O documento descreve a evolução do conceito de rede desde a Idade Média até os dias atuais. Começou como uma palavra para descrever tecidos e malhas e passou a ser usado na medicina e ciência para descrever sistemas no corpo e na natureza. Saint-Simon contribuiu para o conceito moderno de rede como uma estrutura artificial para gerenciar espaço e tempo. Atualmente, a rede simboliza mudança social e circulação de informação, mas também levanta questões sobre vigilância e controle.

1. Seminário A filosofia da rede Pierre Musso Dalton Martins Abril-2010

3. Polissemia lança dúvida sobre a coerência do conceito;

6. No séc XVI: véus e rendas que as mulheres se cobriam;

7. No séc XVII: o pano que colocavam sobre suas camisas;

11. A medicina e a cristalografia observam efeitos de rede na natureza -> a pele-rede faz a ponte entre o interior e o exterior -> é o limite sensível.

15. :A rede identificada com o corpo determina uma visão bio-política e econômica.

18. Economia política

19. Engenharia Militar

20. Engenharia civil.

22. Começar a elaborar uma epistemologia do organismo-rede

23. Começa a colocar a contradição como essência de todo fenômeno: todos os fenômenos são feitos da luta entre sólidos e os fluidos. Os fluídos são superiores aos sólidos no corpo organizado.

24. O organismo é a forma superior de organização, o paradigma de toda a totalidade complexa e racional.

25. Lógica em sua estrutura e materialidade de seus dispositivos de circulação.

27. A rede é lugar visível e vínculo invisível.

28. A circulação continuada garante a funcionalidade do corpo organizado, ou seja, a vida. Corpo visto como conjunto de canais ou vasos, emaranhado de vínculos que se entrecruzam.

30. A rede não é apenas um conceito, mas um operador para a ação. A rede permite a passagem ao ato, a realização da rede é “um trabalho”, e mesmo um trabalho “de interesse público.”

33. A rede é concebida, ao mesmo tempo, como uma técnica que faz vínculo e como um operador político-moral que faz sentido.

36. A rede vira objeto-símbolo: a rede técnica produz, por ela mesma, mudança social.

39. Um modo de organização do espaço-tempo: uma matriz técnica e a carga simbólica que ela carrega.

42. Instabilidade no tempo. A estrutura da rede inclui sua dinâmica.

43. A modificação de sua estrutura obedece a alguma regra em funcionamento.

45. O conceito de rede tornou-se uma espécie de chave-mestra ideológica

46. Graças a rede, tudo é vínculo, transição e passagem. A rede é meta-ligação.

47. A figura da rede está sempre pronta a inverter-se: da circulação à vigilância, ou da vigilância à circulação.

49. A rede indica um futuro libertador, ela é uma promessa de uma circulação generalizada e liberadora de fluxos de informações e das ondas econômicas.

50. A teia da web evoca as mesmas imagens que a teia da aranha do Sonho de d'Alembert: despotismo no centro e anarquia na periferia da rede.

51. A rede se tornou uma espécie de templo da religião comunicacional mundial. Esse novo templo conecta o presente e o futuro, prometendo paz e democracia pela circulação e pela conexão generalizadas.

53. A rede tornou-se o fim e o meio para pensar e realizar a transformação social, ou até mesmo as revoluções de nosso tempo

54. Paradoxo: o conceito para pensar a mudança social deslocou o pensamento da mudança para o conceito!!!