O documento resume diversas danças típicas do Brasil, organizadas por região. No Amazonas, destacam-se o Camaleão, a Dança do Maçarico e a Desfeitera. No Pará, são descritas o Carimbo, o Marambiré, a Lundu Marajoara, a Marujada e a Quadrilha. No Nordeste, são apresentados o Forró, o Bumba-Meu-Boi, o Xaxado, o Coco e a Quadrilha. Na Bahia, são detalhadas a Capoeira, o Samba, o S
3. AMAZONAS
CAMALEÃO
Essa dança utiliza pares separados, que fazem uma
coreografia com passos distintos, chamados de jornadas.
São duas fileiras de mulheres e homens, realizando
diversos passos, os quais terminam no passo inicial. As
roupas também são importantes; os homens usam fraque
de abas, colete, meias longas, gravata e sapato preto. Já
para as mulheres, a vestimenta é composta por saias
longas, meias brancas, sapatos e blusas folgadas. A música
que embala os dançarinos utiliza o violão, cavaquinho e
rabeca.
4. AMAZONAS
DANÇA DO MAÇARICO
Essa dança é constituída de dançarinos em duplas
que fazem cinco movimentos durante a Dança do
Maçarico: Charola, Roca-roca, Repinico, Maçaricado e
'Geleia de Mocotó'. Os passos variam entre lentos e
ligeiros e a umbigada. As músicas que embalam os
dançarinos são tocadas com a ajuda da viola,
tambores, rabeca e sanfonas.
5. AMAZONAS
DESFEITERA
Essa dança é constituída de pares que dançam
de forma livre e os dançarinos devem apenas passar
pelo menos uma vez na frente do grupo musical. Caso
a banda encerre a música no momento em que um
casal estiver passando, é feita a escolha do homem ou
da mulher para que declame versos. Caso ele não
consiga esse feito, a pessoa será vaiada e terá que
pagar uma prenda, ou seja, será 'desfeitado'.
7. PARÁ
CARIMBÓ
O nome da dança é de origem indígena com os nomes Curi, que
significa pau oco, e M'bó, que significa furado. Os homens devem
trajar uma calça curta no estilo pescador e uma camisa que contenha
estampas. As mulheres utilizam uma saia rodada e com estampas,
uma blusa, colares e flores presas aos cabelos. Os dançarinos a
executam com os pés no chão.
Os homens batem palmas para as dançarinas e isso é o indício de que
elas estão sendo chamadas para dançar também. Em forma de roda, as
mulheres balançam a saia para que ela atinja a cabeça de seu parceiro.
O ato é realizado no intuito de humilhar o homem para que ele saia
da dança. Um dos momentos mais importantes ocorre quando cada
casal vai para o centro da roda e o homem deve apanhar um lenço
com a boca, que foi jogado no chão pelo seu par. Se o feito for
satisfatório, ele recebe aplausos. Caso ele não consiga, a mulher joga a
saia em seu rosto e ele deve sair da dança.
9. PARÁ
MARAMBIRÉ
Essa dança é considerada uma representante da
alegria dos negros no Brasil após a Abolição da
Escravidão. Ela é caracterizada por uma marcha que
mescla a religião e o profano. Ela é realizada por
duplas e sempre aparece durante os festivais no
estado.
10. PARÁ
LUNDU MARAJOARA
Tem origem africana e é muito sensual, pois a intenção
dela é mostrar o convite do homem para ter um encontro
sexual com a mulher. Primeiro, há uma recusa; porém, ele
insiste e ela aceita. A Lundu Marajoara mostra o ato com o
passo da umbigada, quando acontecem movimentos
de dança mais sensuais. As mulheres utilizam saias
coloridas e blusas rendadas. Já os homens vestem calças de
preferência na cor branca. Essa dança também recebe a
ajuda de instrumentos como o banjo, cavaquinho e
clarinete.
11. PARÁ
MARUJADA
A dança é uma homenagem a São Benedito e
acontece em três ocasiões: Natal, dia de São Benedito
e no dia 1º de janeiro. Os homens e mulheres que
participam recebem o nome de marujos e marujas.
Eles bailam pela cidade, reproduzindo o gesto de um
barco na água. As mulheres ordenam a dança e os
homens participam com os instrumentos musicais,
como tambores e violinos.
13. ALAGOAS, BAHIA, CEARÁ, MARANHÃO, PARAÍBA,
PERNAMBUCO, PIAUI, RIO GRANDE DO NORTE,
SERGIPE
14. NORDESTE
FORRÓ
O forró é um estilo de dança e gênero
musical influenciado por africanos e europeus, fruto
de ritmos musicais tais como baião, xote e xaxado. É
uma das danças típicas mais populares do Brasil,
relacionada à região nordeste que extraiu e espalhou
para o país os embalos de um ritmo ora lento, ora
rápido, recheado de instrumentos como o triângulo, a
sanfona e a zabumba. Comemora-se o Dia
Nacional do Forró em 13 de dezembro com festas
relacionadas à data.
15. NORDESTE
QUADRILHA
Esta é uma dança típica da época de festa junina, onde um
animador vai anunciando frases, e marcando os momentos
da dança, e os casais de dançarinos, vestem roupas típicas
da cultura caipira, como camisas e vestido xadrez,
e chapéu de palha. Os dançarinos realizam uma
coreografia especial, e muito animada, com muitos
movimentos coreografados, e as músicas de festa junina
são parecidas com marchinhas, mas nada semelhante com
as marchinhas de carnaval. As mais conhecidas são:
Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai, Cai balão.
17. NORDESTE
BUMBA MEU BOI
Bumba-meu-boi, Boi-bumbá ou Pavulagem é uma
dança do folclore popular brasileiro, com personagens
humanos e animais fantásticos, que gira em torno da
morte e ressurreição de um boi. Como dança
dramática, o bumba-meu-boi adquiriu, com a
passagem dos anos algumas cateterísticas dos
autos medievais, o que lhe dá o caráter de veículo de
comunicação.
19. NORDESTE
XAXADO
Xaxado é uma dança popular brasileira originada nas
regiões do agreste e do sertão nordestino. Era muito
praticada pelos cangaceiros da região, quase sempre,
em celebração às suas vitórias. O nome é derivado ao
barulho das sandálias dos cangaceiros contra a areia
do sertão. Xaxado é uma dança de guerra e de
entretenimento, criada pelos cangaceiros de Lampião.
21. NORDESTE
COCO
Também pode ser chamada de pagode, bambelô e
zambê. Os homens e mulheres que participam fazem
uma roda e apenas uma pessoa fica no centro. A
dança utiliza instrumentos musicais como os ganzás,
pandeiros e caixas. Os dançarinos realizam passos
ritmados e utilizam batidas e umbigadas durante a
dança. As pessoas dançam e cantam músicas como
as emboladas e as sextilhas.
24. BAHIA
MACULELÊ
Dança executada por homens que dançam e cantam
sob o comando de um mestre chamado ”macota”.
Surgiu no período colonial para comemorar a boa fase
de colheita. Essa dança também usa bastão e os
instrumentos utilizados são os atabaques, pandeiros e
violas. As músicas começam com o mestre e os outros
respondem em coro.
25. BAHIA
CAPOEIRA
A Capoeira chegou no século XVI ao Brasil, com
os escravos africanos. Sua prática era aplicada com os
pés e a cabeça para defenderem-se dos europeus,
lutavam com as mãos, tanto para o ataque quanto
para defesa. A capoeira foi camuflada na forma de
pantomimas mímicas e danças, para evitar a repressão
dos senhores de escravos e da polícia. Sempre ao som
da música de berimbaus, da boca e das palmas, sua
prática tornou-se popular em todo o país.
27. BAHIA
SAMBA
O samba é uma dança e gênero musical trazido pelos
negros para o Brasil. Inicialmente, ele chegou à
Bahia e depois ganhou mais espaço e reconhecimento
em outros estados brasileiros e, principalmente, no
Rio de Janeiro.
28. BAHIA
SAMBA DE RODA
Surgiu na Bahia e é uma das vertentes do samba. Os
dançarinos ficam em uma roda e entoam cantos e
batem palmas. São usados instrumentos como o
berimbau, atabaques, chocalhos e pandeiros.
29. BAHIA
SAMBA DE RODA
O samba teria surgido por inspiração, sobretudo, de
um ritmo africano, o semba, e teria sido formado a
partir de referências dos mais diversos ritmos tribais
africanos. O Samba de Roda, no Recôncavo Baiano,
designa uma mistura de música, dança, poesia e festa.
Presente em todo o Estado da Bahia, o Samba de Roda
é praticado, principalmente, na região do Recôncavo.
32. SERGIPE
FOLGUEDO
SÃO GONÇALO
O folguedo tem origem portuguesa o que é percebido na
fé, no ritual e no tema. Porém a influência africana é
visível na musicalidade e coreografia, marcada com os pés,
além dos volteios, avanços e recuos ritmicamente
cadenciados pela batucada sincopada. Essa influência
étnica nos mostra que, embora de origem portuguesa, no
Brasil o folguedo foi dançado por negros, como é possível
constatar sua existência com marcante domínio
quilombola, remanescentes dos escravos refugiados no
quilombo da Mussuca, comunidade de
Laranjeiras/Sergipe.
34. SERGIPE
FOLGUEDO
CACUBIM MIRIM
Folguedo popular típico de ciclo natalino. É uma
variante de “autos” e “bailados” como a Congada e o
Reisado. É uma manifestação coreográfica de bailado
rico e brejeiro. O objetivo do folguedo é a louvação
aos Santos padroeiros dos africanos: São Benedito e
Nossa Senhora do Rosário.O folguedo que
conhecemos em Sergipe por Cacumbi é chamado de
Ticumbi no Espírito Santo (Conceição da Barra).
36. SERGIPE
BACAMARTEIROS
Dança popular de origem africana, com influência
indígena. É tipicamente resultante da necessidade de
diversão por parte dos escravos, nas noites de São
João. Embora mantidos no cativeiro, os escravos
ficavam de folga nos momentos festivos da casa
grande. Aí então eles podiam fazer sua própria festa e,
para isso, recorriam ao saber acumulado
39. ALAGOAS
PASTORIL
É o mais conhecido e difundido folguedo de Alagoas.
É uma fragmentação do presépio, sem os textos
declamados e sem diálogos, constituídos apenas por
jornadas soltas, canções e danças religiosas ou
profanas de épocas e estilos variados.
Como os presépios, origina se de autos portugueses
antigos, guardando a estrutura dos Noéis de
Provença, França.
42. PIAUI
MARUJADA
A dança representa uma história onde uma nau fica
perdida e consegue ser encontrada com a ajuda de
Nossa Senhora. Além disso, aparecem na Marajuda
informações sobre a Península Ibérica. São dois
cordões de dançarinos que seguem o ritmo como se
estivessem no balanço do mar e durante a quebra das
ondas. Todos se vestem de marinheiro e batem em
uma espécie de lata enquanto dançam.
43. PIAUI
REISADO
Dança típica de todo o estado do Piauí, é festejada a
partir do Natal até o dia de Reis. São cerca de seis
pessoas mascaradas que deixam a dança
mais animada e alegre. Todos cantam ao som de
uma música para chegada e despedida. São vários
personagens como a Caipora, o Jaraguá, a Burrinha e a
Cigana que vão dançando e se apresentado durante o
Reisado. Além disso, ela é acompanhada de
instrumentos (violão, sanfona, banjos, etc.).
45. PIAUI
CAVALO PIANCÓ
É realizada com casais que ficam em círculos para
imitar o trote do cavalo. São diversos passos que
alternam a velocidade entre moderado e rápido.
Como as músicas podem ser improvisadas, a
coreografia pode ser alterada por isso.
47. CEARÁ
TORÉM
É uma dança de origem indígena, composta por 20
pessoas, homens e mulheres, que se movimentam sob
o ritmo aguaim. É designado também um chefe para o
grupo.
48. CEARÁ
CANINHA VERDE
Com origem em Portugal, esse ritmo chegou ao Brasil
no período dos engenhos de açúcar. Essa dança é
muito comum nas colônias de pescadores e tem entre
seus passos a figura do casamento dos sertanejos, os
cordões e os mestres.
49. CEARÁ
CANINHA VERDE
Consta de uma roda de homens e mulheres que
cantam e dançam permutando de lugares e formando
pares. Os textos cantados são tradicionais
e circunstanciais, acompanhados por viola, violão e
pandeiro.
51. CEARÁ
MANEIRO-PAU
Essa dança surgiu no interior do Ceará,
provavelmente por influência dos cangaceiros. Os
dançarinos portam pedaços de madeira que são
batidos no chão seguindo o ritmo das músicas que são
cantadas pelos participantes.
53. MARANHÃO
BAMBAÊ DE CAIXA
Essa dança é mais encontrada nas cidades de Guimarães,
São Bento, Cajapió e Penalva. Acredita-se que ela exista
desde a época da escravidão, atualmente, ela é executada
durante a festa do Divino Espírito Santo e para
pagamentos de promessas. Na dança, há casais de
dançarinas, de preferência 12 casais, que fazem uma roda
com um deles dançando no meio. A dança pode ser
executada por meio de vários passos e ritmos. Além disso,
há passos conhecidos como siriri, mariquinha e catarina.
Os casais podem estar de frente para o outro ou de costas.
54. MARANHÃO
CACURIÁ
Essa dança surgiu nas comemorações do Divino
Espírito Santo. Em duplas, é feita a formação de um
círculo e são acrescentados instrumentos chamados
caixas do Divino (pequenos tambores). A música é
feita com versos improvisados no ritmo do carimbó
do Maranhão. Além das caixas, a dança utiliza outros
instrumentos como a flauta, o violão e o clarinete.
55. MARANHÃO
TAMBOR DE CRIOLA
Essa dança é de origem africana e é realizada em prol de
São Benedito, que é um santo bastante popular entre os
negros. Os passos são descontraídos e além da devoção ao
santo, a dança pode ser feita para comemorar uma festa de
aniversário, a chegada de parentes, reunião de pessoas e
nascimento de um bebê. Ela pode ser executada ao ar livre
e os grupos têm passado a dançar o tambor de
criola principalmente durante o Carnaval no Brasil e as
festas juninas. As dançarinas buscam estar de saias
rodadas e coloridas, blusas rendadas e com decotes e
colares e pulseiras coloridas. Já os homens utilizam
camisas com estampas e calça mais escura.
56. MARANHÃO
DANÇA DO CAROÇO
Essa dança é de origem indígena e se concentra
no Delta do Parnaíba. Pode ser realizada por qualquer
pessoa e é acompanhada com tambores, cuícas e
cabaça. Há os cantores e os dançarinos participam
cantando o refrão. Os componentes do grupo dançam
em forma de cordão e as mulheres utilizam vestidos
brancos.
58. PERNAMBUCO
CAVALO MARINHO
É uma dança de descendência portuguesa, que
representa nos seus passos o cotidiano e os problemas
enfrentados pelos trabalhadores dos engenhos de
açúcar no Pernambuco e na Paraíba. Ela é realizada
com a ajuda de instrumentos musicais como o
pandeiro, a rabeca e o ganzá.
59. PERNAMBUCO
CABOCLINHOS
Muito tradicional no estado,Caboclinhos é de origem
indígena e há indícios de que é dançada desde o
século XV. A música que acompanha os dançarinos é
leve com o uso de instrumentos como o ganzá. Os
passos de dança exigem rapidez, pois são bem
elaborados e representam caçadas e colheitas.
60. PERNAMBUCO
MARACATU RURAL
Outra dança de origem indígena que surgiu em
engenhos de açúcar e canaviais. Ela representa os
homens que plantam açúcar com a mistura de vários
ritmos. Eles usam uma fantasia pesada e antes de
começarem tomam uma bebida para animá-los que
leva pólvora, cachaça e limão. As músicas entoadas
durante a dança são improvisadas muitas vezes.
62. PERNAMBUCO
MAMULENGO
Influenciada pela religião católica e pelos costumes
europeus, essa dança buscava representar os
personagens do presépio. Utiliza bonecos vazios por
dentro sem a utilização de cordas, como acontece nos
bonecos mais comuns. Como ele é movimentado com
a mão recebeu o nome de mamulengo.
63. PERNAMBUCO
FREVO
Essa dança pode ser encontrada em muitos
estados do nordeste; porém, é mais significante em
Pernambuco. O frevo surgiu da união de vários estilos
brasileiros como a quadrilha, o maxixe e o galope. Ele
pode ser executado por qualquer pessoa de idades
distintas. As coreografias são variadas e exigem que o
dançarino execute passinhos, rodopios, malabarismos
e gingados. As mais executadas são: tesoura,
dobradiça, pernada, carrossel, parafuso, dentre outras.
O frevo é considerado Patrimônio Nacional Imaterial.
66. RIO GRANDE DO NORTE
ESPONTÃO
Dança executada por homens que utilizam lanças e
fazem uma coreografia que lembra as guerras. São
utilizados tambores marciais, responsáveis pela
musicalidade do Espontão. As coreografias mais
usadas são recuos de defesa, saltos de ataque, acenos
de guerreiro e ainda há os passos improvisados.
68. PARAÍBA
CIRANDA
Dança desenvolvida por homens, mulheres e crianças. Os
dançarinos formam uma grande roda e dão passos para
dentro e para fora do círculo, provocando ainda um
deslocamento do mesmo no sentido anti-horário. A
música é executada por um grupo denominado “terno”,
colocado no centro da roda, tocando instrumentos de
percussão – bumbo, tarol, caixa, ganzá – e de sopro –
pistons e trombone. As canções, tiradas pelo mestre-
cirandeiro e respondidas pelo coro dos demais, têm
temáticas que refletem a experiência de vida
70. GOIÁS
CATIRA
É uma dança brasileira de origem desconhecida. Ela é
realizada por homens que, estando em frente um para o
outro, sapateiam e batem palmas no ritmo da viola.
Primeiramente, o violeiro começa a dança e os homens
que vão dançar fazem um passo que consiste em bater o
pé e a mão e depois dar seis pulos. O violeiro passa a
entoar a moda de viola e os homens continuam a executar
os passos da dança, que recebem o nome de “Serra Abaixo”
e “Serra Acima”. A Catira termina quando eles executam o
passo chamado Recortado e as duas fileiras mudam de
lugar, sendo que o violeiro passa de uma extremidade a
outra.
72. GOIÁS
VILÃO
Nessa dança, há uma divisão entre os dançarinos: há
os batedores, balizadores, músicos, regente e o chefe
do grupo. Os batedores são responsáveis por utilizar
um bastão de madeira que são usados para bater no
bastão dos outros dançarinos. A dança é realizada
conforme o ritmo da música e o apito do regente. São
diversas coreografias, finalizadas por movimentos
bem rápidos.
73. GOIÁS
TAMBOR
Os dançarinos formam uma roda e fica apenas uma
pessoa no centro. Todos cantam e seguem o ritmo
com a ajuda de um tambor. Os passos mais
executados por eles são a Jiquiaia, o Serrador e Negro
Velho. Os dançarinos vão trocando de posição para
que todos possam passar pelo centro da roda.
75. MATO GROSSO
SIRIRI
É uma das danças mais antigas do estado e pode ser
dançada por homens e mulheres. São duplas que
dançam em rodas ou fileiras e bailam com a ajuda de
instrumentos como o mocho, o ganzá e o cocho.
Primeiramente, os homens cantam o “baixão” e os
outros batem palmas. Em fileiras, os participantes
passam a fazer reverências, alternando entre homens
e mulheres.
77. MATO GROSSO
CURURU
É uma dança realizada por homens que dançam para
homenagear os santos e citam passagens bíblicas.
Além disso, eles comentam acontecimentos
políticos e cumprimentam a população enquanto
dançam.
79. MATO GROSSO
BOI-À-SERRA
Dança realizada no interior do estado durante festas e
o carnaval. O boi é feito pelos populares com o uso de
arames, tecidos, dentre outros. A pessoa que
representa o boi, o leva nas costas e sai pelas ruas
brincando e dançando.
80. MATO GROSSO
DANÇA DE SÃO GONÇALO
Essa dança é principalmente realizada na cidade de
São Gonçalo Beira Rio. O santo é considerado o
protetor dos curandeiros e responsável procurar
doenças nos ossos. Quando os pedidos dos fiéis são
atendidos, eles dançam em fileiras de homens e
mulheres que marcam passos com pés e mãos. Pode
vir acompanhada de instrumentos musicais como
o cocho e o ganzá.
82. MATO GROSSO DO SUL
ENGENHO DE MAROMBA
Essa dança lembra um valseado e imita os passos
dados no engenho de cana. Há fileiras de homens e
mulheres que ficam rodando em sentido contrário. Os
versos cantados durante as coreografias são mais
tristes e, por isso, ela costuma ser executada no fim
das festas.
83. MATO GROSSO DO SUL
SARANDI
Também chamada de Cirandinha, essa dança é
caracterizada por pares que dão voltas e vão trocando
de duplas. A dança acaba quando todos os versos são
cantados por todos os homens da roda.
84. MATO GROSSO DO SUL
CHUPIM
Essa dança é realizada com três pares e utiliza o ritmo
das danças paraguaias devido à proximidade com esse
país. O movimento feito pelo homem imita as asas do
pássaro, que tem o mesmo nome da dança, quando
ele tenta conquistar sua fêmea. São
utilizadas castanholas para dar o ritmo da dança que
utiliza os movimentos de tourear o par, dançar e
rodar.
85. MATO GROSSO DO SUL
PALOMITA
São casais que se revezam enquanto dançam músicas
de polca paraguaia ou chamamé.
86. MATO GROSSO DO SUL
POLCA DE CARÃO
É uma dança de salão que tem uma brincadeira
inserida no contexto. Cada um dos dançarinos deve
levar um carão, ou seja, ser esnobado pelo seu par. A
dança continua até todos eles terem passado por essa
situação.
88. BRASILIA
QUADRILHA
Uma das danças mais comuns da capital do país são
as quadrilhas. A cidade não tem muitas raízes na
dança, pois grande parte de sua população nasceu em
outros estados. Com tanta diversidade, Brasília recebe
influências de vários ritmos. O forró, o bumba-meu-
boi e o samba também animam que vive no Distrito
Federal.
91. RIO DE JANEIRO
SAMBA
O samba é uma dança e gênero musical trazido pelos
negros para o Brasil. Inicialmente, ele chegou à
Bahia e depois ganhou mais espaço e reconhecimento
em outros estados brasileiros e, principalmente, no
Rio de Janeiro. Foi nessa localidade que ele passou a
agregar outras danças em suas características como o
maxixe, a polca e o xote.
92. RIO DE JANEIRO
XIBA
A xiba é executada com o uso de tamancos específicos
e há a formação de círculo duplo formado por homens
e mulheres. As mulheres cantam repentes e os
homens batem os tamancos que fazem muito
barulho.
95. ESPIRITO SANTO
DANÇA DO TAMANDUÁ
Homens e mulheres formam uma roda com uma
pessoa no centro e realizam coreografias de acordo
com o que é executado por quem está no meio. As
músicas que embalam os dançarinos são improvisadas
e começam com um cantador.
98. MINAS GERAIS
CAXAMBU
Essa dança é realizada por homens e mulheres que
não necessitam estar em duplas. É formada uma roda
e uma pessoa fica no centro executando coreografias.
São diversos cantos entoados com a ajuda de
tambores feitos com troncos de árvores.
99. MINAS GERAIS
MINEIRO-PAU
É realizada por homens de todas as idades que
usam bastões de madeira. Os dançarinos alternam
entre círculos e fileiras e dançam ao som das batidas
no chão. Essas batidas recebem o nome de 'batida de
quatro', 'batida no alto', 'batida embaixo, dentre
outras.
102. SÃO PAULO
JONGO
Essa dança é uma herança dos negros e é marcada por
formar uma roda de homens e mulheres. Um solista
canta uma canção e as outras pessoas batem palmas e
fazem movimentos. Os instrumentos
musicais utilizados são tambores e chocalhos.
105. PARANÁ
PAU-DE-FITAS
O pau-de-fitas foi trazido pelos alemães que
aportaram na região sul do Brasil. Um mastro de
aproximadamente três metros é fincado no chão com
diversas fitas coloridas atreladas a ele. Os dançarinos
devem estar em número par e cada um segura uma
fita para girar ao redor do mastro. No decorrer dos
passos da dança, vão se formando desenhos com as
tranças das fitas. A dança é acompanhada por músicas
provenientes de instrumentos como o cavaquinho,
pandeiro, acordeão e violão.
107. PARANÁ
FANDANGO
Esse estilo de dança tem origem ibérica e foi trazida
pelos portugueses para as regiões de litoral do Paraná.
No Brasil, recebeu influências dos índios e o fandango
também pode ser encontrado nos estados
de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. São
utilizados instrumentos como violas, pandeiro e uma
rabeca enquanto a letra é improvisada. Os dançarinos
fazem uma roda e dançam com passos valsados e o
ritmo é seguido com palmas e com as batidas dos pés.
110. RIO GRANDE DO SUL
CHIMARRITA
Dança típica de Portugal, foi trazida por eles para o
Brasil durante o século XIX. Inicialmente, a dança era
realizada com os casais juntos dançando algo parecido
com as valsas. Depois, as duplas passaram a dançar
em várias direções e mais separados. Em algumas
partes, eles dançam juntos no passo bem conhecido
que é o dois pra lá e dois pra cá. A partir de alguns
movimentos, o homem, chamado de peão, e a mulher,
que recebe o nome de prenda, podem flexionar
levemente os joelhos durante os passos.
112. RIO GRANDE DO SUL
MILONGA
Essa dança também é popular na Argentina e no
Uruguai. No Rio Grande do Sul, ela recebe a
companhia da viola e de outros instrumentos
musicais. A milonga gaúcha lembra os passos do
tango e é bem mais lenta e romântica. Ela pode ser
dançada de três formas: havaneirada (seguindo os
passos da vaneira), tangueada (dança no ritmo de
marcha) e riograndense (dança com passos dois e um.
113. RIO GRANDE DO SUL
VANEIRÃO/VANEIRA/VANEIRINHA
É um ritmo bastante comum no estado e tem suas
origens na cidade de Havana, em Cuba. Sua influência
incidiu não só sobre o Rio Grande do Sul como
também nos sambas do Rio de Janeiro. O nome da
dança se altera conforme o ritmo, pois se ele for lento
recebe o nome de Vaneirinha, rápido, Vaneirão e
moderado, Vaneira. Os passos são realizados com dois
pra lá e dois pra cá, sendo que são alternados com
quatro movimentos de cada lado.
115. RIO GRANDE DO SUL
CHULA
Dança que é praticada só por homens e representa
um desafio. Uma lança é colocada no chão e três
homens em suas extremidades. Eles sapateiam de
diversas formas e, após realizar uma sequência de
passos, outro dançarino vai executar os movimentos e
deve realizar de forma mais difícil que o anterior.
Tudo isso acontece sob a música de uma gaita gaúcha.
O dançarino que vence o desafio é aquele que realiza
uma coreografia mais difícil que os companheiros,
quando encosta na vara ou quando por algum motivo
perde o ritmo
117. RIO GRANDE DO SUL
PEZINHO
O Pezinho tem origens portuguesas e conseguiu
atrair adeptos no Rio Grande do Sul e em Santa
Catarina. Além de dançar, os dançarinos devem
cantar no ritmo da música que acompanha os passos.
A coreografia se altera entre passos ritmados pelos pés
e as duplas que rodam em torno de si.
119. SANTA CATARINA
BOI DE MAMÃO
Essa dança também é conhecida como bumba-meu-
boi, boi-bumbá, boi-de-cara-preta, dentre outros. Em
Santa Catarina, a dança apresentada durante a
encenação é mais alegre e brincalhona do que as que
são apresentadas na região norte e região nordeste.
120. SANTA CATARINA
DANÇA DO VILÃO
É uma das danças que faz parte do folclore de Santa
Catarina. São diversos componentes, balizadores,
batedores e músicos, ou seja, muito semelhante a que
é dançada no estado de Goiás. Com os bastões, os
integrantes realizam batidas e giram entre si. O
movimento proporcionado pelo vai e vem
dos bastões deixa a coreografia mais bonita.
121. SANTA CATARINA
BALAINHA
Também recebe o nome de Arcos Floridos ou
Jardineira e os casais seguram um arco florido. É
formada uma fila e as duplas vão passando os arcos
por cima e por baixo dos demais casais. Depois, são
executados outros passos com formação de grupos
com quatro pares e eles fazem uma roda para cruzar
seus arcos e formar as ”balainhas”.