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AVALIAÇÃO LABORATORIAL E
ULTRASSONOGRÁFICA DA TIREOIDE EM Aotus
azarai infulatus e Chlorocebus aethiops MANTIDOS
EM CATIVEIRO
FÁBIO ANDRÉ CAMPOS BAÍA
ORIENTADORA MARIA VIVINA BARROS MONTEIRO
BELÉM - 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS PROFISSIONAL
AVALIAÇÃO LABORATORIAL E
ULTRASSONOGRÁFICA EM Aotus azarai infulatus e
Chlorocebus aethiops MANTIDOS EM CATIVEIRO
 INTRODUÇÃO
 JUSTIFICATIVA
 OBJETIVOS
 MATERIAL E MÉTODOS
 RESULTADOS
 DISCUSSÃO
 AGRADECIMENTOS
2
INTRODUÇÃO
 Primatas não humanos (PNH):
 695 táxons de PNH no mundo (IUCN, 2017)
 139 no Brasil (ICMBio, 2017)
 39 algum tipo de ameaça
 Pressão antrópica
3
INTRODUÇÃO
 PESQUISA COM MODELOS ANIMAIS
 Avanços tecnológicos
 Prevenção e tratamento de doenças
 Técnicas cirúrgicas
 Testes c/ fármacos
 Conservação das espécies
 PNH, um dos principais modelos: parentesco evolutivo → semelhanças:
anatômicas, comportamentais, fisiológicas e reprodutivas
4
INTRODUÇÃO
 Glândula Tireoide (GT)
 Presente em todos os vertebrados
 Hormônios da tireoide (HT)
 ação em todas as células e sistemas
 Agonista ou antagonista
 Essenciais p/ puberdade
 Atingir forma adulta normal
5
INTRODUÇÃO
 Glândula Tireoide
 Métodos de avaliação
 Palpação
 dosagens dos hormônios da tireoide (HT)
 diagnóstico por imagem
 Dosagens em primatas do velho e novo mundo
 Ultrassonografia: mais indicado para pequenas partes, não invasiva, maior
acurácia
6
JUSTIFICATIVA
 Não há na literatura estudos sobre parâmetros para HT em Aotus e
Chlorocebus
 Não há pesquisas com ultrassonografia da GT em qualquer PNH
 HT são essenciais → controle do metabolismo
 Avaliação hormonal e ultrassonográfica tornam-se úteis para
monitoramento da saúde
7
OBJETIVOS
 Realizar dosagens laboratoriais para estabelecer valores de referência
para função da tireoide em A. a. infulatus e C. aethiops, sob efeito do sexo
e faixas etárias.
 Caracterizar morfologicamente a tireoide através de medidas
ultrassonográficas de ecogenicidade e ecotextura de A. a. infulatus e C.
aethiops, sob efeito do sexo e faixas etárias.
8
MATERIAL E MÉTODOS
 Local:
 CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS (CENP)
 Período: entre jan. de 2015 e dez. de 2016
 Cooperação
 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)
 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA)
 COMITÊ DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS (CEUA): n° 24/2015
 AUTORIZAÇÃO (SISBIO): n° 49551-1
9
Figura 1. Georreferenciamento do
CENP, latitude 1°23’9.36”S; longitude
48°22’50.77”O; Ananindeua – PA
(Google Earth®, 2017).
MATERIAL E MÉTODOS
 Manejo
 Dieta diária balanceada
 Hortifrutigranjeiros
 Ovo de codorna
 Larvas de tenébrio (Tenebrio molitor)
 Complexo vitamínico-proteico-mineral (Aminomix Pet®)
 Rações peletizadas MEGAZOO® P25 (Aotus) e P18 (Chlorocebus)
10
MATERIAL E MÉTODOS
 Seleção dos espécimes
 Animais comprovadamente saudáveis
 Exames clínicos: estado geral, mucosas, turgor cutâneo, temperatura retal, palpação
abdominal e de linfonodos
 Exames laboratoriais: coproparasitológico, bioquímica (função renal e hepática) e
hemograma
 Critérios de exclusão:
 Qualquer alteração no estado fisiológico
 Gestantes e lactantes
 Lactentes
11
Figura 2. Avaliação clínica pré-
analítica de PNH.
MATERIAL E
MÉTODOS
 Espécimes
 Aotus azarai infulatus (macaco da
noite)
 DOSAGEM HORMONAL: n = 37 ;
18 machos e 19 fêmeas
 AVALIAÇÃO
ULTRASSONOGRÁFICA: n = 22 ;
11 machos e 11 fêmeas
 Faixa Etária 1 (FE1): 9 meses – 1
ano
 Faixa Etária 2 (FE2): 2 – 3 anos
 Faixa Etária 3 (FE3): 4 – 6 anos
 Faixa Etária 4 (FE4): acima de 7
anos
12
Figura 3. Aotus azarai infulatus no interior da gaiola de exposição no
CENP (arquivo CENP, 2016).
MATERIAL E
MÉTODOS
 Espécimes
 Chlorocebus aethiops (macaco
verde)
 DOSAGEM HORMONAL: n = 39 ;
20 machos e 19 fêmeas
 AVALIAÇÃO
ULTRASSONOGRÁFICA: n = 20 ;
09 machos e 11 fêmeas
 Faixa Etária 1 (FE1): 1 – 5 anos
 Faixa Etária 2 (FE2): 6 – 9 anos
 Faixa Etária 3 (FE3): 10 – 15 anos
 Faixa Etária 4 (FE4): acima de 16
anos
13
Figura 4. Chlorocebus aethiops no interior da gaiola de criação no
CENP (arquivo CENP, 2016).
MATERIAL E
MÉTODOS
 Captura
 Captura dos PNH por puçá
 Contenção
 A. a. infulatus
 Sem contenção química, exceto p/ US
 US: cloridrato de tiletamina-zolazepam 4 -
5 mg/kg/IM
 C. aethiops
 Contenção: 4 - 5 mg/kg/IM de Tiletamina-
zolazepam
14
Figura 5. (A) Material utilizado na coleta de sangue. (B) PNH nas
gaiolas de criação, onde eram capturados. (C) Coleta de
sangue pela veia safena após contensão química.
A
B
C
MATERIAL E
MÉTODOS
 Coleta
 Venopunção: safena ou femoral
 Aotus = 3mL
 Chlorocebus = 4mL
 Tubos: a vácuo sem anticoagulante
 Armazenamento: -86°C
 Exclusão de amostras: hemólise, icterícia
ou lipemia
15
Figura 5. (A) Material utilizado na coleta de sangue. (B) PNH nas
gaiolas de criação, onde eram capturados. (C) Coleta de
sangue pela veia safena após contensão química.
A
B
C
MATERIAL E
MÉTODOS
 DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA POR
ECLIA
 T3
 FT3
 T4
 FT4
 TSH
 Tg
 T-uptake
16
Figura 6. Analisador de imunoensaio Elecsys® 2010
Roche® no qual foi realizada a dosagem hormonal dos
PNH no laboratório de saúde animal (SALAB) do CENP.
MATERIAL E
MÉTODOS
 Ultrassonografia
 LOGIQe ©2013 General Electric
 Transdutor de banda larga linear
multifrequencial (6-18 MHz)
 Monitor de 17”
 Registradas em pen drive
 Avaliação de contornos,
localização, ecogenicidade, e
dimensão dos lobos
 Volume = a . b2 . π/6 (Brunn et al.,
1981)
17
Figura 7. (A) Equipamento de ultrassonografia LOGIQe ©2013
utilizado para a (B) realização da avaliação ultrassonográfica com
menor quantidade de artefatos possíveis, devido a (C)tricotomia na
região ventral do pescoço de PNH.
B
A
C
MATERIAL E
MÉTODOS
 Análises estatísticas
 Para as análises laboratoriais
 Teste de Dixon (D/R < 0,33) para detecção de outliers (Ferreira et al., 2008)
 Software SAS©: teste de normalidade (método de Kolmogorov e Simirnov), Análise de
Variância (efeito do sexo, FE e sexo x FE)
 Resultados: média ± desvio padrão
 Médias comparadas: teste de Tukey (CV até 15%) e SNK (CV entre 16 e 30%)
 Não normais: teste de Kruskal-Wallis
 Nível de significância estabelecido: 0,05 (5%)
18
MATERIAL E
MÉTODOS
 Análises estatísticas
 Para frequências de ecogenicidade, ecotextura e contornos da GT
 Software Bioestat 5.0: Teste X2 com correção de Yates
 Nível de significância estabelecido: 0,05 (5%)
19
RESULTADOS
 DOSAGENS LABORATORIAIS
 Tabelas 1, 2, 3 e 4
 Sexo não influenciou
 Leitura de TSH < 0,005 µUI/mL
20
RESULTADOS
Parâmetros Unidade Distribuição ±DP IR – 95%
FT4 pmol/L Normal 6,38±1,89 2,6 – 10,16
FT3 pmol/L Normal 6,07±1,18 3,71 – 8,43
T4 nmol/L Normal 20,44±5,08 10,28 – 30,60
T3 ng/L Normal 1,35±0,27 0,81 – 1,89
Tg ng/mL Não normal 60,98±74,77 0 – 224,31
T-Up TBI Não normal 1,04±0,10 0,84 – 1,24
21
Tabela 1. Parâmetros laboratoriais expressos pelo tipo de distribuição, média ± desvio padrão e
intervalo de referência para 37 Aotus azarai infulatus mantidos em cativeiro.
T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; ±DP: média ± desvio
padrão; IR: intervalo de referência.
RESULTADOS
Parâmetros Unidade Distribuição ±DP IR – 95%
FT4 pmol/L Normal 10,80±2,14 6,52 – 15,08
FT3 pmol/L Não Normal 6,75±3,27 0,21 – 13,29
T4 nmol/L Normal 64,70±12,22 40,26 – 89,14
T3 ng/L Normal 2,00±0,45 1,1 – 2,9
Tg ng/mL Normal 18,14±12,33 0 – 42,80
T-Up TBI Normal 1,19±0,09 1,01 – 1,37
22
Tabela 2. Parâmetros laboratoriais expressos pelo tipo de distribuição, média ± desvio padrão e
intervalo de referência para 39 Chorocebus aethiops mantidos em cativeiro.
T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; ±DP: média ± desvio
padrão; IR: intervalo de referência.
RESULTADOS23
Parâmetros
FE 1
(9 meses – 1 ano)
(n=4)
FE 2
(2 – 3 anos)
(n=12)
FE 3
(4 – 6 anos)
(n=6)
FE 4
(7 – 18 anos)
(n=15)
FT4 (pmol/L) 8,07±1,33 5,57±2,20 6,95±1,63 6,35±1,59
FT3 (pmol/L)* 8,20A±1,01 5,71B±0,95 6,17B±0,65 5,73B±0,96
T4 (nmol/L) 25,59±3,99 18,14±6,49 20,94±2,89 20,55±0,96
T3 (ng/L)* 1,67A±0,23 1,28B±0,31 1,37AB±0,20 1,30B±0,22
Tg (ng/mL) 52,77±29,41 98,92±112,30 36,71±16,32 46,63±59,46
T-Up (TBI)** 1,11A±0,05 1,03A±0,09 1,00B±0,03 1,03A±0,12
Tabela 3. Parâmetros laboratoriais expressos como média ± desvio padrão para 37 Aotus azarai
infulatus mantidos em cativeiro, classificados por faixa etária.
T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; FE: faixa etária; * Teste
de Tukey a 5%; ** Teste de Kruskal-Wallis a 5%.
RESULTADOS24
Parâmetros
FE 1
(1 – 5 anos)
(n=4)
FE 2
(6 – 9 anos)
(n=3)
FE 3
(10 – 15 anos)
(n=18)
FE 4
(16 – 26 anos)
(n=14)
FT4 (pmol/L) 10,75±2,71 10,36±1,54 10,95±2,12 10,70±2,30
FT3 (pmol/L) 7,33±0,40 6,95±1,58 6,26±1,01 7,17±5,38
T4 (nmol/L) 68,92±15,55 58,85±4,67 65,20±12,86 64,11±12,12
T3 (ng/L) 2,56A±0,33 2,31AB±0,82 2,02AB±0,32 1,75B±0,39
Tg (ng/mL) 22,26±15,59 14,23±8,27 21,02±8,55 14,10±15,62
T-Up (TBI) 1,26±0,10 1,16±0,05 1,20±0,09 1,16±0,09
Tabela 4. Parâmetros laboratoriais expressos como média ± desvio padrão para 39 Chlorocebus
aethiops mantidos em cativeiro, classificados por faixa etária.
T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; FE: faixa etária; Teste
de Tukey a 5%.
RESULTADOS
 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA
 Posição anatômica
 ventral, com dois lobos se estendendo lateralmente ao pescoço
 Limite medial e posterolateral: traqueia e as artérias carótidas comuns e veias jugulares
25
RESULTADOS
 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA
26
Figura 1. 1- Corte transversal da glândula tireoide (GT) de
Aotus azarai infulatus. Seta: istimo que une os lobos direito (D)
e esquerdo (E). Medialmente aos lobos encontra-se a
traquéia (T) e na posição latero-posteiror aos lobos
encontram-se as artérias carótidas comuns direita e esquerda
(A). A GT apesenta-se heterogênea e hiperecoica em
relação à musculatura latero-anterior (M) e seus contornos
encontram-se regulares. 2- Corte transversal sagital da
glândula tireoide (GT) de Chlorocebus aethiops. A seta indica
o istimo hiperecoico, que liga o lobo direito (D) ao esquerdo
(E), que estão situados lateralmente a traqueia (T), situada na
porção medial. A musculatura se apresenta hipoecoica em
relação a GT e está preenchendo a região latero-anterior a
glândula. As artérias carótidas comuns direita e esquerda (A)
se localizam latero-posteriormente. A GT apresenta-se
homogênea com bordos regulares.
RESULTADOS
 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA
 Aotus: 81,81% com GT de ecogenicidade hiperecoica e ecotextura
heterogênena, 63,64% com bordas irregulares; 2 animais com GT hipo.
 Chlorocebus: 55% hiperecoica homogênea e 60% com bordas regulares
 Achados ultrassonográficos: pontos hiperecoicos de calcificação
 Aotus: 68,18%
 Chlorocebus: 20%
 Não foram encontrados nódulos ou cistos
27
RESULTADOS
 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA
 Aotus: massa corporal e volume da GT sem diferenças sexuais e entre FE
(p>0,05)
 Chlorocebus: massa corporal e volume da GT dos machos > fêmeas (p<0,05)
 Massa: ♂4927,30 ± 963,51g > ♀3393,30 ± 378,47g
 Volume: ♂0,26 ± 0,18mL > ♀0,11 ± 0,04mL
 FE não influenciou nas fêmeas
 Nos machos, FE1 foi maior (p<0,05)
 Dimensões: Aotus sem diferenças sexuais e entre FE; machos de Chlorocebus
com medidas maiores em FE1
28
RESULTADOS
 AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA
29
Figura 2. Corte transversal da glândula tireoide de Chlorocebus aethiops
mostrando os contornos e medidas. A e B: linha tracejada não retilínea (1)
mostra os contornos regulares da glândula que possui aspecto hiperecoico em
relação aos tecidos adjacentes e estruturas puntiformes hiperecoicas dentro
dos lobos que podem significar calcificação. B: linhas retas 2 e 3 são as medidas
do lobo direito; e linhas retas 4 e 5 são as medidas do lobo esquerdo. O Teste X2
indicou que havia simetria bilateral entre os lobos da glândula tireoide dos
indivíduos (p>0,05).
DISCUSSÃO
 US → detecção inicial, devido acurácia: estágios iniciais de nodulação,
hiperplasia ou metástase, punção guiada
 Exames laboratoriais → estágios iniciais, mas não os primeiros estágios, mas
são de fundamental importância diagnóstica
30
DISCUSSÃO
 EFEITOS DO SEXO
 Não houve diferenças sexuais nas dosagens laboratoriais em A. a. infulatus
e C. aethiops
 Orangotango e gorila (Aliesk, 2013)
 Chipanzés (Behinger et l., 2014)
 Humanos (Nelson et al., 1993; Ehrenkranz et al., 2015)
 Pesquisas com PNH e humanos adultos = estabilidade no desenvolvimento
 Níveis basais constantes de HT dentro das FE, exceto senis (menopausa e
andropausa)
31
DISCUSSÃO
 EFEITOS DO SEXO
 Roth et al. (2002): rhesus, fêmeas c/ T3 > machos, não c/ T4 e FT4
 Behringer et al. (2014): bonobos, machos c/ T3 > fêmeas
 Pesquisas com animais infantis e no final da puberdade
 Diferença temporal de maturação entre machos e fêmeas p/ puberdade
e passar a vida adulta
 Metabolismo basal diferente entre os sexos
32
DISCUSSÃO
 EFEITOS DAS FAIXAS ETÁRIAS
 T3 e FT3 em A. a. infulatus e T3 em C. aethiops > nos mais jovens (FE1)
 Behringer et al. (2014): semelhante em Pan paniscus e P. troglodytes
 Animais mais jovens = maior atividade metabólica → maior disponibilidade de
T3/FT3 nos tecidos alvos
 T4 e FT4 não é influenciado
 forma inativa de T3
 produzido para repor níveis basais
 seu consumo é para produzir T3, não para agir nas células alvo
33
DISCUSSÃO
 TSH
 Abaixo do limite de detecção
 semelhante a Lair et al (2000) em pequenos primatas, diferente em grandes primatas
 Aliesk et al (2013): grandes primatas
 Molécula de grandes primatas = maior homologia c/ humanos
 Molécula de pequenos primatas = menor homologia c/ humanos
 ECLIA = altamente específica
 Ritmo circadiano: os limites inferiores não são nulos (Hershman et al., 1993;
Carvalh et al., 2013)
34
DISCUSSÃO
 MASSA CORPORAL E VOLUME DA GT
 Aotus: sem diferenças sexuais
 Chlorocebus: machos com maior massa corporal e GT com maior volume
 Lisbôa et al (2000): homens com volume da GT > mulheres
 Lisbôa et al. (2000) e Carvalho (2014): o volume da GT está relacionado a
massa corporal
35
DISCUSSÃO
 ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS
 Pontos de calcificação e hipoecogenicidade
 Hegedüs (2001)
 Sem vascularização no modo Doppler colorido = sem neovascularização
 Ausência de nódulos ou cistos
 Solbiat et al. (2001)
 Sem halos delimitados ou não
 Ausência de nódulos ou cistos
 Somente biopsia aspirativa para confirmar através da citologia oncótica
(Hegedüs, 2001)
36
CONCLUSÕES
1. Não há diferenças sexuais na avaliação laboratorial da GT em Aotus e
Chlorocebus
2. Nos animais mais jovens a FT3 (em Aotus) e a T3 (em Aotus e Chlorocebus)
possuem dosagens mais elevadas
3. O TSH não alcançou o limite de detecção pela ECLIA em pequenos
primatas
4. Pode-se utilizar as mensurações laboratoriais como valores de referência
5. As medidas e morfologias US observadas podem ser utilizadas como
referência para GT de Aotus e Chlorocebus
37
AGRADECIMENTOS
 DEUS
 Profª Maria Vivina
 Prof. Fred
 Prof. Ednaldo
 Wellington Bandeira, Aline Imbeloni, Karol Oliveira
 Lindiany, Alex
 Meu pai (Lindonor)
 A maior incentivadora de tudo, sem ela a vontade não existiria, minha mãe Ana
Bélgica (in memoriam)
38
OBRIGADO
39

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Defesa de Mestrado

  • 1. AVALIAÇÃO LABORATORIAL E ULTRASSONOGRÁFICA DA TIREOIDE EM Aotus azarai infulatus e Chlorocebus aethiops MANTIDOS EM CATIVEIRO FÁBIO ANDRÉ CAMPOS BAÍA ORIENTADORA MARIA VIVINA BARROS MONTEIRO BELÉM - 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS PROFISSIONAL
  • 2. AVALIAÇÃO LABORATORIAL E ULTRASSONOGRÁFICA EM Aotus azarai infulatus e Chlorocebus aethiops MANTIDOS EM CATIVEIRO  INTRODUÇÃO  JUSTIFICATIVA  OBJETIVOS  MATERIAL E MÉTODOS  RESULTADOS  DISCUSSÃO  AGRADECIMENTOS 2
  • 3. INTRODUÇÃO  Primatas não humanos (PNH):  695 táxons de PNH no mundo (IUCN, 2017)  139 no Brasil (ICMBio, 2017)  39 algum tipo de ameaça  Pressão antrópica 3
  • 4. INTRODUÇÃO  PESQUISA COM MODELOS ANIMAIS  Avanços tecnológicos  Prevenção e tratamento de doenças  Técnicas cirúrgicas  Testes c/ fármacos  Conservação das espécies  PNH, um dos principais modelos: parentesco evolutivo → semelhanças: anatômicas, comportamentais, fisiológicas e reprodutivas 4
  • 5. INTRODUÇÃO  Glândula Tireoide (GT)  Presente em todos os vertebrados  Hormônios da tireoide (HT)  ação em todas as células e sistemas  Agonista ou antagonista  Essenciais p/ puberdade  Atingir forma adulta normal 5
  • 6. INTRODUÇÃO  Glândula Tireoide  Métodos de avaliação  Palpação  dosagens dos hormônios da tireoide (HT)  diagnóstico por imagem  Dosagens em primatas do velho e novo mundo  Ultrassonografia: mais indicado para pequenas partes, não invasiva, maior acurácia 6
  • 7. JUSTIFICATIVA  Não há na literatura estudos sobre parâmetros para HT em Aotus e Chlorocebus  Não há pesquisas com ultrassonografia da GT em qualquer PNH  HT são essenciais → controle do metabolismo  Avaliação hormonal e ultrassonográfica tornam-se úteis para monitoramento da saúde 7
  • 8. OBJETIVOS  Realizar dosagens laboratoriais para estabelecer valores de referência para função da tireoide em A. a. infulatus e C. aethiops, sob efeito do sexo e faixas etárias.  Caracterizar morfologicamente a tireoide através de medidas ultrassonográficas de ecogenicidade e ecotextura de A. a. infulatus e C. aethiops, sob efeito do sexo e faixas etárias. 8
  • 9. MATERIAL E MÉTODOS  Local:  CENTRO NACIONAL DE PRIMATAS (CENP)  Período: entre jan. de 2015 e dez. de 2016  Cooperação  UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)  UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA (UFRA)  COMITÊ DE ÉTICA NO USO DE ANIMAIS (CEUA): n° 24/2015  AUTORIZAÇÃO (SISBIO): n° 49551-1 9 Figura 1. Georreferenciamento do CENP, latitude 1°23’9.36”S; longitude 48°22’50.77”O; Ananindeua – PA (Google Earth®, 2017).
  • 10. MATERIAL E MÉTODOS  Manejo  Dieta diária balanceada  Hortifrutigranjeiros  Ovo de codorna  Larvas de tenébrio (Tenebrio molitor)  Complexo vitamínico-proteico-mineral (Aminomix Pet®)  Rações peletizadas MEGAZOO® P25 (Aotus) e P18 (Chlorocebus) 10
  • 11. MATERIAL E MÉTODOS  Seleção dos espécimes  Animais comprovadamente saudáveis  Exames clínicos: estado geral, mucosas, turgor cutâneo, temperatura retal, palpação abdominal e de linfonodos  Exames laboratoriais: coproparasitológico, bioquímica (função renal e hepática) e hemograma  Critérios de exclusão:  Qualquer alteração no estado fisiológico  Gestantes e lactantes  Lactentes 11 Figura 2. Avaliação clínica pré- analítica de PNH.
  • 12. MATERIAL E MÉTODOS  Espécimes  Aotus azarai infulatus (macaco da noite)  DOSAGEM HORMONAL: n = 37 ; 18 machos e 19 fêmeas  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA: n = 22 ; 11 machos e 11 fêmeas  Faixa Etária 1 (FE1): 9 meses – 1 ano  Faixa Etária 2 (FE2): 2 – 3 anos  Faixa Etária 3 (FE3): 4 – 6 anos  Faixa Etária 4 (FE4): acima de 7 anos 12 Figura 3. Aotus azarai infulatus no interior da gaiola de exposição no CENP (arquivo CENP, 2016).
  • 13. MATERIAL E MÉTODOS  Espécimes  Chlorocebus aethiops (macaco verde)  DOSAGEM HORMONAL: n = 39 ; 20 machos e 19 fêmeas  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA: n = 20 ; 09 machos e 11 fêmeas  Faixa Etária 1 (FE1): 1 – 5 anos  Faixa Etária 2 (FE2): 6 – 9 anos  Faixa Etária 3 (FE3): 10 – 15 anos  Faixa Etária 4 (FE4): acima de 16 anos 13 Figura 4. Chlorocebus aethiops no interior da gaiola de criação no CENP (arquivo CENP, 2016).
  • 14. MATERIAL E MÉTODOS  Captura  Captura dos PNH por puçá  Contenção  A. a. infulatus  Sem contenção química, exceto p/ US  US: cloridrato de tiletamina-zolazepam 4 - 5 mg/kg/IM  C. aethiops  Contenção: 4 - 5 mg/kg/IM de Tiletamina- zolazepam 14 Figura 5. (A) Material utilizado na coleta de sangue. (B) PNH nas gaiolas de criação, onde eram capturados. (C) Coleta de sangue pela veia safena após contensão química. A B C
  • 15. MATERIAL E MÉTODOS  Coleta  Venopunção: safena ou femoral  Aotus = 3mL  Chlorocebus = 4mL  Tubos: a vácuo sem anticoagulante  Armazenamento: -86°C  Exclusão de amostras: hemólise, icterícia ou lipemia 15 Figura 5. (A) Material utilizado na coleta de sangue. (B) PNH nas gaiolas de criação, onde eram capturados. (C) Coleta de sangue pela veia safena após contensão química. A B C
  • 16. MATERIAL E MÉTODOS  DETERMINAÇÃO QUANTITATIVA POR ECLIA  T3  FT3  T4  FT4  TSH  Tg  T-uptake 16 Figura 6. Analisador de imunoensaio Elecsys® 2010 Roche® no qual foi realizada a dosagem hormonal dos PNH no laboratório de saúde animal (SALAB) do CENP.
  • 17. MATERIAL E MÉTODOS  Ultrassonografia  LOGIQe ©2013 General Electric  Transdutor de banda larga linear multifrequencial (6-18 MHz)  Monitor de 17”  Registradas em pen drive  Avaliação de contornos, localização, ecogenicidade, e dimensão dos lobos  Volume = a . b2 . π/6 (Brunn et al., 1981) 17 Figura 7. (A) Equipamento de ultrassonografia LOGIQe ©2013 utilizado para a (B) realização da avaliação ultrassonográfica com menor quantidade de artefatos possíveis, devido a (C)tricotomia na região ventral do pescoço de PNH. B A C
  • 18. MATERIAL E MÉTODOS  Análises estatísticas  Para as análises laboratoriais  Teste de Dixon (D/R < 0,33) para detecção de outliers (Ferreira et al., 2008)  Software SAS©: teste de normalidade (método de Kolmogorov e Simirnov), Análise de Variância (efeito do sexo, FE e sexo x FE)  Resultados: média ± desvio padrão  Médias comparadas: teste de Tukey (CV até 15%) e SNK (CV entre 16 e 30%)  Não normais: teste de Kruskal-Wallis  Nível de significância estabelecido: 0,05 (5%) 18
  • 19. MATERIAL E MÉTODOS  Análises estatísticas  Para frequências de ecogenicidade, ecotextura e contornos da GT  Software Bioestat 5.0: Teste X2 com correção de Yates  Nível de significância estabelecido: 0,05 (5%) 19
  • 20. RESULTADOS  DOSAGENS LABORATORIAIS  Tabelas 1, 2, 3 e 4  Sexo não influenciou  Leitura de TSH < 0,005 µUI/mL 20
  • 21. RESULTADOS Parâmetros Unidade Distribuição ±DP IR – 95% FT4 pmol/L Normal 6,38±1,89 2,6 – 10,16 FT3 pmol/L Normal 6,07±1,18 3,71 – 8,43 T4 nmol/L Normal 20,44±5,08 10,28 – 30,60 T3 ng/L Normal 1,35±0,27 0,81 – 1,89 Tg ng/mL Não normal 60,98±74,77 0 – 224,31 T-Up TBI Não normal 1,04±0,10 0,84 – 1,24 21 Tabela 1. Parâmetros laboratoriais expressos pelo tipo de distribuição, média ± desvio padrão e intervalo de referência para 37 Aotus azarai infulatus mantidos em cativeiro. T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; ±DP: média ± desvio padrão; IR: intervalo de referência.
  • 22. RESULTADOS Parâmetros Unidade Distribuição ±DP IR – 95% FT4 pmol/L Normal 10,80±2,14 6,52 – 15,08 FT3 pmol/L Não Normal 6,75±3,27 0,21 – 13,29 T4 nmol/L Normal 64,70±12,22 40,26 – 89,14 T3 ng/L Normal 2,00±0,45 1,1 – 2,9 Tg ng/mL Normal 18,14±12,33 0 – 42,80 T-Up TBI Normal 1,19±0,09 1,01 – 1,37 22 Tabela 2. Parâmetros laboratoriais expressos pelo tipo de distribuição, média ± desvio padrão e intervalo de referência para 39 Chorocebus aethiops mantidos em cativeiro. T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; ±DP: média ± desvio padrão; IR: intervalo de referência.
  • 23. RESULTADOS23 Parâmetros FE 1 (9 meses – 1 ano) (n=4) FE 2 (2 – 3 anos) (n=12) FE 3 (4 – 6 anos) (n=6) FE 4 (7 – 18 anos) (n=15) FT4 (pmol/L) 8,07±1,33 5,57±2,20 6,95±1,63 6,35±1,59 FT3 (pmol/L)* 8,20A±1,01 5,71B±0,95 6,17B±0,65 5,73B±0,96 T4 (nmol/L) 25,59±3,99 18,14±6,49 20,94±2,89 20,55±0,96 T3 (ng/L)* 1,67A±0,23 1,28B±0,31 1,37AB±0,20 1,30B±0,22 Tg (ng/mL) 52,77±29,41 98,92±112,30 36,71±16,32 46,63±59,46 T-Up (TBI)** 1,11A±0,05 1,03A±0,09 1,00B±0,03 1,03A±0,12 Tabela 3. Parâmetros laboratoriais expressos como média ± desvio padrão para 37 Aotus azarai infulatus mantidos em cativeiro, classificados por faixa etária. T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; FE: faixa etária; * Teste de Tukey a 5%; ** Teste de Kruskal-Wallis a 5%.
  • 24. RESULTADOS24 Parâmetros FE 1 (1 – 5 anos) (n=4) FE 2 (6 – 9 anos) (n=3) FE 3 (10 – 15 anos) (n=18) FE 4 (16 – 26 anos) (n=14) FT4 (pmol/L) 10,75±2,71 10,36±1,54 10,95±2,12 10,70±2,30 FT3 (pmol/L) 7,33±0,40 6,95±1,58 6,26±1,01 7,17±5,38 T4 (nmol/L) 68,92±15,55 58,85±4,67 65,20±12,86 64,11±12,12 T3 (ng/L) 2,56A±0,33 2,31AB±0,82 2,02AB±0,32 1,75B±0,39 Tg (ng/mL) 22,26±15,59 14,23±8,27 21,02±8,55 14,10±15,62 T-Up (TBI) 1,26±0,10 1,16±0,05 1,20±0,09 1,16±0,09 Tabela 4. Parâmetros laboratoriais expressos como média ± desvio padrão para 39 Chlorocebus aethiops mantidos em cativeiro, classificados por faixa etária. T4: tiroxina; T3: triiodotironina; FT4: T4 livre; FT3: T3 livre; Tg: tiroglobulina; T-Up: capacidade da fixação da tiroxina; FE: faixa etária; Teste de Tukey a 5%.
  • 25. RESULTADOS  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA  Posição anatômica  ventral, com dois lobos se estendendo lateralmente ao pescoço  Limite medial e posterolateral: traqueia e as artérias carótidas comuns e veias jugulares 25
  • 26. RESULTADOS  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA 26 Figura 1. 1- Corte transversal da glândula tireoide (GT) de Aotus azarai infulatus. Seta: istimo que une os lobos direito (D) e esquerdo (E). Medialmente aos lobos encontra-se a traquéia (T) e na posição latero-posteiror aos lobos encontram-se as artérias carótidas comuns direita e esquerda (A). A GT apesenta-se heterogênea e hiperecoica em relação à musculatura latero-anterior (M) e seus contornos encontram-se regulares. 2- Corte transversal sagital da glândula tireoide (GT) de Chlorocebus aethiops. A seta indica o istimo hiperecoico, que liga o lobo direito (D) ao esquerdo (E), que estão situados lateralmente a traqueia (T), situada na porção medial. A musculatura se apresenta hipoecoica em relação a GT e está preenchendo a região latero-anterior a glândula. As artérias carótidas comuns direita e esquerda (A) se localizam latero-posteriormente. A GT apresenta-se homogênea com bordos regulares.
  • 27. RESULTADOS  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA  Aotus: 81,81% com GT de ecogenicidade hiperecoica e ecotextura heterogênena, 63,64% com bordas irregulares; 2 animais com GT hipo.  Chlorocebus: 55% hiperecoica homogênea e 60% com bordas regulares  Achados ultrassonográficos: pontos hiperecoicos de calcificação  Aotus: 68,18%  Chlorocebus: 20%  Não foram encontrados nódulos ou cistos 27
  • 28. RESULTADOS  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA  Aotus: massa corporal e volume da GT sem diferenças sexuais e entre FE (p>0,05)  Chlorocebus: massa corporal e volume da GT dos machos > fêmeas (p<0,05)  Massa: ♂4927,30 ± 963,51g > ♀3393,30 ± 378,47g  Volume: ♂0,26 ± 0,18mL > ♀0,11 ± 0,04mL  FE não influenciou nas fêmeas  Nos machos, FE1 foi maior (p<0,05)  Dimensões: Aotus sem diferenças sexuais e entre FE; machos de Chlorocebus com medidas maiores em FE1 28
  • 29. RESULTADOS  AVALIAÇÃO ULTRASSONOGRÁFICA 29 Figura 2. Corte transversal da glândula tireoide de Chlorocebus aethiops mostrando os contornos e medidas. A e B: linha tracejada não retilínea (1) mostra os contornos regulares da glândula que possui aspecto hiperecoico em relação aos tecidos adjacentes e estruturas puntiformes hiperecoicas dentro dos lobos que podem significar calcificação. B: linhas retas 2 e 3 são as medidas do lobo direito; e linhas retas 4 e 5 são as medidas do lobo esquerdo. O Teste X2 indicou que havia simetria bilateral entre os lobos da glândula tireoide dos indivíduos (p>0,05).
  • 30. DISCUSSÃO  US → detecção inicial, devido acurácia: estágios iniciais de nodulação, hiperplasia ou metástase, punção guiada  Exames laboratoriais → estágios iniciais, mas não os primeiros estágios, mas são de fundamental importância diagnóstica 30
  • 31. DISCUSSÃO  EFEITOS DO SEXO  Não houve diferenças sexuais nas dosagens laboratoriais em A. a. infulatus e C. aethiops  Orangotango e gorila (Aliesk, 2013)  Chipanzés (Behinger et l., 2014)  Humanos (Nelson et al., 1993; Ehrenkranz et al., 2015)  Pesquisas com PNH e humanos adultos = estabilidade no desenvolvimento  Níveis basais constantes de HT dentro das FE, exceto senis (menopausa e andropausa) 31
  • 32. DISCUSSÃO  EFEITOS DO SEXO  Roth et al. (2002): rhesus, fêmeas c/ T3 > machos, não c/ T4 e FT4  Behringer et al. (2014): bonobos, machos c/ T3 > fêmeas  Pesquisas com animais infantis e no final da puberdade  Diferença temporal de maturação entre machos e fêmeas p/ puberdade e passar a vida adulta  Metabolismo basal diferente entre os sexos 32
  • 33. DISCUSSÃO  EFEITOS DAS FAIXAS ETÁRIAS  T3 e FT3 em A. a. infulatus e T3 em C. aethiops > nos mais jovens (FE1)  Behringer et al. (2014): semelhante em Pan paniscus e P. troglodytes  Animais mais jovens = maior atividade metabólica → maior disponibilidade de T3/FT3 nos tecidos alvos  T4 e FT4 não é influenciado  forma inativa de T3  produzido para repor níveis basais  seu consumo é para produzir T3, não para agir nas células alvo 33
  • 34. DISCUSSÃO  TSH  Abaixo do limite de detecção  semelhante a Lair et al (2000) em pequenos primatas, diferente em grandes primatas  Aliesk et al (2013): grandes primatas  Molécula de grandes primatas = maior homologia c/ humanos  Molécula de pequenos primatas = menor homologia c/ humanos  ECLIA = altamente específica  Ritmo circadiano: os limites inferiores não são nulos (Hershman et al., 1993; Carvalh et al., 2013) 34
  • 35. DISCUSSÃO  MASSA CORPORAL E VOLUME DA GT  Aotus: sem diferenças sexuais  Chlorocebus: machos com maior massa corporal e GT com maior volume  Lisbôa et al (2000): homens com volume da GT > mulheres  Lisbôa et al. (2000) e Carvalho (2014): o volume da GT está relacionado a massa corporal 35
  • 36. DISCUSSÃO  ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS  Pontos de calcificação e hipoecogenicidade  Hegedüs (2001)  Sem vascularização no modo Doppler colorido = sem neovascularização  Ausência de nódulos ou cistos  Solbiat et al. (2001)  Sem halos delimitados ou não  Ausência de nódulos ou cistos  Somente biopsia aspirativa para confirmar através da citologia oncótica (Hegedüs, 2001) 36
  • 37. CONCLUSÕES 1. Não há diferenças sexuais na avaliação laboratorial da GT em Aotus e Chlorocebus 2. Nos animais mais jovens a FT3 (em Aotus) e a T3 (em Aotus e Chlorocebus) possuem dosagens mais elevadas 3. O TSH não alcançou o limite de detecção pela ECLIA em pequenos primatas 4. Pode-se utilizar as mensurações laboratoriais como valores de referência 5. As medidas e morfologias US observadas podem ser utilizadas como referência para GT de Aotus e Chlorocebus 37
  • 38. AGRADECIMENTOS  DEUS  Profª Maria Vivina  Prof. Fred  Prof. Ednaldo  Wellington Bandeira, Aline Imbeloni, Karol Oliveira  Lindiany, Alex  Meu pai (Lindonor)  A maior incentivadora de tudo, sem ela a vontade não existiria, minha mãe Ana Bélgica (in memoriam) 38