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Prof. Dr. Ary José Rocco Jr.
EEFE/USP
Fórum de Debates
2016
Gestão de Clubes Esportivos
Ary Rocco
• Professor e Pesquisador da Escola de Educação Física e Esporte da
Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
• Líder do GEPECOM (EEFE/USP) – Grupo de Estudos e Pesquisas em
Comunicação e Marketing no Esporte
• Diretor da Asociación Latino Americana de Gerência Deportiva (ALGEDE)
• Coordenador do GP Comunicação e Esporte da Sociedade Brasileira de
Estudos Interdisciplinares em Comunicação (INTERCOM).
• Doutor em Comunicação e Semiótica – Comunicação e Esporte.
• Mestre em Administração – Planejamento e Recursos Humanos.
• Bacharel em Administração Pública e Jornalismo.
• Cenário Atual - Contexto
• Modelos de Gestão no Esporte
• Gestão do Futebol no Brasil
• Modelos de Gestão do Futebol no Brasil
• Considerações Finais
Agenda
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Indústria do Esporte
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Cenário Atual – Europa
Cenário Atual – Europa
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Modelos de Gestão no Esporte
Modelo Norte-Americano
Modelo Norte-Americano
• Ligas Fortes – o produto principal é a Liga.
• Sistema de Franquias.
• Rígido controle sobre gastos com salários, em
especial NBA e na NFL.
• Teto salarial – manutenção da saúde financeira do
negócio.
• Desafio - planejamento para montar elencos fortes
sem ultrapassar o teto salarial.
Modelo Norte-Americano
• Ultrapassar o teto salarial significa ter de pagar a
mais em impostos para a própria Liga.
• Visão equilibrada de administração do campeonato
como um todo.
• Ligas têm mão de ferro: são administradas como um
negócio.
• Direitos de televisão são coletivos: o último e o
primeiro recebem o mesmo valor.
• Draft – equilíbrio entre os elencos.
Modelo Norte-Americano
• Mão de ferro dos organizadores das Ligas
americanas não compromete o brilho dos esportes
por lá.
• Três das quatro ligas esportivas com o maior
faturamento no mundo: MLB (Major League
Baseball), NBA (National Basketball Association) e
NFL (National Football League) - todas dos Estados
Unidos.
• NFL: arrecada perto do dobro que a primeira divisão
do futebol inglês.
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• “Administração não visa poder político, mas sim
financeiro”.
• Inigualável poder de marketing dos esportes norte-
americanos.
• Super Bowl: casamento com o entretenimento (gera
uma infinidade de receitas que vão além dos
campeonatos em que estão inseridos).
• O marketing fala mais alto que a paixão.
Modelo Norte-Americano
Modelo Norte-Americano
Modelo Norte-Americano
Modelo Europeu
• Sistema Associativo: Diretoria eleita pelos sócios.
Profissionalização da Gestão Esportiva (MKT e
Finanças).
• Sistema Privado: Um ou mais proprietários,
mantendo o capital fechado. Autonomia para
investimentos. Facilidades para acesso a crédito.
Saúde financeira.
• Sistema Misto: Conselho de Administração (Clube +
Empresa) – elege os executivos, que podem ser
destituídos a qualquer tempo.
Modelo Europeu
Modelo Europeu
• Figura do proprietário (Inglaterra e Itália).
• Altos rendimentos em patrocínios, exploração de
mídia, direitos de televisão e marketing.
• Investimentos particulares.
• Premier League (1ª Liga em faturamento - futebol).
• Inglaterra: 17 equipes entre as 30 que mais faturam
em todo o planeta.
Modelo Europeu – Sistema Privado
Modelo Europeu – Sistema Privado
Modelo Europeu – Sistema Privado
Modelo Europeu – Sistema Privado
Modelo Europeu – Sistema Privado
Modelo Europeu – Sistema Privado
• Espanha: mantém o caráter de instituição esportiva.
• Cada clube tem sua identidade própria.
• Madri: Real (elite), Atlético (proletariado).
• Barcelona: orgulho catalão (mais que um clube).
• Modelo de negócios: reflexo da identidade.
• Profissionalização da Gestão.
• Faturamento: produtos licenciados, camisas e
carnês antecipados de todos os jogos.
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
Modelo Europeu – Sistema Associativo
• Combinação do Sistema Associativo com o Sistema
Privado.
• Conselho de Administração: formado por
representantes do clube e dos principais
stakeholders envolvidos.
• Conselho de Administração: escolhe os gestores,
inclusive o presidente, que podem ser destituídos a
qualquer instante.
• Alemanha e França.
Modelo Europeu – Sistema Misto
Modelo Europeu – Sistema Misto
Modelo Europeu – Sistema Misto
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Modelo Europeu – Sistema Misto
Gestão do Esporte no Brasil
• Prática amadora.
• Formato de associações sem finalidade econômica.
• Interesse mais social do que esportivo.
• Prática organizada do esporte.
• Fins de competição e lazer.
• Administração amadora: tempo parcial, dedicação
parcial, não especializada e não remunerada.
Origens e Evolução Histórica
• Dualidade modernidade e tradição do futebol
brasileiro.
• Conflito entre clubes de atletas profissionais e
gestores amadores.
Período de ambiguidade
• Crescentes transações envolvendo compra e venda
de atletas.
• Início da cessão dos direitos de transmissões
televisivas.
• Massificação da utilização de patrocínio ao futebol
como ferramenta de comunicação e marketing.
• Transformação do futebol em “negócio”.
• Contraste com o modelo associativo.
Década de 1980
Legislação
Fonte: AZEVÊDO, Paulo Henrique. A administração dos clubes de futebol profissional do Distrito
Federal em face à nova legislação esportiva brasileira, Brasília, 2002.
• Futebol enquanto negócio e entretenimento.
• Aumento da quantidade de veículos de comunicação
e mídia.
• Crescimento das empresas que se tornaram
patrocinadoras, apoiadoras, parceiras ou
investidoras de clubes (demanda por melhoria na
governança, com mais transparência).
• Volume de transações envolvendo a cessão dos
direitos econômicos dos atletas.
• Importância no cenário econômico brasileiro.
Cenário Atual
Gestão Amadora X Gestão Profissional
Gestão Amadora Gestão Profissional
Predomínio dos interesses de um grupo sobre os
da totalidade.
Predomínio da visão estratégica, da busca de
resultados.
A visão dos componentes do grupo interno como
principal público-alvo.
Visão dos receptores dos serviços como
segmentos de mercado.
Ênfase no fortalecimento interno do “grupo”. Ênfase na busca de parceiros e investidores.
A direção não é remunerada ou a remuneração
não é compatível com a competência profissional
exigida e, portanto, não centrada em resultados.
A direção é remunerada e, normalmente, bem
remunerada, portanto, cobrada em termos de
resultados.
Estrutura departamentalizada por funções
tradicionais, voltadas para o gerenciamento das
atividades.
Estrutura divisional/corporativa voltado para o
gerenciamento das diversas atividades
institucionais.
Ênfase no “estatuto” como fonte de decisão no
processo de gestão.
Ênfase na elaboração e implantação de “novos
projetos de detecção de necessidades” como
fonte de decisão no processo de gestão.
Alto poder de influência dos “conselheiros” que
representam a força da decisão.
Alto poder de influência dos “gerentes
profissionais” que representam a força do
conhecimento e a profissionalização.
Vigência do paradigma da “entidade sem fins
lucrativos”.
Vigência do paradigma da “busca de resultados”.
Estreita vinculação com os “componentes do
grupo” e a administração voltada para dentro.
Estreita vinculação com o “mercado” e a
administração “voltada para fora”.
Fonte: AZEVEDO e BARROS (2004).
Considerações Finais...
• Esportivo-administrativa.
• Financeira e contábil.
• Comunicação com os Stakeholders.
• Marketing.
• Recursos Humanos.
• Arena / Arrecadação.
• Gerenciamento Logístico-esportivo.
Áreas de Atuação
• Clubes: instituições de Direito Privado.
• Não há interesse e vontade política para mudanças.
• Torcedores-consumidores – sem poder formal.
• Lógica Social do Esporte é diferente da do mercado.
• Foco dos Torcedores: resultados esportivos, não na
Gestão.
• Dificuldade de enxergar o Esporte como
entretenimento.
Momento Atual
Momento Atual
Momento Atual
• 2013 – 5 clubes brasileiros:
• 19º
• 38º
• 39º
• 45º
• 46º
Momento Atual
• 2014 (4 clubes):
• 35º
• 46º
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• 49º
• 2015 (2 clubes):
• 43º
• 48º
• 2016:
Momento Atual
Momento Atual
Momento Atual
Momento Atual
Momento Atual
• Definição da estrutura de poder com a necessidade
de elevar a qualidade – foco em negócio.
• Profissionalização da Gestão.
• Cultura da Gestão / Planejamento Estratégico.
• Processo perene – breves períodos de melhoria.
• Iniciativas pontuais, insuficientes para modificar o
cenário atual.
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OBRIGADO !!!!
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Gestão de Clubes Esportivos

  • 1. Prof. Dr. Ary José Rocco Jr. EEFE/USP Fórum de Debates 2016 Gestão de Clubes Esportivos
  • 2. Ary Rocco • Professor e Pesquisador da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP) • Líder do GEPECOM (EEFE/USP) – Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação e Marketing no Esporte • Diretor da Asociación Latino Americana de Gerência Deportiva (ALGEDE) • Coordenador do GP Comunicação e Esporte da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares em Comunicação (INTERCOM). • Doutor em Comunicação e Semiótica – Comunicação e Esporte. • Mestre em Administração – Planejamento e Recursos Humanos. • Bacharel em Administração Pública e Jornalismo.
  • 3. • Cenário Atual - Contexto • Modelos de Gestão no Esporte • Gestão do Futebol no Brasil • Modelos de Gestão do Futebol no Brasil • Considerações Finais Agenda
  • 4. Cenário Atual - Contexto
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 15. Cenário Atual - Contexto
  • 16.
  • 20. Cenário Atual – América do Norte
  • 21. Modelos de Gestão no Esporte
  • 24. • Ligas Fortes – o produto principal é a Liga. • Sistema de Franquias. • Rígido controle sobre gastos com salários, em especial NBA e na NFL. • Teto salarial – manutenção da saúde financeira do negócio. • Desafio - planejamento para montar elencos fortes sem ultrapassar o teto salarial. Modelo Norte-Americano
  • 25. • Ultrapassar o teto salarial significa ter de pagar a mais em impostos para a própria Liga. • Visão equilibrada de administração do campeonato como um todo. • Ligas têm mão de ferro: são administradas como um negócio. • Direitos de televisão são coletivos: o último e o primeiro recebem o mesmo valor. • Draft – equilíbrio entre os elencos. Modelo Norte-Americano
  • 26. • Mão de ferro dos organizadores das Ligas americanas não compromete o brilho dos esportes por lá. • Três das quatro ligas esportivas com o maior faturamento no mundo: MLB (Major League Baseball), NBA (National Basketball Association) e NFL (National Football League) - todas dos Estados Unidos. • NFL: arrecada perto do dobro que a primeira divisão do futebol inglês. Modelo Norte-Americano
  • 27. • “Administração não visa poder político, mas sim financeiro”. • Inigualável poder de marketing dos esportes norte- americanos. • Super Bowl: casamento com o entretenimento (gera uma infinidade de receitas que vão além dos campeonatos em que estão inseridos). • O marketing fala mais alto que a paixão. Modelo Norte-Americano
  • 31. • Sistema Associativo: Diretoria eleita pelos sócios. Profissionalização da Gestão Esportiva (MKT e Finanças). • Sistema Privado: Um ou mais proprietários, mantendo o capital fechado. Autonomia para investimentos. Facilidades para acesso a crédito. Saúde financeira. • Sistema Misto: Conselho de Administração (Clube + Empresa) – elege os executivos, que podem ser destituídos a qualquer tempo. Modelo Europeu
  • 33. • Figura do proprietário (Inglaterra e Itália). • Altos rendimentos em patrocínios, exploração de mídia, direitos de televisão e marketing. • Investimentos particulares. • Premier League (1ª Liga em faturamento - futebol). • Inglaterra: 17 equipes entre as 30 que mais faturam em todo o planeta. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 34. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 35. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 36. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 37. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 38. Modelo Europeu – Sistema Privado
  • 39. • Espanha: mantém o caráter de instituição esportiva. • Cada clube tem sua identidade própria. • Madri: Real (elite), Atlético (proletariado). • Barcelona: orgulho catalão (mais que um clube). • Modelo de negócios: reflexo da identidade. • Profissionalização da Gestão. • Faturamento: produtos licenciados, camisas e carnês antecipados de todos os jogos. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 40. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 41. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 42. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 43. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 44. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 45. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 46. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 47. Modelo Europeu – Sistema Associativo
  • 48. • Combinação do Sistema Associativo com o Sistema Privado. • Conselho de Administração: formado por representantes do clube e dos principais stakeholders envolvidos. • Conselho de Administração: escolhe os gestores, inclusive o presidente, que podem ser destituídos a qualquer instante. • Alemanha e França. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 49. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 50. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 51. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 52. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 53. Modelo Europeu – Sistema Misto
  • 54. Gestão do Esporte no Brasil
  • 55. • Prática amadora. • Formato de associações sem finalidade econômica. • Interesse mais social do que esportivo. • Prática organizada do esporte. • Fins de competição e lazer. • Administração amadora: tempo parcial, dedicação parcial, não especializada e não remunerada. Origens e Evolução Histórica
  • 56. • Dualidade modernidade e tradição do futebol brasileiro. • Conflito entre clubes de atletas profissionais e gestores amadores. Período de ambiguidade
  • 57. • Crescentes transações envolvendo compra e venda de atletas. • Início da cessão dos direitos de transmissões televisivas. • Massificação da utilização de patrocínio ao futebol como ferramenta de comunicação e marketing. • Transformação do futebol em “negócio”. • Contraste com o modelo associativo. Década de 1980
  • 58. Legislação Fonte: AZEVÊDO, Paulo Henrique. A administração dos clubes de futebol profissional do Distrito Federal em face à nova legislação esportiva brasileira, Brasília, 2002.
  • 59. • Futebol enquanto negócio e entretenimento. • Aumento da quantidade de veículos de comunicação e mídia. • Crescimento das empresas que se tornaram patrocinadoras, apoiadoras, parceiras ou investidoras de clubes (demanda por melhoria na governança, com mais transparência). • Volume de transações envolvendo a cessão dos direitos econômicos dos atletas. • Importância no cenário econômico brasileiro. Cenário Atual
  • 60. Gestão Amadora X Gestão Profissional Gestão Amadora Gestão Profissional Predomínio dos interesses de um grupo sobre os da totalidade. Predomínio da visão estratégica, da busca de resultados. A visão dos componentes do grupo interno como principal público-alvo. Visão dos receptores dos serviços como segmentos de mercado. Ênfase no fortalecimento interno do “grupo”. Ênfase na busca de parceiros e investidores. A direção não é remunerada ou a remuneração não é compatível com a competência profissional exigida e, portanto, não centrada em resultados. A direção é remunerada e, normalmente, bem remunerada, portanto, cobrada em termos de resultados. Estrutura departamentalizada por funções tradicionais, voltadas para o gerenciamento das atividades. Estrutura divisional/corporativa voltado para o gerenciamento das diversas atividades institucionais. Ênfase no “estatuto” como fonte de decisão no processo de gestão. Ênfase na elaboração e implantação de “novos projetos de detecção de necessidades” como fonte de decisão no processo de gestão. Alto poder de influência dos “conselheiros” que representam a força da decisão. Alto poder de influência dos “gerentes profissionais” que representam a força do conhecimento e a profissionalização. Vigência do paradigma da “entidade sem fins lucrativos”. Vigência do paradigma da “busca de resultados”. Estreita vinculação com os “componentes do grupo” e a administração voltada para dentro. Estreita vinculação com o “mercado” e a administração “voltada para fora”. Fonte: AZEVEDO e BARROS (2004).
  • 62. • Esportivo-administrativa. • Financeira e contábil. • Comunicação com os Stakeholders. • Marketing. • Recursos Humanos. • Arena / Arrecadação. • Gerenciamento Logístico-esportivo. Áreas de Atuação
  • 63. • Clubes: instituições de Direito Privado. • Não há interesse e vontade política para mudanças. • Torcedores-consumidores – sem poder formal. • Lógica Social do Esporte é diferente da do mercado. • Foco dos Torcedores: resultados esportivos, não na Gestão. • Dificuldade de enxergar o Esporte como entretenimento. Momento Atual
  • 65. Momento Atual • 2013 – 5 clubes brasileiros: • 19º • 38º • 39º • 45º • 46º
  • 66. Momento Atual • 2014 (4 clubes): • 35º • 46º • 48º • 49º • 2015 (2 clubes): • 43º • 48º • 2016:
  • 72. • Definição da estrutura de poder com a necessidade de elevar a qualidade – foco em negócio. • Profissionalização da Gestão. • Cultura da Gestão / Planejamento Estratégico. • Processo perene – breves períodos de melhoria. • Iniciativas pontuais, insuficientes para modificar o cenário atual. • Entretenimento / Comunicação / Mídias Sociais. Futuros Desafios e Propostas
  • 73. Futuros Desafios e Propostas
  • 74. Futuros Desafios e Propostas
  • 75. Futuros Desafios e Propostas
  • 76. Futuros Desafios e Propostas
  • 77. Futuros Desafios e Propostas
  • 78. Futuros Desafios e Propostas