É um dos castelos mais conhecidos do mundo. No lugar onde hoje se ergue o Castelo de S. Jorge, terá existido um povoado da Idade do Ferro. Para sempre ligados aos mitos e lendas que povoam o imaginário da vida do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques e de um dos seus mais valorosos cavaleiros: Martim Moniz.
Artur Filipe dos Santos - Castelo de S. Jorge Lisboa - Património Cultural
1. 1
Cadeira de
PATRIMÓNIO MUNDIAL E TURISMO CULTURAL
Artur Filipe dos Santos
MARIANTES DO RIO DOURO
Castelo de S. Jorge
Apontamentos sobre o
Rio Tejo
Artur Filipe dos Santos
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2. • Artur Filipe dos Santos
• Doutorado em Comunicação, Publicidade, Relações Públicas e Protocolo pela Faculdade de
Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, é atualmente professor adjunto
no ISLA Instituto Politécnico de Gestão e Tecnologia, coordenador da licenciatura de
Comunicação e Tecnologia Digital e do CTesP de Comunicação Digital, e docente na
Universidade Lusófona do Porto. Atua como docente e investigador nas área(s de Ciências
Sociais com ênfase em Ciências da Comunicação, Comunicação e Divulgação do Património.
Perito em Protocolo (de Estado, Universitário, Multicultural e Empresarial) é membro da
Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APOREP), membro da Sociedad de Estudios
Institucionales, UNED, Espanha, investigador e membro da Direção do Observatório
Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação (OIDECOM-
Iberoamérica), Espanha, membro do Centro de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da
Universidade de Vigo, Espanha, membro da Associação Portuguesa de Ciências da
Comunicação (SOPCOM). É ainda divulgador dos Caminhos Portugueses a Santiago de
Compostela. É membro do ICOMOS (INTERNATIONAL COUNCIL OF MONUMENTS AND SITES),
organismo pertencente à UNESCO, responsável pela avaliação das candidaturas dos bens
culturais universais a Património Mundial Como jornalista fez parte da TV Galiza, jornal A Bola,
Rádio Sim (grupo Renascença), O Primeiro de Janeiro, Matosinhos Hoje, Jornal da Maia.
2
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3. • É um dos castelos mais
conhecidos do mundo.
No lugar onde hoje se
ergue o Castelo de S.
Jorge, terá existido um
povoado da Idade do
Ferro.
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• Para sempre ligados aos
mitos e lendas que
povoam o imaginário
da vida do primeiro rei
de Portugal, D. Afonso
Henriques e de um dos
seus mais valerosos
cavaleiros: Martim
Moniz
5. • Erguido no topo da
colina, o Castelo de São
Jorge é um importante
monumento militar e
um lugar icónico do
ponto de vista cultural.
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• Classificado como
Monumento Nacional,
o sítio do Castelo de
São Jorge encontra-se
delimitado, em parte,
pela linha de muralhas
da antiga Alcáçova de
Lisboa.
7. • Uma alcáçova (do
árabe ﻗ
ﺻ
ﺑ
ﺔ
, transl. al-
qasbah, "cidadela"), em
arquitectura militar, é
um tipo de fortificação
(castelo) árabe.
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• A alcáçova árabe tinha
normalmente dois pátios,
a níveis diferentes: o
inferior muito grande,
destinava-se a serviços
menores e a acolher o
povo com os seus gados,
de onde lhe advinha o
nome de albacar e o
pátio superior que
albergava a mesquita
para os serviços religiosos
e o alcácer para os
serviços administrativos e
de chefia.
9. • O elemento artístico
predominante era o
arco em ferradura.
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Porta em arco de ferradura, igreja-mesquita
de Mértola
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• Foi adaptado depois,
constituindo o castelo
medieval Ibérico
cristão, onde,
normalmente habitava
o alcaide ou
governador. Pinterest Lisboa medieval. Duarte Galvão (c.
1520) – Iluminura da “Crónica del Rey D.
Afonso Henriques primeiro rey destes regnos”
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• O lugar onde hoje se
encontra o castelo foi um
povoado sefe, cempe, ofi,
mais tarde, celta e,
talvez, lusitano e, em se
zona residencial das elites
romanas, das elites
muçulmanas e, mais
tarde, de reis, nobres e
clero de Portugal – onde
se encontram o Castelo
Medieval, as ruínas do
antigo Paço Real da
Alcáçova, a Praça de
Armas e a Praça Nova.
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• Um relevante conjunto
arqueológico descoberto
na zona Este do
monumento, com
estruturas da idade do
ferro, do período islâmico
e do período moderno,
merecendo um
tratamento museológico
profundo, da autoria do
arquiteto Carrilho da
Graça.
13. 13
Lisboa: vestígios de ocupação do Bronze Final (1 -Praça da Figueira) e da Idade do
Ferro (2 -Castelo de São Jorge; 3 -Rua do Recolhimento; 4 -Rua de São Mamede ao
Caldas; 5 -Casa dos Bicos; 6 -Pátio do Aljube; 7 -Sé de Lisboa; 8 -Travessa do Chafariz
d´El Rei; 9 -Rua da Judearia; 10 -Rua dos Douradores; 11 -Rua dos Correeiros; 12 -Rua
de São João da Praça.
14. • A fortificação foi conquistada
por Dom Afonso Henriques,
primeiro rei de Portugal, em
1147, sofrendo várias
transformações ao longo dos
tempos, nomeadamente a
construção de um palácio,
hoje em parte arruinado,
palco de diversos
acontecimentos relevantes
para a história do país, como a
audiência de Vasco da Gama
pelo rei D. Manuel I, em 1499,
após a descoberta do caminho
marítimo para Índia.
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• O Castelo de São Jorge,
antigo Paço de
Alcáçova, localiza-se na
freguesia de Santa
Maria Maior (Castelo),
em plena cidade de
Lisboa.
Freguesias existentes antes da criação em
2012 da freguesia de Santa Maria Maior.
17. • As primeiras fortalezas do
castelo datam do século I
a.C. tendo ele sido
reconstruído diversas
vezes por vários povos e
recebido diferentes
nomes. O nome actual
deriva da devoção do
castelo a São Jorge, santo
padroeiro dos cavaleiros
e das cruzadas, feita por
ordem de D. João I no
século XIV.
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18. • Até ao séc. XIV, o
Castelo de São Jorge
chamava-se Castelo de
Lisboa. Foi nesta altura
que o Rei D. João I
resolveu mudar-lhe o
nome, visto que o
castelo, nesta altura,
era Paço Real e merecia
um nome à altura.
18
19. • Em 1387, São Jorge
tinha também sido
eleito Santo Patrono de
Portugal. É também
considerado o santo
guerreiro, padroeiro
dos cavaleiros e dos
militares.
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• Ao contrário do que se
poderia pensar à primeira
vista, o "carácter
medieval" deste conjunto
militar deve-se a uma
campanha de
reconstrução realizada
em 1940, e não à
preservação do espaço
do castelo desde a Idade
Média até aos nossos
dias.
21. • Erguendo-se em
posição dominante
sobre a mais alta colina
do centro histórico,
proporciona aos
visitantes uma das mais
belas vistas sobre a
cidade e o estuário do
rio Tejo.
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• Apontamentos sobre o
rio Tejo:
• É o rio mais extenso da
Península Ibérica. A sua
bacia hidrográfica é a
terceira mais extensa
na Península, atrás do
rio Douro e do rio Ebro.
23. • Nasce em Espanha -
onde é conhecido como
Tajo - a 1 593 m de
altitude na serra de
Albarracim, Aragão, e
após um percurso de
cerca de 1 007 km,
desagua no oceano
Atlântico formando um
estuário em Lisboa.
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• A sua bacia hidrográfica
é de 80 600 km² (55
750 km² em Espanha e
24 850 km² em
Portugal), sendo a
segunda mais
importante da
Península Ibérica
depois da do rio Ebro.
25. • O rio Tejo nasce a 1 593
m de altitude, no local
conhecido como Fuente
de García, no município
espanhol de Frías de
Albarracín, na província
de Teruel. A sua fonte
situa-se entre San Juan (1
830 m) e o cerro de San
Felipe (1 839 m), na Serra
de Albarracín, que
pertence aos Montes
Universales, na parte
ocidental do Sistema
Ibérico.
25
26. • No seu curso até à capital
portuguesa podemos
encontrar cidades
espanholas como Toledo,
Aranjuez e Talavera de la
Reina, e portuguesas
como Abrantes,
Santarém, Salvaterra de
Magos, Vila Franca de
Xira, Alverca do Ribatejo,
Forte da Casa, Póvoa de
Santa Iria, Sacavém,
Alcochete, Montijo,
Moita, Barreiro, Seixal,
Almada e Lisboa.
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• Quanto à origem do
nome, segundo Sílio
Itálico, Tago, como era
designado o Tejo, seria
o nome de um rei Ibero
que foi cruelmente
assassinado por
Asdrúbal de Cartago,
filho de Amilcar Barca
(conquistador da
Hispania) e que teria o
mesmo nome do rio.
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• "A Tago de antiga estirpe,
de grande beleza
E famoso por corajosos
feitos, pregou-o ele em alto
poste,
E, esquecido dos deuses e
dos homens, em triunfo
passeou
Pelos povos contristados o
corpo de seu rei em
exéquias
A Tago que recebera o
nome de aurífera fonte.
Ululando o choram pelas
margens e cavernas as
ninfas ibéricas".
29. • Quando da conquista
de Lisboa, Osberno (ou
Osborne, um cavaleiro
inglês), comentou que
"É este um rio que
desce da região de
Toledo, e em cujas
margens se encontra
ouro, quando no
princípio da Primavera
as águas se recolhem
no leito.
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• Castelo de S. Jorge
(cont.): Antecedentes
• A primitiva presença
humana na área remonta
à Idade do Ferro, e as
pesquisas arqueológicas
trouxeram à luz
testemunhos desde, pelo
menos, o século VI a.C,
sucessivamente por
Fenícios, Gregos e
Cartaginenses.
31. • As informações históricas,
entretanto, iniciam-se apenas
no contexto da conquista da
Hispânia pelas legiões
romanas, quando era
denominada Olisipo. Serviu, a
partir de 139 a.C. como base
das operações do Cônsul
Décimo Júnio Bruto Galaico,
contra os núcleos de Lusitanos
dispersos após o assassinato
de seu líder, Viriato, quando
se admite que aqui teria, por
esse motivo, existido algum
tipo de estrutura defensiva.
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• Posteriormente, em 60
a.C., tendo o então
Propretor Caio Júlio
César concluído a
conquista definitiva da
Lusitânia, concedeu à
povoação o título de
Felicidade Júlia
(Felicitas Julia),
permitindo aos seus
habitantes o privilégio
da cidadania romana.
36. • Diante das invasões do
Império pelos bárbaros,
às quais a Península não
ficou imune, a cidade foi
conquista pelos Suevos
sob o comando de
Maldras, nos meados do
século V, e, poucos anos
mais tarde, pelos
Visigodos sob o comando
de Eurico, vindo a tornar-
se definitivamente
Visigoda sob o reinado de
Leovigildo.
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• Mais tarde, no século VIII,
viria a cair sob o domínio
muçulmano, passando a
denominar-se Al-
Ushbuna ou Lissabona.
As descrições dos seus
geógrafos referem a
existência da fortificação
com as suas muralhas, as
quais defendiam a
"quasabah" (alcáçova), o
centro do poder político
e militar da cidade.
38. • A chamada "Cerca
Moura" foi edificada no
período tardo-romano,
tendo sido reconstruída
e ampliada durante o
período islâmico.
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• A cerca nascia no Castelo
de São Jorge nas
proximidades da Porta de
São Jorge, e pela Porta da
Alfôfa descia por São
Crispim, Sé, e Rua das
Canastras à Porta do Mar
antiga; ia correndo
beiramar até São Pedro
de Alfama, donde, pela
Adiça, subia à Porta do
Sol, a incorporar-se com a
do Castelo, junto à Porta
de D. Fradique.
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• No contexto da
Reconquista cristã da
Península, a sua posse
oscilou ao sabor das
investidas cristãs, que a
colimavam como alvo à
margem do rio Tejo.
44. • Dessa forma, foi
conquistada inicialmente
por Afonso II das
Astúrias, em contra-
ofensiva em 796. Na
ocasião a cidade foi
saqueada e as forças
cristãs, demasiado
distantes de sua base na
região de Entre-Douro-e-
Minho, retiraram-se em
seguida.
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• Idêntico sucesso
repetiu-se no reinado
de Ordonho III de Leão,
sob o comando deste
soberano, tendo a
cidade sofrido severos
danos.
46. • Integrante dos domínios da
taifa de Badajoz, no alvorecer
do século XII, diante da
ameaça representada pelas
forças de Iúçufe ibne Taxufine,
que, oriundas do Norte de
África, haviam passado à
Península visando a conquista
e reunificação dos domínios
Almorávidas, o governante de
Badajoz, Mutavaquil,
entregou-a, juntamente com
Santarém e Sintra, na
Primavera de 1093, ao rei
Afonso VI de Leão e Castela,
visando uma aliança defensiva
que não se sustentou.
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• A fortificação, neste
período, era constituída
pela Alcáçova de planta
aproximadamente
quadrangular com
cerca de 60 metros de
lado, em posição
dominante no alto da
colina, defendida por
muralhas com
aproximadamente 200
metros de largura.
49. • O Castelo Medieval
• No contexto da Reconquista
cristã da Península Ibérica, após a
conquista de Santarém, as forças
de D. Afonso Henriques (1112-
1185), com o auxílio de cruzados
normandos, flamengos, alemães
e ingleses que se dirigiam à Terra
Santa, investiu contra esta
fortificação muçulmana, que
capitulou após um duro cerco de
três meses (1147), como narrado
no manuscrito "De expugnatione
Lyxbonensi", carta escrita por
um cruzado inglês que tomou
parte na conquista.
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• Uma lenda surgida mais
tarde reza que o cavaleiro
Martim Moniz, que se
destacara durante o
cerco, ao perceber uma
das portas do castelo
entreaberta, sacrificou a
própria vida ao interpor o
próprio corpo no vão,
impedindo o seu
encerramento pelos
mouros e permitindo o
acesso e a vitória dos
companheiros.
51. • Em homenagem, o
castelo, agora nas mãos
cristãs, foi colocado sob a
invocação do mártir São
Jorge, a quem muitos
cruzados dedicavam
enorme devoção. No dia
da conquista, 24 de
Outubro, comemora-se
hoje o "Dia do Exército",
instituição que, no país,
tem São Jorge como
padroeiro.
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• Poucas décadas mais
tarde, entre 1179 e
1183, o castelo resistiu
com sucesso às forças
muçulmanas que
assolaram a região
entre Lisboa e
Santarém.
53. • A partir do século XIII,
alçando-se Lisboa a
Capital do reino (1255),
o castelo conheceu o
seu apogeu, quando foi,
além de Paço Real, o
chamado Paço da
Alcáçova, palácio de
bispos, albergue de
nobres da Corte e
fortificação militar.
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• Os terramotos que
afectaram a cidade em
1290, 1344 e 1356,
causaram-lhe danos.
55. • Já no plano militar,
mobilizou-se diante do
cerco castelhano de
Fevereiro e Março de
1373, quando os
arrabaldes da Capital
chegaram a ser
saqueados e
incendiados.
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• Nesse ano iniciou-se a
muralha de D.
Fernando (1367-1383),
concluída dois anos
mais tarde e que se
prolonga até à Baixa.
59. • Na 3.ª guerra
fernandina (que opôs
D. Fernando a Henrique
II de Castela e Senhor
de Trastâmara) os
arrabaldes da cidade
foram novamente alvo
das investidas
castelhanas, em Março
de 1382.
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• Em 26 de janeiro de
1383 o castelo foi
entregue ao 6º conde
de Barcelos, João
Afonso Telo (irmão de
Leonor Teles), pelo seu
alcaide, Martim Afonso
Valente.
61. • No decurso da crise de
1383-1385, Lisboa seria
duramente assediada
pelas forças de D. João I
de Castela em 1384.
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• Nas funções de Paço Real,
foi palco da recepção a
Vasco da Gama, após a
descoberta do caminho
marítimo para a Índia, no
final do século XV, e da
estreia, no século XVI, do
Monólogo do Vaqueiro,
de Gil Vicente, primeira
peça de teatro português,
comemorativa do
nascimento de D. João III
(1521-1557).
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Castelo de S. Jorge – Artur Filipe dos Santos
• A Guerra da
Restauração, outros
tantos terremotos até
aos dias de hoje
64. • O castelo voltou a
sofrer com os
terramotos de 1531,
1551, 1597 e 1699. A
sua história como Paço
Real encerrou-se com a
mudança do mesmo,
ainda no século XVI
para o Paço da Ribeira,
iniciando um período
de penosa decadência.
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• Foi transformado em
quartel e no período
filipino em prisão.
66. • No contexto da Restauração
da Independência, o seu
Alcaide, Martim Afonso
Valente, honrando o
juramento de fidelidade a
quem tinha prestado
menagem, apenas entregou
a praça aos Restauradores
após ter recebido
instruções de Margarida de
Saboia, Duquesa de
Mântua, até então vice-
rainha de Portugal, que lhe
ordenou a rendição (1640).
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• O terramoto de 1755
deteriorou ainda mais a
condição do castelo.
Mesmo assim, foi sede
da Casa Pia de 1780 a
1807, quando foi
utilizado como Quartel-
General por Jean-
Andoche Junot, por
ocasião das invasões
napoleónicas.
68. • Classificado como
Monumento Nacional por
Decreto de 16 de Junho
de 1910, sofreu
importantes intervenções
de restauro na década de
1940 e no final da década
de 1990, que tiveram o
mérito de reabilitar o
monumento,
recuperando-lhe a traça
medieval.
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• Actualmente constitui-
se num dos locais mais
visitados pelos turistas
na cidade de Lisboa.
• Em 2014 atingiu, pela
primeira vez, a marca
de 1 milhão e meio de
visitantes, em grande
parte turistas
estrangeiros
70. • O castelo é composto
pela Praça de Armas, a
Torre de Ulisses (antiga
Torre do Tombo), um
espaço museológico,
jardins e miradouros.
70
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71. Bibliografia
71
Cadeira de Património Cultural e Paisagístico Português
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Maria_Maior_(
Lisboa)#/media/Ficheiro:Santa_Maria_Maior_(Lisb
oa)_2011-2012.svg
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Monarchia_Lusytana
• https://caminhosdeportugal.com/portus-cale-
origem-nome-portugal/
• https://www.exercito.pt/pt
• https://castelodesaojorge.pt/