina sobre o destino? • Aprecie os textos: • http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/25/artigo178928-2.asp • http://eradaincerteza.blogspot.com.br/2014/03/o-oraculo-de-delphi-conheca- te-ti-mesmo.html • Assista ao filme completo de Roberto Rossellini, Sócrates.