É um dos palácios mais importantes do país. Reconstruído entre os finais dos anos 30 e 50 do séc. XX pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais, o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, é uma das pérolas que nos ajuda transportar-nos para o imaginário medieval português.
Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto no ISLA InsFtuto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e invesFgador nas área(s de Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património. Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, MulFcultural e Empresarial) é membro da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios InsFtucionales, UNED, Espanha, invesFgador e membro da Direção do Observatório Iberoamericano de InvesFgação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM- Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de InvesFgação em Comunicação (ICOM-X1) da Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a SanFago de Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES), organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola, Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
1. Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
1
Guimarães
terra de condes e reis
O Património Cultural
da cidade do “Fundador” – aula 2
Artur Filipe dos Santos
https://bit.ly/3IhOVnI (página pessoal)
2. • Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA InsFtuto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e invesFgador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, MulFcultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
InsFtucionales, UNED, Espanha, invesFgador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de InvesFgação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de InvesFgação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a SanFago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
Artur Filipe dos Santos – artursantos.com.pt@gmail.com
•https://omeucaminhodesantiago.wordpress.com/ (Blogue)
•https://politicsandflags.wordpress.com/about/ (Blogue)
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•https://comunicacionpatrimoniomundial.blogia.com/ (Académico)
•Email: artursantos.com.pt@gmail.com
3. 3
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• É um dos palácios mais
importantes do país.
Reconstruído entre os
finais dos anos 30 e 50 do
séc. XX pela Direção Geral
dos Monumentos
Nacionais, o Paço dos
Duques de Bragança, em
Guimarães, é uma das
pérolas que nos ajuda
transportar-nos para o
imaginário medieval
português.
4. 4
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• O Paço dos Duques de
Bragança de Guimarães foi
mandado construir no
século XV por D. Afonso,
(filho ilegítimo do rei D.
João I e de D. Inês Pires
Esteves), 1º Duque da Casa
de Bragança e 8º Conde de
Barcelos, por altura do seu
segundo casamento com D.
Constança de Noronha
(filha do poderoso Afonso
Henriques, conde de
Noronha e Gijón e filha de
Isabel de Portugal, neta de
Fernando I “O Formoso”)
5. 5
Cadeira de Património Cultural e Paisagís5co Português
Guimarães terra de condes e reis
• É um dos monumentos
que se encontram no
Monte Latito: o Castelo
de Guimarães, a Igreja
de S. Miguel do Castelo
e o Paço dos Duques.
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Guimarães terra de condes e reis
Monte La*to
• Refira-se que a primeira
referência a Monte
LaFto (MonFs LaFto),
ou seja, Monte Largo,
data de 951 e surge na
doação da vila de
Melres ao Mosteiro de
Guimarães.
7. 7
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• Anos mais tarde, em
janeiro de 959, volta a
ser mencionado no
testamento de
Mumadona Dias (Alpe
Latito), e de novo em
961 (Monte Latito) e
968 (Alpe Latito).
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• Monte Latito é, pois,
um topónimo usado na
Idade Média para
designar uma área
cujos limites não
conhecemos, mas na
qual se incluía o Castelo
de Guimarães.
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• Hoje o termo Monte
Latito é utilizado para
denominar o espaço
ajardinado que circunda
o Castelo, a Igreja de S.
Miguel e o Paço dos
Duques de Bragança.
Com cerca de 39 000
m2 serve como espaço de
lazer e de circulação
pedonal entre os três
monumentos nacionais.
10. 10
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Guimarães terra de condes e reis
• Foi erguido no século
XV por iniciativa de
Afonso I de Bragança. O
estilo borgonhês deste
palácio reflete os seus
gostos, adquiridos nas
viagens pela Europa,
ainda que o seu aspeto
actual tenha sido
recriado, de forma
polémica, durante o
Estado Novo.
Paço dos Duques de
Bragança (cont.)
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• Durante parte da centúria
de Quinhentos o Paço
ainda terá sido utilizado
como residência dos
Duques de Bragança,
tendo depois,
paulatinamente, entrado
numa fase de abandono e
consequente ruína. No
século XIX foi adaptado a
Quartel Militar.
13. 13
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Guimarães terra de condes e reis
• A 25 de junho de 1959,
foi transformado em
residência oficial do
Presidente da República
no norte de Portugal, e
a 26 de agosto do
mesmo ano foi aberto
ao público como
museu.
14. 14
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• O castelo alberga um
museu onde se
destacam-se tapeçarias
(flamengas e francesas),
tapetas orientais,
mobiliário, porcelana
chinesa, pinturas, tais
como o Cordeiro Pascal,
atribuído a Josefa de
Óbidos ou o retrato de D.
Catarina de Bragança.
15. 15
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Guimarães terra de condes e reis
• A história guarda que,
apesar de ilegítimo, D.
Afonso recebeu sempre o
apoio do pai, D. João I,
fundador da dinastia de
Avis, que lhe fez extensas
doações. Em 1401 D.
Afonso casou-se com D.
Beatriz, filha do
Condestável D. Nuno
Álvares Pereira, data a
partir da qual passa a
ostentar o título de
oitavo Conde de Barcelos.
17. 17
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Guimarães terra de condes e reis
• A construção do Paço
ter-se-á iniciado por
volta de 1420, aquando
do segundo casamento
de D. Afonso, com D.
Constança de Noronha,
filha do Conde de Gijón.
18. 18
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Guimarães terra de condes e reis
• D. Afonso viajou pela
Europa em
compromissos
diplomáticos e por
iniciativa pessoal.
Esteve em Inglaterra,
Escócia, Espanha,
França e Itália, tendo
também participado
em campanhas
militares em Ceuta.
19. 19
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• Essas viagens terão
influenciado
seguramente o seu
modo de ver o mundo e
de viver e influenciaram
também o modo como
edificou o seu Paço em
Guimarães.
Túmulo de D. Afonso de Portugal, 1.º Duque de
Bragança, Igreja de Santa Maria de Chaves.
Atualmente encontra-se em Vila Viçosa
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• É pelo ano de 1442 que o
seu irmão, D. Pedro (1º
Duque de Coimbra), na
altura Regente, lhe
concede o título de
Duque de Bragança,
dando-se deste modo
origem a uma das mais
ricas e poderosas casas
senhoriais da Península
Ibérica – a Casa de
Bragança.
21. 21
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Guimarães terra de condes e reis
• Após a morte de D.
Afonso (1461), a
duquesa D. Constança
continuou a residir no
Paço, até falecer em
1480, rezando a
tradição que ano paço
terá criado um espaço
destinado ao
acolhimento de
doentes e pessoas
necessitadas.
Janela da igreja do Paço dos Duques de
Bragança, Guimarães. Foto de 1960
22. 22
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Guimarães terra de condes e reis
• Julga-se que durante a
centúria de Quinhentos o
Paço ainda foi utilizado como
residência dos Duques de
Bragança, tendo depois,
paulatinamente, entrado
numa fase de abandono e
consequente ruína. Prova
desse abandono é a
autorização dada, em 1666,
aos monges capuchos de
Guimarães para dele
retirarem pedra para a
construção do seu convento
(construído na chamada
Colina Santa e desde 18442
pertença da Santa Casa da
Misericórdia de Guimarães).
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Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
Guimarães terra de condes e reis
• No século XIX, por altura
das invasões francesas, o
Paço foi adaptado a
Quartel Militar. E, no
século seguinte, em
pleno regime do Estado
Novo, o Paço dos Duques
é reconstruído, numa
obra que inicialmente
esteve a cargo do
Arquiteto Rogério de
Azevedo.
Obras de restauro no claustro do Paço dos
Duques de Bragança, Guimarães, por volta de
1940
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Guimarães terra de condes e reis
• Esta intervenção
decorreu entre 1937 e
1959, tendo sido
inaugurado a 25 de
Junho de 1959, ano em
que passou a ser
Residência Oficial do
Presidente da República
no Norte do País.
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• Caracterização do
interior do Paço dos
Duques de Bragança
• Formada por quatro alas
dispostas em torno de
um páeo central,
integrando capela ao
centro da ala posterior e
quatro torreões nos
ângulos, o Paço tenta
reproduzir o modus
vivendi da nobreza
europeia que, para alguns
autores, seria inspirada
em modelos de
residências foreficadas,
italiana, flamenga e
francesa.
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Guimarães terra de condes e reis
• Apresenta semelhanças
com o Paço Ducal de
Barcelos com obras quase
simultâneas e também
mandado construir por D.
Afonso, nomeadamente nas
janelas retangulares
cruzetadas, nas altas
chaminés que coroam os
remates e nas coberturas
de grande inclinação e
remates em ameias, que
possuía originalmente
como é visível no desenho
de 1509 de Duarte de
Armas.
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Muralhas e Paço dos Duques de Barcelos, iluminura de Duarte Armas
(” Livro das Fortalezas “, 1509)
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• A ligação entre os pisos
faz-se por escadas de
caracol nos torreões e
escadas de lanços nas
quatro alas. Estas
organizam-se em
amplas salas
comunicantes, algumas
com lareira em pedra e
tetos revestidos a
madeira.
Salão Nobre - https://quatroviajantes.com.br/
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Sala dos Passos Perdidos - https://quatroviajantes.com.br/
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Sala dos Banquetes- https://quatroviajantes.com.br/
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Capela - Wikipedia
32. Bibliografia
32
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hVps://pacodosduques.gov.pt/monumentos/monte-laYto-jardins/
hVp://www.monumentos.gov.pt/site/app_pagesuser/sipa.aspx?id=1139
hVps://pacodosduques.gov.pt/monumentos/paco-dos-duques/