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AM VE AZ PR
CLARISSA CARVALHAES
REPÓRTER
A população do Bairro Sion,
na Região Centro-Sul de Belo
Horizonte, já começa a per-
ceber as mudanças positivas
provocadas pelas obras de
revitalização do Parque Mu-
nicipal Juscelino Kubitschek,
mais conhecido como Praça
JK. As reformas estão pre-
vistas para serem concluídas
em setembro e contemplam
a recuperação dos pisos da
pista de caminhada, pintura
de equipamentos de alonga-
mento e instalação de um
playground infantil, além de
outras benfeitorias.
As obras são orçadas en-
tre R$ 400 e R$ 500 mil e fa-
zem parte de uma parceria
que completa dez anos, em
2008, da Fundação de Par-
ques Municipais de Belo Ho-
rizonte com o Sindicato da
Indústria da Construção Pe-
sada no Estado de Minas Ge-
rais (Sicepot/MG).
A iniciativa busca melho-
rar as condições de uso dos e-
quipamentos e do espaço,
proporcionando cada vez
mais a utilização do parque
pela população. A interven-
ção faz parte do Programa de
Recuperação e Obras nos Par-
ques (ProParque), da Prefei-
tura de Belo Horizonte (PBH),
e a manutenção da área será
realizada pelo Sicepot, por
meio do Programa Adote o
Verde.
Durante as obras serão e-
xecutadas substituição de te-
las e pintura de alambrados
na quadra de futebol, troca de
lixeiras, implantação de bici-
cletário, reforma do bebe-
douros, reconstrução e pintu-
ra dos bancos, adequação do
parque quanto à acessibilida-
de para pessoas deficientes
com a instalação de rampas e
guarda-corpos nas escadas,
recuperação dos pisos da pis-
ta de caminhada e do interior
da praça, pintura de equipa-
mentos de alongamento, tro-
ca do“playground da longevi-
dade” (equipamentos para e-
xercícios físicos voltados para
idosos) e instalação do play-
ground infantil.
O presidente do Sicepot,
Marcus Vinícius Salum, afir-
ma que a idéia é comemorar,
além dos dez anos de adoção
do parque, o aniversário do
sindicato, que completa 40
anos. Segundo ele, a quanti-
dade de publicidade no en-
torno do parque foi diminuí-
da na tentativa de desvenci-
lhar a imagem do sindicato às
obras de revitalização.“Nosso
objetivo é deixar uma contri-
buição para a cidade, sem co-
notação política”, disse. De a-
cordo com Salum, mais de 20
mil mudas serão plantadas
no local, além de outras 30 ár-
vores adultas.
O presidente da Funda-
ção de Parques Municipais de
Belo Horizonte, Ajalmar José
da Silva, diz que o JK é muitas
vezes considerado uma pra-
ça-parque porque a maior
parte dos parques é fechada.
Ele conta que as modifica-
ções realizadas pelo sindicato
tiveram acompanhamento e
determinações do núcleo téc-
nico de arquitetura da Fun-
dação de Parques.
Localizado na Avenida
Bandeirantes, entre as ruas
Engenheiro Caetano Lopes,
Professor Melo Cançado e
Nova Era, o parque foi funda-
do há 18 anos, quando era
chamado de Parque do Acaba
Mundo. Ocupando uma área
de mais de 35 mil metros
quadrados, o JK dispõe de vá-
rias opções de lazer e se con-
firma como área de convivên-
cia muito utilizada pela po-
pulação da Região Centro-
Sul.
A publicitária Waldiane
Fialho é moradora do Bairro
Serra, mas garante que pelo
menos uma vez por semana
leva o filho João Miguel, 2
anos, para brincar no Parque
JK. A revitalização já foi não a-
penas notada, mas também
elogiada pela publicitária. “É
um local que tem um am-
biente muito saudável e onde
o João fica muito a vontade”,
contou, enquanto ensinava o
menino andar de bicicleta.
Para a funcionária públi-
ca Ana Previtalli, que também
estava acompanhada pelo fi-
lho Oliver, a praça está muito
bonita, mas ainda deve al-
guns benefícios à comunida-
de. “Os brinquedos são dire-
cionados a crianças maiores,
e meu filho, que tem 2 anos,
acaba não brincando. Além
disso, não há árvores sufi-
cientes para criar sombras, fi-
camos muito expostos ao
sol”, afirmou.
Mas para o casal de apo-
sentados Pedro Orlando Ba-
rone Filho e Suely Barone, os
equipamentos e a estrutura
que o parque oferece à comu-
nidade é superior às áreas
verdes do estado de São Pau-
lo, onde moram. “Estamos
em Belo Horizonte apenas de
passagem (vieram comemo-
rar o aniversário da filha).
Frequentamos muito o Jar-
dim Paulista, e o Parque JK
não fica devendo em nada. A-
liás, nós paulistas é que fica-
mos para trás”, brincou Pedro
Barone, enquanto a esposa se
divertia com a neta Gabriela.
Parceriasviabilizam
reformasdeparques
O presidente da Funda-
ção de Parques Municipais de
Belo Horizonte, Ajalmar José
da Silva, destaca a importân-
cia e os resultados positivos
das parcerias entre o poder
público municipal e empre-
sas privadas para a revitaliza-
ção das áreas verdes.“Existem
outros parques e praças que
são adotados por parceiros,
mas ainda há muitas áreas
verdes precisando de manu-
tenção e revitalização. Infeliz-
mente, a Fundação ainda não
tem estrutura física adequada
para acompanhar todos os 64
parques da cidade e conser-
vá-los da forma ideal”, admi-
tiu.
Por isso, novos parceiros,
segundo o presidente, são
muito bem aceitos. “Imagine
que só na última semana pas-
saram pelo Parque Municipal
(no centro da capital) cerca de
7 mil pessoas. Não é fácil
manter uma estrutura para
receber esse público. A partir
do momento que parceiros se
responsabilizam por determi-
nados locais, podemos cuidar
de outros”, salientou.
Ajalmar Silva lembra que
empresas e empresários inte-
ressados em adotar uma pra-
ça ou um parque, devem en-
trar em contato com a Funda-
ção de Parques pelo telefone
(31) 3277-4000. “O mais im-
portante é que as instituições
abracem essa causa. Não é
necessário adotar um local
sozinho. As empresas podem
dividir os custos com outras
instituições. Afinal, é uma
adoção”, disse.Á
Belo Horizonte, sábado, 30/8/2008 - HOJE EM DIA - minas@hojeemdia.com.br
.20 Minas
Bairros
MAIS LAZER NO SION
Espaço de convivência
paratodasasidades
Instalação de brinquedos atrai mais crianças para o Parque JK, que passa por reforma
FOTOS MAURÍCIO DE SOUZA
Ana cobra equipamentos para crianças menores, como seu filho Oliver, de 2 anos
Casal de aposentados paulistas Pedro e Suely, com a neta Gabriela, elogiam as áreas verdes de BH
Durante as obras serão executadas
substituição de telas e pintura de
alambrados na quadra de futebol,
troca de lixeiras, implantação de
bicicletário, reforma do bebedouros e
reconstrução e pintura dos bancos
.A cada
esquina
Entre os dias 2 e 6
de setembro, Belo Hori-
zonte recebe o Festival
Lixo e Cidadania. Em
sua7ªedição,oeventoé
realizado pelas entida-
des Associação dos Ca-
tadores de Papel, Pape-
lão e Material Reciclado
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Fórum Estadual Lixo e
Cidadania, Movimento
Nacional de Catadores
de Materiais Recicláveis
e Fundação France Li-
bertés. Neste ano, o te-
maé“60anosdaDecla-
ração Universal dos Di-
reitos Humanos”. Du-
rante os cinco dias, o
Festival promete movi-
mentar a discussão so-
bre os direitos huma-
nos, principalmente
peloaltoníveldosparti-
cipantes. As palestras e
demais atividades vão
acontecer no Centro
Mineiro de Referência
em Resíduos (CMRR),
que fica na Rua Belém,
40, Bairro Esplanada, e
no Lapa Multshow, na
Avenida Álvares Maciel,
312, Bairro Santa Efigê-
nia. Mais informações
pelo telefone (31) 3275-
3107.Á
FESTIVAL
Lixo e
Cidadania
em BH
Já está acontecendo
evaiatéodia7desetem-
brooFestivalMundialde
Circo do Brasil (FMCB),
com espetáculos gratui-
tos em Belo Horizonte.
Umaturnêserárealizada
ainda pelas cidades de
Curvelo, Brumadinho,
Tiradentes, São Brás do
Suaçuí,SãoJoãodelReie
Jeceaba. São quatro es-
petáculosderuainterna-
cionais e um nacional,
além do Encontro de Pa-
lhaços, com o espanhol
Tortell Poltrona, e uma
oficinadeproduçãodire-
cionada a agentes cultu-
rais de Curvelo e São
João del Rei, que terão
oportunidade de acom-
panhar todo o processo
de produção executiva
do projeto. Tendo como
principal sede Belo Hori-
zonte, o FMCB é um
evento bienal. Informa-
ções: (31) 3225-7521.Á
DEGRAÇA
Circo nas
ruas de BH
FRASE
“São Paulo
precisa de
lugares
assim”
Suely Barone, aposentada
e moradora de São Paulo,
sobre os parques de BH
A Praça da Bandeira,
localizada no Bairro
Mangabeiras, na Região
Centro-Sul de BH, é
famosa por ter hasteada
em seu centro a ban-
deira nacional, que é tro-
cada periodicamente
durante uma solenidade.
Belo Horizonte, sábado, 30/8/2008 - HOJE EM DIA - minas@hojeemdia.com.br
Minas 25.
RMBHdevetergestãointegrada
INDEFINIÇÃO DE LIMITES
Entre duas cidades,
nomeiodaexclusão
Pesquisa aponta que carência nas áreas limítrofes da RMBH é maior que em favelas
Maria Celeste recebeu cobrança de IPTU de Contagem, mas tem metade da casa em BH
FOTOS FREDERICO HAIKAL
Conceição espera que a Prefeitura de Contagem forneça a escritura da residência
GABRIEL PASCOAL
ESPECIAL PARA O HOJE EM DIA
Morar a poucos metros de
um posto de saúde e não
poder usufruir de seus ser-
viços, por ter o endereço
cadastrado em outra cida-
de. Este drama, vivido por
vários moradores do Con-
junto Confisco, do lado de
Contagem, na divisa com
a capital, é parte da narra-
tiva da pesquisa “Limites
de Belo Horizonte nos limi-
tes da metropolização”.
Apesar de estarem a 50
metros da unidade de saú-
de, que fica na Região da
Pampulha, em BH, os mo-
radores do são obrigados a
ir até o posto do Estrela
D’Alva, bairro mais próxi-
mo, em Contagem, distan-
te quatro quilômetros.
É o caso da família de
Elaine Sheila de Almeida,
30 anos, que mora na Rua
Quatro, a apenas 300 me-
tros do posto de saúde do
Confisco. Ela conta que
precisou socorrer o irmão,
com queimaduras, e o le-
vou ao posto mais perto. “O
médico nos atendeu e cui-
dou dos ferimentos, mas
explicou que os curativos
necessários dali para frente
teriam que ser feitos no ou-
tro posto, do Estrela D’Alva,
que fica a três quilômetros
de minha casa. Meu irmão
não tem condições de se lo-
comover por esta distância
sem que as feridas nova-
mente sangrem. Por isso,
temos que cuidar dos cura-
tivos nós mesmos”, disse
ela.
Tamanha dificuldade a-
bre espaço para o “jeitinho”
de driblar a burocracia e
conseguir atendimento
perto de casa. A comercian-
te Luciene Martins, 27
anos, também moradora da
Rua Quatro, conseguiu rea-
lizar quase todos os exames
de pré-natal no posto de
saúde do Confins. “Usei o
cadastro de endereço de
uma amiga para fazer o a-
companhamento. Somente
no final da minha gestação
é que descobriram a farsa, e
tive que continuar os exa-
mes finais no posto do Es-
trela D’Alva”, confessa ela,
sem nenhum constrangi-
mento.
Conhecida no Confisco
por ser moradora da casa
que fica em duas cidades, a
agente comunitária Maria
Celeste da Silva, 48 anos,
está preocupada com a co-
brança de uma dívida ativa,
no valor de R$ 5 mil, envia-
da pela Prefeitura de Con-
tagem, por não pagamento
do IPTU. Por sua casa, na
Rua T, passa diagonalmen-
te a linha imaginária divi-
sória das cidades, que faz a
sala e a cozinha ficarem em
Contagem e os dois quartos
na capital. Para aumentar a
confusão, seu quarteirão é
dividido ao meio. “Não pa-
gávamos IPTU por nenhu-
ma cidade, e essa cobrança
me surpreendeu”, conta.
O único documento de
posse de terreno que tem é
o certificado de doação,
emitido quando da cons-
trução do Conjunto, em
1991. Esse ser o único do-
cumento de posse é a preo-
cupação de sua irmã, a do-
na de casa Conceição Apa-
recida Silva Castro, 52 anos,
que mora ao lado, também
em Contagem. “Todos os
moradores de frente, que
são de BH, foram cadastra-
dos recentemente, acredito
para fornecimento da es-
critura. A Prefeitura de
Contagem ainda não to-
mou essa providência, o
que nos deixa preocupa-
dos”, diz.
A secretaria adjunta de
Habitação de Contagem,
Antônia Puertas, explicou
que uma pendência judi-
cial relativa à indenização
do terreno cedido para a
construção do Confisco
ainda impede a regulamen-
tação dos terrenos. Antônia
Puertas disse que está em
estudo uma parceria com a
Prefeitura de Belo Horizon-
te para certificação das es-
crituras.
MATEUS PARREIRAS
REPÓRTER
Entre 2007 e 2008, o Ins-
tituto Limites percorreu os
200 quilômetros de divisas
povoadas entre os sete mu-
nicípios limítrofes de Belo
Horizonte: Contagem, Ri-
beirão das Neves, Vespasia-
no, Santa Luzia, Sabará, No-
va Lima e Ibirité. Durante o
trabalho, os pesquisadores
puderam concluir que a ex-
clusão social nestas locali-
dades é ainda mais grave do
que nas favelas, vilas e de-
mais regiões periféricas da
capital.
“Percebemos que estes
locais se tornaram terras de
ninguém, onde a adminis-
tração municipal não quer
gastar o dinheiro com cida-
dãos de outro município.
Uma situação distorcida, já
que estas pessoas também
produzem, consomem e
pagam impostos indiretos
na cidade vizinha”, afirma a
cientista política e coorde-
nadora da pesquisa, Letícia
Godinho.
A linha que separa a
capital destas cidades nem
sempre é muito clara. Per-
meia centros industriais,
comerciais, residenciais e
confunde os próprios mo-
radores. Alguns deles não
sabem ao certo a qual ci-
dade suas residências per-
tencem. Problemas que li-
mitam o acesso a benefí-
cios públicos e infra-estru-
tura, como abastecimento
de água, luz, coleta de lixo,
saúde, educação. De fato,
9,8% dos entrevistados
que vivem em Belo Hori-
zonte, achavam que suas
casas ficavam no municí-
pio vizinho. A confusão era
a mesma nas cidades limí-
trofes, onde 9,5% dos mo-
radores acreditavam mo-
rar na capital.
Apesar de mais necessi-
tadas, essas famílias têm
acesso pior a serviços públi-
cos, pois acabam não sendo
abastecidas por nenhum
dos municípios. Entre os
habitantes das áreas de li-
mite com a capital, 14%
afirmaram ter problemas
com distribuição de água.
Muitos locais onde o serviço
foi conceituado como bom,
como no Conjunto Casta-
nheiras, em Sabará, oficial-
mente não há atendimento.
Seus moradores, na verda-
de, ligaram canos clandesti-
nos à rede de água dos vizi-
nhos, da Favela do Taquaril,
de Belo Horizonte.
Outra reclamação co-
mum é quanto a segurança
pública. Ao todo, 33% dos
habitantes das regiões limí-
trofes consideram não ha-
ver policiamento na sua co-
munidade.
A coleta de lixo recebeu
84% de avaliações boas. Po-
rém, muitas ruas que fazem
divisa entre os municípios
têm serviços descoordena-
dos, que colaboram para
que a sujeira se espalhe.
Além disso, devido ao asfal-
to precário e às ruas de ter-
ra, é comum nos limites o li-
xo não ser recolhido em to-
das as ruas. Como ocorre
entre o Bairro Canaã, Norte
da capital, e a divisa com
Santa Luzia. O limite é visí-
vel pelo asfalto que termina
abruptamente.
Perguntados se gosta-
riam de morar em BH, 32%
dos moradores dos municí-
pios limítrofes responde-
ram afirmativamente. O lo-
cal de votação dos residen-
tes dos limites também
contribui para maior identi-
ficação com BH. Em Sabará,
70% dos moradores do limi-
te com BH votam na capital.
Uma solução para in-
cluir os habitantes dos li-
mites nas políticas públi-
cas, segundo a cientista po-
lítica, seria uma gestão in-
tegrada dos recursos pelas
administrações munici-
pais. “Há esforços simila-
res, feitos pelo Estado. Be-
tim e Belo Horizonte já têm
políticas comuns para
combater a violência con-
tra a mulher”, cita.Á
Uma pendência judicial relativa à
indenização do terreno cedido para a
construção do Confisco ainda impede
a regulamentação dos terrenos
MUTIRÃO
Um grande mutirão para
coleta de lixo visando
prevenir a dengue acontece
nesta segunda-feira, em 6
mil residências da área de
abrangência do Centro de
Saúde São Cristóvão
A área de abrangência
do mutirão, no Bairro São
Cristóvão, é a terceira em
número de casos de den-
gue na Regional Noroeste.
Aindasegundoaprefeitura,
os moradores foram infor-
mados sobre a atividade
por meio de campanha
educativa realizada desde a
última quarta-feira, pelas
equipes de mobilização da
Superintendência de Lim-
peza Urbana, agentes de
saúde e de zoonoses. Fo-
ram distribuídos panfletos
sobreotipodelixoqueserá
recolhido na porta das resi-
dências, a partir das 8 ho-
ras, por uma equipe de 60
homens e seis caminhões.
Neste ano, nos 14 mutirões
realizados na Noroeste, fo-
ramrecolhidascercade500
toneladas de lixo.Á
DESTAQUE
NÚMERO
Começa, hoje, no Parque
Ecológico Córrego Primeiro de
Maio a Feira Popular de Cultura,
com cursos e oficinas, debates,
rua de lazer, torneios esportivos,
exposições, artesanato, teatro e
shows. Os eventos são
gratuitos. O endereço é Rua
Joana D’Arc, 190.
Um seminário pre-
tende promover o inter-
câmbio, debate e reflexão
sobre o atual momento
do fazer teatral em Minas
Gerais - suas perspecti-
vas e ações futuras. O
evento acontece nos 2, 3
e 4 de setembro, das 17 às
22 horas, no Teatro João
Ceschiatti, no Palácio das
Artes. Já estão confirma-
das as presenças de Ma-
dalena Rodrigues (Sated),
Rômulo Duque (Sinpar),
Renato Millani (Movi-
mento Teatro de Grupo),
Inês Peixoto (Grupo Gal-
pão), Kalluh Araújo (dire-
tor e produtor teatral),
Rômulo Avelar (autor do
livro“O Avesso da Cena”),
ÉrikaBuzelin(GrupoReal
Fantasia), Kleber Jun-
queira (diretor e produtor
teatral), Pádua Teixeira
(produtor e diretor tea-
tral). O seminário é dirigi-
do a atores, diretores,
produtores, estudantes e
todos interessados pelo
tema. As inscrições são li-
mitadas e gratuitas, e po-
dem ser feitas pelo e-mail
s e m i n a r i o e d i -
cao2008@uai.com.br.
PALÁCIO
Seminário
discute fazer
teatral em MG
DENGUE
Mais casos no
São Cristóvão
EUGÊNIO MORAES 31/03/08
21 ANOS
é a exigência da PBH para
a função de orientador
social voluntário para
acompanhar e auxiliar a
reintegração de jovens
infratores do programa
Liberdade Assistida.
Informações no (31)
3277-4420 e 4578

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Limites 2008.2

  • 1. AM VE AZ PR CLARISSA CARVALHAES REPÓRTER A população do Bairro Sion, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, já começa a per- ceber as mudanças positivas provocadas pelas obras de revitalização do Parque Mu- nicipal Juscelino Kubitschek, mais conhecido como Praça JK. As reformas estão pre- vistas para serem concluídas em setembro e contemplam a recuperação dos pisos da pista de caminhada, pintura de equipamentos de alonga- mento e instalação de um playground infantil, além de outras benfeitorias. As obras são orçadas en- tre R$ 400 e R$ 500 mil e fa- zem parte de uma parceria que completa dez anos, em 2008, da Fundação de Par- ques Municipais de Belo Ho- rizonte com o Sindicato da Indústria da Construção Pe- sada no Estado de Minas Ge- rais (Sicepot/MG). A iniciativa busca melho- rar as condições de uso dos e- quipamentos e do espaço, proporcionando cada vez mais a utilização do parque pela população. A interven- ção faz parte do Programa de Recuperação e Obras nos Par- ques (ProParque), da Prefei- tura de Belo Horizonte (PBH), e a manutenção da área será realizada pelo Sicepot, por meio do Programa Adote o Verde. Durante as obras serão e- xecutadas substituição de te- las e pintura de alambrados na quadra de futebol, troca de lixeiras, implantação de bici- cletário, reforma do bebe- douros, reconstrução e pintu- ra dos bancos, adequação do parque quanto à acessibilida- de para pessoas deficientes com a instalação de rampas e guarda-corpos nas escadas, recuperação dos pisos da pis- ta de caminhada e do interior da praça, pintura de equipa- mentos de alongamento, tro- ca do“playground da longevi- dade” (equipamentos para e- xercícios físicos voltados para idosos) e instalação do play- ground infantil. O presidente do Sicepot, Marcus Vinícius Salum, afir- ma que a idéia é comemorar, além dos dez anos de adoção do parque, o aniversário do sindicato, que completa 40 anos. Segundo ele, a quanti- dade de publicidade no en- torno do parque foi diminuí- da na tentativa de desvenci- lhar a imagem do sindicato às obras de revitalização.“Nosso objetivo é deixar uma contri- buição para a cidade, sem co- notação política”, disse. De a- cordo com Salum, mais de 20 mil mudas serão plantadas no local, além de outras 30 ár- vores adultas. O presidente da Funda- ção de Parques Municipais de Belo Horizonte, Ajalmar José da Silva, diz que o JK é muitas vezes considerado uma pra- ça-parque porque a maior parte dos parques é fechada. Ele conta que as modifica- ções realizadas pelo sindicato tiveram acompanhamento e determinações do núcleo téc- nico de arquitetura da Fun- dação de Parques. Localizado na Avenida Bandeirantes, entre as ruas Engenheiro Caetano Lopes, Professor Melo Cançado e Nova Era, o parque foi funda- do há 18 anos, quando era chamado de Parque do Acaba Mundo. Ocupando uma área de mais de 35 mil metros quadrados, o JK dispõe de vá- rias opções de lazer e se con- firma como área de convivên- cia muito utilizada pela po- pulação da Região Centro- Sul. A publicitária Waldiane Fialho é moradora do Bairro Serra, mas garante que pelo menos uma vez por semana leva o filho João Miguel, 2 anos, para brincar no Parque JK. A revitalização já foi não a- penas notada, mas também elogiada pela publicitária. “É um local que tem um am- biente muito saudável e onde o João fica muito a vontade”, contou, enquanto ensinava o menino andar de bicicleta. Para a funcionária públi- ca Ana Previtalli, que também estava acompanhada pelo fi- lho Oliver, a praça está muito bonita, mas ainda deve al- guns benefícios à comunida- de. “Os brinquedos são dire- cionados a crianças maiores, e meu filho, que tem 2 anos, acaba não brincando. Além disso, não há árvores sufi- cientes para criar sombras, fi- camos muito expostos ao sol”, afirmou. Mas para o casal de apo- sentados Pedro Orlando Ba- rone Filho e Suely Barone, os equipamentos e a estrutura que o parque oferece à comu- nidade é superior às áreas verdes do estado de São Pau- lo, onde moram. “Estamos em Belo Horizonte apenas de passagem (vieram comemo- rar o aniversário da filha). Frequentamos muito o Jar- dim Paulista, e o Parque JK não fica devendo em nada. A- liás, nós paulistas é que fica- mos para trás”, brincou Pedro Barone, enquanto a esposa se divertia com a neta Gabriela. Parceriasviabilizam reformasdeparques O presidente da Funda- ção de Parques Municipais de Belo Horizonte, Ajalmar José da Silva, destaca a importân- cia e os resultados positivos das parcerias entre o poder público municipal e empre- sas privadas para a revitaliza- ção das áreas verdes.“Existem outros parques e praças que são adotados por parceiros, mas ainda há muitas áreas verdes precisando de manu- tenção e revitalização. Infeliz- mente, a Fundação ainda não tem estrutura física adequada para acompanhar todos os 64 parques da cidade e conser- vá-los da forma ideal”, admi- tiu. Por isso, novos parceiros, segundo o presidente, são muito bem aceitos. “Imagine que só na última semana pas- saram pelo Parque Municipal (no centro da capital) cerca de 7 mil pessoas. Não é fácil manter uma estrutura para receber esse público. A partir do momento que parceiros se responsabilizam por determi- nados locais, podemos cuidar de outros”, salientou. Ajalmar Silva lembra que empresas e empresários inte- ressados em adotar uma pra- ça ou um parque, devem en- trar em contato com a Funda- ção de Parques pelo telefone (31) 3277-4000. “O mais im- portante é que as instituições abracem essa causa. Não é necessário adotar um local sozinho. As empresas podem dividir os custos com outras instituições. Afinal, é uma adoção”, disse.Á Belo Horizonte, sábado, 30/8/2008 - HOJE EM DIA - minas@hojeemdia.com.br .20 Minas Bairros MAIS LAZER NO SION Espaço de convivência paratodasasidades Instalação de brinquedos atrai mais crianças para o Parque JK, que passa por reforma FOTOS MAURÍCIO DE SOUZA Ana cobra equipamentos para crianças menores, como seu filho Oliver, de 2 anos Casal de aposentados paulistas Pedro e Suely, com a neta Gabriela, elogiam as áreas verdes de BH Durante as obras serão executadas substituição de telas e pintura de alambrados na quadra de futebol, troca de lixeiras, implantação de bicicletário, reforma do bebedouros e reconstrução e pintura dos bancos .A cada esquina Entre os dias 2 e 6 de setembro, Belo Hori- zonte recebe o Festival Lixo e Cidadania. Em sua7ªedição,oeventoé realizado pelas entida- des Associação dos Ca- tadores de Papel, Pape- lão e Material Reciclado (Asmare), Cataunidos, Fórum Estadual Lixo e Cidadania, Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e Fundação France Li- bertés. Neste ano, o te- maé“60anosdaDecla- ração Universal dos Di- reitos Humanos”. Du- rante os cinco dias, o Festival promete movi- mentar a discussão so- bre os direitos huma- nos, principalmente peloaltoníveldosparti- cipantes. As palestras e demais atividades vão acontecer no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), que fica na Rua Belém, 40, Bairro Esplanada, e no Lapa Multshow, na Avenida Álvares Maciel, 312, Bairro Santa Efigê- nia. Mais informações pelo telefone (31) 3275- 3107.Á FESTIVAL Lixo e Cidadania em BH Já está acontecendo evaiatéodia7desetem- brooFestivalMundialde Circo do Brasil (FMCB), com espetáculos gratui- tos em Belo Horizonte. Umaturnêserárealizada ainda pelas cidades de Curvelo, Brumadinho, Tiradentes, São Brás do Suaçuí,SãoJoãodelReie Jeceaba. São quatro es- petáculosderuainterna- cionais e um nacional, além do Encontro de Pa- lhaços, com o espanhol Tortell Poltrona, e uma oficinadeproduçãodire- cionada a agentes cultu- rais de Curvelo e São João del Rei, que terão oportunidade de acom- panhar todo o processo de produção executiva do projeto. Tendo como principal sede Belo Hori- zonte, o FMCB é um evento bienal. Informa- ções: (31) 3225-7521.Á DEGRAÇA Circo nas ruas de BH FRASE “São Paulo precisa de lugares assim” Suely Barone, aposentada e moradora de São Paulo, sobre os parques de BH A Praça da Bandeira, localizada no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de BH, é famosa por ter hasteada em seu centro a ban- deira nacional, que é tro- cada periodicamente durante uma solenidade. Belo Horizonte, sábado, 30/8/2008 - HOJE EM DIA - minas@hojeemdia.com.br Minas 25. RMBHdevetergestãointegrada INDEFINIÇÃO DE LIMITES Entre duas cidades, nomeiodaexclusão Pesquisa aponta que carência nas áreas limítrofes da RMBH é maior que em favelas Maria Celeste recebeu cobrança de IPTU de Contagem, mas tem metade da casa em BH FOTOS FREDERICO HAIKAL Conceição espera que a Prefeitura de Contagem forneça a escritura da residência GABRIEL PASCOAL ESPECIAL PARA O HOJE EM DIA Morar a poucos metros de um posto de saúde e não poder usufruir de seus ser- viços, por ter o endereço cadastrado em outra cida- de. Este drama, vivido por vários moradores do Con- junto Confisco, do lado de Contagem, na divisa com a capital, é parte da narra- tiva da pesquisa “Limites de Belo Horizonte nos limi- tes da metropolização”. Apesar de estarem a 50 metros da unidade de saú- de, que fica na Região da Pampulha, em BH, os mo- radores do são obrigados a ir até o posto do Estrela D’Alva, bairro mais próxi- mo, em Contagem, distan- te quatro quilômetros. É o caso da família de Elaine Sheila de Almeida, 30 anos, que mora na Rua Quatro, a apenas 300 me- tros do posto de saúde do Confisco. Ela conta que precisou socorrer o irmão, com queimaduras, e o le- vou ao posto mais perto. “O médico nos atendeu e cui- dou dos ferimentos, mas explicou que os curativos necessários dali para frente teriam que ser feitos no ou- tro posto, do Estrela D’Alva, que fica a três quilômetros de minha casa. Meu irmão não tem condições de se lo- comover por esta distância sem que as feridas nova- mente sangrem. Por isso, temos que cuidar dos cura- tivos nós mesmos”, disse ela. Tamanha dificuldade a- bre espaço para o “jeitinho” de driblar a burocracia e conseguir atendimento perto de casa. A comercian- te Luciene Martins, 27 anos, também moradora da Rua Quatro, conseguiu rea- lizar quase todos os exames de pré-natal no posto de saúde do Confins. “Usei o cadastro de endereço de uma amiga para fazer o a- companhamento. Somente no final da minha gestação é que descobriram a farsa, e tive que continuar os exa- mes finais no posto do Es- trela D’Alva”, confessa ela, sem nenhum constrangi- mento. Conhecida no Confisco por ser moradora da casa que fica em duas cidades, a agente comunitária Maria Celeste da Silva, 48 anos, está preocupada com a co- brança de uma dívida ativa, no valor de R$ 5 mil, envia- da pela Prefeitura de Con- tagem, por não pagamento do IPTU. Por sua casa, na Rua T, passa diagonalmen- te a linha imaginária divi- sória das cidades, que faz a sala e a cozinha ficarem em Contagem e os dois quartos na capital. Para aumentar a confusão, seu quarteirão é dividido ao meio. “Não pa- gávamos IPTU por nenhu- ma cidade, e essa cobrança me surpreendeu”, conta. O único documento de posse de terreno que tem é o certificado de doação, emitido quando da cons- trução do Conjunto, em 1991. Esse ser o único do- cumento de posse é a preo- cupação de sua irmã, a do- na de casa Conceição Apa- recida Silva Castro, 52 anos, que mora ao lado, também em Contagem. “Todos os moradores de frente, que são de BH, foram cadastra- dos recentemente, acredito para fornecimento da es- critura. A Prefeitura de Contagem ainda não to- mou essa providência, o que nos deixa preocupa- dos”, diz. A secretaria adjunta de Habitação de Contagem, Antônia Puertas, explicou que uma pendência judi- cial relativa à indenização do terreno cedido para a construção do Confisco ainda impede a regulamen- tação dos terrenos. Antônia Puertas disse que está em estudo uma parceria com a Prefeitura de Belo Horizon- te para certificação das es- crituras. MATEUS PARREIRAS REPÓRTER Entre 2007 e 2008, o Ins- tituto Limites percorreu os 200 quilômetros de divisas povoadas entre os sete mu- nicípios limítrofes de Belo Horizonte: Contagem, Ri- beirão das Neves, Vespasia- no, Santa Luzia, Sabará, No- va Lima e Ibirité. Durante o trabalho, os pesquisadores puderam concluir que a ex- clusão social nestas locali- dades é ainda mais grave do que nas favelas, vilas e de- mais regiões periféricas da capital. “Percebemos que estes locais se tornaram terras de ninguém, onde a adminis- tração municipal não quer gastar o dinheiro com cida- dãos de outro município. Uma situação distorcida, já que estas pessoas também produzem, consomem e pagam impostos indiretos na cidade vizinha”, afirma a cientista política e coorde- nadora da pesquisa, Letícia Godinho. A linha que separa a capital destas cidades nem sempre é muito clara. Per- meia centros industriais, comerciais, residenciais e confunde os próprios mo- radores. Alguns deles não sabem ao certo a qual ci- dade suas residências per- tencem. Problemas que li- mitam o acesso a benefí- cios públicos e infra-estru- tura, como abastecimento de água, luz, coleta de lixo, saúde, educação. De fato, 9,8% dos entrevistados que vivem em Belo Hori- zonte, achavam que suas casas ficavam no municí- pio vizinho. A confusão era a mesma nas cidades limí- trofes, onde 9,5% dos mo- radores acreditavam mo- rar na capital. Apesar de mais necessi- tadas, essas famílias têm acesso pior a serviços públi- cos, pois acabam não sendo abastecidas por nenhum dos municípios. Entre os habitantes das áreas de li- mite com a capital, 14% afirmaram ter problemas com distribuição de água. Muitos locais onde o serviço foi conceituado como bom, como no Conjunto Casta- nheiras, em Sabará, oficial- mente não há atendimento. Seus moradores, na verda- de, ligaram canos clandesti- nos à rede de água dos vizi- nhos, da Favela do Taquaril, de Belo Horizonte. Outra reclamação co- mum é quanto a segurança pública. Ao todo, 33% dos habitantes das regiões limí- trofes consideram não ha- ver policiamento na sua co- munidade. A coleta de lixo recebeu 84% de avaliações boas. Po- rém, muitas ruas que fazem divisa entre os municípios têm serviços descoordena- dos, que colaboram para que a sujeira se espalhe. Além disso, devido ao asfal- to precário e às ruas de ter- ra, é comum nos limites o li- xo não ser recolhido em to- das as ruas. Como ocorre entre o Bairro Canaã, Norte da capital, e a divisa com Santa Luzia. O limite é visí- vel pelo asfalto que termina abruptamente. Perguntados se gosta- riam de morar em BH, 32% dos moradores dos municí- pios limítrofes responde- ram afirmativamente. O lo- cal de votação dos residen- tes dos limites também contribui para maior identi- ficação com BH. Em Sabará, 70% dos moradores do limi- te com BH votam na capital. Uma solução para in- cluir os habitantes dos li- mites nas políticas públi- cas, segundo a cientista po- lítica, seria uma gestão in- tegrada dos recursos pelas administrações munici- pais. “Há esforços simila- res, feitos pelo Estado. Be- tim e Belo Horizonte já têm políticas comuns para combater a violência con- tra a mulher”, cita.Á Uma pendência judicial relativa à indenização do terreno cedido para a construção do Confisco ainda impede a regulamentação dos terrenos MUTIRÃO Um grande mutirão para coleta de lixo visando prevenir a dengue acontece nesta segunda-feira, em 6 mil residências da área de abrangência do Centro de Saúde São Cristóvão A área de abrangência do mutirão, no Bairro São Cristóvão, é a terceira em número de casos de den- gue na Regional Noroeste. Aindasegundoaprefeitura, os moradores foram infor- mados sobre a atividade por meio de campanha educativa realizada desde a última quarta-feira, pelas equipes de mobilização da Superintendência de Lim- peza Urbana, agentes de saúde e de zoonoses. Fo- ram distribuídos panfletos sobreotipodelixoqueserá recolhido na porta das resi- dências, a partir das 8 ho- ras, por uma equipe de 60 homens e seis caminhões. Neste ano, nos 14 mutirões realizados na Noroeste, fo- ramrecolhidascercade500 toneladas de lixo.Á DESTAQUE NÚMERO Começa, hoje, no Parque Ecológico Córrego Primeiro de Maio a Feira Popular de Cultura, com cursos e oficinas, debates, rua de lazer, torneios esportivos, exposições, artesanato, teatro e shows. Os eventos são gratuitos. O endereço é Rua Joana D’Arc, 190. Um seminário pre- tende promover o inter- câmbio, debate e reflexão sobre o atual momento do fazer teatral em Minas Gerais - suas perspecti- vas e ações futuras. O evento acontece nos 2, 3 e 4 de setembro, das 17 às 22 horas, no Teatro João Ceschiatti, no Palácio das Artes. Já estão confirma- das as presenças de Ma- dalena Rodrigues (Sated), Rômulo Duque (Sinpar), Renato Millani (Movi- mento Teatro de Grupo), Inês Peixoto (Grupo Gal- pão), Kalluh Araújo (dire- tor e produtor teatral), Rômulo Avelar (autor do livro“O Avesso da Cena”), ÉrikaBuzelin(GrupoReal Fantasia), Kleber Jun- queira (diretor e produtor teatral), Pádua Teixeira (produtor e diretor tea- tral). O seminário é dirigi- do a atores, diretores, produtores, estudantes e todos interessados pelo tema. As inscrições são li- mitadas e gratuitas, e po- dem ser feitas pelo e-mail s e m i n a r i o e d i - cao2008@uai.com.br. PALÁCIO Seminário discute fazer teatral em MG DENGUE Mais casos no São Cristóvão EUGÊNIO MORAES 31/03/08 21 ANOS é a exigência da PBH para a função de orientador social voluntário para acompanhar e auxiliar a reintegração de jovens infratores do programa Liberdade Assistida. Informações no (31) 3277-4420 e 4578