O projeto visa integrar atividades práticas e de conscientização ambiental com moradores de Barão Geraldo, Campinas sobre água, biodiversidade e ODS. Serão realizados plantios, recuperação de áreas e educação ambiental em 10 casas e 4 bases do projeto para servir de exemplo a outros bairros.
2. RESUMO DO PROJETO
O projeto Conexões Regenerativas Urbanas visa integrar atividades práticas e de
conscientização de moradores residentes no Distrito de Barão Geraldo, município de
Campinas/SP, localizado na Bacia dos Rios Piracicaba/Capivari/Jundiaí (PCJ), Unidade
de Gerenciamento de Recursos Hídricos-URGH5. O tema “Água” é a linha de atuação
prioritária do projeto; a “Biodiversidade” e “Educação”, linhas de atuação secundárias,
e, como tema transversal, a “Disseminação dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS)”, conforme diretrizes opcionais da Seleção Pública 2018 do
Programa Petrobras Socioambiental. Para a execução das diretrizes elencadas serão
realizadas atividades práticas e de educação ambiental, plantios de espécies nativas do
bioma Mata Atlântica e Cerrado, bem como a recuperação de áreas remanescentes do
bioma Mata Atlântica e Cerrado, inseridas no contexto da ocupação urbana definida no
projeto.
A população estimada de Barão Geraldo/SP é de 55 mil habitantes, e poderá ser modelo
de políticas públicas e práticas comunitárias aplicadas nos demais bairros e distritos de
Campinas/SP e de outros municípios, a partir da demonstração de possibilidades de
intervenção em um setor consolidado de ocupação urbana. A opção de execução em
vinte quatro meses (24) permitirá apresentar em tempo real amostragem de evolução
de processos regenerativos no meio ambiente, bem como alterações de práticas e
hábitos da comunidade, visando os objetivos elencados no projeto. O projeto irá propor
aos moradores alternativas no dia a dia que irão repercutir no consumo consciente,
preservação dos recursos hídricos e impacto na malha hídrica local. O conceito de
“Casas Regenerativas” será o ponto de partida das ações do projeto. Serão sorteadas
dez unidades residenciais para sediarem as ações do projeto; além destas, quatro serão
base do projeto, todas elas localizadas no Distrito de Barão Geraldo, Campinas/SP. Tais
unidades residenciais serão denominadas “NAVES”, cada Nave tendo um número e
uma função. Um círculo concêntrico com raio de abrangência de 1.000m sobre o
desenho urbano promoverá a primeira mudança de paradigma conceitual, remetendo
ao conceito de “Economia Circular”, permitindo que cada unidade residencial funcione
como uma célula irradiadora de transformações em sua vizinhança imediata. Parceiros
e apoiadores do projeto, bem como coletivos; farão parte da rede de conexões vivas do
projeto e serão ponto de apoio para as atividades previstas nos objetivos do projeto.
Atividades e práticas socioambientais e educativas serão programadas para outras
regiões da cidade de Campinas, sediadas em Polos e Casas de Cultura como estratégia
de comunicação do projeto e disseminação dos ODS.
O projeto almeja o plantio de 50.000 indivíduos arbóreos, a preservação, manutenção e
recuperação de matas ciliares e remanescentes do Bioma Mata Atlântica e Cerrado,
bem como o combate e prevenção das causas e efeitos da poluição, das inundações,
das estiagens, da erosão do solo e do assoreamento dos cursos d'água. A adoção
destas áreas e a implantação do projeto de plantios associado ao plano de proteção da
fauna e flora visam dar condições de iniciar e alavancar a criação de corredores
ecológicos, preservando a biodiversidade, compatibilizando o gerenciamento dos
recursos hídricos com o desenvolvimento regional e com a proteção do meio ambiente,
estimulando a proteção das águas contra ações que possam comprometer o uso atual
e futuro, promovendo e integrando ações na defesa contra eventos hidrológicos críticos
que ofereçam riscos à saúde e à segurança pública, assim como prejuízos econômicos
e sociais; e, coordenando ações para racionalizar o uso das águas e prevenir a erosão
do solo nas áreas urbanas. Optou-se por iniciar as ações de plantio em áreas próximas,
fortalecendo núcleos que ainda são caracterizados por um grau adequado de
conectividade e, progressivamente, estimulando ações que promovam a integração
ecossistêmica entre as principais áreas-alvo, ampliando-as gradativamente.
3. A estratégia do projeto Conexões Regenerativas Urbanas visa garantir a proteção e
conectividade entre porções nucleares da paisagem e permitir o intercâmbio entre
populações isoladas da fauna e flora regional. A grande degradação da biodiversidade
e dos ecossistemas é uma preocupação global, pois causa uma série de problemas
ambientais, entre eles a perda de funções ambientais e de inúmeras espécies de grande
importância econômica, estética, científica, genética e ecológica. A partir do estudo
preliminar das espécies ameaçadas de extinção fornecida pelo IBAMA, foi escolhido
para o plantio o maior número possível de indivíduos arbóreos que desempenhem a
função ecossistêmica e que contemple a função de reposição e preservação das
espécies ameaçadas de extinção. Por se tratar de áreas dentro do contexto urbano, o
projeto Conexões Regenerativas Urbanas traz a proposta de associar ao projeto de
recuperação ambiental, a integração social e cultural enfatizando o tema “Água”, como
linha de atuação prioritária do projeto; a “Biodiversidade” e “Educação”, como linhas de
atuação secundárias, e, como tema transversal, a “Disseminação dos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Estas atividades constam nos objetivos do
Instituto Árvore da Vida, associação fundada em setembro de 2005 e qualificada pelo
Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público,
OSCIP, em novembro de 2005. A entidade também é um Instituto Privado de Pesquisa,
cadastrado no Ministério da Ciência e Tecnologia em 2011, e possui um NIT, Núcleo de
Inovação Tecnológica, focado na Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento. Os plantios
serão realizados em formato de mutirão, incluindo-se alimentação coletiva com
alimentos produzidos nas casas regenerativas. Nos dias agendados aos plantios serão
realizadas atividades lúdicas e recreativas focadas na educação socioambiental.
Registros de imagens e entrevistas serão coletados em tais eventos para divulgação e
documentação.
JUSTIFICATIVA DO PROJETO
O Objetivo geral do projeto Conexões Regenerativas Urbanas é atingir um público
específico oferecendo a oportunidade de realização de práticas diárias dirigidas à
preservação dos recursos hídricos, utilizando mecanismos de educação socioambiental
embasados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e as metas da
Agenda 2030 cujo slogan é:- “Transformando o Nosso Mundo”. A Agenda 2030 é um
plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade, que busca fortalecer a paz
universal, nela são enumeradas 169 metas, para erradicar a pobreza e promover vida
digna para todos, dentro dos limites do planeta. O tema “Água” é a linha de atuação
prioritária do projeto Conexões Regenerativas Urbanas; a “Biodiversidade” e
“Educação”, linhas de atuação secundárias, e, como tema transversal a “Disseminação
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”. Nossa visão remete à imagem
da cidade como um organismo vivo, e , como tal, sua rede hídrica, tanto superficial,
quanto subterrânea, a essência de sua vitalidade. Optamos por ações locais que irão
compor parceria global almejada pelos ODS.
Figura 1 - Pirâmide dos ODS. Fonte: http://www.agenda2030.org.br/sobre/
4. Os 17 Objetivos são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três
dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. São
como uma lista de tarefas a serem cumpridas pelos governos, a sociedade civil, o setor
privado e todos os cidadãos na jornada coletiva para um 2030 sustentável. Nos
próximos anos de implementação da Agenda 2030, os ODS e suas metas irão estimular
e apoiar ações em áreas de importância crucial para a humanidade: Pessoas, Planeta,
Prosperidade, Paz e Parcerias.
Como convergência de objetivos, o círculo do “Desenvolvimento Sustentável”
representado pelo diagrama dos cinco (5) “Ps”, encontramos sincronia com a missão de
nossa entidade: “Realizar ações
e projetos de preservação ambiental e inclusão social, envolvendo o meio ambiente e a
cultura. Difundir o conhecimento de técnicas e aplicações de tecnologias e produtos
ambientalmente corretos, cursos de educação socioambiental e projetos técnicos na
área do meio ambiente, preservação e proteção da fauna e flora.” Trabalharemos desse
modo, ao longo dos 24 meses projetados para a execução do projeto Conexões
Urbanas Regenerativas, o tema “Água” a “Biodiversidade” e “Educação”. A justificativa
para nosso empenho nos trabalhos propostos pelo projeto Conexões Regenerativas
Urbanas é o cumprimento da Agenda 2030.
Figura 2 - Os cinco Ps da Agenda 2030 - Fonte: http://www.agenda2030.org.br/sobre/
Figura 3 – ODS
CARACTERIZAÇÃO DA REALIDADE SOCIOAMBIENTAL
No Estado de São Paulo, as Bacias PCJ estendem-se por 14.137,79 km2 , sendo
11.402,84 km2 correspondentes à Bacia do Rio Piracicaba, 1.620,92 km2 à Bacia do
Rio Capivari e 1.114,03 km2 à Bacia do Rio Jundiaí (IRRIGART, 2007). Nas Bacias PCJ
estão inseridos 76 municípios, sendo 71 deles no Estado de São Paulo e 5 em Minas
Gerais. Integram as Bacias PCJ os 19 municípios da Região Metropolitana de
Campinas, 20 municípios do Aglomerado Urbano de Piracicaba, os 7 municípios do
Aglomerado Urbano de Jundiaí e os 11 municípios da Unidade Regional da Bragantina.
5. Há ainda um município das Bacias PCJ que integra a Região Metropolitana de São
Paulo (Mairiporã), e um que integra a Região Metropolitana de Sorocaba (Salto). Apenas
cinco pequenos municípios da porção 15 paulista das Bacias PCJ não fazem parte da
Macrometrópole Paulista e, além deles, os 5 municípios da porção mineira das bacias.
As Bacias PCJ começam na microrregião da Bragantina, a leste e por um pequeno
território do sul de Minas Gerais e atravessam a Macrometrópole Paulista até a região
do Aglomerado Urbano de Piracicaba, a oeste, passando pela Região Metropolitana de
Campinas e pelo Aglomerado Urbano de Jundiaí e terminando a oeste na margem
direita do Rio Tietê. A grande maioria dos municípios das Bacias PCJ faz parte da
Macrometrópole Paulista, tais como Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Americana, Limeira,
Indaiatuba, entre outros. O PIB da Bacia PCJ é de R$ 248 bilhões em valores presentes,
sendo a água um recurso essencial para a pujança econômica.
Figura 4 - Bacia Hidrográfica do Estado de São Paulo
A demanda nas Bacias PCJ está fortemente concentrada no abastecimento público
devido aos altos índices de urbanização e contingente populacional expressivo, em
torno de 5,6 milhões de habitantes. Portanto, os usos mais comuns da água nas Bacias
PCJ são consuntivos por meio de derivações para abastecer a população de diversos
municípios dispersos pela rede hídrica, além de uso agrícola e industrial. Não há
produção de energia por hidrelétricas, de forma que os usos concorrentes são para o
abastecimento público (PCJ e Alto Tietê), irrigação e industrial.
Figura 5 - Malha hídrica urbana, Campinas/SP Fonte: https://planodiretor.campinas.sp.gov.br
6. Figura 6 - População X Sub Bacias de Campinas/SP
Fonte://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/svds.pdf
Figura 7 - Recursos Hídricos Subterrâneos de Campinas/SP
Fonte SVDS/PMC(2016)
https://planodiretor.campinas.sp.gov.br/timeline/timeline/41_nova_versao_caderno_subsidios_j
aneiro_17//Caderno_com_anexos.pdf
Figura 8 - Áreas contaminadas - Campinas/SP
Fonte http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/svds.pdf
7. Figura 9 - Topografia do distrito de Barão Geraldo/Campinas/SP e arredores.
Centro: -22.8226801 -47.0850446.
Fronteiras: -22.8306500 -47.0985964 -22.8136093 -47.0788246
Fonte: http://pt-br.topographic-map.com/places/Bar%C3%A3o-Geraldo-2946646/
Figura 10 - Unidades de Conservação Campinas/SP
Figura 11 - Diretrizes para áreas de proteção de Campinas/SP
8. Figura 12 - APPs preservadas e APPs degradadas.
Fonte http://campinas.sp.gov.br/arquivos/meio-ambiente/svds.pdf
Figura 13 - Recorte de mapa de Biomas do IBGE
Fonte http://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/vegetacao/mapas/brasil/biomas.pdf
Figura 14 - Vista aérea do Distrito de Barão Geraldo/Campinas/SP
Fonte Google Maps
9. IMPORTÂNCIA / RELEVÂNCIA DO PROJETO
O projeto Conexões Regenerativas Urbanas objetiva a recuperação de áreas urbanas
degradadas com plantio e preservação de córregos e nascentes das Bacias do Ribeirão
das Pedras, Córrego da Fazenda Monte D'Este, Bacia do Ribeirão Anhumas, Setor de
Drenagem do Rio Atibaia e Bacia do Ribeirão Quilombo, situadas na Unidade de
Gerenciamento de Recursos Hídricos URGH5 e plantio ciliar de trechos do Rio Atibaia
situadas dentro do distrito. Objetivando a adoção das áreas e manutenção, o projeto
urbano e de paisagismo terá como complemento o planejamento de atividades culturais
e de integração da comunidade às propostas nele inseridas. Estas atividades constam
nos objetivos do Instituto Árvore da Vida, que é uma organização da sociedade civil de
interesse público, qualificada pelo Ministério da Justiça sob n° 08071.002057/2005-34,
com atuação na preservação ambiental e inclusão social. Este projeto visa atender à
demanda da população local que tem solicitado ao poder público ações de preservação
de áreas urbanas não ocupadas e que se encontram degradadas, oferecendo riscos à
comunidade e ao meio ambiente. A criação de corredores ecológicos integra-se ao
Plano de Manejo da Área de Influência da Mata Santa Genebra, que possui diversas
nascentes; bem como nascentes situadas em áreas de praças urbanas e córregos e
estende sua ação a remanescentes de leitos ferroviários, ampliando deste modo a ação
de preservação efetiva da fauna e flora, elevando de sobremaneira a qualidade de vida
das populações próximas. Os Corredores Ecológicos tendem a se ampliar a partir da
criação de parcerias com produtores rurais e sociedade mobilizada, podem se tornar o
diferencial da região. O projeto Conexões Urbanas Regenerativas busca dar
continuidade a projetos já iniciados, Projeto de Requalificação do Centro de Barão
Geraldo, Parque Linear Ribeirão das Pedras, Boulevard, Parque Recanto Yara,
Requalificação do Real Parque, Corredor Migratório e Ciatec II; bem como alavancar
novas possibilidades em abrangência territorial e parcerias entre sociedade civil,
representada pelo Instituto Árvore da Vida, associações de moradores, escolas,
parcerias públicas e privadas, no sentido de viabilizar recursos técnicos, humanos e
financeiros para a implantação e manutenção. Na área cultural, o projeto contempla
atividades ligadas à educação socioambiental. Esta vertente do projeto tem duas
finalidades específicas, promover a educação socioambiental e preservação e dar
abertura à participação popular no processo de implantação e manutenção do projeto.
As propostas culturais pertencentes ao projeto Conexões Urbanas Regenerativas
objetivam alavancar a produção Cultural com bases na sustentabilidade ambiental e dar
subsídios a uma vanguarda popular que dissemine os conceitos de uma nova
sociedade, valorização do equilíbrio ambiental, a ética e a cidadania. Serão oferecidas
diversas oficinas e eventos, criação artística, bioconstrução e permacultura. Os
profissionais envolvidos no projeto Conexões Urbanas Regenerativas acumulam
experiências, informações diversificadas, interação em movimentos socioculturais e
ambientais, criando deste modo a linguagem diferenciada da proposta, a partir do
conceito holístico na
reconstrução social, cultural e ambiental.
Toda ação que ocorre no solo de uma bacia hidrográfica pode afetar a qualidade de sua
água. Se a bacia é ocupada por florestas em suas condições naturais, essa água vai ter
uma boa qualidade porque recebe apenas folhas e alguns resíduos de decomposição
dos vegetais e animais. A ocupação desordenada do solo urbano para a construção de
casas, implantação de indústrias, compromete a qualidade da água; substâncias, que
não aquelas que fazem parte dos seus ciclos naturais passam a compor um
desequilíbrio ambiental e consequentemente uma ameaça à biodiversidade e pode
ocasionar a escassez de água disponível para o consumo humano. O processo de
crescimento das cidades ocasionou a invasão dos mananciais (áreas com nascentes de
rios) que antes estavam distantes da ocupação urbana. Em função dos altos índices de
10. urbanização ocorreram intervenções do ser humano no meio com consequente
deterioração dos recursos hídricos e crescente aumento da demanda de água. A Bacia
do PCJ é uma das regiões mais ricas do Brasil, com condições socioeconômicas
comparáveis ao Primeiro Mundo. A área é responsável por 10% do Produto Interno
Bruto brasileiro. A fertilidade do solo, o relevo, o clima e a localização são alguns fatores
que contribuíram para a ocupação e o desenvolvimento econômico. O distrito de Barão
Geraldo está inserido nesta região pertencente ao PCJ, possui um número significativo
de nascentes que se encontram em estado de risco e desequilíbrio, além de
propriedades particulares e remanescentes de Mata Atlântica. Outro fator a se
considerar é a presença de condomínios industriais e crescimento da indústria local em
área de influência, a especulação imobiliária e outros fatores que potencialmente podem
criar grande impacto no ambiental e na qualidade da água disponível na região.
METODOLOGIA
O conceito de “Casas Regenerativas” será o ponto de partida das ações do projeto.
Serão sorteadas, a partir de uma lista de interesse disponibilizada em locais públicos,
dez unidades residenciais localizadas no distrito para sediarem as ações do projeto.
Outras quatro casas serão base do projeto, somando o total de quatorze (14) unidades
residenciais ativas no projeto. As quatro bases correspondem a unidades habitacionais
nas quais residem membros da equipe técnica, onde serão ministradas oficinas e
produção de objetos e produtos em escala para posteriormente serem oferecidas nos
Polos e Casas de Cultura e nos espaços públicos de parceiros para apreciação e
consumo. Todas as unidades habitacionais serão denominadas “NAVES”, cada Nave
terá um número e uma função que posteriormente serão descritas, podendo os
sorteados optarem a partir da observação dos modelos oferecidos nas “NAVES BASES”
do projeto, as NAVES que receberem ações do projeto Conexões Regenerativas
Urbanas serão denominadas “NAVES RECEPTORAS”. Os locais e organizações
parceiros e apoiadores do projeto serão denominados “PISTAS DE POUSO”, e, por fim;
os parceiros e apoiadores que oferecerem ao projeto conteúdos, pesquisa,
prototipagem e serviços, serão denominados “PROVEDORES”. O desenho de um
círculo concêntrico com raio de abrangência de 1.000m sobre o desenho urbano
promoverá a primeira mudança de paradigma conceitual, remetendo ao conceito de
“Economia Circular”, permitindo que cada unidade residencial funcione como uma célula
irradiando transformações em sua vizinhança imediata. Conforme as conexões de
ações com as imediações forem efetuadas as “Conexões Regenerativas Urbanas”
serão ativadas, e; de forma harmônica e planejada, pretende-se como metodologia do
projeto, que se desenvolvam desenhos geométricos em formas de mandalas curativas,
definindo a estética final do desenho urbano regenerado, permeado por malha hídrica
viva, plantios de espécies nativas da Mata Atlântica e Cerrado, plantios ciliares, hortas
e jardins. O tema “Água” é a linha de atuação prioritária do projeto; a “Biodiversidade” e
“Educação”, linhas de atuação secundárias, e, como tema transversal a “Disseminação
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”
Figura 15 - Naves de Conexões Regenerativas Urbanas
Atividades de “NAVES BASES”
11. 1.Horta orgânica
2.Coleta de água de chuva
3.Produção de germinados
4.Culinária
5.Compostagem
6.Compras coletivas
7.Pesquisa e Desenvolvimento de novos materiais, tintas, resinas naturais e fibras
têxteis
8.Pesquisa e Desenvolvimento de manufaturas, objetos e mobiliário Ecoeficientes
9.Pesquisa e Desenvolvimento de processos de reciclagem de materiais
Atividades de “NAVES RECEPTORAS”
1.Coleta de água de chuva
2.Compostagem
3. Compras coletivas
4.Atividades a serem elencadas conforme perfil de moradores da unidade residencial
Atividades de “PISTAS DE POUSO”
Atividades de “PROVEDORES”
1. Cursos, oficinas, oficinas, seminários, congressos, encontros
2. Eventos, feiras, visitas
3. Pesquisa, orientação e prototipagem
MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA
Figura 16 - Grafos e Teia d’água
Grafos e teia d’água, similaridades com o conceito do projeto “ Conexões Regenerativas
Urbanas” e de como será realizado o trabalho em rede e participação comunitária
O projeto “Conexões Regenerativas Urbanas” é estruturado para ativar redes de
comunicação e de ação de coletivos já existentes, e organizações formalmente
constituídas; incentivando a criação de novos vínculos entre ações emergentes no
tecido social, utilizando recursos virtuais, site interativo e redes sociais.
As interações físicas ocorrerão em atividades educativas, recreativas e de consumo
consciente por intermédio dos eventos que serão organizados tais como feiras,
12. seminários, cursos, encontros, plantios, feiras de trocas, venda de produtos e serviços.
Figura 17 - Raios de distâncias entre núcleos de expansão do projeto “Conexões Regenerativas
Urbanas”, com destaque em cor rosa para primeiro círculo concêntrico abrangendo 14 NAVES
do projeto. Fonte: Diretrizes do Plano Diretor de Campinas/SP 2016
INTERAÇÃO COM POLÍTICAS PÚBLICAS RELACIONADAS AOS RESULTADOS
ESPERADOS, PARTICIPAÇÃO E TRANSPARÊNCIA.
As interações com políticas públicas relacionadas aos resultados esperados do projeto
serão executadas através de encontros programados nos locais parceiros onde serão
publicizadas as metodologias, práticas e resultados, de modo a oferecer a entes
públicos, conselhos municipais e demais articulações informações referentes às
práticas executadas.
Nos seminários e congressos gestores públicos, legisladores, executivos de autarquias,
dirigentes de organizações públicas e privadas e comunidade em geral serão
convidados a compor mesas de debate sobre o tema “Água” e os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) , bem como a Agenda 2030.
Com relação à transparência, a comunicação do projeto está centrada na produção de
um Fanzine que terá distribuição gratuita nos locais parceiros para o público em geral,
bem como o site interativo e o canal do Youtube serão recursos utilizados para tal
finalidade.
MEDIDAS ECOEFICIENTES
Ecoeficiência é uma das grandes atitudes que nos podem levar ao desenvolvimento
sustentável. Trata-se da característica de produtos que produzem mais e melhor,
com menores recursos e resíduos. Tendo em vista tais princípios, o projeto
Conexões Regenerativas Urbanas destaca ações que objetivam:
– Minimizar a intensidade de materiais dos bens e serviços
– Minimizar a intensidade energética de bens e serviços
– Minimizar a dispersão de tóxico
– Fomentar a reciclabilidade dos materiais
– Maximizar a utilização sustentável de recursos renováveis.
– Estender a durabilidade dos produtos.
– Aumentar a intensidade de serviço dos bens e serviços
– Promover a educação dos consumidores para um uso mais racional dos recursos
naturais e energéticos”
13. Estas são as atividades do projeto Conexões Regenerativas Urbanas focadas em
medidas Ecoeficientes que serão realizadas ao longo dos 24 meses programados:
1.Horta orgânica
2.Coleta de água de chuva
3.Produção de germinados
4.Culinária
5.Compostagem
6.Compras coletivas
7.Pesquisa e Desenvolvimento de novos materiais, tintas, resinas naturais e fibras
têxteis
8.Pesquisa e Desenvolvimento de manufaturas, objetos e mobiliário Ecoeficientes
9.Pesquisa e Desenvolvimento de processos de reciclagem de materiais
10.Pesquisa, orientação e prototipagem
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Roteiro para a Localização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável:
Implementação e Acompanhamento no nível subnacional
http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/ods/roteiro-para-a-localizacao-dos-
objetivos-de-desenvolvimento-sust.html
DOCUMENTO PARA DISCUSSÃO Mudança climática e crise hídrica OS DESAFIOS DA
GOVERNANÇA DAS ÁGUAS NAS BACIAS PCJ
http://www.agenciapcj.org.br/docs/ecocuencas/documento-discussao-portugues.pdf
MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA O
LICENCIAMENTO COM AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL
http://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/cetesb/documentos/Manual-DD-217-14.pdf
DEPARTAMENTO ESTADUAL DE DEPARTAMENTO ESTADUAL DE PROTEÇÃO DE
RECURSOS NATURAIS
ftp://ftp.sp.gov.br/_ftpcomitepcj/CT-SA_Ata_16_Ord_03_21-06-06.pdf
http://cetesb.sp.gov.br/agencias-da-cetesb/
http://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/cartilhas/
http://cetesb.sp.gov.br/licenciamentoambiental/downloads/
http://www.mma.gov.br/apoio-a-projetos
http://www.mma.gov.br/programas-mma
http://campinas.sp.gov.br/governo/meio-ambiente/plano-hidricos.php
http://www.campinas.sp.gov.br/governo/seplama/planos-locais-de-gestao/
https://mapas.ibge.gov.br/tematicos/fauna-ameacada-de-extincao
http://www.agenciapcj.org.br/docs/ecocuencas/documento-discussao-portugues.pdf