O documento investiga associações micorrízicas arbusculares em locais poluídos por petróleo nos Cárpatos Poloneses. Amostras de solo e raízes de plantas foram coletadas em 5 locais e analisadas para quantificar hidrocarbonetos e identificar espécies micorrízicas presentes. Os resultados mostraram colonização micorrízica em todas as amostras, mesmo em solos altamente contaminados, indicando adaptação destas associações à presença de petróleo.
1. FUNGOS MICORRÍZICOS
Mestranda: Tatiana Reis dos Santos
Bastos
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais-PPCIFLOR
Disciplina: Microbiologia e Bioquímica do solo
2. Fungos micorrízicos arbusculares de locais impactados pelo petróleo
nos Cárpatos Poloneses
https://doi.org/10.1016/j.ibiod.2019.01.001 Qualis-A1 Fator de impacto: 3.824 Cite Score: 4.08
Volume 138, março de 2019 , páginas 50-56
3. A biorremediação por microorganismos é
considerada uma estratégia eficiente para o
tratamento de derramamentos e resíduos de
petróleo. Embora os fungos micorrízicos não degradem o
petróleo, eles são um exemplo muito bom
de microrganismos benéficos do solo que melhoram o
crescimento e a vitalidade das plantas e podem
melhorar sua atividade de biorremediação.
Cárpatos Poloneses
Essa situação criou uma oportunidade
interessante para investigar organismos que se
adaptaram à presença de petróleo no solo por um
longo período de tempo.
A Polônia foi apontada como o terceiro maior
produtor mundial de petróleo . Hoje, restam
apenas alguns locais de mineração e em alguns
lugares, restos da antiga infraestrutura, solo
encharcado de óleo e escoamentos de petróleo
são encontrados.
4. Investigar locais contendo solo exposto à presença de petróleo a longo
prazo, nos Cárpatos Poloneses.
Identificar as associações de microrganismos com vegetais encontrados
nestes locais com poluentes de petróleo.
Comprovar de maneira inicial que estas associações podem ser de grande
utilidade prática na biorremediação de solos poluídos por hidrocarbonetos.
5. Locais de estudo
Amostras de plantas e solo foram coletadas em
cinco locais onde foi observada ocorrência
antropogênica de petróleo na superfície do solo.
As amostras de solo foram pesadas e
misturadas com sulfato de sódio anidro e outros
compostos afim de determinar a presença de
hidrocarbonetos
As amostras de raiz foram colocadas em tubos
Eppendorf e armazenadas a -20 ° C. Para o
isolamento do DNA, as amostras foram congeladas
em nitrogênio líquido, depois homogeneizadas e
processadas.
Todas as sequências foram verificadas usando
BLAST (Altschul et al., 1990) para garantir que eles
pertenciam à Glomeromycota ( associação com as
raízes).
Locais de estudo
Determinação de hidrocarbonetos nas amostras
de solo
Extração, amplificação e sequenciamento de
DNA
Análise de dados
moleculares
Análise estatística
Todas as análises estatísticas foram realizadas no software R, os testes ANOVA e HSD de
Tukey
6.
7.
8. TABELA 1 - CONCENTRAÇÃO DE HIDROCARBONETOS [ΜG × G -1 DW] NO SOLO NOS LOCAIS INVESTIGADOS. OS
VALORES SÃO DADOS COMO MÉDIA ± DP. LETRAS DIFERENTES NOS VALORES INDICAM DIFERENÇAS
ESTATISTICAMENTE SIGNIFICANTES (P <0,05).
9. Frequência (F%)
Frequência relativa
(M%) Intensidade
absoluta (m%)
Riqueza relativa (A%)
Riqueza absoluta (a%)
de arbúsculos, foram
avaliados de acordo
com Trouvelot et
al. (1986)
TABELA 2. COLONIZAÇÃO MICORRÍZICA DE ALGUMAS DAS PLANTAS
COLETADAS.
10. Grupo 1: Rhizophagus intraradices
Rhizophagus iranicus
Grupo 2: Rhizophagus fasciculalus
Grupo 3: Rhizophagus irregulares
Grupo 4: Steptoglomus constrictum
Fenneliformis coronatum
Fenneliformis mosseae
Glomus sp.
Fig. 1. POSIÇÃO TAXONÔMICA DOS FILOTIPOS
IDENTIFICADOS
12. As plantas eram micorrízicas, mesmo nas concentrações mais altas de
hidrocarbonetos de petróleo. Esse foi um resultado completamente inesperado, levando em
consideração que as plantas foram amostradas do solo embebido em óleo em contato direto com
derramamentos ou infiltrações de petróleo.
Embora a hidrofobicidade do óleo crie condições tão severas,
a colonização micorrízica variou de 5 a 85%, adaptando-se por muito tempo à presença do
petróleo no solo.
Para nosso conhecimento, os dados aqui apresentados compreendem o primeiro
relatório sobre a diversidade de FMA de locais que contêm petróleo naturalmente.
Embora os locais investigados diferissem pelo conteúdo de hidrocarbonetos, outros
parâmetros do solo e filo tipos de FMA presentes, não foi encontrada nenhuma força motriz
claramente visível que moldasse a diversidade de FMA.